JOÃO PESSOA
2019
THIAGO NUNES DA SILVA
JOÃO PESSOA
2019
THIAGO NUNES DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Profª. Drª. Edna Tania Ferreira da Silva - UFPB
Orientadora
___________________________________________________
Me. Dalliana Ferreira Brito Grisi
Examinadora
___________________________________________________
Me. Ingridy Lammonikelly da Silva Lima
Examinadora
A Deus, meu apoio e amparo nas
dificuldades. A minha mãe, pelo apoio e
luta pela minha educação, pelo cuidado e
preocupação que tornou possível este
momento. Ao meu pai, por se dedicar a
me proporcionar sempre o melhor.
AGRADECIMENTOS
The present study consists of a bibliographic research about the housing policy in
Brazil, focusing on the Minha Casa Minha Vida Program (PMCMV). It was built from
the experience in Secretaria Municipal de Habitação Social (SEMHAB), in the
municipality of João Pessoa - PB, responsible for implementing the Social Technical
Work (TTS) with the beneficiary families. In this professional and institutional context
and in contact with the development of the PMCMV, it was observed that as a
government policy, although it was an anti-crisis measure from its conception, it
developed and popularized the housing policy in the PT government, guaranteeing
the fulfillment of social needs. Thus, the conjunctures of neoliberal resumption in the
second half of 2016, allied with the political and economic crisis of the Dilma
government, ended up deposing the president around impeachment. By assuming
the government, her vice Michel Temer (2016-2018), accelerated the development
and consolidation of an economic policy of fiscal adjustment, where the budget was
cut in several areas of social interest, including housing. The study, which discusses
the housing policy and the right to housing in Brazil, aimed to analyze the impacts of
the current housing policy during the Temer government, which reduced financial
investments and subsidies to the area, placing the risks of access to housing higher
for low-income families and precarizing the PMCMV, which for two decades
constituted the only housing policy in the Brazilian State. This study was developed
through a bibliographic research, to build the theoretical foundation, using concepts,
variables and historical aspects analyzed in the classic and contemporary literature,
complemented with the survey of the production of texts, books, dissertations,
besides document identification and systematization of secondary data resulted from
investigations carried out around the PMCMV in the Brazilian states, which were
grouped and analyzed around the constructed object. In this way, it presents a
qualitative approach, being complemented by the quantitative dimension. The study
identified advances in social legislation in the 1988 Brazilian Federal Constitution and
complementary laws. It considers that the PMCMV was an important investment in
the housing policy, with subsidies for the lower income class. However, the
government has been imposing a radical neoliberal orientation agenda, whose
inclination is to transform the Brazilian state and the principles of the 1988
constitution. By applying speed to reforms, it makes it impossible for the State to fulfill
the guarantee of social rights, PMCMV.
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 1 - QUESTÃO URBANA E QUESTÃO SOCIAL NO CAPITALISMO ............... 15
1.1- A formação do espaço urbano e a questão da moradia: uma análise histórica ............. 15
1.2- A questão urbana na contemporaneidade .................................................................... 28
CAPÍTULO 2 - A POLÍTICA HABITACIONAL NO BRASIL ................................................ 36
2.1 - A política social da habitação nos governos do Brasil .................................................. 36
2.2 - A reforma urbana e o direito à moradia ........................................................................ 44
2.3 - Os governos Lula-Dilma e a política urbana ................................................................ 50
CAPÍTULO 3 - A EXPANSÃO DA FINANCEIRIZAÇÃO DA MORADIA NO BRASIL ......... 57
3.1 - Antecedentes: a política habitacional nos governos Lula-Dilma e o PMCMV ............... 57
3.2 - A política neoliberal do governo Temer e a progressiva destruição do acesso à moradia
para os pobres ..................................................................................................................... 64
3.3 - Aspectos que configuram a precarização do PMCMV pelo estado brasileiro ............... 68
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 82
12
INTRODUÇÃO
artesanal. “A mulher e os filhos fiavam e, com o fio, o homem tecia - quando o chefe
da família não o fazia, o fio era vendido.” (ENGELS, 2010, p. 45)
As relações de trabalho impostas pelo emergente sistema capitalista, na
forma da industrialização, negavam condições de sobrevivência e sociabilidade aos
trabalhadores, que deixavam suas casas no campo em busca de emprego.
Assim, passando a trabalhar inteiramente para sobreviver, se desvirtuou a
origem do seu trabalho, pois não obtinham mais que o suficiente para se sustentar e
nem tinham tempo em suas atividades recreativas. Engels (2010), afirma que antes
do trabalho assalariado, os trabalhadores:
Eram máquinas de trabalho a serviço dos poucos aristocratas que até então
haviam dirigido a história; a revolução industrial apenas levou tudo isso às
suas consequências extremas, completando a transformação dos
17
As casas são habitadas dos porões aos desvãos, sujas por dentro e por fora
e têm um aspecto tal que ninguém desejaria morar nelas. Mas isso não é
nada, se comparado às moradias dos becos e vielas transversais, aonde se
chega através de passagens cobertas e onde a sujeira e o barulho superam
a imaginação: aqui é difícil encontrar um vidro intacto, as paredes estão em
ruínas, os batentes das portas e os caixilhos das janelas estão quebrados
ou descolados, as portas – quando as há – são velhas pranchas pregadas
umas às outras; mas, nesse bairro de ladrões, as portas são inúteis: nada
há para roubara. Por todas as partes, há montes de detritos e cinzas e as
águas servidas, diante das portas, formam charcos nauseabundos. Aqui
vivem os mais pobres entre os pobres, os trabalhadores mais mal pagos,
todos misturados com ladrões, escroques e vítimas da prostituição. A maior
parte deles são irlandeses, ou seus descendentes, e aqueles que ainda não
submergiram completamente no turbilhão da degradação moral que os
rodeia a cada dia mais se aproximam dela, perdendo a força para resistir
aos influxos aviltantes da miséria, da sujeira e do ambiente malsão
(ENGELS, 2010, p. 71).
Em ruas como Long Acre e outras, não propriamente espaços de luxo, mas
bastante convenientes, incontáveis porões são usados como habitações,
dos quais saem à luz do dia silhuetas de crianças doentes e mulheres
esfarrapadas, meio mortas de fome. Nas vizinhanças do teatro de Drury
Lane – o segundo de Londres – encontram-se algumas das ruas mais
degradadas da cidade (Charles Street, King Street e Parker Street), cujas
casas são habitadas, dos porões aos desvãos, por famílias paupérrimas.
Nas paróquias de St. John e St. Margaret, em Westminster, segundo o
JournaloftheStatistical Society, em 1840, 5.366 famílias de operários viviam
em 5.294 “habitações” (se é que a palavra pode ser usada): homens,
mulheres e crianças, misturados sem qualquer preocupação com idade ou
sexo, num total de 26.830 indivíduos – e três quartos do total dessas
famílias dispunham de um só cômodo. Na aristocrática paróquia de St.
George (Hanover Square), de acordo com a mesma fonte, 1.465 famílias de
operários, totalizando cerca de 6 mil pessoas, viviam nas mesmas
condições – e, delas, mais de dois terços das famílias amontoavam-se num
só cômodo. E a esses infelizes, entre os quais nem sequer os ladrões
esperam encontrar algo para roubar, as classes proprietárias, por meios
legais, como os exploram! Pelos horrorosos alojamentos de Drury Lane,
acima referidos, pagam-se os seguintes aluguéis semanais: dois cômodos
no porão, 3 shillings (1 táler); um cômodo no térreo, 4 shillings, no primeiro
andar, 4,5 shillings, no segundo, 4 shillings, no sótão, 3 shillings. Os
famélicos habitantes da Charles Street pagam aos proprietários dos imóveis
um aluguel anual de 2 mil libras esterlinas (14 mil táleres) e aquelas 5.336
famílias de Westminster, um total de 40 mil libras esterlinas (270 mil táleres)
(ENGELS, 2010, p. 71-72).
A análise feita por Engels (2010), retrata que os bairros operários não tinham
condições de habitabilidade, desta forma emergindo os problemas urbanos
derivados da falta de infraestrutura urbana, assim como também afirma Hobsbawm
(apud SANTOS, 2012, p. 37-38).
Existiam ainda bairros que não eram ocupados pela burguesia por questões
diferentes, não relacionadas às condições de moradia ou higiene. Deixava-se de
ocupar determinadas regiões pela incidência de ventos frequentes vindos das
fábricas carregando poluição. Deste modo, desvalorizando a propriedade, sendo
apenas os operários aqueles que se interessavam em tais moradias. Para a
burguesia, se alguém tiver que viver em condições insalubre, na poluição das
fábricas que “sejam os operários os únicos a respirá-la” (Engels, 2010, p. 101).
As consequências do crescimento da industrialização do capitalismo via
revolução industrial atingiam diretamente o proletariado à medida que se retirava o
valor gerado pelas mercadorias por eles produzidas, mas não consumidas.
Submetidos aos meios de reprodução de sua força de trabalho impostos pelos seus
empregadores, o trabalhador se tornava não apenas uma ferramenta de produção
ao capitalismo como ele mesmo, e não apenas sua força de trabalho, se
configurando como propriedade do capital. Propriedade esta que ao gerar valor,
perde o seu próprio em concorrência aos outros operários que buscam da mesma
forma a sobrevivência, submetendo-se à desvalorização da sua força de trabalho.
Assim, ainda que o operário estivesse em sua plena forma e capacidade, não
havia segurança que este não seria posto na multidão de operários ociosos, já que o
desemprego é tido como forma de controle sobre a classe de forma a estimar tal
competição para sua sobrevivência.
Todas as suas condições objetivas de subsistência (moradia, saúde,
alimentação, etc.) se combinam de modo que se força a aceitação de tal realidade,
pois existem aqueles que estão em situações piores.
áreas próximas aos centros, expulsando os mais pobres às áreas mais distantes de
seus interesses. Esta retenção, de forma indireta, gerou o que foi denominado de
“periferia1” (KOWARICK, 1979).
O distanciamento das moradias e o crescimento populacional, devido a
industrialização e seus impactos no desenvolvimento da região, entre os anos de
1960-1970 chegou a 5,5% ao ano, segundo Kowarick (1979), este crescimento teve
sua distribuição dada em cidades vizinhas à capital paulista de forma que se
tornaram “cidades dormitório”, já que se era insustentável a moradia desses
trabalhadores nas áreas mais caras.
Porém, os fatores agravantes da especulação, nos anos 20 do século XX,
que causam o aumento da questão habitacional em São Paulo não se dão apenas
pelas áreas centrais e pontos de interesse dos trabalhadores, Kowarick (1979)
afirma que:
Ela se apresenta também com imenso vigor dentro das próprias áreas
centrais, quando zonas estagnadas ou decadentes recebem investimentos
em serviços ou infra-estruturas básicas. O surgimento de uma rodovia ou
vias expressas, a canalização de um simples córrego, enfim, uma melhoria
urbana de qualquer tipo, repercute imediatamente no preço dos terrenos (p.
37).
1
Aglomerados distantes dos centros, clandestinos ou não, carentes de infra-estrutura, onde passa a
residir crescente quantidade de mão de obra necessária para fazer girar a maquinaria econômica
(Kowarick, 1979, p. 31).
25
para juntar o valor que corresponde ao seu preço (MARICATO apud LIMA,
2017a, p. 37).
Percebe-se que não existia nenhuma política que pudesse dar garantia a
classe trabalhadora, o que existia na verdade era a vontade do Estado em
afastar da classe média o perigo das epidemias e consequentemente a
expansão desses cortiços, como também os interesses mercantis de
empresários ligados a construção civil, que viam nesse aspecto de
destruição dos cortiços, uma forma de lucrar, a partir do momento em que
passaram a impor um novo modelo de construções de casas, oportunizando
lucros, pois a população seria obrigada a ter que adequar-se a esse novo
padrão de edificação, e que de fato houvesse a efetividade dessas vontades
(LIMA, 2017a, p. 59).
Com isto, nos anos 1940 têm-se início a atuação do Estado na habitação
popular, mesmo que sem expressão. O surgimento da Fundação Casa Popular
(FCP) em 1946, embora ineficaz por falta de recursos e regras para seu
financiamento, resultou em poucas unidades entregues, tendo existido “para
funcionar como uma resposta social a um contexto de fortes pressões dos
trabalhadores e de crescimento do Partido Comunista.” (MOTTA, 2014, p. 3).
A trajetória do SFH e do BNH não foi linear e pode ser dividida em três
fases. A primeira delas, de 1964 a 1969, foi a de implantação e expansão do
BNH e das COHABs, com um considerável financiamento de moradias para
o “mercado popular” (40% dos investimentos), convergindo com o objetivo
do governo de se legitimar junto às massas. A segunda fase, de 1970 a
1974, consistiu em um esvaziamento e uma crise do SFH, sobretudo devido
à perda do dinamismo das COHABs, que se tornavam financeiramente
frágeis devido à inadimplência causada, principalmente, pela perda do
poder de compra do salário mínimo, situação que atingia seus principais
mutuários, oriundos das camadas pobres. Isso fez com que os
financiamentos passassem a ser, cada vez mais, destinados às famílias de
classe média, uma vez que os juros para essa camada eram mais altos e o
índice de inadimplência, se comparado com o das classes mais pobres, era
menor. Inicia-se, então, a terceira fase do SFH (1975 a 1980), caracterizada
pela reestruturação e pelo revigoramento das COHABs, com aumento do
número de moradias produzidas, a grande maioria destinada à classe média
(MOTTA, 2014, p. 5).
Desta forma,
O BNH desde a sua constituição teve uma lógica que fez com que todas as
suas operações tivessem a orientação de transmitir as suas funções para a
iniciativa privada. O banco arrecadava os recursos financeiros e em seguida
os transferia para os agentes privados intermediários. Algumas medidas
inclusive demonstravam que havia ao mesmo tempo uma preocupação com
o planejamento das ações de urbanização aliada aos interesses do capital
imobiliário. Exemplo disto foi à medida que obrigou as prefeituras a elaborar
planos urbanísticos para os seus municípios, o que era positivo, mas a
condição de serem qualificadas para a obtenção de empréstimos junto ao
Serviço Federal de Habitação e Urbanismo era de que estes deveriam ser
elaborados por empresas privadas. Até mesmo as cobranças das
prestações devidas estavam a cargo de uma variedade de agentes
privados, companhias habitacionais, iniciadores, sociedades de crédito
imobiliário, entre outros, que 'além de reterem uma parte dos juros,
conservavam os recursos financeiros provenientes das prestações
recebidas durante um ano antes de o devolverem ao BNH'. (BOTEGA,
2007, p. 68) (grifos do autor)
[...] o SFH/BNH não resistiu a grave crise inflacionária vivenciada pelo Brasil
principalmente nos primeiros anos da década de 1980, onde a inflação
atingirá índices de 100% ao ano em 1981 e em 1982 (a partir de então não
cessará de crescer mais chegando aos 1770% em 1989). Esta crise levou a
uma forte queda do poder de compra do salário, principalmente da classe
43
média, o público que havia se tornado alvo das políticas habitacionais deste
sistema (BOTEGA, 2007, p. 70).
Grazia (2003), explica que a Reforma Urbana enfatiza uma vida urbana com
urbanidade capaz de favorecer as necessidades coletivas na construção das
políticas públicas. Os princípios elaborados pelo MNRU exigem que o Estado retome
sua função social e assegure os direitos urbanos e acesso aos aparelhos sociais de
forma igualitária, ou seja, garanta o direito à cidade para todos.
Após a efetivação da Constituição de 1988 e das reivindicações sociais pela
reforma urbana, temos que,
Desta forma, o Plano Diretor se torna obrigatório nas cidades que abrigam
mais de 20 mil habitantes, consistindo em regras que articulam a ação dos agentes
públicos e privados sobre a utilização da cidade. Com a definição destas regras, a
sua materialização se dá através da chamada Lei Orgânica do Município, que
estabelece os procedimentos, mecanismos e prazos para a elaboração e aprovação
do Plano Diretor, onde deve obedecer a coletividade das prerrogativas estabelecidas
pelas leis federais e municipais, como diz a Constituição Federal e o Estatuto da
Cidade (NALIN, 2013).
Barbosa (2016), explica que o Ministério das Cidades trouxe o aumento dos
canais governamentais para a participação democrática, como a Conferência
Nacional das Cidades e o Conselho Nacional das Cidades, com destaque para a
presença dos movimentos sociais urbanos em todos os níveis do governo.
Ministério com uma nova equipe que não desempenhava compromisso com uma
nova política habitacional se apoderaram dos setores da pasta e de suas estruturas
administrativas com o argumento de distribuição facilitada da União para os Estados
e municípios.
Embora sob críticas e pressão dos movimentos sociais, o governo Dilma deu
continuidade aos programas iniciados por Lula, mas ainda aliando os interesses da
classe trabalhadora com frações da burguesia. (LIMA, 2017b)
A segunda fase do PAC fortalece a indústria de construção nacional, sendo
uma forte ferramenta de combate à crise, assim como de governabilidade, trazia
consigo a segunda fase do PMCMV, voltado em programas do direito à moradia e
nos aparatos de incentivo à produção e aquisição de novos mecanismos de
produção.
financiar os empréstimos para famílias com renda de até três salários, enquanto o
FDS tem foco nas famílias com renda de até R$1.395,00, desde que estejam
organizadas sob as Entidades Organizadoras (EO). Autorizou-se ainda a
transferência de até R$1 bilhão para os municípios com até 50 mil habitantes,
totalizando cerca de R$25 bilhões nos programas, fundos e agentes do PMCMV,
que também engloba aspectos institucionais sobre o papel dos municípios diante à
regularização fundiária e a disponibilização de terrenos para os empreendimentos
habitacionais, que devem estar munidos de condições de infraestrutura urbana,
saneamento e sustentabilidade ambiental.
A política anticrise aplicada pelo governo através do PMCMV, produz
resultados através da evolução das operações de créditos dos bancos públicos e
privados, como demonstrado no Gráfico 1.
2
D’AMICO, Fabiano. O Programa Minha Casa, Minha Vida e a Caixa Econômica Federal. IN:
COSTA, J. C. et al. O desenvolvimento econômico brasileiro e a Caixa: trabalhos premiados.
Rio de Janeiro: Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento: Caixa
Econômica Federal, 2011. Disponível em:
http://www.centrocelsofurtado.org.br/arquivos/image/201111291655290.LivroCAIXA_T_0.pdf#page=3
3. Acesso em 04 de abr. 2019.
61
O resultado destas medidas não foi o esperado pelo governo, somando uma
crescente nos indicadores de pobreza do Brasil, com um acréscimo de mais 3
milhões de pessoas nesta estatística, resultado aquém do apresentado nos
governos do PT que conseguiu uma redução significativa nesta realidade como
demonstra o gráfico abaixo.
3
Pochmann, Marcio. Neoliberalismo do governo Temer trouxe a nova segregação social. 2018.
Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2018/05/neoliberalismo-e-a-
nova-segregacao-social. Acesso em 07 de abr. 2019.
66
4
Segundo o jornal Exame de 19 de maio de 2018: https://exame.abril.com.br/economia/falta-de-
recursos-ameaca-o-programa-minha-casa-minha-vida/
5
Segundo o jornal Folha de São Paulo de 12 de fevereiro de 2019:
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/02/o-que-fazer-do-minha-casa-minha-vida.shtml
68
Tabela 1: Adequação do tamanho da moradia segundo percepção dos moradores, por tamanho da
família, 2013.
Tabela 2: Avaliação do atendimento por serviços na moradia atual, em comparação com a anterior.
Serviços cujo atendimento melhorou, 2013.
Tabela 3: Avaliação do atendimento por serviços na moradia atual, em comparação com a anterior.
Serviços cujo atendimento piorou, 2013.
Ainda que sejam financiadas pelo FAR, as famílias não adquirem a garantia da
moradia no acesso a casa, somente ocorre de fato, o direito à propriedade do
proponente após a quitação dos pagamentos.
[...] 37% dos respondentes afirmaram que o que mais gostavam na casa era
o fato de ela ser própria, sendo a principal razão de satisfação apontada.
Isso parece estar diretamente relacionado com a situação de insegurança
que viviam anteriormente, tendo em vista que mais de 43% das famílias
entrevistadas provinham de favelas e, muito provavelmente, não tinham
seus direitos possessórios formalmente reconhecidos, embora o marco
internacional do direito à moradia já lhes garantisse o direito à posse segura
[...] (ROLNIK et al, 2015, p. 405).
6
Segundo o jornal Exame de 8 de novembro de 2018: https://exame.abril.com.br/negocios/tenda-
lucro-liquido-vai-a-r-644-milhoes-no-3o-tri-expansao-de-1098/
7
Segundo o site Rede Brasil Atual de 8 de janeiro de 2019:
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/01/deficit-habitacional-bate-recorde-e-movimento-
de-moradia-ve-futuro-com-preocupacao
77
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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83
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