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LINGUAGEM VISUAL

PENSANDO SOBRE O TEMA

Você já viu alguma imagem e ficou na dúvida se ela era ou não uma obra de arte? Quais foram as
imagens?
Como você faria para distinguir a imagem de um cartaz de filme de cinema ou de uma tela pintada
como sendo arte?
Você sabe o que é arte e para quê ela serve?

DEFINIÇÃO DE ARTE

O termo arte vem do latim “ars” que significa “arranjo”, “habilidade”. O mundo da arte é concreto e
vivo podendo ser produzido, apreciado e compreendido. Através da experiência artística o ser humano
desenvolve sua imaginação e criação aprendendo a conviver com seus semelhantes, respeitando as
diferenças e sabendo modificar sua realidade.
A arte é uma das primeiras manifestações da humanidade como forma do ser humano marcar sua
presença criando objetos e formas (pintura nas cavernas, templos religiosos, roupas, quadros, filmes etc.)
que representam sua vivência no mundo, comunicando e expressando suas ideias, sentimentos e sensações
para os outros.
Desta maneira, quando o ser humano faz arte, ele cria um objeto artístico que não precisa nos mostrar
exatamente como as coisas são no mundo natural ou vivido e sim, como as coisas podem ser, de acordo com
a sua visão.
A função da arte e o seu valor, portanto, não estão no retrato fiel da realidade, mas sim, na
representação simbólica do mundo humano.
Dentre os possíveis e variados conceitos que a arte pode ter podemos sintetizá-los do seguinte modo:

A arte é uma experiência humana de conhecimento estético que transmite e expressa ideias e
emoções na forma de um objeto artístico (desenho, pintura, escultura, arquitetura, teatro, música, dança etc.)
e que possui em si o seu próprio valor.

Portanto, para apreciarmos a arte é necessário aprender sobre ela. Aprender a observar, a analisar, a
refletir, a criticar e a emitir opiniões fundamentadas sobre gostos, estilos, materiais e modos diferentes de
fazer arte.

ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA EXISTIR A ARTE

Para existir a arte são necessários três elementos:

 O ARTISTA
 O OBSERVADOR
 A OBRA DE ARTE

O primeiro elemento é o artista, aquele que cria a obra, partindo do seu conhecimento concreto,
abstrato e individual transmitindo e expressando suas ideias, sentimentos, emoções em um objeto artístico
(pintura, escultura, desenho etc.) que simbolize esses conceitos. Para criar a obra o artista necessita conhecer
e experimentar os materiais com que trabalha, quais as técnicas que melhor se encaixam à sua proposta de
arte e como expor seu conhecimento de maneira formal no objeto artístico.
O outro elemento é o observador, que faz parte do público que tem o contato com a obra, partindo
num caminho inverso ao do artista – observa a obra para chegar ao conhecimento de mundo que ela contém.
Para isso o observador precisa de sensibilidade, disponibilidade para entendê-la e algum conhecimento de
História e História da Arte, assim poderá entender o contexto em que a obra foi produzida e fazer relação
com o seu próprio contexto.
Por fim, a obra de arte ou o objeto artístico, faz parte de todo o processo, indo da criação do artista
até o entendimento e apreciação do observador. A obra de arte guarda um fim em si mesma, sem precisar de
um complemento ou “tradução” desde que isso não faça parte da proposta do artista.

FUNÇÕES DA ARTE

Cada sociedade vê a arte de um modo diferente, segundo a sua função. Nas sociedades indígenas e
africanas originais a arte não era separada do convívio do dia-a-dia, mas presente nas vestimentas, nas
pinturas, nos artefatos, na relação com o natural e o sobrenatural, onde cada membro da comunidade podia
exercer uma função artística.
Somente no séc. XX a arte foi reconhecida e valorizada por si, como objeto que possibilita uma
experiência de conhecimento estético.
Ao longo da história da arte podemos distinguir três funções principais para a arte:
 a PRAGMÁTICA ou UTILITÁRIA;
 a NATURALISTA;
 a FORMALISTA.

Função pragmática ou utilitária

A arte serve como meio para se alcançar um fim não-artístico, não sendo valorizada por si mesma,
mas pela sua finalidade.
Segundo este ponto de vista a arte pode estar a serviço para finalidades pedagógicas, religiosas,
políticas ou sociais.
Não interessa aqui se a obra tem ou não qualidade estética, mas se a obra cumpre seu papel social de
atingir a finalidade a que ela se prestou.

Função naturalista

O que interessa é a representação da realidade ou da imaginação o mais natural possível para que o
conteúdo possa ser identificado e compreendido pelo observador.
A obra de arte naturalista mostra uma realidade que está fora dela, retratando objetos, pessoas ou
lugares.
Para a função naturalista o que importa é a correta representação (perfeição da técnica) para que
possamos reconhecer a imagem retratada; a qualidade de representar o assunto por inteiro; e o poder de
transmitir de maneira convincente o assunto para o observador.
Função formalista

Atribui maior qualidade na forma de apresentação da obra preocupando-se com seus significados e
motivos estéticos.
A função formalista trabalha com os princípios que determinam a organização da imagem – os
elementos e a composição da imagem.
Com o formalismo nas obras, o estudo e entendimento da arte passaram a ter um caráter menos
ligado às duas funções anteriores importando-se mais em transmitir e expressar ideias e emoções através de
objetos artísticos.
Foi só a partir do séc. XX que a função formalista predominou nas produções artísticas através da
arte moderna, com novas propostas de criação. O conceito de arte que temos hoje em dia é derivado desta
função.

Para saber mais

As obras de arte, especialmente as visuais, possuem duas tendências diferentes na forma de


apresentação de uma obra: a figurativa e a abstrata.
Arte figurativa ou figurativismo - que retrata e expressa a figura de um lugar, objeto, pessoa ou
situação de forma que possa ser identificado, reconhecido. Abrange desde a figuração realista, parecida com
o real até a estilizada (não tão próximo do real, apenas sugere). O figurativismo segue regras e padrões de
representação da imagem retratada.

A dama com o arminho (retrato de Cecilia Mulher jovem. 1909. Pablo Picasso. Figura
Gallerani). 1490. Leonardo da Vinci. Figura realista. estilizada.

Arte abstrata ou abstracionismo: é um termo genérico utilizado para classificar toda forma de arte
que se utiliza somente de formas, cores ou texturas, sem retratar nenhuma figura, rompendo com a
figuração, com a representação naturalista da realidade. Podemos classificar o abstracionismo em duas
tendências básicas: a geométrica e a informal.
Composição em amarelo, preto, vermelho e azul - Esboço para Dilúvio II. Wassily Kandinsky 1912.
1921. Piet
Mondrian.

ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM VISUAL

Linguagem visual é todo tipo de comunicação que se dá através de imagens e símbolos.


Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, são a matéria-prima de toda
informação visual. Entretanto, esses elementos isolados não representam nada, não tem significados
preestabelecidos, nada definem antes de entrarem num contexto formal.
De acordo com o estudo de vários autores, podem-se identificar como principais elementos visuais: o
ponto, a linha, a forma, o plano, a textura, e a cor.

ARTES CÊNICAS

A arte cênica é toda forma de arte que é feita em um palco ou em público. Elas podem acontecer em
praças e ruas, assim como em palcos improvisados. A arte cênica pode ser chamada também
de arte performativa. Ela é classificada em 4 classes: ópera, teatro, dança e circo.

A ópera é a encenação de um drama combinado com música. O drama utiliza elementos teatrais,
como vestuário, cenografia e atuação. Só que ao invés de se falar, a letra é cantada. Os cantores são
acompanhados por grupos musicais.
O teatro é desenvolvido por um ator ou um conjunto de atores que interpretam uma história para um
público. Os espetáculos têm como objetivo despertar o sentimento dos espectadores.
A dança é a expressão artística corporal. Ela é caracterizada pelo uso do corpo, que realiza
movimentos ensaiados ou improvisados. A dança normalmente é acompanhada por um ritmo musical.
O circo é uma companhia que reúne artistas de especialidades muito diferentes. Nesse conjunto há
malabaristas, palhaços, acrobatas, equilibristas, domadores entre outros. O circo é organizado em um
picadeiro circular. Suas apresentações costumam acontecer debaixo de uma grande lona.

Origem histórica do Teatro

O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades. O homem
primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas
necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo
era uma espécie de danças dramáticas coletivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de
ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários
anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de acalmar os efeitos da
natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgem danças miméticas.
Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos rituais tornaram-se grandes rituais
formalizados e baseados em mitos. Cada mito conta como uma realidade veio a existir. Os mitos possuíam
regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação, ou seja,
em movimento. Estes rituais propagavam as tradições e serviam para o divertimento e a honra dos nobres.
Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o “ditirambo”, um tipo de procissão informal que servia para
homenagear o deus Dioniso (deus do Vinho). Mais tarde o “ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por
coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande
inovação deu-se quando se criou o diálogo entre coreutas e o corifeu. Cria-se assim a ação na história e
surgem os primeiros textos teatrais.

Gênero teatral

Gênero teatral é uma definição sempre questionável. Como toda generalização, sempre deixará de
lado traços particulares de cada obra individual e, como toda definição, ela será sempre marcada por
questões e pontos de vista de cultura e de cada época.
René Wellek e Austin Warren, em sua obra Teoria da Literatura, distinguem duas definições sobre o
gênero: a do pensamento clássico e a do pensamento moderno (Wellek e Warren 1955, p. 292-293):
A teoria clássica, de caráter normativo e prescritivo, se importava em quanto cada gênero diferia do
outro, quanto a natureza e ao prestígio e considerava que os gêneros "deveriam ser mantidos separados".
Esta se preocupava em procurar essências de cada um e discriminar diferenças.
A teoria moderna, por outro lado, de natureza descritiva e pragmática, não limita o número de
espécies e nem se preocupa com regras definidoras de cada um, admitindo misturas e o surgimento de novas
espécies, assim como o hibridismo entre elas. A teoria moderna se preocupa mais em buscar pontos de
intersecção ou pontos em comum entre o(s) gênero(s).

A origem histórica da Dança, sua evolução e os fundamentos conceituais

Inicialmente havia apenas a dança, realizada por mulheres; depois introduziu-se os marcadores de
ritmos ( pessoas que batiam palmas e estalavam os dedos para acompanhar os movimentos). Os rituais,
celebrados em períodos de aragem e semeadura da terra, aconteciam nos templos e deles participavam
sacerdotes e músicos.
A DANÇA NA PRÉ-HISTÓRIA
Nas paredes das cavernas foram encontrados desenhos e pinturas retratando pessoas que parecem
dançar. Assim, muitos consideram que a dança foi uma das primeiras formas de expressão e, ao que tudo
indica, era praticada em cerimônias religiosas para reverenciar deuses e pedir abundância na caça; as danças
ocorriam também em cerimônias fúnebres e rituais de cura, entre outras ocasiões. Hoje, antropólogos e
cientistas sociais estudam danças de várias culturas porque esse tipo de expressão artística pode revelar o
modo de vida de uma cultura ou civilização.

A DANÇA NA GRÉCIA
Ao que tudo indica, originalmente o povo grego dançava em rituais homenageando os deuses com a
dança improvisadas, chamadas de DANÇAS PURAS, que era realizada durante os cultos. Pouco a pouco
passaram a ser mais organizadas e deram origem as DANÇAS TEATRAIS, que eram marcadas e
coreografadas, e, mais tarde ao TEATRO CANTADO e DANÇADO.

A DANÇA NA ROMA
No início, eram praticadas DANÇAS CORAIS de homens ou de sacerdotes em profissões
campestres, fúnebres e de batalha, em homenagem aos deuses, entre eles Marte ( o deus da guerra). Porém, o
público romano gostava mesmo era das lutas de gladiadores, o que acabou deixando as danças em segundo
plano. Depois do ano 200 a. C., o ator Lívio Andrônico famoso por suas traduções das tragédias de Sófocles
e Eurípedes e pelo desenvolvimento da pantomima romana ( teatro gestual que faz o menor uso possível de
palavras e o maior uso de gestos). E desse período, também, uma dança que representava o rapto das
sabinas, atribuída a Rômulo, o fundador de Roma. Por volta de 25 a.C., os romanos construíram teatros com
capacidades para acomodar vinte mil pessoas; Desses teatros originou-se o que chamamos TEATRO
ITALIANO, onde era encenadas danças, solos sem a presença do coro.

A DANÇA NA IDADE MÉDIA


A Idade Média foi responsável por uma ruptura brutal na evolução da dança. Na antigüidade, a dança
era sagrada, e logo evoluiu para um rito tribal em honra aos Deuses. Por não aceitar outras crenças, a Igreja
Católica medieval proibiu esses tipos de dança e a modernidade continuou o processo evolutivo apenas da
dança recreativa. Essa dança, mesmo não sendo proibida, era mal vista pelas autoridades eclesiásticas, pois
era dançada como uma manifestação da espontaneidade individual. Com isso, concluímos que a dança não
foi integrada à liturgia católica, apesar de aparecer nas comemorações.

A DANÇA NO RENASCIMENTO
Foi no Renascimento que a dança recuperou sua importância, após banida das liturgias e ter
sobrevivido em rituais de morte e/ou contra ela, com as machadas danças macabras – em virtude da peste
negra -, com as danças profanas dos camponeses e com as danças dos nobres, que mal podiam se mexer por
conta das pesadas roupas. Surge, então, uma dança na qual elementos de técnica e ritmo, elegância e
coordenação ganham importância, dando origem a um tratado criado pelo professor Guilherme ( o Judeu),
patrocinado pelo duque de Urbino. Esse tratado foi de fundamental importância para dança que mais tarde
ganhou o nome de BALÉ. Catarina de Médici, por ocasião de seu casamento com o futuro Henrique II,
levou para a França um grupo de bailarinos e o coreógrafo Balthasar, que transformou a dança da corte em
BALÉ TEATRAL.

A DANÇA NO BARROCO
A dança barroca, uma evolução do balé cortesão, ópera-balé, desenvolveu-se na corte francesa do s
século XVII e era dançada em círculos, com movimentos delicados. Havia variações dessa dança, entre
elas bourrée, minuet, mussette, sarabande, etc.
A DANÇA MODERNA
Os artistas da dança moderna tem muito orgulho da sua história, tendo o polo oposto do balé. Ballet é
a história da organização, movimento simétrico, as tradições das cias, teatros, assim como indivíduos. Dança
moderna, por outro lado, é quase totalmente a história das personalidades, bebidas espirituosas e corações de
cada um dos bailarinos, que elaboram as suas próprias filosofias, e definir os seus próprios estilos. Estes
estilos evoluem e são transmitidos aos estudantes que, em seguida, romper a criar algo novo e tão pessoal.

A DANÇA CONTEMPORÂNEA
A dança contemporânea rompe com as molduras clássicas. Não tem técnicas específicas nem um
"corpo ideal". Inova nas temáticas e na relação com os espaços e outras artes.
A dança contemporânea surge nos anos 60 nos EUA. Nasce no seguimento da dança moderna, na medida
em que pretende também romper com os moldes rígidos da dança clássica.

Classificação e Gêneros

Várias classificações das danças podem ser feitas, levando-se em conta diferentes critérios.

Quanto ao modo de dançar:


 dança solo (ex.: coreografia de solista no balé, sapateado, semba);
 dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, forró etc);
 dança em grupo (ex.: danças de roda, sapateado, gavota).

Quanto a origem:
 dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado etc);
 dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota etc);
 dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);
 dança étnica (ex.: danças tradicionais de países ou regiões).

Quanto a finalidade:
 dança erótica (ex.: can can, striptease, pole dancing);
 dança cênica ou performática (ex.: balé, dança do ventre, sapateado, dança contemporânea);
 dança social (ex.: dança de salão, axé, tradicional);
 dança religiosa/dança profética (ex.: dança sufi).
 dança coreografada (ex.: Casamento, Debutantes, Bodas); etc

MÚSICA

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é uma forma de arte que se
constitui basicamente em combinar sons e ritmo seguindo uma pré-organização ao longo do tempo.
É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece
nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre
seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos
como sua principal função.
A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música variam de acordo com a
cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente organizadas (e a sua recriação na
performance), música improvisada até formas aleatórias. Pode ser dividida em gêneros e subgêneros,
contudo as linhas divisórias e as relações entre géneros musicais são muitas vezes sutis, algumas vezes
abertas à interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música pode ser
classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espetáculo.
Para indivíduos de muitas culturas, a música está extremamente ligada à sua vida. A música expandiu-se ao
longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como
a militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas
atividades coletivas, como os rituais religiosos3 , festas e funerais.
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a
observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou
vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Embora nenhum critério científico
permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se, com a própria
história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana.

Definição

Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida por qualquer
pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os significados dessa prática. Mais do que
qualquer outra manifestação humana, a música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por
essa razão ela esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se modificou, já
evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional. Como "arte do efêmero", a música não
pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um conceito simples.
A música também pode ser definida como uma forma de linguagem que se utiliza da voz,
instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo à alguém.
Um dos poucos consensos é que ela consiste em uma combinação de sons e de silêncios, numa
sequência simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se desenvolvem ao longo do tempo.
Neste sentido, engloba toda combinação de elementos sonoros destinados a serem percebidos pela audição.
Isso inclui variações nas características do som (altura, duração, intensidade e timbre) que podem ocorrer
sequencialmente (ritmo e melodia) ou simultaneamente (harmonia). Ritmo, melodia e harmonia são
entendidos aqui apenas em seu sentido de organização temporal, pois a música pode conter propositalmente
harmonias ruidosas (que contém ruídos ou sons externos ao tradicional) e arritmias (ausência de ritmo
formal ou desvios rítmicos).
E é nesse ponto que o consenso deixa de existir. As perguntas que decorrem desta simples
constatação encontram diferentes respostas, se encaradas do ponto de vista do criador (compositor), do
executante (músico), do historiador, do filósofo, do antropólogo, do linguista ou do amador. E as perguntas
são muitas:
 Toda combinação de sons e silêncios é música?
 Música é arte? Ou de outra forma, a música é sempre arte?
 A música existe antes de ser ouvida? O que faz com que a música seja música é algum aspecto
objetivo ou ela é uma construção da consciência e da percepção?
Mesmo os adeptos da música aleatória, responsáveis pela mais recente desconstrução e reformulação
da prática musical, reconhecem que a música se inspira sempre em uma "matéria sonora", cujos dados
perceptíveis podem ser reagrupados para construir uma "matéria musical", que obedece a um objetivo
de representação próprio do compositor, mediado pela técnica. Em qualquer forma de percepção,
os estímulos vindos dos órgãos dos sentidos precisam ser interpretados pela pessoa que os recebe. Assim
também ocorre com apercepção musical, que se dá principalmente pelo sentido da audição. O ouvinte não
pode alcançar a totalidade dos objetivos do compositor. Por isso reinterpreta o "material musical" de acordo
com seus próprios critérios, que envolvem aquilo que ele conhece, sua cultura e seu estado emocional.
Da diversidade de interpretações e também das diferentes funções em que a música pode ser utilizada
se conclui que a música não pode ter uma só definição precisa, que abarque todos os seus usos e gêneros.
Todavia, é possível apresentar algumas definições e conceitos que fundamentam uma "história da música"
em perpétua evolução, tanto no domínio do popular, do tradicional, do folclórico ou do erudito.
O campo das definições possíveis é na verdade muito grande. Há definições de
vários músicos (como Mozart, Beethoveen, Schönberg, Stravinsky, Varèse, Gould, Jean Guillou,
Boulez, Berio e Harnoncourt), bem como de musicólogos como Carl Dalhaus, Jean Molino, Jean-Jacques
Nattiez, Célestin Deliège, entre outros. Entretanto, quer sejam formuladas por músicos, musicólogos ou
outras pessoas, elas se dividem em duas grandes classes: uma abordagem intrínseca, imanente e naturalista
contra uma outra que a considera antes de tudo uma arte dos sons e se concentra na sua utilização e
percepção.

Gêneros musicais

Assim como existem várias definições para música, existem muitas divisões e agrupamentos da
música em gêneros, estilos e formas. Dividir a música em gêneros é uma tentativa de classificar cada
composição de acordo com critérios objetivos, que não são sempre fáceis de definir.
Uma das divisões mais frequentes separa a música em grandes grupos:
 Música erudita - a música tradicionalmente dita como "culta" e no geral, mais elaborada. Também é
conhecida como "música clássica", especificamente a composta até o Romantismo por ter sobrevivido ao
tempo ao longo dos séculos, no mesmo sentido em que se fala de "literatura clássica". Pode ser dito também
de música clássica, obras que são bem familiares e conhecidas, ao ponto de serem assoviadas pelas pessoas,
algo mais popular assim como a literatura. Seus adeptos consideram que é feita para durar muito tempo e
resistir à moda e a tendências. Em geral exige uma atitude contemplativa e uma audição concentrada.
Alguns consideram que seja uma forma de música superior a todas as outras e que seja a real arte musical.
Porém, deve também ser lembrado que mesmo os compositores eruditos várias vezes utilizaram melodias
folclóricas (determinada região) para que em cima dela fossem compostas variações. Alguns compositores
chegaram até a apenas colocar melodias folclóricas como o segundo sujeito de suas músicas (como Villa-
Lobos fez extensamente). Os gêneros eruditos são divididos sobretudo de acordo com o períodos em que
foram compostas ou pelas características predominantes.
 Música popular - associada a movimentos culturais populares. Conseguiu se consolidar apenas após
a urbanização e industrialização da sociedade e se tornou o tipo musical icônico do século XX. Se apresenta
atualmente como a música do dia-a-dia, tocada em shows e festas, usada para dança e socialização. Segue
tendências e modismos e muitas vezes é associada a valores puramente comerciais, porém, ao longo
do tempo, incorporou diversas tendências vanguardistas e inclui estilos de grande sofisticação. É um tipo
musical frequentemente associado a elementos extra-musicais, como textos (letra de canção), padrões de
comportamento e ideologias. É subdividida em incontáveis gêneros distintos, de acordo com a
instrumentação, características musicais predominantes e o comportamento do grupo que a pratica ou ouve.
 Música folclórica ou música nacionalista - associada a fortes elementos culturais de cada grupo social.
Tem caráter predominantemente rural ou pré-urbano. Normalmente são associadas a festas folclóricas ou
rituais específicos. Pode ser funcional (como canções de plantio e colheita ou a música das rendeiras e
lavadeiras). Normalmente é transmitida por imitação e costuma durar décadas ou séculos. Incluem-se neste
gênero as cantigas de roda e de ninar.
 Música religiosa, utilizada em liturgias, tais como missas e funerais. Também pode ser usada
para adoração e oração ou em diversas festividades religiosas como o natal e a páscoa, entre outras. Cada
religião possui formas específicas de música religiosa, tais como a música sacra católica,
o gospel das igrejas evangélicas, a música judaica, os tambores do candomblé ou outros cultos africanos, o
canto do muezim, no Islamismo entre outras.
Cada uma dessas divisões possui centenas de subdivisões. Gêneros, subgêneros e estilos são usados
numa tentativa de classificar cada música. Em geral é possível estabelecer com um certo grau de acerto o
gênero de cada peça musical, mas como a música não é um fenômeno estanque, cada músico é
constantemente influenciado por outros gêneros. Isso faz com que subgêneros e fusões sejam criados a cada
dia. Por isso devemos considerar a classificação musical como um método útil para o estudo e
comercialização, mas sempre insuficiente para conter cada forma específica de produção. A divisão em
gêneros também é contestada assim como as definições de música porque cada composição ou execução
pode se enquadrar em mais de um gênero ou estilo e muitos consideram que esta é uma forma artificial de
classificação que não respeita a diversidade da música. Ainda assim, a classificação em gêneros procura
agrupar a música de acordo com características em comum. Quando estas características se misturam,
subgêneros ou estilos de fusão são utilizados em um processo interminável.
Os estilos musicais ao entrar em contato entre si produzem novos estilos e há uma miscigenação
entre culturas para produzir gêneros transnacionais. O blues e o jazz dos Estados Unidos,6 por exemplo, têm
elementos vocais e instrumentais das tradições anglo-irlandesas, escocesas, alemãs e afro-americanas que só
podem ser fruto da produção do "século XX"(20).
Outra forma de encarar os gêneros é considerá-los como parte de um conjunto mais abrangente de
manifestações culturais. Os gêneros são comumente determinados pela tradição e por suas apresentações e
não só pela música de fato. O Rock, por exemplo, possui dezenas de subgêneros, cada um com
características musicais diferentes mas também pelas roupas, cabelos, ornamentação corporal e danças, além
de variações de comportamento do público e dos executantes. Assim, uma canção de Elvis Presley,
um heavy metal ou uma canção punk, embora sejam todas consideradas formas de rock, representam
diversas culturas musicais diferentes.
Também a música erudita, folclórica ou religiosa possuem comportamentos e rituais associados.
Ainda que o mais comum seja compreender a música erudita como a acústica e intencionada para ser tocada
por indivíduos, muitos trabalhos que usam samples, gravações e ainda sons mecânicos, não obstante, são
descritas como eruditas, uma vez que atendam aos princípios estéticos do erudito. Por outro lado, uma
trecho de uma obra erudita como os "Quadros de uma Exposição" de Mussorgsky tocado por Emerson, Lake
and Palmer se torna Rock progressivo não só por que houve uma mudança de instrumentação, mas também
porque há uma outra atitude dos executantes e da plateia.

História e Evolução da Música

A História da música divide-se em Períodos distintos, cada qual identificado com um estilo que lhe é
peculiar. Um Período surge através de um processo lento e gradual relacionado com a evolução social e com
as mudanças de mentalidade que definem cada época, cada geração. Por isso mesmo, é difícil determinar
rigorosamente a data em que inicia ou termina cada período da História da Música.
Antes da Idade Média, a música começou a estar presente no quotidiano das pessoas. Nessa altura, a
música era um elemento importante da vida social em banquetes e diversões, e ainda em cerimonias estatais,
como celebrações de triunfos imperiais. Os músicos tinham um estatuto bem definido e os artistas de rua
(joculatores) combinavam a música com acrobacias e prestigitações.
Na Europa Medieval, a Igreja encarava os instrumentos como algo pagão. A única excepção era o
órgão que podia ser um pequeno instrumento portátil usado em procissões ou um instrumento enorme com
um grande número de tubos.
Na música profana a variedade de instrumentos usados é enorme. Eram instrumentos populares
europeus: a gaita-de-foles e a flauta.
A Renascença descreve o período entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. Nesta
altura, verificou-se um aumento regular do número de cantores empregues pelas melhores catedrais, bem
como pelas capelas particulares. Com o início da Renascença deu-se o desenvolvimento mais importante da
história da música:
O aparecimento de polifonia coral (em que existem várias vozes a cantar cada uma das partes) em
vez da polifonia solística, que domina até meados do século XV. Agora o objectivo era obter uma mistura
homogénea de vozes. Isto levou a uma maior preocupação com a harmonia e com a relação das notas
simultâneas. Nesta época, toda a pessoa educada (artista, académico ou diplomata) deveria saber música na
teoria e na prática.
Os principais centros de actividade musical na Europa Renascentista eram Veneza, Florença, Roma,
Londres e Antuérpia.
A Renascença foi o período em que a música tomou um lugar central, constituindo um elemento
dominante na vida cultural.
Após o período Renascentista, houve ainda diversos períodos que marcaram a evolução da música:
Em 1600, o Maneirismo e o Barroco. Neste período deu-se a retomada de certas expressões da cultura
medieval que constituíram manifesta reacção contra os valores clássicos prestigiados pelo humanismo
renascentista. Este novo estilo levou à procura de efeitos bizarros que já apontam para a arte moderna.
Neste período dá-se um grande desenvolvimento do fabrico e aperfeiçoamento dos instrumentos musicais, o
que proporciona enormes avanços técnicos ao nível da execução e permite aos compositores maior liberdade
de escrita. Neste período destacam-se os compositores Johann Sebastian Bach e António Vivaldi (1687-
1741).
A música do Barroco é exuberante, de ritmo e frases melódicas extensas, fluentes e muito
ornamentadas. São usados contrastes de timbres e de intensidades.
Na segunda metade do século XVIII, o Período Clássico e a Ópera, onde se destacou António
Caldara, Giovanni Bononcini, entre outros. A ópera é um género artístico que consiste num drama encenado
com música. A letra da ópera (conhecida como libreto) é cantada em lugar de ser falada. Os cantores são
acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfónica completa.
O movimento romântico surgiu por volta do século XIX com Beethoven. As suas sinfonias revelam uma
música com temática profundamente pessoal e interiorizada, assim como algumas das suas sonatas para
piano, isto é, Beethoven escrevia e interpretava as músicas de acordo com as suas emoções. Outros
compositores como Liszt e Grieg abandonaram o rigor formal do classicismo e cingiram-se ao romantismo.
Dá-se o nome de Música Moderna às tendências musicais que surgiram durante a primeira metade do
Século XX, após o Romantismo. Essas tendências incluem o impressionismo, o expressionismo, o
dodecafonismo e o experimentalismo, entre outras.· O modernismo valorizava especialmente a inovação e a
criatividade. Os cantores e compositores modernistas abordavam temas e ideias inéditas. Alguns dos
compositores modernistas mais conhecidos são Igor Stravinsky, Maurice Ravel e Manuel De Falla.
A música contemporânea corresponde à música erudita dos séculos XX e XXI, feita após os movimentos
impressionista e regionalista. Pode-se dizer ainda que músicas contemporâneas são aquelas cujo compositor
se encontra ainda vivo na época do locutor.

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