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SUMÁRIO

1 RESUMO EXECUTIVO .................................................................................................. 4


2 BASE TEÓRICA SOBRE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS ............. 5
2.1 Avaliação de passivo ambiental. ............................................................................. 5
2.2 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Investigação Preliminar ..................................................................... 6
2.3 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Investigação Confirmatória ............................................................... 7
2.4 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Investigação Detalhada .................................................................... 8
2.5 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Avaliação de risco à Saúde Humana ................................................ 8
3 INFORMAÇÕES DO TERRENO DE INTERESSE ........................................................10
4 LICENCIAMENTO E ATENDIMENTO A CONDICIONANTES – LO IN042437 ............14
5 HISTÓRICO DE INVESTIGAÇÕES DA QUALIDADE DO SOLO E DA ÁGUA
SUBTERRÂNEA ..................................................................................................................14
6 MODELO CONCEITUAL DE CONTAMINAÇÃO ..........................................................14
7 OBJETIVO ....................................................................................................................15
8 TRABALHOS DE CAMPO EXECUTADOS EM JUNHO DE 2019 ................................15
8.1 Malha de análise de compostos orgânicos voláteis ................................................15
8.2 Sondagem, instalação de poço de monitoramento e amostragem de solo e água
subterrânea para enviar ao laboratório de análises químicas. ..........................................17
8.3 Sentido preferencial de fluxo da água subterrânea ................................................20
9 RESULTADOS .............................................................................................................22
9.1 Concentrações em fase adsorvida de BTEX, PHA e TPH total ..............................22
9.2 Concentrações em fase dissolvia de BTEX, PHA e TPH total ................................23
10 MODELO CONCEITUAL DA CONTAMINAÇÃO ATUALIZADO ..............................24
11 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ..............................................................24
12 RESPONSÁVEL TÉCNICO .......................................................................................24
13 REFERERÊNCIAS ....................................................................................................25

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR CONFORME A ABNT NBR 1551-


1/2007 (ADAPTADO DA ABNT NBR 15515-1/2007). .......................................................... 7
FIGURA 2 - ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS. ................... 8
FIGURA 3 - PREMISSA PARA HAVER RISCO ..................................................................10
FIGURA 4 – POSTO DE ABASTECIMENTO TRERIENSE LTDA .......................................12
FIGURA 5 – CROQUI DO POSTO DE ABASTECIMENTO TRERIENSE LTDA..................13
FIGURA 6 – PONTOS DE ANÁLISE DE VOC AO LONGO DO TERRENO DO POSTO DE
ABASTECIMENTO TRERIENSE LTDA...............................................................................16
FIGURA 7 – POSICIONAMENTO DAS SONDAGENS/POÇOS DE MONITORAMENTO ...18
FIGURA 8 – PERFIS LITOLÓGICOS DO SUBSOLO LOCAL DETERMINADOS DURANTE
AS SONDAGENS ................................................................................................................19
FIGURA 9 – MAPA POTENCIOMÉTRICO DO AQUÍFERO RASO LOCAL ........................21
FOTO 1 – REALIZAÇÃO DE SONDAGEM .........................................................................26
FOTO 2 – SONDAGEM A TRADO MANUAL ......................................................................27
FOTO 3 – INSTALAÇÃO DO POÇO DE MONITORAMENTO .............................................28
FOTO 4 – POÇO DE MONITORAMENTO ...........................................................................29

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 -– MODELO CONCEITUAL ...............................................................................15


TABELA 2 - DADOS DAS SONDAGENS REALIZADAS NO TERRENO DE INTERESSE.20
TABELA 3 - RESULTADOS DO NIVELAMENTO DA BOCA DOS POÇOS DE
MONITORAMENTO E A CARGA HIDRÁULICA DE CADA UM DOS POÇOS DE
MONITORAMENTO .............................................................................................................20
TABELA 4 – CONCENTRAÇÕES DE BTEX, PHA E TPH EM FASE ADSORVIDA
ENCONTRADAS NO SOLO DO TERRENO DE INTERESSE (ST-01 A ST-04) ..................22
TABELA 5 – CONCENTRAÇÕES DE BTEX, PHA E TPH EM FASE DISSOLVIDA
ENCONTRADAS NO AQUÍFERO RASO DO TERRENO DE INTERESSE (PM-01 A PM-04)
.............................................................................................................................................23

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1 RESUMO EXECUTIVO

Em junho de 2019 o Posto de Abastecimento Treriense passou por processo de


investigação geoambiental para avaliar a possível existência de passivo ambiental oriundo
da atividade exercida no terreno de interesse.

A execução da investigação geoambiental tomou como base as recomendações da


NOP-06 do INEA e as Normas da ABNT específicas para a execução de sondagens,
instalação de poços de monitoramento e amostragem de solo/água subterrânea.

No total, foram executadas quatro sondagens e instalados quatro poços de


monitoramento na área do empreendimento.

O mapa potenciométrico do aquífero raso local indicou que o sentido preferencial de


fluxo do aquífero raso local é sul/sudoeste.

Para avaliar a possível existência de passivo ambiental, foram coletadas quatro


amostras de solo, quatro amostras de água subterrânea e enviadas para laboratório
acreditado pela ISSO 17025 para realizar análises de BTEX, PHA e TPH.

Os resultados das análises de BTEX, PHA e TPH nas amostras de solo e água
subterrânea não excederam os limites de detecção dos métodos analíticos adotados pelo
laboratório para quantificar as substâncias químicas de interesse supracitadas. Ou seja, os
resultados indicaram ausência de contaminação no terreno de interesse oriunda da
atividade comercial desenvolvida.

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2 BASE TEÓRICA SOBRE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

2.1 Avaliação de passivo ambiental.


As políticas ambientais de proteção dos solos, no geral, foram às últimas a serem
desenvolvidas nos países industrializados, bem após os problemas ambientais decorrentes
da poluição das águas e da atmosfera ter sido tematizados e tratados. Isso porque o solo
por muito tempo foi considerado um receptor ilimitado de substâncias nocivas descartáveis,
como o lixo doméstico e os resíduos industriais, com base no suposto poder tampão e
potencial de autodepuração, que leva ao saneamento dos impactos criados. Porém, essa
capacidade, como ficou comprovado posteriormente, foi superestimada e somente a partir
da década de 70, direcionada maior atenção a sua proteção. Isso fez com que a questão da
contaminação do solo e das águas subterrâneas tenha sido objeto de grande preocupação
nas três últimas décadas em países industrializados, principalmente nos Estados Unidos e
na Europa (Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas da CETESB).

No que diz respeito ao Brasil, a CETESB, órgão ambiental do Estado de São Paulo,
em parceria como Governo da Alemanha, por meio de sua Sociedade de Cooperação
Técnica (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit, GTZ ), elaborou
um manual de gerenciamento de áreas contaminadas que está disponível em
https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/manual-de-gerenciamento-de-areas-
contaminadas/. Conforme o manual citado, o Gerenciamento de Áreas Contamninadas
(GAC) visa minimizar os riscos a que estão sujeitos a população e o meio ambiente, por
meio de um conjunto de medidas que assegurem o conhecimento das características
dessas áreas e dos impactos por elas causados, proporcionando os instrumentos
necessários à tomada de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas. Com o
objetivo de otimizar recursos técnicos e econômicos, a metodologia utilizada no GAC
baseia-se em uma estratégia constituída por etapas sequenciais, em que a informação
obtida em cada etapa é a base para a execução da etapa posterior.

Posteriormente, no ano de 2009, foi publicada a Resolução Conama 420 que ―Dispõe
sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas
contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas‖. A Resolução

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Conama 420/2009 estabelece, a nível nacional, valores de referência da qualidade do solo e
da água subterrânea, além de estabelecer as etapas do GAC.

2.2 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução


Conama 420/2009 – Investigação Preliminar
A etapa inicial de avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea,
conforme a ABNT NBR 15515-1/2007, é a avaliação preliminar, a qual tem como objetivo
principal avaliar a possível existência de contaminação na área por conta das atividades
comerciais/industriais desenvolvida em um terreno de interesse.

A avaliação preliminar é realizada mediante coleta de dados existentes e realização de


inspeção de reconhecimento da área, conforme mostra a Figura 1. A partir de informações
sobre estudo histórico, estudo sobre o meio físico, vistoria de campo e entrevistas, é
elaborado o Relatório de investigação Preliminar que tem como objetivo principal a
elaboração de um modelo conceitual inicial de contaminação da área estudada.

O modelo conceitual da investigação preliminar indicará, caso haja, as áreas com


potencial e suspeita de contaminação, além das substâncias químicas de interesse (SQI) a
serem analisadas na próxima etapa do gerenciamento de áreas contaminadas.

Uma área com potencial de contaminação é uma área onde estão sendo
desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas atividades com potencial de contaminação que,
por suas características, podem acumular quantidades ou concentrações de contaminantes
em condições que a tornem contaminada enquanto uma área com suspeita de
contaminação é aquela na qual após a realização de uma avaliação preliminar, foram
observados indícios de contaminação (ABNT, 2007).

Atividade com potencial de contaminação é aquela na qual ocorre o manejo de


substâncias cujas características físico-químicas, biológicas e toxicológicas podem acarretar
danos à saúde humana e ao meio ambiente (ABNT, 2007), tais como postos de
combustíveis, oficinas mecânicas, indústrias dos mais variados ramos e etc.

Caso fique constatado que no terreno de interesse não foi desenvolvida atividade com
potencial de contaminação, a área deve ser declarada área habilitada para o uso declarado
e o gerenciamento de áreas contaminadas deve ser encerrado.

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Figura 1 - Etapas da investigação preliminar conforme a ABNT NBR 1551-1/2007
(adaptado da ABNT NBR 15515-1/2007).
2.3 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Investigação Confirmatória
A segunda etapa do GAC é a investigação confirmatória (Figura 2). A investigação
confirmatória, conforme a ABNT NBR 15515-2/2011, é a etapa do processo de avaliação de
passivo ambiental que tem como objetivo verificar a existência ou a ausência de
contaminação na área objeto de estudo.

A confirmação da contaminação em uma área se dá basicamente pela coleta de


amostras representativas de solo e/ou água subterrânea, em pontos suspeitos ou com
relevante indício de contaminação, para que sejam determinadas as concentrações das SQI
levantadas na investigação preliminar. Em determinadas situações, outros meios podem ser
amostrados, como gases do solo, sedimentos, água superficial ou biota.

A interpretação dos resultados das análises realizadas nas amostras coletadas é feita
por meio da comparação dos valores de concentração obtidos com os valores orientadores
estabelecidos pela Resolução Conama 420/2009 e Conema 46. Durante esta etapa do GAC
também são realizados experimentos para obter informações sobre as propriedades físicas
do subsolo, tais como sentido preferencial do fluxo da água subterrânea, velocidade de
deslocamento da água subterrânea, composição granulométrica do subsolo e etc. Essas
informações, juntamente com os resultados das concentrações das SQI, serão utilizadas
para atualizar e complementar o modelo conceitual construído na investigação preliminar.

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Figura 2 - Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas.
2.4 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução
Conama 420/2009 – Investigação Detalhada
A terceira etapa do GAC é a investigação Detalhada (Figura 2). A investigação
detalhada, conforme a ABNT NBR 15515-2/2013, é a etapa do processo de avaliação de
passivo ambiental que tem como objetivo principal a delimitação vertical e horizontal das
plumas de contaminação identificadas na investigação confirmatória e o refinamento das
informações sobre as propriedades físicas do subsolo, com a finalidade de alimentar o
modelo conceitual, diminuindo, assim, as incertezas sobre a distribuição da contaminação
em uma determinada área.

No que diz respeito a postos de serviços, o Instituto Estadual do Ambiente, no ano de


2013, publicou a NOP-06 que determina as diretrizes para execução de investigação
detalhada nesse tipo de empreendimento.

2.5 Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela resolução


Conama 420/2009 – Avaliação de risco à Saúde Humana
Após a realização da Investigação Detalhada é realizada a Avaliação de Risco,
conforme a ABNT NBR 16209/2013 e NOP-06 do INEA. O objetivo principal da Avaliação de
Risco é a identificação e quantificação dos riscos à saúde humana, decorrentes de uma
área contaminada, uma vez que a saúde humana e a segurança da população devem ser
priorizadas dentre os bens a proteger expostos. Dependendo da situação, outros bens
devem ser considerados, tais como os ecossistemas, a produção agrícola, as edificações e
instalações de infraestrutura urbana (Manual de gerenciamento de áreas contaminadas –
CETESB).

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As metodologias de avaliação de risco no GAC são baseadas em princípios de
toxicologia humana, no conhecimento das propriedades físico-químicas e no comportamento
dos contaminantes no meio ambiente.

A avaliação é desenvolvida observando-se os usos atuais e usos futuros da área em


estudo e seu entorno, sendo necessário entender: (i) os mecanismos de liberação e
transporte do contaminante no meio físico, (ii) identificar os receptores potenciais, (iii)
identificar todos as vias potenciais de exposição e (iv) estimar as concentrações máximas
aceitáveis para cada via de exposição específica.

Para cada via de exposição é estimada a intensidade, a frequência, a duração e os


caminhos da exposição humana, atual e/ou futura, com a finalidade de se calcular o
ingresso do contaminante, ou seja, a quantidade do composto químico que está na interface
de contato com o organismo exposto (pele, pulmões, intestino) e disponível para absorção.
Depois de calculado, o ingresso é dividido por um valor de referência, para efeitos
toxicológicos, ou multiplicado por um fator de carcinogenicidade, para efeitos
carcinogênicos, para que seja calculado o risco (manual de gerenciamento de áreas
contaminadas da CETESB; ABNT NBR 16209/2013).

O risco é apresentado como a probabilidade do desenvolvimento de câncer, de um


efeito adverso não carcinogênico agudo, sub-crônico, ou crônico, como resultado da
exposição aos compostos químicos de interesse. Em geral, as metodologias de análise de
risco à saúde humana, com fins para o GAC, consideram como risco aceitável carcinogênico
o índice de 10-5 (ou seja, 1 indivíduo a cada 100.000 de desenvolver câncer durante sua
vida devido a exposição de um determinado contaminante) e perigo de toxicidade o índice 1.

Havendo risco, é necessário que se adote uma medida de intervenção para eliminar o
risco. Como o risco só existe quando existem a contaminação, um mecanismo de
transporte, e um receptor (Figura 3), a intervenção adotada deverá atuar contra, pelo
menos, uma destas variáveis. Por exemplo, instalar um sistema de remediação apropriado
proporcionará a diminuição das concentrações de um determinado contaminante até que
seja atingida a concentração máxima aceitável calculada na análise de risco, fazendo com
que o risco seja mitigado. Em uma situação onde o risco de um contaminante com
volatilidade desprezível está associado à ingestão de água subterrânea, a simples medida
institucional de restringir o uso da água subterrânea já é capaz de mitigar o risco. Medidas
de engenharia também podem mitigar o risco, como por exemplo, alterando um projeto de
construção para evitar que ambientes fechados sejam construídos sobre uma área
contaminada por um composto volátil, abrandando o risco, neste caso, pela não presença

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de receptores, ou criando barreiras entre os receptores e a contaminação, eliminado, assim,
a via de exposição.

Figura 3 - Premissa para haver risco


Não havendo risco, após a realização de investigação detalhada ou após a adoção de
uma medida de intervenção, deverá ser realizado o monitoramento ambiental para
comprovar a eficiência da medida de intervenção adotada e para verificar se as
concentrações dos contaminantes não irão variar com o tempo a ponto de ressurgir
concentração que possa oferecer risco.

Com relação especificamente aos postos de serviço, no estado do Rio de janeiro, a


NOP-INEA-06 apresenta as concentrações máximas aceitáveis tabeladas para os diferentes
cenários e vias de exposição. A tabela é utilizada sempre que as concentrações
identificadas na área ultrapassam os valores listados na resolução CONAMA 420/09. Uma
simples comparação traz a luz os cenários que apresentam risco intolerável e norteia ações
de intervenção ou monitoramento na área.

3 INFORMAÇÕES DO TERRENO DE INTERESSE

O Posto de Abastecimento Treriense LTDA está situado na Rua Nelson Viana, nº 552,
Portão Vermelho – Três Rios/RJ (Figura 4).

O entorno do empreendimento é composto predominantemente por residências, como


indicado na Figura 4. Ou seja, no entorno do empreendimento não há outra fonte potencial
primária de contaminação de derivado de petróleo.

10
Dentre as atuais fontes primária potenciais de contaminação por derivados de petróleo
existentes na área do empreendimento, se destacam dois tanques subterrâneos, um
sistema de CSAO, além das linhas de sucção e os sumps de bomba e de tanque (Figura 5).

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Figura 4 – Posto de Abastecimento Treriense Ltda

12
Figura 5 – Croqui do Posto de Abastecimento Treriense Ltda

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4 LICENCIAMENTO E ATENDIMENTO A CONDICIONANTES – LO IN042437

No dia 29 de dezembro de 2014, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) concedeu a


Licença Ambiental Simplificada (LAS) Nº IN029446 com validade até 29 de dezembro de
2019.

5 HISTÓRICO DE INVESTIGAÇÕES DA QUALIDADE DO SOLO E DA ÁGUA


SUBTERRÂNEA

Conforme informado pelo proprietário do empreendimento, nunca foi realizado


monitoramento ambiental no terreno do empreendimento e por isso motivo não há
informações sobre a qualidade do solo e da água subterrânea local.

De fato, durante vistoria técnica da equipe da Ambiente Seguro Engenharia ao


empreendimento, não foi encontrado nenhum poço de monitoramento no terreno do
empreendimento, o que corrobora a informação obtida com os proprietários do
empreendimento.

6 MODELO CONCEITUAL DE CONTAMINAÇÃO

Conforme apresentado no capítulo anterior, não há informações sobre possível


presença de contaminação por derivado de petróleo, pois, conforme os proprietários do
empreendimento, nunca foi realizado nenhum estudo de passivo ambiental no terreno do
empreendimento.

Contudo, como no terreno de interesse é desenvolvida atividade com potencial de


contaminar o ambiente, a Tabela 1 apresenta as áreas dentro de terreno de interesse com
potencial (AP) de gerar contaminação.

Conforme informado pelo proprietário do empreendimento, não há histórico de


derramamento ou vazamento de combustível no empreendimento que pudesse gerar
contaminação. Dessa maneira, e tomando como base o que foi observado em vistoria
técnica da Ambiente Seguro engenharia, não foi identificada qualquer área com suspeita de
contaminação (AS).

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Tabela 1 -– Modelo Conceitual
Classificação
Fontes Substâncias ou produtos
(AP ou AS)
Pista de abastecimento AP Combustíveis líquidos
Área de tancagem AP Combustíveis líquidos
Área do compressor de GNV AP Óleos lubrificantes
Combustíveis líquidos e
CSAO AP
óleos lubrificantes
AP = Área com potencial de contaminação; AS = Área com suspeita de contaminação

7 OBJETIVO

O Objetivo do presente trabalho é avaliar a possível existência de contaminação por


derivado de petróleo no terreno do empreendimento, oriunda da atividade comercial
desenvolvida.

8 TRABALHOS DE CAMPO EXECUTADOS EM JUNHO DE 2019

A equipe técnica da Ambiente Seguro Engenharia realizou a investigação


confirmatória no terreno de interesse em junho de 2019, tendo como referência a NOP-
INEA-06 e a NBR 15515-2.

Para identificar possível ocorrência de contaminação, a investigação confirmatória foi


baseada no modelo conceitual apresentado no item 6, considerando as substâncias
químicas de interesse que podem ser utilizadas como indicadores de contaminação para o
caso. Foram escolhidos os grupos BTEX, PHA e TPH, já que estão presentes nos
combustíveis líquidos e óleos lubrificantes, produtos estes manipulados no empreendimento.
Toda investigação confirmatória foi elaborada tomando como base nas NBR pertinentes aos
serviços executados para garantir confiabilidade nos resultados.

8.1 Malha de análise de compostos orgânicos voláteis


Para avaliar a possível existência de vapores de compostos orgânicos voláteis (VOC)
no terreno de interesse e auxiliar no melhor posicionamento das sondagens e dos poços de
monitoramento, foram realizadas 37 análises de VOC ao longo do terreno de interesse,
conforme posicionamentos indicado na Figura 6. As análises foram realizadas a 0,5 metros
e 1,0 metro de profundidade, utilizando o aparelho portátil que quantifica os vapores de VOC
por meio de um detector de combustão catalítica (Detector Portátil de Gás Rikem Keiki –
GP100). Em nenhuma das análises as concentrações de VOC excederam o limite de
detecção do aparelho. Este resultado indica inicialmente indícios de ausência de
contaminação por derivado de petróleo no solo e no aquífero raso do terreno de interesse.

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Figura 6 – Pontos de análise de VOC ao longo do terreno do Posto de Abastecimento Treriense Ltda

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8.2 Sondagem, instalação de poço de monitoramento e amostragem de solo e água
subterrânea para enviar ao laboratório de análises químicas.
Para avaliar possível presença de contaminação por derivado de petróleo adsorvido
ao subsolo e dissolvido/fase livre no aquífero raso local, foram realizadas quatro sondagens,
conforme a NBR 15492, e instalados quatro poços de monitoramento, conforme NBR 15495,
distribuídas pela área do posto de modo que contemplasse todas as potenciais fontes
primárias de contaminação, conforme mostrado na Figura 7 (nos anexos do relatório
constam fotografias dos trabalhos de campo).

Durante as sondagens também foram realizadas análises de VOC, a cada 0,5 metro
de profundidade, utilizando um aparelho portátil da marca RKI – Modelo II, conforme
recomendado pela NBR 15495.

Os resultados de concentrações de VOC ao longo das sondagens também não


excederam o limite de detecção do aparelho. Sendo assim, como não foram encontrados
indícios de contaminação em fase adsorvida, as quatro amostras de solo, uma de cada
sondagem, foram coletadas na franja capilar do aquífero raso, acondicionadas sob
refrigeração e enviadas ao laboratório EP Engenharia do Processo Ltda, credenciado pelo
INEA, para realizar análises de BTEX, PHA e TPH.

Os poços de monitoramento foram instalados com seção filtrante plena para avaliar
uma possível contaminação em fase livre. Os perfis litológicos dos poços de monitoramento
e as informações das sondagens são apresentados na Figura 8 e Tabela 2. Importante frisar
que nenhum dos poços de monitoramento apresentou contaminação em fase livre, nem
mesmo indício de oleosidade.

As sondagens 1 e 2 atingiram perfil impenetrável a trado manual em 1,5 metro de


profundidade, conforme indicado na Figura 8. NO entanto, foi atingido o nível d’água do
aquífero raso nestas duas sondagens, conforme indicado na Figura 8.

Foi coletada uma amostra de água subterrânea de cada um dos quatro poços de
monitoramento instalados, conforme escopo da ABNT NBR 15847/2010, utilizando bailers
descartáveis. As amostras foram acondicionadas sob refrigeração e enviadas ao laboratório
EP Engenharia do Processo Ltda, credenciado pelo INEA, para realizar análises de BTEX,
PHA e TPH

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Figura 7 – Posicionamento das sondagens/poços de monitoramento

18
Figura 8 – Perfis litológicos do subsolo local determinados durante as sondagens

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Tabela 2 - Dados das sondagens realizadas no terreno de interesse
Profundidade Nível d’água
Sondagem final da estabilizado Fase livre
sondagem (m) (NA) (m)
ST-01 1,5 0,60 Não
ST-02 1,5 0,80 Não
ST-03 3,0 1,60 Não
ST-04 3,0 1,20 Não
8.3 Sentido preferencial de fluxo da água subterrânea
Após a instalação dos poços de monitoramento, foi realizado o levantamento
topográfico das cotas das bocas dos poços de monitoramento instalados, com o objetivo de
determinar as cargas hidráulicas de cada um dos pontos do aquífero raso local monitorados
pelos poços de monitoramento, conforme indicado na. Tabela 3

A Figura 9 apresenta o mapa potenciométrico do aquífero raso local e este indica que
o sentido preferencial do fluxo do aquífero raso local é na direção sul/sudoeste.

Tabela 3 - Resultados do nivelamento da boca dos poços de monitoramento e a carga


hidráulica de cada um dos poços de monitoramento
Profundidade Nível
PM final da d’água Cota local Nivelamento Cota Carga
sondagem estabilizado considerada (m) real hidráulica
(m) (NA) (m) (m) (m) (m)
PM-01 1,5 0,60 10 0,08 9,92 9,32
PM-02 1,5 0,80 10 0,05 9,95 9,15
PM-03 3,0 1,60 10 0 10 8,40
PM-04 3,0 1,20 10 0,05 9,95 8,75

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Figura 9 – Mapa potenciométrico do aquífero raso local

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9 RESULTADOS

9.1 Concentrações em fase adsorvida de BTEX, PHA e TPH total


A Tabela 4 apresenta as concentrações de BTEX, PHA, TPH total encontradas nas
análises de solo das 5 amostras de solo. Conforme indicado na tabela, nenhuma das
amostras de solo apresentou concentrações de BTEX, PHA e TPH total superiores aos
limites de detecção do método analítico adotado pelo laboratório. Ou seja, os resultados
indicam ausência de contaminação em fase adsorvida.

Tabela 4 – Concentrações de BTEX, PHA e TPH em fase adsorvida encontradas no solo do


terreno de interesse (ST-01 a ST-04)

Conama
420/2009
ST-01 ST-02 ST-03 ST-04
SQI Residencial
(mg/kg) (mg/kg) (mg/kg) (mg/kg)
(mg/kg)

Benzeno <LD <LD <LD <LD 0,08

Tolueno <LD <LD <LD <LD 30

Etilbenzeno <LD <LD <LD <LD 40

Xilenos <LD <LD <LD <LD 30

Acenafteno <LD <LD <LD 0,00223 NE

Acenaftileno <LD <LD <LD <LD NE

Antraceno <LD <LD <LD 0,00357 NE

Benzo(a)Antraceno 0,09519 <LD <LD 0,02133 NE

Benzo(a)Pireno 0,6022 <LD <LD 0,01921 1,5

Benzo(b)Fluoranteno 0,08636 <LD <LD 0,02222 NE


Benzo(k)Fluoranteno 0,02041 <LD <LD 0,01027 NE
Benzo(g,h,i)Perileno 0,01904 <LD <LD 0,01094 NE
Criseno 0,06632 <LD <LD 0,01999 NE

Dibenzo(a,h)antraceno 0,00411 <LD <LD 0,00335 0,6

Fenantreno 0,13439 <LD <LD 0,02032 40

Fluoranteno 0,09034 <LD <LD 0,04790 NE

Fluoreno <LD <LD <LD 0,00145 NE

Indeno[1,2,3-cd]pireno 0,02874 <LD <LD 0,01273 25

Naftaleno 0,05487 <LD <LD <LD 60

Pireno 0,09059 <LD <LD 0,03953 NE

TPH total 703,7 <LD <LD <LD 1000*


*Resolução Conema 46 (NOP-INEA-05).
<LD – Concentração menor que o limite de detecção do método.NE – Não há valor de comparação

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9.2 Concentrações em fase dissolvia de BTEX, PHA e TPH total
A Tabela 5 apresenta as concentrações de BTEX, PHA, TPH total encontradas nas
análises de solo das 5 amostras de solo. Conforme indicado na tabela, nenhuma das
amostras de água subterrânea apresentou concentrações de BTEX, PHA e TPH total
superiores aos limites de detecção do método analítico adotado pelo laboratório. Ou seja, os
resultados indicam ausência de contaminação em fase dissolvida.

Tabela 5 – Concentrações de BTEX, PHA e TPH em fase dissolvida encontradas no


aquífero raso do terreno de interesse (PM-01 a PM-04)

Conama
PM-01 PM-02 PM-03 PM-04 420/2009
SQI
(µg/L) (µg/L) (µg/L) (µg/L) (µg/L)

<LD <LD <LD <LD


Benzeno 5
<LD <LD <LD <LD
Tolueno 700

Etilbenzeno <LD <LD <LD <LD 300


<LD <LD <LD <LD
Xilenos 500
<LD <LD <LD <LD
Acenafteno NE

<LD <LD <LD <LD


Acenaftileno NE

<LD <LD <LD <LD


Antraceno NE
<LD <LD <LD <LD
Benzo(a)Antraceno NE
<LD <LD <LD <LD
Benzo(a)Pireno 0,7
<LD <LD <LD <LD
Benzo(b)Fluoranteno NE
<LD <LD <LD <LD
Benzo(k)Fluoranteno NE
<LD <LD <LD <LD
Benzo(g,h,i)Perileno NE
<LD <LD <LD <LD
Criseno NE
<LD <LD <LD <LD
Dibenzo(a,h)antraceno 0,18
<LD <LD <LD <LD
Fenantreno 140
<LD <LD <LD <LD
Fluoranteno NE
<LD <LD <LD <LD
Fluoreno NE
<LD <LD <LD <LD
Indeno[1,2,3-cd]pireno 0,17
<LD <LD <LD <LD
Naftaleno 140
<LD <LD <LD <LD
Pireno NE
<LD <LD <LD <LD
TPH total 600*

*Resolução Conema 46 (NOP-INEA-05).


<LD – Concentração menor que o limite de detecção do método.
NE – Não há valor de comparação

23
10 MODELO CONCEITUAL DA CONTAMINAÇÃO ATUALIZADO

Conforme mostrado no capítulo anterior, foi realizada investigação confirmatória para


avaliar possível contaminação do terreno de interesse em função da atividade comercial
desenvolvida na área.

No entanto, os resultados indicaram que o terreno de interesse não apresenta


contaminação por derivado de petróleo.

Sendo assim, o terreno do Posto de Abastecimento Treriense pode ser considerado


apto para o uso comercial.

11 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Considerando que o trabalho realizado atende a NOP-06 do INEA e a NBR 15515-2;

Considerando que o terreno de interesse não apresenta contaminação por derivado de


petróleo;

Considerando que o terreno de interesse está apto para o uso comercial;

Considerando no terreno de interesse ainda continua sendo desenvolvida atividade


com potencial de contaminar o ambiente;

Considerando as recomendações da Resolução Conema 46, que estabelece


obrigatoriedade da realização de monitoramento ambiental periódico para postos de
abastecimento;

Recomendamos o monitoramento da água subterrânea local a cada dois anos;

Recomendamos ainda a continuidade da manutenção dos dispositivos de segurança e


controle ambiental do posto (sumps, linhas, tanques, piso da pista de abastecimento, piso
da área de descarga e outros) para evitar o surgimento de fonte primária de contaminação
de derivado de petróleo para o aquífero raso local.

12 RESPONSÁVEL TÉCNICO

NOME CARGO / REGISTRO ASSINATURA

Alessandro Araújo Engenheiro Ambiental -


Drummond CREA/RJ 2010107078

24
13 REFERERÊNCIAS

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS), Modelo conceitual no


gerenciamento de áreas contaminadas – Procedimento, elaborada pela Comissão de
Estudo Especial de Avaliação da Qualidade do Solo e Água para Levantamento de Passivo
Ambiental e Análise de Risco à Saúde Humana. NBR 16210/2013

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS), PASSIVO AMBIENTAL EM


SOLO E ÁGUA SUBTERRÂNEA. Parte 1: Avaliação Preliminar, NBR 15515-1/2007.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS), PASSIVO AMBIENTAL EM


SOLO E ÁGUA SUBTERRÂNEA. Parte 2: Avaliação Confirmatória, NBR 15515-2/2011.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS), SONDAGENS DE


RECONHECIMENTO PARA FINS DE QUAILIDADE AMBIENTAL, NBR 15492.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS), POÇOS DE


MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM AQUÍFEROS GRANULARES, NBR
15495.

ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS), AMOSTRAGEM DE ÁGUA


SUBTERRÂNEA EM POÇOS DE MONITORAMENTO — MÉTODOS DE PURGA, NBR
15847.

CETESB (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental). Manual de gerenciamento


de áreas contaminadas. Disponível em https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/manual-
de-gerenciamento-de-areas-contaminadas/. Acesse em 10 de julho de 2014.

RESOLUÇÃO CONAMA 420, de 28 de dezembro de 2009, que ―Dispõe sobre critérios e


valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e
estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas
substâncias em decorrência de atividades antrópicas‖. Disponível em
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res09/res42009.pdf. Acesso em 10 de julho de
2014.

CONEMA 46 - Aprova a Norma Operacional NOP-INEA - 05 - Licenciamento ambiental e


encerramento de postos revendedores de combustíveis líquidos e gás natural.

NOP-INEA-06 - AVALIAÇÃO AMBIENTAL DA QUALIDADE DO SOLO E DA ÁGUA


SUBTERRÂNEA EM POSTOS DE SERVIÇOS.

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Foto 1 – Realização de sondagem

26
Foto 2 – Sondagem a trado manual

27
Foto 3 – Instalação do poço de monitoramento

28
Foto 4 – Poço de monitoramento

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