Director Executivo: Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e Inglês
Arranca hoje, 5 de Julho, na cidade de Nampula, o desenho já um documento orientador que é a Estratégia Nacional de
do draft zero para elaboração do plano Estratégico do Fó- Biomassa de Moçambique (EUEI 2012) indica que a indústria
rum Nacional de Florestas, FNF com uma visão holística de de carvão gera 136.000 a 214.000 empregos para a população
5 anos. Ontem terminou a colheita de dados que a partir da nas áreas rurais. E por haver cerca de 3,9 milhões de famílias
manhã de hoje, serão condensados num documento único que cultivam uma área de cerca de 5,1 milhões de hectares
que antecede a elaboração do Plano Estratégico do FNF. Os praticando principalmente a agricultura de subsistência em
debates circunscreviam-se, em elevadas taxas de perda flo- parcelas de terra com uma média de cerca de 1,3 hectares.
restal, uma vez que a redução da pobreza e o crescimento Assim, cadeias de valor agrícolas podem formar a espinha
inclusivo requerem o uso sustentável dos recursos naturais, dorsal de uma economia rural, pois geram empregos, au-
particularmente nas regiões rurais, porque as florestas são mentam a renda rural, fortalecem a segurança alimentar e
um recurso fundamental para as comunidades rurais, for- facilitam uma melhor nutrição. E mais do que isso, a produ-
necendo bens e serviços que respondam às suas necessida- ção agrícola se beneficia de uma série de serviços ambientais
des e podem fomentar o crescimento de sua renda. Embora gerados pelas florestas, como a manutenção de fluxos cons-
não focado como tal, ficou assente entre linhas, que as flo- tantes de água. Práticas agrícolas sustentáveis, como a agri-
restas de miombo possuem um potencial na melhoria dos cultura de conservação e agro-florestal, levam em conta essa
meios de subsistência e fornecendo comida, energia, abrigo interdependência e buscam aumentar a produtividade agrí-
até medicamentos essenciais para as comunidades locais. cola, ao mesmo tempo que fortalecem a resiliência dos recur-
Os materiais de construção, como madeira para casas, cer- sos naturais. Os produtos florestais não-madeireiros, PFNMs
cas, celeiros e gramíneas são obtidos na floresta, sendo aqui são um recurso para a subsistência da população pobre rural.
onde fibras naturais fornecem as matérias-primas para ne- Cerca de 6.850 empresas formais e 189.000 pequenas e mé-
cessidades como cestas, cordas, roupas, redes, vassouras e dias empresas informais comercializam os PFNMs, como
esteiras. Ou seja, os produtos não-madeireiros têm um forte mel, artesanato, carvão e lenha. O comércio de PFNMs ocorre
potencial de geração de renda. As florestas também actuam principalmente no sector informal através de iniciativas fami-
como uma rede de segurança para as populações, oferecen- liares ou comunitárias, mas é uma actividade importante na
do acesso seguro a recursos e serviços essenciais para sua produção sustentável de bens florestais e na geração de ren-
segurança alimentar. Madeira e carvão são essenciais para da. Sobra uma vasta gama de produtos que têm potencial
as necessidades energéticas das famílias, com a biomassa entrada para comercialização, já está referido em estudos na
representando 80% do consumo total de energia em Mo- Zambézia, Nampula e Cabo Delgado, uma vasta gama de
çambique. A lenha é utilizada nas zonas rurais, enquanto o PFNMs com diferentes graus de necessidade de investimen-
carvão vegetal é utilizado nas áreas periurbanas, fornecen- to, potencial de mercado e requisitos para pesquisa e desen-
do energia a 76% das famílias nos maiores centros urbanos. volvimento. Estes cobrem cadeias de valor para alimentos,
Entretanto, é maior a expectativa de ver esta prática como óleos essenciais, cosméticos, construção, artesanato e produ-
alternativa a exploração de madeira. O carvão vegetal é tos de higiene. E pode, referir-se ao embondeiro, moringa e
uma importante fonte de renda proveniente das florestas. E bambu.
Quem somos? Associação de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades (AAAJC), é uma organização da Sociedade Civil Moçambicana, não-
governamental, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, fundada em 2008 e com os seus estatutos legalmente publicados em 2010 no Boletim da República nº. 2, III serie, 4º suplemento de 19
de Janeiro. A sede é na cidade de Tete.
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Director Executivo Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e
Edition nº113