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Árvore dos sonhos

Representar uma árvore no papel pardo ou cartolina; afixá-la no painel ou parede. Em cima da
árvore, escrever uma pergunta relacionada com o assunto (pode ser sobre questões ambientais,
regras de convivência, o ambiente escolar, etc.) que será tratado durante o bimestre, trimestre. Ex.:
“Como gostaríamos que fosse…?”. Cada criança receberá uma “folha da árvore” para escrever seu
sonho. O sonho é o que a criança espera que “aconteça de melhor” para o assunto em questão.
Depois, pedir para cada criança colocar sua folha na árvore dos sonhos. Obs: Esta atividade poderá
ser retomada durante o período que for trabalhado o assunto, ou ao final do período para que haja
uma reflexão sobre o que eles queriam e o que conseguiram alcançar.

Para que os alunos possam ter assegurado seu direito de aprender a ler e escrever, é preciso
que todo professor que alfabetiza crianças, jovens e adultos desenvolva as competências
profissionais abaixo relacionadas. Portanto, o Programa de Formação de Professores
Alfabetizadores tem como expectativas de aprendizagem que seus participantes se tornem
progressivamente capazes de: • Encarar os alunos como pessoas que precisam ter sucesso em
suas aprendizagens para se desenvolverem pessoalmente e para terem uma imagem positiva
de si mesmos, orientando-se por esse pressuposto. • Desenvolver um trabalho de
alfabetização adequado às necessidades de aprendizagem dos alunos, acreditando que todos
são capazes de aprender. • Reconhecer-se como modelo de referência para os alunos: como
leitor, como usuário da escrita e como parceiro durante as atividades. • Utilizar o
conhecimento disponível sobre os processos de aprendizagem dos quais depende a
alfabetização para planejar as atividades de leitura e escrita. • Observar o desempenho dos
alunos durante as atividades, bem como as suas interações nas situações de parceria, para
fazer intervenções pedagógicas adequadas. • Planejar atividades de alfabetização
desafiadoras, considerando o nível de conhecimento real dos alunos. • Formar agrupamentos
produtivos de alunos, considerando seus conhecimentos e suas características pessoais. •
Selecionar diferentes tipos de texto apropriados para o trabalho. • Utilizar
As propostas de formação que integram o Módulo 1 do Programa de Formação de Professores
Alfabetizadores foram organizadas para que todos os professores alfabetizadores possam
progressivamente: • Conhecer as bases conceituais, os objetivos, os materiais e a natureza das
propostas que compõem o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores, bem como
idéias e experiências das professoras do Grupo-Referência. • Analisar o percurso pessoal de
aprendizagem escolar e de formação profissional, relacionando-o com a própria prática
pedagógica e atuação de professor. • Monitorar o processo pessoal de formação considerando
as expectativas de aprendizagem do módulo e as próprias expectativas. • Trabalhar
coletivamente de forma produtiva. • Intensificar as práticas de leitura e escrita, especialmente
de textos reflexivos. • Utilizar o registro escrito para documentar o trabalho pedagógico e para
refletir sobre a prática profissional e sobre o processo de formação. • Desenvolver
procedimentos produtivos de estudo dos textos expositivos que aprofundam os conteúdos
abordados no Curso. • Relacionar os conteúdos trabalhados no Curso com a prática
pedagógica. • Entender o contrato didático como um dos fatores que interferem na
compreensão dos papéis e das relações envolvidos nas situações de ensino e aprendizagem,
tanto na sala de aula como no grupo de formação. • Conhecer a evolução das concepções e
práticas de alfabetização que tiveram lugar no Ocidente, no século XX. •Aprofundar o
conhecimento sobre a natureza das atividades de alfabetização pautadas na reflexão sobre a
língua e sobre propostas metodológicas de resolução de problemas. • Melhorar a capacidade
de planejar produtivamente o trabalho pedagógico de alfabetização com textos,
compreendendo como os conceitos de alfabetização e letramento se traduzem nas situações
de ensino e aprendizagem. • Aprofundar o conhecimento sobre os processos de aprendizagem
dos quais depende a alfabetização e utilizar esse conhecimento para planejar as situações
didáticas de leitura e escrita. • Compreender os procedimentos possíveis/necessários para ler
e escrever antes de estar alfabetizado.funcionais de registro do desempenho e da evolução
dos alunos, de planejamento e de documentação do trabalho pedagógico. • Responsabilizar-se
pelos resultados obtidos em relação às aprendizagens dos alunos.

Encarar os alunos como pessoas que precisam ter sucesso em suas aprendizagens para se
desenvolver pessoalmente e para ter uma imagem positiva de si mesma • Compreender que
os alunos podem e devem ser incentivados a ler e escrever antes de estar alfabetizados e que
por trás dessa proposta existe uma concepção de ensino e aprendizagem. • Analisar a
produção escrita dos alunos, especialmente quando ainda não se alfabetizaram. • Reconhecer
que há atos inteligentes por trás das escritas dos alunos que ainda não sabem ler e escrever
convencionalmente. • Formar agrupamentos produtivos de alunos, considerando suas
hipóteses de escrita e leitura e suas características pessoais. • Observar o desempenho dos
alunos durante as atividades,bem como suas interações nas situações de parceria. • Planejar
intervenções pedagógicas adequadas. • Utilizar instrumentos funcionais de registro do
desempenho e evolução dos alunos, de planejamento e documentação do trabalho
pedagógico. • Reconhecer seu papel de modelo de referência para os alunos como leitor,
como usuário da escrita e como parceiro durante as atividades. • Reconhecer a importância de
ler diariamente bons textos para os alunos, compreendendo que esse tipo de prática requer
planejamento, critérios de qualidade e diversidade para a seleção dos textos e leitura prévia
dos mesmos. • Compreender que é principalmente por meio da leitura (mesmo que escutada)
que se aprende a linguagem escrita e que isso é condição para produzir textos de qualidade.
Contribuições do registro escrito O Caderno de Registro é o lugar de: • fazer anotações
pessoais; • escrever conclusões das atividades; • documentar as sínteses das discussões; •
avaliar o trabalho de formação que está sendo realizado e as atividades propostas; • registrar
dúvidas e perguntas que não foram respondidas pela discussão; • anotar observações sobre os
textos lidos; • realizar tarefas propostas etc. Por meio do registro escrito, é possível ao
formador: • documentar o trabalho realizado; • anotar observações sobre o grupo; • refletir
sobre o processo de formação que vivencia enquanto formador; • controlar o
desenvolvimento do trabalho em função do planejamento; • anotar dificuldades e soluções
para problemas identificados; • avaliar as atividades, as unidades, os módulos e o Curso; • ter
material de consulta para elaborar relatórios de trabalho etc. Por meio do registro escrito, é
possível ao Professor: • documentar os conhecimentos adquiridos, dúvidas, sínteses, relatos
da prática pedagógica e questões para discussão coletiva; • refletir sobre o processo pessoal
de aprendizagem e sobre a prática pedagógica; • recuperar o que foi aprendido e projetar
novas aprendizagens; M1U1T2 • dialogar com as próprias representações, modificando-as
gradativamente quando for o caso; • refletir para buscar explicações e soluções para os
problemas didáticos; • compreender melhor as questões que se colocam para os alunos,
inclusive em relação à própria escrita; • documentar e socializar as experiências vividas; • criar
meios para melhor organizar os estudos; • fazer anotações das leituras realizadas etc.

Escrever é preciso! Escrevo porque à medida que escrevo vou me entendendo e entendendo o
que quero dizer, entendo o que posso fazer. Escrevo porque sinto necessidade de aprofundar
as coisas, de vê-las como realmente são... Clarice Lispector A escrita é um ato difícil. Escritores,
compositores, jornalistas, professores e todos os profissionais que têm na escrita um
instrumento de trabalho, em geral dizem que "suam a camisa" para redigir seus textos. Mas
dizem também que a satisfação do texto pronto vale o esforço de produzi-lo. Há muitas falsas
idéias sobre a escrita. Há quem pense que os que gostam de escrever têm o dom das palavras,
e que para estes as palavras "saem mais fácil". Não é verdade. Escrever não depende de dom,
mas de empenho, dedicação, compromisso, seriedade, desejo e crença na possibilidade de ter
algo a dizer que vale a pena. Escrever é um procedimento e, como tal, depende de
exercitação: o talento da escrita nasce da freqüência com que ela é experimentada. Há quem
pense que só os que gostam devem escrever. Não é verdade.Todos que têm algo a dizer, que
têm o que compartilhar, que precisam documentar o que vivem, que querem refletir sobre as
coisas da vida e sobre o próprio trabalho, que ensinam a ler e escrever... precisam escrever.
Por isso, nós, professores, precisamos escrever: porque temos o que dizer, porque temos o
que compartilhar, porque precisamos documentar o que vivemos e refletir sobre isso, e
porque ensinamos a escrever – somos profissionais da escrita! Se a escola não nos ensinou a
intimidade com a escrita e o gosto por escrever, só nos resta dar a volta por cima, arregaçar as
mangas e assumir os riscos: escrever é preciso! Luís Fernando Veríssimo, escritor talentoso,
declara-se um gigolô das palavras e nos incentiva e aconselha*: "[…] a linguagem, qualquer
linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal.
Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as
outras são dispensáveis. […] Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por
exemplo: Dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E
quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover...) M1U1T3 Extraído de O nariz e
outras crônicas, Coleção “Para gostar de ler”, Editora Ática. * […] Minha implicância com a
Gramática na certa se deve a minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em
Português. Mas […] vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu
ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das
palavras.Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional.
Abuso delas. Só uso as que conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente
traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto
passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua
vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família, nem o que os outros
já fizeram com elas. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas.Algumas são
de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito. Um escritor que passasse a respeitar a
intimidade gramatical de suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se
apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com
a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que
temores e obséquio ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de
lexicógrafos, etimologistas e colegas.Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção.A
Gramática precisa apanhar todos os dias para saber “quem é que manda." O Caderno de
Registro é para que todos os participantes do Programa de Formação de Professores
Alfabetizadores possam mostrar "quem é que manda" na linguagem escrita, e desenvolver o
talento de documentar o processo pessoal de formação e o talento de refletir sobre a prática
com a ajuda da escrita, um poderoso recurso nesse sentido. Este Caderno será utilizado em
todo o Curso e será uma testemunha documental do processo de aprendizagem de cada um.
Nele, serão impressas as marcas pessoais que revelam olhares diferentes em diferentes
momentos: impressões, perguntas, comentários, sentimentos, angústias, orientações,
reflexões, teorizações... Prioritário é lembrar que o tempo e o espaço não fazem parte de uma
arena imutável, que somos agentes transformadores e que podemos energizar o Caderno,
gota a gota, como memória nascente. "Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta
continuarei a escrever." Clarice Lispector

Memórias Foi aí que nasci: nasci na sala do terceiro ano, sendo professora Dona Emerenciana
Barbosa, que Deus a tenha. Até então era analfabeto e despretensioso. Lembro-me: nesse dia
de julho, o sol que descia da serra era bravo e parado. A aula era de geografia, e a professora
traçava no quadronegro nomes de países distantes. As cidades vinham surgindo na ponte dos
nomes, e Paris era uma torre ao lado de uma ponte e de um rio, a Inglaterra não se enxergava
bem no nevoeiro, um esquimó, um condor surgiam misteriosamente, trazendo países inteiros.
Então, nasci. De repente nasci, isto é, senti necessidade de escrever… Carlos Drummond de
Andrade E não me esquecer, ao começar o trabalho de me preparar para errar. Não esquecer
que o erro muitas vezes se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava
certo o que eu pensava ou sentia – é que se fazia enfim uma brecha, e, se antes eu tivesse tido
coragem, já teria entrado por ela. Mas eu sempre tivera medo do delírio e erro. Meu erro, no
entanto, devia ser o caminho de uma verdade, pois quando erro é que saio do que entendo. Se
a "verdade" fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo apenas uma verdade pequena,
do meu caminho. Clarice Lispector […] para cada pessoa há coisas que lhe despertam hábitos
mais duradouros que todos os demais. Neles são formadas as aptidões que se tornam
decisivas em sua existência. E, porque, no que me diz respeito, elas foram a leitura e a escrita,
de todas as coisas com que me envolvi em meus primeiros anos de vida, nada desperta em
mim mais saudades que o jogo das letras. Continha em pequenas plaquinhas as letras do
alfabeto gótico, no qual pareciam mais joviais e femininas que os caracteres gráficos.
Acomodavam-se elegantes no atril inclinado, cada qual perfeita, e ficavam ligadas umas às
outras segundo a regra de sua ordem, que seja, a palavra da qual faziam parte como irmãs.[…]
A saudade que em mim desperta o jogo das letras prova como foi parte integrante de minha
infância. O que busco nele na verdade, é ela mesma: a infância por inteiro, tal qual a sabia
manipular a mão que empurrava as letras no filete, onde se ordenavam como uma palavra. A
mão pode ainda sonhar com essa manipulação, mas nunca mais poderá despertar para realizá-
la de fato. Assim, posso sonhar como no passado aprendi a nadar. Mas isso nada adianta. Hoje
sei nadar; porém, nunca mais poderei tornar a aprendê-lo. Walter Benjamin

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