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FACISA - FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

UNIC CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP CURSO DE


FISIOTERAPIA

ELTON JONE TEZA

TERAPIA MANUAL COMO MÉTODO DE TRATAMENTO DA


CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL

SINOP
2019
ELTON JONE TEZA

TERAPIA MANUAL COMO MÉTODO DE TRATAMENTO DA


CAFALÉIA DO TIPO TENSIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à FACISA (Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas), como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em
BACHARELADO em FISIOTERAPIA.

Orientador: Aline Ferrari

SINOP
2019
ELTON JONE TEZA

TERAPIA MANUAL COMO MÉTODO DE TRATAMENTO DA


CAFALÉIA DO TIPO TENSIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à FACISA (Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas), como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em
BACHARELADO em FISIOTERAPIA.

Orientador: Aline Ferrari

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ms. JUSCILIANO BOARETO

Prof. (a). Esp. GESELE MARIA MOSCHEN

Prof. Esp. ADRIANO SORDI GEROLIN

SINOP 06 DE MAIO DE 2019


TEZA, Elton Jone. TERAPIA MANUAL COMO MÉTODO DE TRATAMENTO DA
CAFALÉIA DO TIPO TENSIONAL. 2019. 30 p. Trabalho de Conclusão de Curso
BACHARELADO em FISIOTERAPIA – FACISA (Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas), Sinop, 2019.

RESUMO

A cefaleia, popular dor de cabeça, é a patologia neurológica mais comum que


acomete cerca de 90% da população, dentre as quais, a cefaleia tensional
representa a maior parte dos acometimentos, influenciando negativamente a vida do
individuo, seja no aspecto físico como também financeiro, emocional, etc. Embora a
cefaleia seja uma fisiopatologia complexa e muitas vezes não tenha um diagnóstico
preciso, existem várias pesquisas em que os autores sugerem que o quadro álgico
seja desencadeado pela contração muscular isométrica sustentada (por isso o nome
cefaleia do tipo tensional). Isso leva a uma redução do aporte sanguíneo, gerando
consequentemente uma deficiência de nutrientes e em seguida isquemia. Devido ao
incomodo e a dor, geralmente as pessoas procuram uma farmácia e compram
analgésicos e anti-inflamatórios, que até auxiliam no tratamento, mas que muitas
vezes acabam apenas maquiando a dor e não tratam a causa, fazendo com que
esses episódios se repitam de tempos em tempos, e acarretem prejuízos tanto no
que diz respeito à saúde física como também, emocional, social e todas as outras
áreas de nossa vida, deixando-os impossibilitados de trabalhar, socializar, etc., com
vontade de se isolar. Diante desse contexto e em vista dos resultados apresentados
por diversos autores, a terapia manual com suas diversas abordagens, se mostra
uma eficiente ferramenta para o tratamento da cefaleia do tipo tensional tendo em
vista que suas técnicas favorecem reações fisiológicas, que equilibram e normalizam
diversas doenças nos tecidos do corpo e suas manifestações dolorosas, proximais
ou distais, só que sem os efeitos colaterais que provocados pelos fármacos. Além
disso, a fisioterapia através da terapia manual procura encontrar o fator causal dessa
patologia, fazendo com que sejam reduzidas a chances de o paciente desenvolver
um novo quadro álgico. Podemos então citar como técnicas fisioterapêuticas
manuais, utilizadas no tratamento de cefaleia e de muitas outras patologias, as
técnicas de Massoterapia, Mobilizações e Manipulações articulares, RPG
(Reeducação Postural Global), Técnica de Tração Cervical, Osteopatia, etc. Hoje
existem vários estudos que demonstram a efetividade do uso da terapia manual no
tratamento da cefaleia tensional, e isso nos leva a olhar o paciente como um todo,
não apenas analisando a queixa principal e focando o no local da dor, mas
realizando uma anamnese minuciosa, procurando encontrar a causa, o motivo pelo
qual o paciente se encontra nessa condição, e assim determinar a técnica mais
adequada para o tratamento de cada paciente. Apesar dos materiais pesquisados
nos apresentarem resultados positivos quanto à eficácia da terapia manual, pode-se
notar que ainda faltam pesquisas com um público de maior escala, e com mais
informações a serem analisadas e referenciadas, fazendo com que tenhamos mais
evidências sobre os benefícios da terapia manual em suas inúmeras técnicas.

Palavras-chave: Dor; cefaleia tensional; pontos-gatilho; terapia manual; reeducação


postural.
TEZA, Elton Jone. TERAPIA MANUAL COMO MÉTODO DE TRATAMENTO DA
CAFALÉIA DO TIPO TENSIONAL. 2019. 30 p. Trabalho de Conclusão de Curso
BACHARELADO em FISIOTERAPIA – FACISA (Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas), Sinop, 2019.

ABSTRACT

Headache, a popular headache, is the most common neurological pathology


affecting about 90% of the population, among which, tension headache represents
most of the affections, negatively influencing the individual's life, both physical and
financial, emotional, etc. Although headache is a complex pathophysiology and often
does not have an accurate diagnosis, there are several studies in which the authors
suggest that the pain is triggered by sustained isometric muscle contraction (hence
the name tension-type headache). This leads to a reduction in blood supply, thus
generating a nutrient deficiency and then ischemia. Because of the discomfort and
pain, people often go to a pharmacy and buy painkillers and anti-inflammatories,
which even help with treatment, but often end up just making up the pain and do not
treat the cause, causing these episodes to recur from time to time, as well as
physical, emotional, social and all other areas of our lives, leaving them unable to
work, socialize, etc., with the desire to isolate themselves. Given this context and in
view of the results presented by several authors, manual therapy with its various
approaches, is an efficient tool for the treatment of tension-type headache, since its
techniques favor physiological reactions, which balance and normalize various
diseases in the tissues of the body and their painful, proximal or distal manifestations,
only without the side effects caused by the drugs. In addition, physical therapy
through manual therapy seeks to find the causal factor of this pathology, reducing the
chances of the patient developing a new pain picture. We can then mention as
manual physiotherapeutic techniques, used in the treatment of headache and many
other pathologies, the techniques of Massotherapy, Mobilizations and Manipulations
articular, RPG (Global Posture Reeducation), Cervical Traction Technique,
Osteopathy, etc. Today there are several studies that demonstrate the effectiveness
of the use of manual therapy in the treatment of tension headache, and this leads us
to look at the patient as a whole, not only analyzing the main complaint and focusing
on the local pain but conducting a detailed anamnesis, trying to find the cause, the
reason why the patient is in this condition, and thus determine the most appropriate
technique for the treatment of each patient. Although the materials researched
present us positive results regarding the efficacy of manual therapy, it can be noted
that there is still a lack of research with a larger audience, and with more information
to be analyzed and referenced, making us have more evidence about the benefits of
therapy in its many techniques.

Keywords: Pain; tension headache; trigger points; manual therapy; postural


reeducation.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Pontos-gatilho……………………………………………………………….13

FIGURA 2 – Técnica de tração cervical manual………………………………...…...…20

FIGURA 3 – Manipulação articular com separação unilateral………………………...25


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2. DOR E CEFALEIA ................................................................................................. 11

3. TERAPIA MANUAL ............................................................................................... 15

3.1 MASSOTERAPIA ........................................................................................................................... 16


3.2 MOBILIZAÇÃO E MANIPULAÇÃO ARTICULARES .......................................................................... 17
3.3 RPG (REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL) .................................................................................... 19
3.4 TÉCNICA DE TRAÇÃO CERVICAL................................................................................................... 20

4. TERAPIA MANUAL NO TRATAMENTO DA CEFALEIA TENSIONAL .................. 22

5. METODOLOGIA.................................................................................................... 28

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 29

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30
8

1 INTRODUÇÃO

A cefaleia, popular dor de cabeça, é a patologia neurológica mais comum que


acomete cerca de 90% da população, onde de acordo com a avaliação e
classificação da International Headache Society, a patologia é classificada em cinco
principais tipos de cefaleia primária: enxaqueca sem aura, enxaqueca com aura,
cefaleia tipo tensional episódica, cefaleia tipo tensional crônica e cefaleia em salvas.
Dentre as quais, a cefaleia tensional representa a maior parte dos acometimentos,
influenciando negativamente a vida do indivíduo, seja qual for a área de sua vida,
seja no aspecto físico como também financeiro, emocional, etc.

Embora a cefaleia seja uma fisiopatologia complexa e muitas vezes não tenha
um diagnóstico preciso, que identifique sua causa, existem várias pesquisas em que
os autores sugerem que o quadro álgico seja desencadeado pela contração
muscular isométrica sustentada (por isso o nome cefaleia do tipo tensional). Isso
leva a uma redução do aporte sanguíneo, gerando consequentemente uma
deficiência de nutrientes e em seguida isquemia.
Na maioria dos casos, o aumento das contrações musculares é decorrente de
tensão emocional (relacionamentos, trabalho, questões financeiras, preocupações
do dia-a-dia), que geram o aumento dos níveis de catecolaminas circulantes, que por
sua vez acabam gerando mais contração de fibras musculares. Essas contrações
acabam alterando a postura, sendo que nem sempre o indivíduo percebe essa
alteração, e acaba por manter essa postura errada por um longo período, agravando
o quadro.
Devido ao incomodo e a dor, geralmente as pessoas procuram uma farmácia
e compram analgésicos e anti-inflamatórios, que até auxiliam no tratamento, mas
que muitas vezes acabam apenas maquiando a dor e não tratam a causa, fazendo
com que esses episódios se repitam de tempos em tempos, e acarretem prejuízos
tanto no que diz respeito à saúde física como também, emocional, social e todas as
outras áreas de nossa vida, já que em muitos dos casos os pacientes relatam sentir
uma dor incapacitante, que os deixa impossibilitados de trabalhar, socializar, etc.,
com vontade de se isolar.
Diante desse contexto e em vista dos resultados apresentados por diversos
autores, a terapia manual com suas diversas abordagens, se mostra uma eficiente
ferramenta para o tratamento da cefaleia do tipo tensional tendo em vista que suas
9

técnicas favorecem reações fisiológicas, que equilibram e normalizam diversas


doenças nos tecidos do corpo e suas manifestações dolorosas, proximais ou distais,
só que sem os efeitos colaterais que provocados pelos fármacos. Além disso, a
fisioterapia através da terapia manual procura encontrar o fator causal dessa
patologia, fazendo com que sejam reduzidas a chances de o paciente desenvolver
um novo quadro álgico.

Estudos apontam que o custo anual, causado pelas cefaleias na população


trabalhadora brasileira, seja de 7,5 bilhões de dólares. Além disso, há também os
impactos na área social, onde cerca de 60% dos indivíduos informam que a
patologia se torna motivo de atrasos adiamentos de compromissos.

Devido ao cotidiano agitado que temos hoje, nos deparamos com inúmeras
queixas de pessoas relatando episódios de enxaqueca (dor de cabeça, cefaleia) no
decorrer do dia ou durante todo o dia, e até episódios que duram dias. Isso devido
ao estresse excessivo da carga de trabalho, problemas pessoais, financeiros e
outros diversos motivos que geram algum tipo de tensão no indivíduo.

O grande problema é que diante dessa patologia, vemos que na maioria das
vezes as pessoas procuram se automedicar, ao invés de procurar um profissional
capacitado para diagnosticar o problema e encontrar a causa de todo esse
problema.

O objetivo do presente trabalho é realizar análise bibliográfica e verificar a


eficácia da terapia manual como alternativa de tratamento das cefaleias do tipo
tensional, e como ela tem contribuído de forma eficaz para redução de custos com
medicamentos e evitado problemas como os efeitos colaterais que o tratamento
farmacológico pode trazer claro que isso deve ser analisado com muita cautela e
passar uma avaliação profissional, visto que em muitos casos, os pacientes
necessitam sim de acompanhamento médico, psicológico e de outros profissionais, e
também de tratamento medicamentoso.

Ainda dentro desse objetivo, buscaremos descrever a Cefaleia do Tipo


Tensional e apresentar os impactos sociais e econômicos ocasionados pela cefaleia
tensional; apontar as técnicas de terapia manual que podem ser aplicadas no
tratamento da cefaleia do tipo tensional; descrever a eficácia da terapia manual
10

como alternativa de tratamento para a patologia em questão, e a relação custo /


benefício desse método.

Diante dessa realidade, podemos levantar o questionamento: Como a terapia


manual pode auxiliar no tratamento da Cefaleia do Tipo Tensional?

Presente trabalho é uma revisão descritiva de literatura, através de trabalhos


publicados nos últimos sete anos. A coleta de dados foi através de pesquisas na
internet em sites de conteúdo acadêmico como Scielo e Google Acadêmico, livros e
Artigos publicados entre 2001 e 2019. Foram encontrados 43 artigos, dos quais, 21
deles foram selecionados, além de 6 livros, que abordam os seguintes temas:
fisiologia médica, Massagem, técnicas e resultados, Exercícios Terapêuticos,
tratamento fisioterápico em reeducação postural global: RPG, Deformações
morfológicas da coluna vertebral: tratamento fisioterápico em reeducação postural
global: RPG, Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão, Trattato di
osteopatia, e um TCC.

Foram selecionados todos os materiais publicados em revistas, e livros que


abordassem os temas cefaleia tensional e terapia manual. Os critérios de inclusão:
artigos que abordaram as cefaleias tensionais e a terapia manual como tratamento
para tal sintoma. Os critérios de exclusão: artigos que abordaram apenas o
tratamento medicamentoso e outros tipos de cefaleias.

Para a elaboração do trabalho, as palavras-chave foram: Dor; cefaleia


tensional; pontos-gatilho; terapia manual; reeducação postural.
11

2. DOR E CEFALEIA

Antes de começarmos a falar de cefaleia e sobre o que ela é, vamos procurar


entender o que é Dor, como ela ocorre fisiologicamente em nosso organismo?
Segundo Hall (2011, p. 617): "A Dor É Mecanismo Protetor. A dor ocorre sempre que
os tecidos são lesionados, fazendo com que o indivíduo reaja para remover o
estímulo doloroso.". A dor, segundo Hall (2011) é classificada em dois tipos: dor
rápida e dor lenta, onde a rápida é sentida dentro do espaço de 0,1 segundo após a
aplicação de um estímulo doloroso, e a dor lenta começando somente 1 segundo ou
mais passados da aplicação do estímulo, aumento de forma lenta durante alguns
segundos ou até mesmo minutos. Esses tipos de dor também podem ser chamados
de pontual, agulhada, aguda ou elétrica no caso da dor rápida, e dor em queimação,
persistente, pulsátil, nauseante ou crônica quando se refere à dor lenta.

A dor é identificada pelo organismo através de receptores espalhados pelos


diversos tecidos do corpo, e que levam essa informação até o sistema nervoso
depois de serem ativadas através de estímulos que podem ser mecânicos, térmicos
ou químicos. De acordo com Hall (2011, p. 617):

Os receptores para dor na pele e em outros tecidos são terminações


nervosas livres. Eles existem dispersos nas camadas superficiais da pele,
bem como em certos tecidos internos, como o periósteo, as paredes das
artérias, as superfícies articulares e a foice e o tentório da abóboda
craniana.

A cefaleia ou popular dor de cabeça é uma patologia cuja principal sintoma é


a dor, esse é um problema que atinge milhares de pessoas, independente de
gênero, idade, etc., e mesmo assim na maioria das vezes as pessoas acabam por
não procurar por profissional capacitado para diagnosticar sua causa, e optam por
se automedicarem. A cefaleia mais comum é a do tipo tensional, onde segundo
Almeida (2014, p. 54), ''Estudos epidemiológicos estimam que aproximadamente
95% da população sofrem ou sofrerão algum episódio de cefaleia ao longo da vida'';
sendo que essa patologia pode ser definida como, qualquer dor referida no
segmento cefálico, sendo o que caracteriza a cefaleia do tipo tensional, são as
contrações musculares. Porém vale lembrar que existem diversos tipos de dor de
cabeça, sendo que cada pessoa/indivíduo apresenta um quadro específico.

Segundo Sanvito e Monzillo (1997, p. 437), a cefaleia:


12

A dor de cabeça é uma das queixas mais frequentes na prática médica do


dia-a-dia. As suas determinantes etiológicas podem se dever a patologias
estruturais nervosas ou extra-nervosas (processos expansivos
intracranianos, meningoencefalites, sinusopatias), sistêmicas (estados
infecciosos, lúpus eritematos sistêmico) ou a quadros disfuncionais
(enxaquecas, cefaléias tipo tensional). A queixa de cefaléia, com certa
freqüência, constitui um desafio para o médico, em virtude da diversidade
dos tipos de cefaléia encontrados. Às vezes, a abordagem do paciente deve
ser multidisciplinar. Existem hoje, bem definidos, mais de 100 tipos de
cefaléia.

Indivíduos que são acometidos por essa patologia sofrem muito com as
limitações, sendo essa uma importante e frequente causa da de afastamento de
atividades diárias, sejam elas pessoais ou profissionais. De acordo com Braga, et al.
(2012, p. 139):

A cefaleia, por ser uma queixa muito frequente entre estudantes, também
está relacionada a dificuldades de aprendizado, com fracasso educacional,
absenteísmo escolar, em média de 2,8 dias/ano, maior vulnerabilidade a
comorbidades e prejuízo na qualidade de vida.

Em quadros de Cefaleias Resultantes de Espasmo Muscular, a tensão


emocional geralmente faz com que muitos músculos da cabeça fiquem espasmados,
principalmente os músculos ligados ao couro cabeludo e os músculos cervicais
ligados ao osso occipital. Assim a dor causada pela espasticidade desses músculos,
acaba atingindo às áreas sobrejacentes da cabeça, gerando o mesmo tipo de
cefaleia causada pelas lesões intracranianas. De acordo com Teixeira (2001, p.64):

A sensibilização periférica é responsável pela dor à pressão pela ativação


dos nociceptores silenciosos. A ativação dos aferentes primários sensibiliza
os neurônios nociceptivos no CPME graças à atividade de
neurotransmissores excitatórios (SP, ácido glutâmico e aspártico), induzindo
a instalação e manutenção de modificações secundárias no sistema
nervoso central (SNC) que contribuem para o quadro clínico da dor
músculo-esquelética.

Quando por algum motivo há o bloqueio do fluxo sanguíneo para um tecido,


geralmente esse tecido apresenta sensação de dor, dessa forma podemos ver que
quando algum músculo está em estado de tensão, e que essa tensão prejudica o
fluxo sanguíneo para o crânio, chegamos a um quadro de cefaleia do tipo tensional,
onde a dor é resultado de um quadro de tensão muscular que está obstruindo o fluxo
sanguíneo e por consequência afetando a oxigenação e o metabolismo em
determinada região, onde de acordo com Hall (2011, p. 626):

Uma teoria é que emoções ou tensões prolongadas causem vasoespasmo


reflexo de algumas artérias da cabeça, incluindo as artérias que suprem o
13

encéfalo. [...] como o resultado da intensa isquemia, algo acontece nas


paredes vasculares, talvez a exaustão da contração da musculatura lisa,
tornando os vasos sanguíneos flácidos e incapazes de manter o tônus
vascular normal por 24 a 48 horas. A pressão arterial nos vasos faz com
que eles se dilatem e pulsem intensamente, sendo postulado que a
distensão excessiva das paredes das artérias - incluindo algumas artérias
extracranianas, como a artéria temporal - causa a real dor da enxaqueca.

Por exemplo, a ATM é uma articulação muito utilizada em nosso dia a dia,
desde a alimentação e a comunicação, efetuamos movimentos nesse local, várias
vezes, o que gera grande estresse na musculatura envolvida, propiciando o
desenvolvimento de Desordens Temporomandibulares, que podem acarretar
quadros de cefaleias, dores musculares na região cervical e facial, além de
alterações posturais.

De acordo com Alves (2003, p. 14),

“Vários autores (Goldstein et al., 1984, Boyd, 1987; Zuñiga et al., 1995;
Torisu et al., 2001) investigaram a postura da cabeça e analisaram a
dinâmica mandibular, revelando que existe uma relação entre
posicionamento mandibular e postura da cabeça. Em 1994, Muto e
Kanazawa afirmaram que o movimento de elevação mandibular é
acompanhado por uma mudança na postura da cabeça, estabelecendo uma
relação entre a posição mandibular e posicionamento da cabeça, levando a
uma provável alteração nos músculos craniocervicais.”

Ainda com relação às DTMs, Okeson (2013, p. 133) nos diz que alguns
pontos gatilhos, dependendo do músculo acometido, podem produzir cefaleia
reflexa:

Uma característica ímpar dos pontos gatilhos é que eles são uma fonte de
profunda dor constante e, portanto, podem produzir efeitos excitatórios
centrais (Cap. 2). Se um ponto de gatilho excitar centralmente um grupo de
interneurônios aferentes convergentes, muitas vezes haverá como resultado
uma dor reflexa, em geral apresentando um padrão previsível de acordo
com a localização do ponto de gatilho envolvido (Figs. 8-2 a 8-4). Esta é
frequentemente relatada pelo paciente como uma cefaleia.

Figura 1 – pontos-gatilho.
14

Fonte: Okeson (2013, p.133) Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão.

Uma característica desse tipo de acometimento, é que, fora a dor reflexa, o


paciente também apresenta rigidez tecidual, hipersensibilidade e certa limitação no
movimento realizado pela musculatura afetada. Para comprovar que o espasmo
muscular pode ter como consequência a cefaleia, alguns estudiosos desenvolveram
experimentos que demonstrassem esse efeito fisiológico, segundo Medeiros et al.,
(2012, p. 37):

Cyriax, e posteriormente Harold Wollf, injetaram solução hipertônica nos


músculos da cabeça, provocando um espasmo palpável e consequente
cefaléia, constatando a possibilidade de contratura muscular reflexa na
cabeça e no pescoço como provocador desta dor, ressaltam ainda que a
tensão emocional poderia desencadear contraturas musculares levando a
compressão das artérias subjacentes, resultando em um processo
isquêmico doloroso.

Assim de acordo com o UNA-SUS (2013), as crises de cefaleia tensional de


intensidade leve podem aliviar como repouso ou com exercícios de relaxamento,
onde podemos também contemplam outras técnicas como mobilização, manipulação
e alongamentos, que também proporcionam relaxamento muscular. Já as demais
crises devem ser tratadas com analgésicos comuns ou AINEs (anti-inflamatórios não
esteroides).
15

3. TERAPIA MANUAL

Visto que o objetivo do trabalho é apontar as vantagens do tratamento


conservador da cefaleia tensional por meio de técnicas manuais, que de acordo com
Souza (2011, p. 61):

A terapia manual é uma modalidade terapêutica composta por vários


procedimentos, utilizada no tratamento de distúrbios mecânicos das
estruturas músculo-esqueléticas. Estes procedimentos incluem técnicas de
manipulação, mobilização passiva, mobilização neuromuscular, tração
manual e massagem nos tecidos moles.

Já segundo Giona (2003) apud Dantas (2013, p. 147):

De acordo com Giona (2003), alguns estudiosos fizeram relatos sobre as


terapias que podem ser utilizadas para CTT, variando desde os recursos te-
rapêuticos manuais até linhas como terapia manual atual, osteopatia,
acupun tura, eletroterapia e crioterapia na forma de compressas. Dentre as
técnicas manuais, temos a massagem de alisamento profundo das costas,
massagem no couro cabeludo para a liberação de aderências e das suturas
cranianas, promovendo assim, relaxamento muscular e aumento da
circulação sangüínea e linfática, estimulando a circulação craniana e
aliviando os sintomas da cefaléia. Também estão inclusos o alisamento
digital e amassamento dos dedos sobre as fibras superiores do trapézio,
sobre a região escapular e os músculos paravertebrais, manipulações da
coluna cervical, mobilizações articulares, pompages, Stretching nos
músculos espinhais, ligamentos interespinhosos e do trapézio superior,
crochetagem, técnicas thrust de acordo com a lesão, e ainda técnicas para
correção de lesões do sacro.

Vemos através da última citação que nem sempre o problema está localizado
no ponto onde o paciente relata dor, no caso em questão na cabeça. Pode e muitas
vezes são originados em outras regiões do corpo que apresentam algum tipo de
disfunção que acaba por acarretar cefaleia tensional como uma consequência dessa
disfunção. Segundo François (2014, p. 5): ''A doença não pode se desenvolver se a
estrutura está em harmonia, portanto, a desordem da estrutura produz a origem de
doenças. Esta relação de estrutura e função aplica-se a todos os elementos do
corpo.''

Da mesma forma, se houver alguma disfunção que venha a alterar o sistema


circulatório de modo que promova o acúmulo de toxinas em uma região, e a
diminuição do aporte sanguíneo de outra região, provavelmente ocorre uma
disfunção em uma área que seja irrigada pela artéria comprometida. De modo que
François (2014, p. 6) nos descreve a lei da artéria de Still, onde segundo ele:
16

Para Still, o sangue é o meio de transporte para todos os elementos que


permitem garantir uma imunidade natural e, portanto, lutar contra as
doenças. Quando a circulação do sangue é realizada normalmente, a
doença não pode se desenvolver. O papel da artéria é primordial. Sua
perturbação levará a má circulação arterial. Como consequência, o retorno
venoso será mais lento e causará paralisias venosas e, portanto, acúmulos
de toxinas.

Vamos agora entender o que são essas técnicas e como elas funcionam.
Onde de acordo com Giona (2003) apud Dantas (2013, p.149):

[...] diagnóstico de cefaléia tensional foram submetidos a técnicas de terapia


manual, sendo estas: massagem de tecido conjuntivo buscando um
relaxamento da musculatura e estruturas conjuntivas paravertebrais;
mobilização das vértebras dorsais, com o intuito de relaxar a musculatura
paravertebral; pompage cervical; alongamento do trapézio superior em
flexão lateral, objetivando o relaxamento e alongamento do músculo;
alongamento de músculos posteriores do pescoço; pompage dos músculos
suboccipitais (inibição dos suboccipitais); alongamento de estruturas moles
suboccipitais; stretching dos extensores da cabeça. A utilização das duas
primeiras técnicas foi justificada pela autora devido à inserção de estruturas
do dorso em base de crânio e vértebras cervicais, almejando relaxamento e
harmonia de forças que agem no crânio. Tais técnicas melhoraram o quadro
clínico de todos os indivíduos, [...].

Podemos então citar como técnicas fisioterapêuticas manuais, utilizadas no


tratamento de cefaleia e de muitas outras patologias, as técnicas de Massoterapia,
Mobilizações e Manipulações articulares, RPG (Reeducação Postural Global),
Técnica de Tração Cervical, Osteopatia, etc.

3.1 MASSOTERAPIA

A massagem é uma técnica milenar, onde vários povos de diversas partes do


mundo a tempos descobriram seus benefícios e sua eficácia no tratamento da dor e
de diversas patologias, além de trazer uma sensação muito prazerosa. Pelo fato de
ser uma técnica muito antiga e de ter se desenvolvido em diferentes lugares, existem
diversas variações de técnicas, cada qual com sua particularidade. De acordo com
Rodriguez (2017, p. 2):

A aplicação da massagem vem das civilizações mais antigas. Em meados


do século XIX sua eficácia foi demonstrada definindo-se indicações
terapêuticas. Pode ser definido como “um conjunto de manipulações e / ou
manobras realizadas com as mãos do terapeuta e aplicadas ao corpo
humano com objetivos preventivos, higiênicos, terapêuticos, reabilitadores e
psicológicos de maneira metódica, ordenada e racional”. Consiste nas
manobras básicas de: effleurage, petrissage, fricção, compressão e
vibração.
17

Segundo Andrade e Clifford (2014, p. 12): "Os efeitos terapêuticos da


massagem podem ser definidos como sendo mecânicos, fisiológicos e psicológicos.
Para esta lista, alguns autores acrescentam os efeitos reflexos e os efeitos
energéticos".

Andrade e Clifford (2014, p. 13): ainda nos apresenta a seguinte classificação


das técnicas de massagem:

Técnicas de reflexo superficial: produzem efeitos reflexos, como a analgesia


contra-irritante, mas não geram efeitos mecânicos.

Técnicas de líquido superficial: produzem efeitos mecânicos sobre os vasos


linfáticos superficiais e, possivelmente, sobre a circulação venosa.

Técnicas neuromusculares: Elas afetam a função do elemento contrátil, a


hidratação do tecido conjuntivo e o retorno linfático, podendo também
produzir efeitos reflexos complexos.

Técnicas de tecido conjuntivo: Elas afetam mecanicamente a hidratação, a


extensibilidade e a modelagem do tecido conjuntivo, podendo também
produzir efeitos reflexos complexos.

Há também as Técnicas de movimento passivo, que promovem substancial


movimento tecidual ou articular sem esforço por parte do paciente, envolvendo
múltiplos tecidos e estruturas, e possuem amplo efeito sobre o fluxo de líquidos, o
tecido conjuntivo e o controle neural do tônus muscular. Dessa forma, de acordo
com Bitencourt e Brongholi (2010, p. 2-3):

A massagem tem como função mobilizar estruturas como pele, músculos e


fáscia, assim como a estimulação linfática e da corrente sanguínea, fazendo
com que os nutrientes sejam transferidos com mais facilidade e em maior
quantidade para a pele e estruturas adjacentes.

Técnicas de percussão ou percussivas: estas técnicas deformam e liberam


rapidamente os tecidos. Elas envolvem tecidos diferentes, dependendo da força com
a qual são aplicadas. Elas são utilizadas principalmente na reabilitação
cardiopulmonar para auxiliar mecanicamente a drenagem brônquica e a liberação
das vias aéreas. Podem também produzir efeitos neuromusculares reflexos úteis,
onde, conforme Andrade e Clifford (2014, p. 271): ''[...] são aquelas técnicas de
massagem que deformam e liberam rapidamente os tecidos através golpeamento do
corpo de uma maneira controlada. [...] inibem ou estimulam o tônus neuromuscular.''

3.2 MOBILIZAÇÃO E MANIPULAÇÃO ARTICULARES


18

A mobilização articular é um dos métodos de tratamento mais utilizados pela


fisioterapia, principalmente em pacientes que necessitam de reabilitação ortopédica,
mas não deixa de ser uma importante ferramenta nas demais áreas de tratamento
(neurológica, hospitalar, etc.). Contudo, por haverem vários métodos de mobilização
articular, a melhor forma de se escolher aquela que irá ser aplicada ao tratamento de
determinado paciente, é realizar uma boa anamnese e se atentar as particularidades
de cada paciente, como por exemplo, um paciente que apresente uma DTM que
pode ocasionar um quadro de cefaleia tensional, de acordo com Stiesch-Scholz e
Fink (2002) apud Fernandes (2009) ''[...] a mobilização articular é a espécie de
tratamento fisioterapêutico mais utilizada e eficaz nos casos de desarranjo interno da
ATM.''

Segundo França et al., (2005); apud Nascimento (2013, p. 17):

Pesquisadores dizem que as mobilizações articulares grau II e III promovem


analgesia, pois estes movimentos agem nos mecanoceptores da
articulação, que vão estimular grandes fibras sensoriais que deprimem a
transmissão dos sinais dolorosos. Estes estudos revelam efeitos
analgésicos paralelamente ao aumento da atividade nervosa simpática.
(FRANÇA et al., 2005; MARINZECK; SOUVLIS, 2011) encontraram
variações no sistema nervoso simpático periférico após mobilização
póstero-anterior em C5 – C6.

Existe também a técnica de manipulação articular, que é muito utilizada em


conjunto com as técnicas de mobilização, o que caracteriza a manipulação articular
é a forma como ela é executada, através de movimentos em alta velocidade, mas de
pequena amplitude, onde de maneira geral o movimento ou a manipulação ocorre no
final da amplitude da articulação, e ocorre de forma rápida para que o paciente não
sinta algum tipo de incômodo ou dor que o levem a realizar uma contração da
musculatura, o que dificultaria ou impossibilitaria a execução da técnica de maneira
eficaz e segura. Conforme Ricard e Sallé, (2002); Knutson e Owens, (2003) e
Chaitow, (2001) apud Fernandes (2009, p. 31):

''[...] técnicas de thrust, na qual é aplicado uma manipulação de alta


velocidade e baixa amplitude para promover uma separação articular com
um estiramento da cápsula e dos músculos monoarticulares.''

De acordo com Barrak et al. (1990), apud Rauschkolb (2012, p. 3):

A terapia manual é uma área que utiliza técnicas manuais de mobilização e


manipulação articular, massagem do tecido conectivo, fricção transversa,
mobilização neural entre outras para avaliação e tratamento das dores de
19

origem neuro-músculo-esquelética e de restrição de amplitude de


movimentos articulares fisiológicos e acessórios.

Diferente dos movimentos realizados na manipulação, os movimentos da


mobilização são realizados de forma mais suave e lenta, assim, depois de realizada
a avaliação do paciente pode-se decidir qual técnica será utilizada, de acordo com a
necessidade do indivíduo, já que segundo Rauschkolb, (2012, p. 4): "Os efeitos
neurofisiológicos da mobilização e manipulação são os mesmos".

3.3 RPG (REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL)

Visto que, muitas vezes as contraturas ou espasmos musculares são


provocados por más posturas adotadas pelos indivíduos, e que esses quadros
levam ao paciente estar predisposto a apresenta crises de cefaleia tensional, a
técnica do RPG (Reeducação Postural Global) torna-se uma importante ferramenta
no tratamento e prevenção desse quadro patológico. Assim como nos diz Costa
(2017, p. 172):

O Termo algias da coluna é utilizado para designar queixas de desconforto


e dor na coluna vertebral, sendo o fator mecânico-postural, chamado não
específico, responsável pela maioria das queixas. A fim de minimizar o
quadro doloroso existem diversos tratamentos fisioterapêuticos, dentre eles,
a Reeducação Postural Global (RPG), baseado no conceito de cadeias
musculares, que preconiza a globalidade do indivíduo, trabalhando a
consciência corporal associada à respiração e decoaptação articular.

De acordo com Bispo Junior (2010, p. 1633):

A questão da postura deve ser difundida em âmbito coletivo não apenas


como questão estética, mas como atitude corporal inerente a uma vida
saudável e fator preventivo para diversas doenças. No âmbito da atenção
básica, o fisioterapeuta deve atuar preferencialmente com grupos
populacionais, orientando sobre as posturas mais adequadas para cada
grupo ou para cada situação.

O francês Philippe Emmanuel Souchard foi quem criou o método RPG,


através de muito estudo e pesquisa, principalmente em biomecânica. A Reeducação
Postural Global, mais conhecida por suas iniciais RPG, é um método inovador da
fisioterapia que se baseia no alongamento global de músculos antigravitários e
organizados em cadeias musculares alongadas simultaneamente por aproximada-
mente 15 a 20 minutos, não se permite compensações. Segundo Souchard (2016, p.
20):
20

A RPG nasceu em 1980 e sua certidão de nascimento data da edição do


livro Le Champ Clos. (O Campo Fechado), em 1981. Evidentemente, o
método não pode se dedicar de imediato ao tratamento das patologias [...].
Somente quando os princípios fundamentais se afirmaram e, em particular,
o papel essencial da função estática nos seus três aspectos - ereção,
suspensão e tensões recíprocas - se tornou perfeitamente claro, os
princípios gerais puderam se aplicar a todas as patologias
musculoesqueléticas, fossem elas morfológicas ou lesionais.

Assim, através de ajustes na postura podemos reorganizar os diversos


segmentos do corpo humano, proporcionando o reequilíbrio do mesmo, direcionando
a técnica aos músculos que firmam a postura, utilizando-se de alongamentos
específicos.

3.4 TÉCNICA DE TRAÇÃO CERVICAL

Entre as técnicas utilizadas para se obter a descompressão das estruturas


articulares, neurológicas e vasculares, temos a técnica de tração cervical, que
através dessa descompressão trás o alívio das tensões musculares reduzindo os
espasmos e consequentemente os quadros de cefaleia tensional.

De acordo com Souza (2011, p. 61):

A tração manual consiste na aplicação de uma força de distração


longitudinal para promover alongamento dos tecidos moles adjacentes à
coluna vertebral. As vantagens da tração manual incluem o feedback
sensorial do toque, a especificidade da técnica e o conforto do paciente,
mantendo-o em repouso. Alguns efeitos fisiológicos da tração incluem a
descompressão das estruturas articulares, neurológicas e vasculares, o
alongamento dos tecidos moles e a estimulação dos mecanorreceptores,
proporcionando alívio da dor e redução do tônus muscular.

Figura 2 – Técnica de tração cervical manual.

Fonte: A. Jellad et al. / Annals of Physical and Rehabilitation Medicine 52 (2009) p. 639.
21

Em outra referência Brandão (2015, p. 62) nos diz que:

O objetivo da tração é produzir uma força de separação sobre os discos


intervertebrais para agir contra a diminuição causada pela carga de
compressão, e restaurar o seu funcionamento mecânico, aliviando assim os
sintomas.

A técnica de tração cervical consiste em movimentos de tração manual onde


a aplicação da força longitudinal promove aumento dos espaços intervertebrais e
relaxamento das estruturas musculares, proporcionando a liberação dos pontos de
tensão que originam os quadros de cefaleia tensional, onde de acordo com Kisner
(2013, p. 462): ''Tem sido demonstrado que a tração alarga os forames
intervertebrais. O posicionamento da coluna em flexão antes da aplicação da tração
proporciona o maior aumento de espaço.''
22

4. TERAPIA MANUAL NO TRATAMENTO DA CEFALEIA TENSIONAL

O método mais comumente utilizado para os tratamentos das cefaleias do tipo


tensional subdividem-se em farmacológicos e não farmacológicos, onde no
tratamento farmacológico, temos a utilização de analgésicos e anti-inflamatórios para
eliminar as crises de dor, além de antidepressivos utilizados na prevenção. Segundo
Flores & Costa Júnior, (2004) apud Dantas (2013, p. 147):

De maneira geral os tratamentos utilizados para a CTT subdividem-se em


farmacológicos e não-farmacológicos. Dentre os farmacológicos, os
analgésicos e antiinflamatórios são utilizados para eliminar as crises de dor,
e os antidepressivos para prevenção. Dentre as formas não farmacológicas,
temos o uso do biofeedback, psicoterapia cognitiva, e intervenções fisiote-
rapêuticas, acupuntura, osteopatia e técnicas manipulativas como forma de
tratamento.

Já dentre as formas não farmacológicas, temos os seguintes métodos uso do


biofeedback, psicoterapia cognitiva, e intervenções fisioterapêuticas, acupuntura,
osteopatia e técnicas manipulativas como forma de tratamento, onde no presente
trabalho daremos maior atenção às técnicas de tratamento manual, dentre as quais
destacamos, a massagem de alisamento profundo das costas, massagem no couro
cabeludo para a liberação de aderências e das suturas cranianas que promovem
relaxamento muscular e aumento da circulação sanguínea e linfática, estimulando a
circulação craniana e aliviando os sintomas da cefaleia. De acordo com Hall (2009,
p. 544):

Os terapeutas manuais têm por algum tempo tratado a coluna cervical com
o objetivo de aliviar dor de cabeça (14), mas só é recentemente que os
investigadores avaliaram a efetividade de tal intervenção para as desordens
de dor de cabeça específicas. Por exemplo, Jull et al (15), em um estudo
randomizado controlado de qualidade metodológica alta, mostraram que a
terapia manual era uma forma efetiva de manejo para a CCG. Além disso,
Bronfort et al (16) revisaram as evidências para tratamentos físicos não
invasivos para cinco tipos de dor de cabeça inclusive "enxaqueca",
"tensional", "CCG", uma mistura de "enxaqueca e tensional", e dor de
cabeça "pós-traumática." Eles acharam evidência que tanto o exercício
cervical (treinamento de resistência de baixa-intensidade) e manipulação
espinhal eram efetivas dentro de curto e longo prazo para a CCG.

Também temos as técnicas de Stretching para fibras superiores do trapézio,


escalenos, região escapular e os músculos paravertebrais, espinhais e ligamentos
interespinhoso, manipulações da coluna cervical, mobilizações articulares, pompage,
técnicas de thrust que são aplicadas de acordo com a lesão, e ainda algumas
23

técnicas para correção de lesões da região sacral. Segundo Pires (2003, p. 57):

O uso de terapia manual como tratamento coadjuvante para cefaleias em


geral apresenta de melhora. A restauração da mobilidade dos tecidos
cranianos permitiria aos mecanismos homeostáticos equilibrar a tensão
membranosa, melhorar o fluxo venoso, reduzir a compressão neural e,
consequentemente, a dor.

Uma técnica que pode ser aplicada é a massagem realizando deslizamento


profundo na região dorsal, amassamento e realizando deslizamento do músculo
trapézio e da região escapular. A liberação miofascial, popularmente conhecida
como massagem é utilizada para alívio de tensão, através da liberação de pontos
gatilhos e alongamento, demonstrando-se uma técnica muito eficaz, promovendo a
liberação tanto do músculo quanto da fáscia, e proporcionando o aumento da
circulação local, reduzindo a dor e o espasmo muscular.

Souza (2016, p. 15):

[...] realizaram um estudo baseado na relação direta dos pontos-gatilho com


a cefaleia tensional, onde a desativação dos pontos dolorosos através da
liberação miofascial obteve resultados satisfatórios, ressaltando a
significativa diminuição da intensidade e frequência da dor, duração das
crises, além da melhora quanto à qualidade de vida e depressão.

Lemos (2016) relata em sua revisão bibliográfica que Domenico e Wood,


(2010) apresentam evidencias sobre a eficácia das técnicas de massagem de
alisamento profundo das costas, utilização dos dedos em massagens propriamente
nas fibras superiores do trapézio e massagem direta sobre a região da escapula.

Já Kunast, Kich e Martins (2017, p. 106), em seu estudo experimental


quantitativo, realizado com 6 voluntárias, foi utilizada a RPG como método de
tratamento, onde segundo as autoras do estudo:

Foi realizada uma sessão semanal de RPG com duração de 40 minutos,


durante 4 semanas, com as posturas “rã no ar” e “rã no chão” em todas as
sessões. O equilíbrio estático e a área de pressão plantar foram avaliados
com a plataforma de pressão Arkipelago. As participantes permaneceram
em apoio bipodal, com um afastamento dos pés igual à largura do quadril e
braços ao longo do corpo, mantendo a postura ereta o mais estável possível
e o olhar fixo em um ponto a 3 metros de distância, durante 30 segundos.
Foi analisada a área de deslocamento do centro de pressão (COP)
padronizado pela altura e porcentagem de pressão plantar. Resultados:
Houve aumento do COP médio lateral no plano sagital (1,50±0,32 mm2 vs
0,85±0,33 mm2, p=0,026, teste t de student) e do COP antero-posterior no
plano frontal (1,30±0,38 mm2 vs 0,82±0,29, p=0,014, teste t de student)
após 4 sessões de RPG. Foi observado maior contato com o solo em
retropé (65,33 ±6,37%) em comparação ao antepé (34,66± 6,37%)
(p=0,000, teste t de student) o que foi mantido após as sessões
24

(63,0±6,38% vs 37,0±6,38%, p=0,000 teste t de student), sem diferença


significativa entre o pré e pós (p=0,552 teste t de student).

Através desse estudo, as autoras concluíram que, no caso específico,


mulheres com cefaleia tensional apresentaram maior descarga de peso em retropé
em relação ao antepé, fator que pode levar à postura com anteriorização da cabeça
que é comum em pacientes com cefaleia tensional. Sendo assim, a RPG, por ser
uma técnica de correção postural, alterou a localização do centro de gravidade
habitual o que pode justificar o aumento da oscilação do centro de pressão.

Andrade (2014, p. 185), nos apresenta a justificativa do uso da RPG, como


técnica de tratamento para a patologia em questão, de acordo com ela: ‘’Os pontos-
gatilho primários surgem em resposta ao trauma, sobrecarga aguda ou crônica
(tendinopatias e distúrbios por estresse de repetição), desequilíbrio postural, fadiga e
estresse emocional, sendo exacerbados por vários fatores.’’

Sendo assim, se os pontos-gatilho podem ser gerados por desequilíbrios


posturais, a RPG tornasse uma importante ferramenta no tratamento da cefaleia,
uma vez que os pontos-gatilho podem levar aos episódios de cefaleia, e a RPG
corrige os problemas posturais que levam ao aparecimento de pontos-gatilho.

No trabalho realizado por Dantas (2013, p. 143), a autora nos apresenta


dados sobre o estudo realizado por Giona (2003), sobre a eficácia das técnicas
manuais no tratamento da cefaleia tensional:

De acordo com o trabalho científico realizado por Giona (2003), o qual oito
pacientes do sexo feminino, idades de 19 a 29 anos e diagnóstico de ce-
faléia tensional foram submetidos a técnicas de terapia manual, sendo
estas: massagem de tecido conjuntivo buscando um relaxamento da
musculatura e estruturas conjuntivas paravertebrais; mobilização das
vértebras dorsais, com o intuito de relaxar a musculatura paravertebral;
pompage cervical; alongamento do trapézio superior em flexão lateral,
objetivando o relaxamento e alongamento do músculo; alongamento de
músculos posteriores do pescoço; pompage dos músculos suboccipitais
(inibição dos suboccipitais); alongamento de estruturas moles suboccipitais;
stretching dos extensores da cabeça. A utilização das duas primeiras
técnicas foi justificada pela autora devido à inserção de estruturas do dorso
em base de crânio e vértebras cervicais, almejando relaxamento e harmonia
de forças que agem no crânio.

De acordo com o estudo, dos pacientes que participaram da pesquisa, todos


melhoraram o quadro seu clínico com diminuição da frequência da dor, da
intensidade e duração, além de casos de remissão total da dor. A progressão do
25

tratamento ocorreu da seguinte forma: no início, os 8 pacientes juntos, apresentaram


no mês 112 episódios de dor, no termino do tratamento o número de episódios caiu
para 39 e após um mês 23 episódios. Ainda segunda a autora ‘’A intensidade caiu
para a maioria dos pacientes que relatava dor intensa e ausência para os que apre-
sentaram dores fracas. Após um mês do término do tratamento a duração dos
episódios de dor não ultrapassaram mais de 4 horas.’’

Com relação à cefaleia, Andrade (2014, p. 185) nos diz que:

Os pontos-gatilho localizados no músculo constituem, com freqüência, a


causa ou conseqüência de queixas musculoesqueléticas comuns, como a
cefaléia por tensão, problemas da articulação temporomandibular, dor
espinhal, dor lombar crônica, herniação de disco, dor pélvica crônica,
síndrome da costela dolorosa, dor não-articular e outras síndromes de dor
miofascial.

Seguindo esse pensamento, Kisner (2013, p. 476) diz que:

A tensão nos músculos da região cervical da coluna vertebral pode, por si


só, ser dolorosa ou causar dor referida em virtude da irritação do nervo
occipital maior, podendo ser descrita com uma cefaleia por tensão.

Levando-se em conta que as disfunções da articulação temporomandibular,


podem desencadear episódios de cefaleia, devemos tratar essas disfunções, de
forma que Kisner (2013, p. 478), nos apresenta técnicas de manipulação articular
para o tratamento dessa articulação, sendo que cada técnica deverá ser aplicada de
acordo com a necessidade de cada paciente. Um exemplo de técnica que a autora
nos apresenta é:

Separação unilateral (Fig. 15.19 A). Use a mão oposta ao lado sobre o qual
você está trabalhando. Coloque seu polegar na boca do paciente sobre os
molares do fundo; os dedos ficam fora e em torno da mandíbula. A força é
no sentido caudal (para baixo).

FIGURA 3 – Manipulação articular com separação unilateral.


26

Fonte: Kisner (2013, p. 478)


Em estudo do tipo experimental, com ensaio clínico controlado realizado com
17 participantes, de ambos os sexos, divididos em dois grupos, a fisioterapia,
utilizando-se de técnicas da terapia manual e cinesioterapia, neste estudo,
promoveu melhora significativa da resposta de dor local, principalmente nos pontos-
gatilhos do músculo masseter, e modificou de maneira positiva o diagnóstico de
DTM dos participantes. Onde segundo os autores do estudo, ambos os grupos
realizaram pré e pós 4 semanas de fisioterapia, avaliação físico-funcional com
algometria, da dimensão vertical de repouso e oclusão com paquímetro, com o
Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), e o Oral
Health Impact Profile (OHIP-14). O programa constou de massoterapia, técnicas
cranianas, manuais, liberações miofasciais, cinesioterapia mandibular, tração
manual e pompage cervical. Resultados: No GE foi observada diferença significativa
(p0,05). (Beira et. al. 2017. p. 271).

De acordo com Brandão (2015, p. 4), a técnica de tração cervical pode


promover o aumento dos espaços intervertebrais e relaxamento das estruturas
musculares, de forma que, esse relaxamento promove a liberação de pontos-gatilho
e diminuição dos quadros álgicos e consequentemente de cefaleia tensional,
segundo a autora:

No estudo do Souza et al.12 a força empregada da tração manual pelo


fisioterapeuta na coluna cervical, aumentou o comprimento da coluna
cervical entre C2 e C7 em indivíduos assintomáticos, mensurado por meio
das radiografias simples em perfil. Portanto, a tração manual promove
aumento dos espaços intervertebrais e relaxamento das estruturas
musculares.

De acordo com Dantas (2013, p. 149), em estudo realizado por Morelli &
Rebelatto, (2007) utilizou-se da tração cervical como método de tratamento
resultando no alívio da dor da cefaleia tensional:

[...] utilizado como protocolo pelo terapeuta pesquisador a “tração cervical


manual; alongamento bilateral dos músculos trapézio superior, escaleno,
elevador da escápula e esternocleidomastóideo; mobilização vertebral e
massagem clássica nas regiões da cervical, frontal, temporal e suboccipital”.
Tal protocolo de tratamento teve resultado eficaz no alívio da cefaléia
tensional e no aumento do limiar de dor.
27

Segundo Pegas (2003) apud Dantas (2013, p. 148):

São tratados nas cefaléias: as cervicais, as charneiras occipital atlas e a C7-


D1-D2 e as primeiras costelas; as suturas cranianas; o sistema vascular; o
sistema membranoso; os músculos do crânio e o sistema estomatognático;
os seios aéreos e os tegumentos. Podendo assim ser necessário tratamento
de osteopatia visceral.

Isso nos leva a olhar o paciente como um todo, não apenas analisando a
queixa principal e focando o no local da dor, mas realizando uma anamnese
minuciosa, procurando encontrar a causa, o motivo pelo qual o paciente se encontra
nessa condição, e assim determinar a técnica mais adequada para o tratamento de
cada paciente.
28

5. METODOLOGIA

Presente trabalho é uma revisão descritiva de literatura, através de trabalhos


publicados nos últimos sete anos. A coleta de dados foi através de pesquisas na
internet em sites de conteúdo acadêmico como Scielo e Google Acadêmico, livros e
Artigos publicados entre 2001 e 2019. Foram encontrados 43 artigos, dos quais, 21
deles foram selecionados, além de 6 livros, que abordam os seguintes temas:
fisiologia médica, Massagem, técnicas e resultados, Exercícios Terapêuticos,
tratamento fisioterápico em reeducação postural global: RPG, Deformações
morfológicas da coluna vertebral: tratamento fisioterápico em reeducação postural
global: RPG, Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão, Trattato di
osteopatia, e um TCC.

Foram selecionados todos os materiais publicados em revistas, e livros que


abordassem os temas cefaleia tensional e terapia manual. Os critérios de inclusão:
artigos que abordaram as cefaleias tensionais e a terapia manual como tratamento
para tal sintoma. Os critérios de exclusão: artigos que abordaram apenas o
tratamento medicamentoso e outros tipos de cefaleias.

As palavras chave foram: Dor; cefaleia tensional; pontos-gatilho; terapia


manual; reeducação postural.
29

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foram encontrados vários artigos com estudos que descreviam os efeitos da


terapia manual no tratamento da cefaleia tensional, com técnicas como a osteopatia,
tração cervical, RPG, mobilização articular, a massagem e o alongamento muscular.
No entanto, os estudos foram realizados com amostras e número de participantes,
baixo.

A literatura pesquisada nos traz informações sobre a eficácia e segurança das


técnicas. Porém vale lembrar que, existem diversos tipos de cefaleia, sendo que ao
passo que não seja possível identificar sua causa, é importante orientar o paciente
para que o mesmo procure investigar a patologia e encaminha-los para atendimento
multidisciplinar, já que a cefaleia também pode ser sinal de alguma patologia mais
grave.

Sabe-se que um tratamento realizado utilizando as técnicas manuais, reduz


os níveis de dor, e faz com que os pacientes, consigam retomar suas atividades, ou
que os mesmos possam manter sua rotina, sem o mal-estar provocado pela cefaleia
tensional. Dentre os fatores que desencadeiam os quadros de cefaleia, temos os
fatores emocionais e psicológicos que acarretam contratura muscular, gerando
pontos-gatilho e uma reação bioquímica que libera toxinas, e promove também a
diminuição da irrigação sanguínea local e dores na musculatura.

Através das técnicas manuais, pode-se obter a quebra do espasmo muscular,


e assim, aumentar a irrigação sanguínea local levando ao consequente aumento da
nutrição e oxigenação da musculatura afetada. Além disso, as técnicas promovem o
relaxamento da musculatura, alongamento e mobilização da fáscia, aliviando assim
a dor da cefaleia tensional.

Apesar dos materiais pesquisados nos apresentarem resultados positivos


quanto à eficácia da terapia manual, pode-se notar que ainda faltam pesquisas com
um público de maior escala, e com mais informações a serem analisadas e
referenciadas, fazendo com que tenhamos mais evidências sobre os benefícios da
terapia manual em suas inúmeras técnicas.
30

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