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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CAMPUS IV JACOBINA

ALEX MACEDO
ANA CLÁUDIA
CAROLINE SOUZA MARQUES DA SILVA
JOBERVAN RIOS EVANGELISTA FILHO

RESENHA ANALÍTICO-DESCRITIVA – PSICANÁLISE

JACOBINA – BAHIA
2018
ALEX MACEDO
ANA CLÁUDIA
CAROLINE SOUZA MARQUES DA SILVA
JOBERVAN RIOS EVANGELISTA FILHO

RESENHA ANALÍTICO-DESCRITIVA – PSICANÁLISE

Resenha Analítico-Descritiva acerca do tema


Psicanálise solicitada para fim de avaliação
da Disciplina Estudos Filosóficos, ministrada
pelo professor Pedro Miguel Sousa Santos,
semestre letivo 2018.1 do Curso de Letras,
Língua Portuguesa e Literaturas da
Universidade Estadual da Bahia, Campus IV
– Jacobina.

JACOBINA – BAHIA
2018
RESENHA ANALÍTICO-DESCRITIVA – PSICANÁLISE
A teoria da Psicanálise, ou “teoria da alma”, foi criada pelo neurologista austríaco
Sigmund Freud em 1890, objetivando tratar dos distúrbios da mente humana. Etimologicamente
o termo é de origem grega e faz referência a psyche, que literalmente significa “respiração” ou
“sopro”, o que trazendo para uma linguagem moderna teríamos então uma referência à alma ou
ao espírito. O estudo psicanalítico concentra-se em especial nos estudos dos desejos
inconscientes, comportamentos e sentimentos vividos pelo indivíduo.
Referente a estas questões, Sigmund Freud dividiu os níveis de consciência do ser
humano em três áreas, o consciente, estado no qual temos conhecimento de nossas ações e
sentimentos; o pré-consciente, onde as ideias estão inconscientes, mas podem voltar para o
campo da consciência (essa área é perceptível, por exemplo, nos sonhos); e temos então o
inconsciente onde ficam guardados todos os nossos desejos e ideias reprimidas, inacessíveis no
estado consciente, mas que possuem a capacidade de afetar nossos comportamentos e
sentimentos.
Acerca do inconsciente Freud apresentou então uma subdivisão, fragmentando-o em
três partes: o Id, o Ego e o Superego. O primeiro, Id, é onde se encontram os instintos e pulsões
relacionados ao prazer, como os desejos carnais, materiais e sexuais; o segundo, o Ego, age
como equilíbrio do Id e do Superego, sendo que este último, por sua vez, monitora a mente
humana mantendo-a sempre alerta aos princípios da moral, evitando extravagâncias que
ocorram em direção ao Id. No que diz respeito aos estudos do desenvolvimento da sexualidade
e que segundo a teoria psicanalítica de Freud exerce forte influência na formação do indivíduo,
o psicanalista apresenta as cinco fases do desenvolvimento do processo psíquico-sexual, tendo
aqui um dos pontos mais polêmicos da sua teoria.
Na fase oral, durante o primeiro ano de vida, o prazer se encontra no estímulo da boca;
na fase anal, entre o segundo e terceiro ano de vida, a criança sente prazer em reter ou expulsar
suas fezes; na fase fálica, entre o quarto e quinto ano de vida, a criança descobre seu sexo e
sente prazer em estimular seu órgão genital; na fase de latência, dos cinco aos doze anos, quando
o indivíduo passa a ter controle de sua vida psíquica ; e, por fim, a fase genital, a partir dos doze
anos, onde se desenvolve os desejos por atividades sociais e interesses por outras pessoas.
Em síntese, são estes os principais conceitos e parâmetros teóricos que permeia a teoria
psicanalítica. A seguir, faz-se uma análise do tema da psicanálise especificamente no que tange
ao jogo da sedução entre homens e mulheres, tendo por base o direcionamento dado por Maria
Rita Kehl (1988) no artigo “Masculino/feminino: o olhar da sedução”.
Meninos e meninas enfrentam complexidades na passagem pelo processo de Édipo. No
entanto, a menina possui mais dificuldades ao se deparar com extremos atritos em se tratando
de reconhecimento pessoal e comparação com a figura materna e paterna. A autora apresenta a
diferenciação entre as dificuldades que estão relacionadas ao ato do filho encontrar-se parecido
com o pai, mas a filha, não, e neste processo de voltar ao início após uma grande decepção
pessoal.
No processo de socialização, os garotos têm mais sucesso, pois possuem características
que os unificam, e adquirem, a princípio, uma aversão às meninas. Seus gostos pessoais os
fazem ter mais facilidades em lidar um com o outro. As meninas amadurecem mais rápido que
os meninos, o que as tornam mais críticas em relação aos gostos que cada uma tem. Elas se
apaixonam primeiro, se frustram primeiro. Após a passagem pelo complexo de Édipo, ambos
enfrentam numa fase madura o que chamamos de jogo de sedução.
No jogo da sedução, o homem busca o prazer sem a necessidade de amar, ele prefere a
casualidade ao invés de um relacionamento que dure e o faça deixar de ser quem ele é, segundo
eles, sem fraquezas. Posteriormente se decepcionará consigo mesmo, quando se apaixonar por
uma garota, percebendo que o seu motivo de aversão na infância tornou-se o seu “calcanhar de
Aquiles”. A mulher, totalmente contrária ao homem, ama antes mesmo de possuir, e troca o
desejo e o prazer por sentimentos mais intensos.
Nesta linha de raciocínio, observa-se que o homem tem um enorme controle diante da
mulher por agir racionalmente e não emocionalmente, diferente desta. E, por fim, durante o
duradouro jogo da sedução, haverá momentos em que ambos, mostrando suas forças e
fraquezas, estarão dominando ou sendo dominados. O sucesso ou insucesso de todo esse
processo indicará o início e o fim de cada relacionamento que ambos poderão viver.
Feitos os apontamentos acerca da psicanálise como campo geral do conhecimento, além
da exposição dos fatores característicos da sedução entre homens e mulheres como um jogo no
qual os estudos psicanalíticos são postos à prova, parte-se para uma análise mais específica
sobre a relação entre a linguagem e a psicanálise.
Inicialmente, deve-se ter em mente que os princípios da psicanálise são essencialmente
empíricos, ou seja, exigem, para a consolidação deste campo do conhecimento, a experiência,
a prática, a observação. Todavia, com o intuito de desassociar a psicanálise de uma perspectiva
prática que beire o arbítrio, o ativismo e a contingência, faz-se necessário uma delimitação
teórica da experiência psicanalítica.
Para tanto, Freud postulará que o princípio constitutivo da psicanálise é o desejo, e que
todo ato psíquico visa à sua realização. Assim, uma leitura psicanalítica sempre terá como pano
de fundo o desejo como motivo condutor dos atos humanos. Cria-se uma confusão entre o
inconsciente e a subjetividade, uma vez que não se sabe qual deles será determinante para o
resultado das produções psíquicas; além disso, a própria linguagem se limitaria a uma função
estritamente funcional para a psicanálise, qual seja, a de apreender o sentido do pensamento, de
traduzir a realidade psíquica de si mesmo e do outro.
Desta forma, ao relegar à linguagem uma concepção tão somente indicativa do real
sentido contido no campo psíquico, a psicanálise se vê enredada em alguns problemas, como o
caráter de dependência dos objetos mentais a seu ser emissor, a exemplo dos sentimentos de
um indivíduo. A indagação reside em como um nome e assim a própria linguagem poderia
representar e determinar satisfatoriamente as sensações de um terceiro, pondo em xeque o
próprio fazer psicanalítico.
Enquanto os objetos físicos são passíveis de retificação pública quanto às suas
propriedades, os objetos mentais, da realidade psíquica dos entes humanos, carecem de uma
objetividade publicamente convencionada. Parece ser próprio da realidade interna certo
mistério e ocultismo. Para driblar este empecilho que a linguagem impõe à fundamentação
teórica da psicanálise, Freud postula a princípio de que há uma identidade ou correlação
perceptível entre o significado das palavras e os processos internos.
Segundo o pai da psicanálise, todo aparelho psíquico possui ideias comuns que
permitem o desbravamento da natureza oculta do psicológico. Desta forma, o desejo – enquanto
motivo condutor de todo ato humano – e a linguagem – enquanto tradutora do desiderato
libidinoso e presente em todo indivíduo – possuem uma conexão necessária e perfeitamente
apreensível. É a partir deste pressuposto que Sigmund Freud irá retirar da primeira pessoa o
privilégio exclusivo de determinar seus estados mentais, abrindo a terceiros – o psicanalista –
a possibilidade de trabalhar sobre os aspectos mentais de outrem.
Desta forma, o neurótico – comumente conhecido como “doente mental” ou “louco” –
seria todo aquele que sofre de um mal que lhe impossibilita de se determinar de forma autônoma
e coerente, uma vez que há uma falha cognitivo-comunicacional que corrompe sua capacidade
de definir seus próprios estados mentais perante a sociedade.
Freud aprofunda esta tese de modo a fundamentar em bases sólidas a teoria psicanalítica,
tendo sempre a linguagem e o desejo como parâmetros. Exemplo disso são os conceitos teóricos
introduzidos pelo autor, como as “narrativas de ligações profundas”, próprias do homem sadio
de espírito, em oposição àquelas de “ligações superficiais”, próprias dos neuróticos.
Osmyr Faria Gabbi Júnior discorre ainda sobre outros parâmetros linguísticos utilizados
pela psicanálise freudiana, como aquele que chama de “Circuito Ideativo de Construção do
Desejo” (p. 110) e evidencia o aspecto mediato da linguagem e do sentido da palavra, uma vez
que o real sentido da conduta se origina no inconsciente e no pré-consciente humano,
intermediado por um impulso que reflete um desejo originário.
Em síntese, apresentou-se, a princípio, os fundamentos psicanalíticos e os preceitos
conceituais determinantes para a compreensão deste ramo do saber, dando especial ênfase às
formulações de Sigmund Freud. Em seguida, apontou-se – a partir do trabalho de Maria Rita
Kehl (1988) – o jogo da sedução como demonstração empírica das teses psicanalíticas no
cotidiano das relações entre homens e mulheres, desde a primeira infância até a fase adulta.
Por fim, buscou-se evidenciar a importância da linguagem não só na construção da
teoria psicanalítica, mas também como ferramenta de trabalho indispensável ao profissional da
área. A psicanálise encerra, assim, um apanhado teórico e empírico a partir da imbricação entre
o desejo, a linguagem e a sedução que a torna, para além de uma teoria e de um método
terapêutico, um campo do saber que bebe da filosofia e da linguística para melhor compreender
a condição humana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GABBI JUNIOR, Osmyr Faria. Sobre o Uso da Linguagem na Psicanálise. Revista IDE, São
Paulo, v. 30, n. 45, p. 109-114, dez. 2007. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062007000200014>.
Acesso em: 16/05/2018;
KEHL, Maria Rita. Masculino/feminino: o olhar da sedução. In: NOVAES, Adauto (org.). O
Olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 411-423;

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