O primeiro com a professora Edna, no qual ela explicou como serão as próxi- mas aulas e avaliação através do diário de bordo. O segundo com a palestrante psicanalista (não lembro no nome dela), coor- denadora do estágio de psicologia na unidade neonatal do Hospital Roberto Santos, cujo tema foi: Desenvolvimento da sexualidade infantil(?), baseado no 3 Ensaios so- bre a sexualidade. A professora palestrante(?) começou abordando alguns conceitos como: a síndrome de hospitalismo, que é quando a criança está hospitalizada e privada da relação com os pais. Essa privação, gera diversos efeitos ruins para o desenvolvi- mento da criança. Para ilustrar melhor, ela deu exemplos de alguns casos que ela já viveu, o que nós ajudou muito a compreender o que de fato é essa síndrome. Depois, ela abordou o conceito de pulsão da psicanálise. Ela explicou que toda pulsão tem uma fonte, que normalmente é uma zona erógena, uma intensida- de, um objetivo, que normalmente é a satisfação, e um objeto, que normalmente é a característica que varia entre uma pulsão e outra. Partindo desses conceitos, fomos discutir alguns pontos do material ‘3 ensai - os sobre a teoria da sexualidade’’ de Freud. Começamos falando sobre alguns des- vios em relação ao objeto sexual, como por exemplo, a inversão (homossexualida- de), que Freud, em seu ensaio, afirma que não é uma patologia e sim uma condição. Falamos também, sobre a bissexualidade, que segundo Freud, nós teríamos uma concepção originariamente bissexual e que no curso de desenvolvimento, ao sofrer influências da cultura na qual o sujeito está inserido, vai se transformando em mo- nossexual. Discutimos, também, a questão da cultura nesse processo de monosse- xualidade. Para fechar esse tópico, discutimos alguns desejos sexuais, como por exemplo, defecar junto com o parceiro e sua origem estar relacionada à fase anal do desenvolvimento infantil. Concluímos, que esses desejos, podem parecer estranhos, mas são extremamente comuns. Começamos a discutir essa questão da sexualidade, agora na infância, em si. De acordo com o livro de Freud, a pulsão sexual se desenvolve ainda na infância e é normal haver essa pulsão na infância. Devido a nossa cultura, esse tema não é dis- cutido e é temido pela educação. Algumas das manifestações sexuais infantis são: a sucção, o ato de chupar o bico do peito da mãe, o próprio dedo, a chupeta, não com o propósito de nutrição, mas de prazer. Seria essa, a fase oral do desenvolvimento, na qual a criança tem nos lábios, uma zona de prazer. Depois, vem o desenvolvimento anal, em que a cri- ança pode retardar o ato das fezes, para estimular a mucosa anal. Nesse momento, o ânus se torna uma zona de prazer. Por fim, vem o prazer através da própria pele, onde a criança utiliza do seu próprio órgão genital para obter prazer. A partir dai, vem um período de latência até a puberdade, onde se inicia a pulsão sexual “normal’’. Vale ressaltar, que na infância, a pulsão não está destinada no outro e sim em si próprio. É o autoerotismo. No bloco final da palestra, a palestrante passou algumas cenas do filme ‘’Pre- cisamos falar sobre Kevin’’ para que discutíssemos tanto a relação mãe-bebê, no contexto da história do filme, e as implicações consequentes de uma gestação que não é fruto do campo do desejo daquela mulher. O terceiro momento, retornamos a aula com a professora Edna, a qual nos explicou novamente como seria a avaliação da unidade em curso, a qual consiste na elaboração de um “diário de bordo”, em dupla, contendo um resumo/relato dos as- suntos abordados durante a aula.