RESUMO
Diante disso, dessa carência, surgiu a Lei 10.639, posteriormente Lei 11.645,
que torna obrigatório a inclusão da história africana e da sua influência na formação
histórica e cultural brasileira (posteriormente, a indígena também foi inclusa). Isso foi
importantíssimo para a nossa educação. Mesmo que muitas vezes a Lei não seja
aplicada pelo corpo docente e a gestão escolar, o que é uma pena, o conteúdo passou a
ser incluso nos livros didáticos, possibilitando ao aluno que tenha conhecimento da
história e da influência africana na formação da nossa sociedade. Onde antes havia
apenas uma visão negativa desses povos, hoje há pontos positivos e culturais.
Ainda assim, muitos estudiosos, professores, alunos e gestores escolares não tem
conhecimento dessa Lei e nem da importância de sua aplicabilidade. Por conta disso,
esse artigo pretende tratar de como era abordado o conteúdo de História antes dessa Lei
e as mudanças ocorridas após a sua aprovação. Busca-se também discutir o tema de
modo que os estudiosos tomem conhecimento da mesma e a apliquem no âmbito
escolar.
Para tanto, foi lido alguns artigos de internet, estudos acadêmicos sobre o
assunto e a própria Lei 10.639. É importante ressaltar aqui que não há muito estudo
sobre o tema.
A Lei 10.639 foi aprovada em 2003. Determinava então que a partir de ali o
ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira tornava-se obrigatório nas
escolas de ensino fundamental e médio.
Ela propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-
brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a
cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os
negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o
pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música,
culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Os artigos presentes na Lei dispõem sobre o conteúdo a ser abordado nas
escolas, a interdisciplinaridade que se faz necessária e a inclusão de uma data
comemorativa em homenagem aos negros.
Os conteúdos a serem abordados são: História da África e dos africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional. E devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, especialmente
nas áreas de Educação Artística, Literatura e História Brasileira.
Essa interdisciplinaridade faz-se extremamente importante, como salientam as
Diretrizes Curriculares Nacionais:
Para obter êxito, a escola e seus professores não podem improvisar. Têm que
desfazer mentalidade racista e discriminadora secular, superando o
etnocentrismo europeu, reestruturando relações étnico-raciais e sociais,
desalienando processos pedagógicos. Isto não pode ficar reduzido a palavras
e a raciocínios desvinculados da experiência de ser inferiorizados vivida
pelos negros, tampouco das baixas classificações que lhe são atribuídas nas
escalas de desigualdades sociais, econômicas, educativas e políticas. (DCN’s)
CONCLUSÃO
A Lei de 10.639 é extremamente importante. Mesmo que sua aplicação não seja
devidamente aplicada, há as exceções. O tema é abordado. Teve uma alteração em
2008, onde passava a ser incluso nas mesmas disposições a história e a cultura indígena.