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Penhane BOLETIM OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO DE APOIO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA AS COMUNIDADES

Director Executivo: Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e Inglês

Maneio Comunitário de Recursos Naturias pode salvar comunidades


Em 2007, foi publicado com apoio da FAO e da Facul- áreas de gestão privada. Deste conjunto, 5 modalida-
dade de Agronomia e Engenharia Florestal da Uni- des reconhecidas são: (i) o modelo das áreas protegi-
versidade Eduardo Mondlane, um estudo dos mode- das, particularmente as reservas nacionais e parques
los de maneio comunitário de recursos naturais no nacionais, (ii) o modelo das zonas comunitárias de ca-
país. Baptizado pelo nome de “avaliação dos modelos ça, (iii) o modelo das áreas comunitárias nas zonas de
de maneio comunitário de recursos naturais em Mo- uso múltiplo, (iv) modelo das concessões florestais de
çambique” o estudo da autoria de Almeida Sitoe, gestão privada, e (v) modelo de plantações comunitá-
Benard Guedes e Sílvia Maússe, aborda 5 modalida- rias e sistemas agro-florestais. As restantes modalida-
des reconhecidas para maneio comunitário de recur- des de maneio, apesar de terem potencial, carecem de
sos naturais, com que volvidos 12 anos, a Associação profundas e necessárias transformações de tipo legal,
de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades, social e económico para que se tornem um verdadeiro
AAAJC considera que pese embora tenham sofrido sucesso. Embora os 5 modelos assim definidos não es-
evolução com a finalidade de incorporar elementos tejam a funcionar na sua capacidade plena e com mui-
fundamentais para a implementação efectiva da abor- tos aspectos ainda por melhorar de modo a garantir
dagem, continuam essenciais. É que a primeira tenta- uma verdadeira participação das comunidades, a
tiva de definição de modelos de MCRN em Moçambi- AAAJC corrobora na perspectiva de que factores im-
que usa o regime de uso e propriedade florestal como portantes que determinam o sucesso dos modelos defi-
principal critério de classificação que resultou em 9 nidos podem incluir alguns arranjos institucionais co-
categorias e os resultados agrupados em 3 classes de mo o tipo de acordos e instituições envolvidas, estado
acordo com o modo de participação, facto que tem do recurso de base ainda que seja abundante ou mes-
seu mérito incontestável. E mais, o estudo traz a parti- mo degradado, nível de homogeneidade e de organiza-
cularidade de diferenciar entre as “modalidades de ção comunitária, em que é homogénea com autoridade
MCRN” e os “modelos de MCRN”, definindo os pri- local dominante, ou comunidade heterogénea com
meiros como as possíveis formas de maneio e os últi- uma autoridade local fragilizada, mas também confli-
mos como as modalidades de sucesso. O estudo havia tos entre potenciais ou manifestos e, a interacção com
recebido como proposta, 9 modalidades das quais outros usuários de zonas de conflitos pelos recursos ou
expandiu para 12 modalidades de MCRN, sendo 3 zona livre de conflitos e acesso aos mercados.
para as áreas de gestão directa do Estado, 6 para as
áreas de gestão comunitária e as restantes 3 para as

Garantia da posse comunitária de terra é tudo?


No quadro do maneio comunitário, para a AAAJC está claro que só comunidades. E mostra-se como primeiro passo a necessidade de con-
uma avaliação geral pode sugerir observar as pré-condições para o ferir os direitos de acesso e propriedade dos recursos florestais para
seu estabelecimento. Mas, uma vez satisfeitas as condições básicas de que as comunidades possam tomar decisões de maneio sobre os seus
sucesso, é possível estabelecer iniciativas de maneio comunitário de recursos. E embora a garantia da posse comunitária de terra seja uma
sucesso nas comunidades. Deste modo, para um determinado lugar, condição necessária, em geral, ela não é suficiente. Este é um assunto
existe um número limitado de modelos que podem ser aplicadosque que praticado, poderá acrescentar valor para as comunidades, a quem
os modelos de MCRN identificados não podem ser transferidos de pretende-se que sejam os implementadores essenciais do maneio co-
um lugar para outro sem, pois as condições sócio-económicas e ecoló- munitário dos recursos naturais.
gicas de um lugar, bem como o regime de uso e propriedade dos
recursos naturais vão ditar o tipo de modelo possível de ser estabele-
cido. Tudo porque das acçoes em curso na AAAJC concluiu-se que
para que o maneio florestal comunitário se torne real, é necessário Parceiros:
resolver uma série de problemas, tanto externos quanto internos das

Quem somos? Associação de Apoio e Assistência Jurídica as Comunidades (AAAJC), é uma organização da Sociedade Civil Moçambicana, não-
governamental, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, fundada em 2008 e com os seus estatutos legalmente publicados em 2010 no Boletim da República nº. 2, III serie, 4º suplemento de 19
de Janeiro. A sede é na cidade de Tete.
Penhane OFICIAL NEWS LETTER OF THE ASSOCIATION FOR SUPPORT AND LEGAL ASSISTANCE TO COMUNITIES

Director Executivo Rui Vasconcelos* Sede: AAAJC* Telefone: 20030252*Cidade de Tete* Bairro Chingodzi* Editado em Português e
Edition nº114

Modalities and models of CMNR in community development


areas. From this set, 5 recognized modalities are: (i) the mod-
In 2007, a study of models of community management of natural
el of protected areas, particularly national reserves and na-
resources in the country was published with the support of FAO and
tional parks, (ii) model of community hunting areas, (iii)
the Faculty of Agronomy and Forest Engineering of Eduardo
model of community areas in multiple use zones, (iv) model
Mondlane University. Baptized by the name of "evaluation of models
forest concessions (v) model of community plantations and
of communitarian management of natural resources in Mozambique"
agroforestry systems. The other modes of management, de-
the study by Almeida Sitoe, Benard Guedes and Sílvia Maússe, ad-
spite having potential, lack deep and necessary legal, social
dresses 5 recognized modalities for community management of natu-
and economic transformations to become a real suc-
ral resources, which after 12 years, the AAAJC believes that alt-
cess.Although the five models thus defined are not function-
hough they have evolved to incorporate key elements for the
ing at full capacity and many aspects remain to be improved
effective implementation of the approach, they remainessen-
to ensure true community participation, the AAAJC corrobo-
tial. It is that the first attempt to define CMNR models in
rates the view that important factors that determine the suc-
Mozambique uses the forest use and ownership regime as the
cess of the defined models may include some institutional
main classification criterion, which resulted in 9 categories
arrangements such as the type of agreements and institu-
and the results grouped into 3 classes according to the mode
tions involved, state of the basic resource whether it is abun-
of participation, which has its indisputable merit. Moreover,
dant or even degraded, level of homogeneity and communi-
the study brings the distinction between "CMNR modalities"
ty organization, in which it is homogeneous with dominant
and "CMNR models", defining the former as the possible
local authority, or heterogeneous community with weak
forms of management and the latter as the modalities of suc-
local authority, but also conflicts between potential or mani-
cess. The study had received as a proposal 9 modalities of
fest, and interaction with other users of conflict zones by
which expanded to 12 CMNR modalities, 3 for the direct
resources or conflict-free zone and access to markets.
management areas of the State, 6 for the community manage-

ment areas and the remaining 3 for the private management

Assurance of community ownership of land is everything?


In the framework of community management, it is clear to the real, it is necessary to solve a series of problems, both external and
AAAJC that only a general assessment may suggest that the identi- internal of the communities. And it is shown as a first step the need
fied CMNR models cannot be transferred from one place to another to confer the rights of access and ownership of forest resources so
without observing the preconditions for their establishment. But that communities can make management decisions about their re-
once the basic conditions of success are satisfied, it is possible to sources. And while securing community land tenure is a necessary
establish successful community management initiatives in the com- condition, it is often not sufficient. This is a practice that can add
munities. In this way, for a given place, there are a limited number value to communities, who are intended to be the essential imple-
of models that can be applied, since the socio-economic and ecologi- menters of community-based natural resource management.
cal conditions of a place, as well as the regime of use and ownership
of natural resources will dictate the type of possible model of be
established. All because of the ongoing actions in the AAAJC it was
concluded that for the community forest management to become
Partners:
Who Are We? The Association for Support and Legal Assistance to Communities (AAAJC) is an mozambican
Civil Society Organization (CSO) based in Tete province, non-governmental and non proffit, created in 2008 by a group of Paralegals in natural resources and development law, formed by the Center for Legal and Judicial Training
(CFJJ), now Ministry of Justice, who decided to organize themselves based on their knowledge to promote social and economic development and respect for human rights based on observance of the principles of social justice,
equity and sustainability. Its scope of action was limited to the areas of economic development and poverty reduction in a participatory manner, legal support to communities and citizens, environmental education, conflict
resolution, advocacy of public policies and human rights. In 2010, following the implementation of some initiatives and completing the process of its constitution, the organization was formally legalized with statutes published in

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