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A RELAÇÃO ENTRE INDIVÍDUO E SOCIEDADE EM KARL MARX

Licencianda: Aline Sousa (ICS/UERJ)

Introdução: Contribuição sociológica de Karl Marx

- A realidade material define a consciência de mundo = interpretação econômica da história:


Todos os grandes movimentos políticos, sociais e intelectuais da História foram determinados
pelo meio econômico de onde surgiram;

- Como a realidade material é construída pelos homens, eles são capazes de transforma-la;

- Primeira grande teoria sociológica da divisão da sociedade em classes

- Estudo do capitalismo: Marx viveu no séc. XIX, uma época de grandes revoluções burgueses
na Europa, onde acompanhou pessoalmente essas revoluções - crítica ao modelo de
economia capitalista – pós revolução industrial

- Capitalismo: a busca pelo lucro, o maior possível, justificava qualquer ação por parte das
corporações – Acúmulo de capital gera a exploração. Crítica ao capitalismo: poder de levar o
homem à alienação, que transforma o homem em produto – enquanto eu sou produtivo, eu
tenho valor no sistema capitalista

- Materialismo histórico: os homens constroem sua história e suas relações sociais, através da
produção material de sua existência (a base da sociedade é definida pelo modo como é
organizada a produção das coisas materiais de existência)

- Dialética: tanto a natureza quanto o homem sofrem processos de transformações constantes,


é um processo dialético, que se movimenta através de forças contrárias como o que domina e
o que é dominado

- História humana como história das disputas econômicas e produtivas e essa percepção
marxista trouxe para o debate o conflito entre classes sociais.

- Papel do individuo na História: leva em consideração a classe social e o papel que cumpre nas
relações sociais de produção

- Relações sociais de produção: através do trabalho os homens se relacionam com os outros e


juntos constroem a sociedade, com características diferenciadas de acordo com a história e a
sociedade de cada época – com contradições e conflitos entre os homens
Classe social

- As diferenciações econômicas que existem na sociedade produzem classes sociais, que estão
em posições na relação de produção – vão existir classes que estão no controle e são
subalternas que vendem sua força de trabalho em troca de renumeração

- Divisão do trabalho e da riqueza: Com o aumento da produção de riquezas, ocorreu uma


divisão entre os homens – burguesia x proletariado.

- Propriedade privada dos meios de produção: burguesia

- Posição social definida por sua relação com os meios de produção: divisão da sociedade em
grupos

- Classe dominante x classe dominada: relações antagônicas e excludentes, pois seus interesses
não coincidem

Por exemplo: durante uma greve, os trabalhadores lutam por melhores condições de trabalho
e de salário, enquanto os patrões têm interesse em atingir o maior lucro possível que é só
pode ser obtido se eles explorem mais ainda a força de trabalho dos trabalhadores. E o
atendimento das reivindicações pode prejudicar o lucro.

- A polarização de classes não significa que existem outras, como pequenos proprietários rurais
e comerciários, mas eles assumem um papel intermediário no conflito, aproximando-se ora da
burguesia e ora do proletariado dependendo do momento.

- Permite pensar a relação entre individuo e sociedade – para ele, não é possível pensar os
indivíduos sem considerar sua constituição em uma classe social e as diferenças de poder e
dominação definidas pelas relações de produção

Exemplo: A classe social na qual o indivíduo nasce é fator determinante do possível curso de
sua vida profissional
Relações entre classes sociais pela exploração: antagonismo (visões distintas),
complementares (uma não existe sem a outra), oposição (dominante x dominado)

As classes sociais passam por processos constantes de desigualdades sociais que acontecem
pela existência da propriedade privada.

Luta de classe

- Produto das relações sociais entre classe dominante e classe dominada – classe dominante
explora economicamente a classe dominada, que produz socialmente a riqueza através do
trabalho e produz disputas

“A história da humanidade é a história da luta de classes” – para analisar a realidade social é


necessário observar como o homem transforma a natureza (através do seu trabalho) e quais
são as relações que ele estabelece com os outros indivíduos

- A luta entre as classes faz parte da História – uma que é dominada e outra que domina:

 Idade Antiga, a luta entre senhores e escravos.


 Idade Média, o conflito entre os mestres das corporações e os trabalhadores e entre
os senhores feudais e os vassalos
 Idade Moderna, a classe capitalista e os proletários.

- Ocorre por relações de desigualdade entre os indivíduos, necessitando assim ser encerrada,
para que acabe a desigualdade.

Luta de classe: ou se é o dono dos meios de produção (burguesia) ou se vende a força de


trabalho (proletariado) – no seu momento histórico. Essa relação explorador versus explorado,
no sistema capitalista, tende a permanecer, pois é a fonte da riqueza da burguesia.
- Para Marx o proletariado vende sua força de trabalho porque precisa para sua subsistência –
sobrevivência

- Aspectos da dominação: Propriedade privada dos meios de produção como maior causa da
dominação – produção de ideologias, que são modos de dominação capitalista

- Ideologia como aspecto negativo para Marx: Conjunto de ideias que procura ocultar a sua
própria origem nos interesses sociais de um grupo particular da sociedade / Um conjunto de
proposições elaborado, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os
interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela
classe

- Produção de ideologias entendida como o mecanismo utilizado para a perpetuação da


exploração, por meio do ataque à consciência. Por meio dela, o trabalhador vive em uma
constante alienação, o que impede a tomada de consciência de que a realidade é resultado das
escolhas humanas e, portanto, que é possível transformá-la.

- Superação da dominação: consciência de classe que gera transformação social

Consciência de classe

- “classe em si” x “classe para si”

- Sem consciência de classe em si não é possível, segundo Marx, a produção de uma


consciência para si

- “classe em si”: corresponde à vaga no processo de produção - reconhecimento de sua classe


enquanto grupo subjugado no contexto do sistema capitalista.

- “classe para si”: grupo sabe que tem aspirações e oposições em comum - envolve a
percepção de que a organização enquanto classe unida é a chave para a ação política em
direção à transformação do estado das coisas

- O resultado seria a transformação da realidade material, o nascimento do comunismo, em


que não haveria propriedade privada dos meios de produção, portanto, não haveria
exploração, e muito menos a alienação do homem. Para Marx, o fim da propriedade privada
acabaria com as guerras, a inveja e as diferenças entre homens.

- Marx considerava que a situação da classe trabalhadora era injusta e precisava ser
modificada e assim propõe que a classe explorada se organizasse em sindicatos, partidos e
associações

- Marx acreditava que o fim do capitalismo dar-se-ia através do proletariado, no qual o Estado
seria o detentor dos meios de produção
- O que Marx não contava era com a capacidade do capitalismo de se reinventar, garantindo
que a ruptura não acontecesse;

- É importante compreender que, nunca houve um sistema socialista ou comunista como


Marx indicou. Revolução Russa, Cubana, Chinesa e todas as outras tentativas, mais ou menos
cruéis, nunca foram o que Marx pensou. Há uma diferença enorme entre as ideias de Marx e a
realidade histórica de todas essas tentativas.

- Podemos deduzir que Marx nunca desejou a criação de regimes totalitários como o da União
Soviética, apesar de acreditar na necessidade de uma ditadura do proletariado, na primeira
fase da revolução, para minimizar as diferenças sociais e proporcionar o bem-estar coletivo.

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