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Bruna Borges – PNEUMOLOGIA

ASMA BRÔNQUICA  Citocinas: são capazes de estimular a atividade e


proliferação de células inflamatórias. As principais são IL-3, IL-
4 e IL-5
EPIDEMIOLOGIA CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA
 > frequência: meninos (<14 anos) e mulheres adultas. ASMA EXTRÍNSECA ALÉRGICA
 Fatores de risco:  Principal mecanismo etiopatogenico na maioria dos casos,
 PRINCIPAL: Atopia (tendência do sistema imunológico sendo responsável por 70% das asmas em indivíduos com
em formar mais anticorpos IgE contra alérgenos). menos de 30 anos e 50% dos pacientes acima de 30 anos. No
 Tabagismo passivo ou ativo. subgrupo infantil (2-15 anos) 90% representam o tipo alérgico.
 Predisposição genética: pai OU mãe (25%), se ambos  Fenômeno alérgico é o principal mecanismo na maioria.
possuem (50%).
 O processo alérgico é caracteristicamente mediado por
 Vida urbana: maior contato com alérgenos domiciliares
anticorpos do tipo IgE que se encontram ligados à superfície
e poluentes atmosféricos.
dos mastócitos.
 Baixos níveis de infecção durante a infância: infecções
 As principais fontes de aeroalérgenos são: ácaros, baratas
na infância estimulam predominância de linfócitos Th1 em
(asma mais grave e refratária), cães e gatos, fungos e grão de
detrimento dos Th2 que estão associados com a asma.
pólen.
PATOGÊNESE  Reação alérgica: resposta imunológica também chamada de
reação de hipersensibilidade tipo I ou hipersensibilidade IgE
 Inflamação crônica das vias aéreas inferiores causando hiper- mediada. Para sua ocorrência é necessário:
reatividade brônquica.  Sensibilização prévia ao alérgeno: no indivíduo
 Reação inflamatória na parede brônquica de intensidade sensibilizado novos contatos com o antígeno desencadeiam a
variável, mas sempre presente. reação.
 Alvéolos não são afetados, mas as vias aéreas proximal e  Resposta imediata: nos primeiros 10 minutos após
distal são. contato durando menos de 2 horas.
 Crise asmática: causada por estímulos (infecções, mudanças  Resposta tardia e prolongada: inicia em 3-4h e dura
climáticas, exercício físico, etc) que desencadeiam um quadro mais do que 24 horas.
de obstrução aguda das vias aéreas inferiores.
 Eventos observados: broncoespasmo, edema da mucosa e ASMA EXTRÍNSECA NÃO ALÉRGICA
formação de tampões de muco – contribuem para redução  NÃO envolve reação IgE mediada, mas irritação direta da
aguda do calibre da via aérea. mucosa brônquica por substâncias tóxicas.
 Desequilíbrio na diferenciação dos linfócitos T-helper. Th1  Asma ocupacional: origem alérgica (componentes orgânicos
participa da resposta protetora contra agentes infecciosos. ou irritativa (substâncias químicas). No alérgico observamos
Nos asmáticos predominam os Th2 que promovem inflamação um período de latência entre exposição e início dos sintomas,
alérgica e com a secreção de citocinas específicas estimulam na forma irritativa não existe esse intervalo.
os seguintes eventos secundários: proliferação de mastócitos,
produção de IgE por linfócitos B e recrutamento de eosinófilos ASMA CRIPTOGÊNICA (“INTRÍNSECA)
(principais responsáveis pelas lesões estruturais nas vias  Níveis séricos de IgE normais. É o tipo mais comum quando a
aéreas dos asmáticos) à mucosa respiratória. asma aparece na idade adulta. Etiopatogenia não é bem
 Mastócitos sinalizam para o sistema imune a ocorrência de conhecida mas imunopatologia sim, muito semelhante a
contato com os alérgenos e promovem a liberação de atópica.
mediadores que induzem o broncoespasmo.
 Remodelamento brônquico: mudanças estruturais ASMA INDUZIDA POR ASPIRINA
potencialmente irreversíveis que ocorrem quando a parede  Corresponde a 2-3% dos casos de asma em adultos.
brônquica está cronicamente inflamada (infiltrado inflamatório  Causada por uso de aspirina ou outro AINE não seletivo e
tem predomínio de eosinófilos) e não é instituído o tratamento pode durar por anos após a suspensão.
anti-inflamatório.  Marco clínico: asma associada a rinite e pólipos nasais.
 Substâncias liberadas durante processo asmático:
 Pró-inflamatórias: histamina, bradicinina, REPERCUSSÃO FUNCIONAL
prostaglandinas, cisteinil-leucotrienos (aumentam produção
 Volume residual (pós expiração forçada) e capacidade
de muco e reduzem atividade ciliar) e PAF (Fator de ativação
residual (pós expiração espontânea) estão aumentados.
plaquetário) – em graus variáveis todas promovem
vasodilatação, edema da mucosa e broncoconstrição.  Alcalose respiratória, hipoxemia, hipercapnia – casos graves.
 Fatores quimiotáticos para eosinófilos, neutrófilos e
macrófagos: leucotrieno B4, eotaxina e RANTES – atraem
preferencialmente eosinófilos.
Bruna Borges – PNEUMOLOGIA

QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO  Exame de escarro: cristais de Charcot, espirais de


Curschmann e Corpúsculos de Creola.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
 Tríade clássica: dispneia, tosse e sibilância. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
 Sintomas mais intensos a noite ou primeiras horas da manhã. Espirometria
 ASMA SAZONAL ((durante um período do ano, ex: primavera  Prova broncodiladora positiva (CRITÉRIO PRINCIPAL):
pólen, fungos na estação umica) e ASMA PERENE (antígenos espirometria mostrando aumento do VEF1,0> 200 mL e > 12%
presentes durante todo o ano). do valor pré-broncodilatação.
 Rinite alérgica e dermatite atópica são condições bastante
associadas à asma alérgica. Sempre questionar. DIAGNÓSTICO
 Tosse asmática: alguns paciente só manifestam a tosse seca VEF1.0 aumenta pelo menos:
ou mucoide, geralmente noturna. Na investigação de toda  200 mL e 12% de seu valor pré-broncodilatador;
tosse crônica inexplicada deve ser pesquisada asma. OU
 200 mL de seu valor pré-broncodilatador e 7% do
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: valor previsto.
 IC, TEP, obstrução de laringe ou traquéia, traqueomalácia,
corpo estranho, esofagite de refluxo. Teste provocativo
 Na presença de VEF1,0 normal intercritico, pode-se recorrer
EXAME FÍSICO E COMPLEMENTARES INESPECÍFICOS ao Teste Provocativo que expõe o paciente a baixas
 Taquipnéia com expiração > inspiração. concentrações de agentes broncoconstritores pela via
 Ausculta respiratória: sibilos, geralmente difusos. Podem ser inalatória (metacolina, histamina ou carbacol); a queda > 20%
apenas expiratórios, se inspiratórios indicam obstrução do VEP1,0 significa teste provocativo positivo. Quando ocorre
brônquica mais intensa. Em casos graves pode não auscultar queda de 20% no VEF1, em relação ao valor basal, o teste é
sibilos devido fluxo aéreo extremamente baixo. Pode ter suspenso e considerado positivo, sendo calculada a dose da
roncos se as vias estiverem cheias de muco. substância administrada até esse momento. Essa dose
 Casos mais graves/crises: permite quantificar o grau de hiper-reatividade. Caso não
 Tiragem intercostal, tiragem supraclavicular, batimento ocorra queda ≥ 20% no VEF1, até a dose limite, o teste é
de asa do nariz, respiração abdominal. considerado negativo.
 Se cursar com hipoxemia – cianose central (lábios,
lobos da orelha). PEF (Peak Flow)
 Pode não auscultar sibilos (explicação acima), MVF  Peak flow é o fluxo mais elevado que um indivíduo consegue
diminuído, taquicardia, confusão mental, dificuldade para gerar durante um esforço expiratório iniciado após uma
falar e manter-se de pé. inspiração máxima. Este pico de fluxo é medido e os seus
 Pulso paradoxal: pode estar presente na crise grave. Definido valores serão indicativos de presença de resistência ao fluxo
como redução exagerada da PA sistólica durante inspiração. aéreo nas vias aéreas. O pico de fluxo gerado pelo esforço do
 Exames laboratoriais: fora da crise podem mostrar eosinofilia paciente avalia a gravidade de obstrução das vias aéreas, bem
e aumento de IgE sérica total. como a responsividade das mesmas à broncodilatadores.
 Radiografia: asma leve está normal, asma moderada a grave  Variação > 60L/min (valor absoluto) ou > 20% em relação ao
– sinais de hiperinsuflação pulmonar. basal após a inalação de broncodilatador.
Bruna Borges – PNEUMOLOGIA

TRATAMENTO

 BD de curta ação:
- Salbutamol (aerolin), Fenoterol (berotec)
Terbutalina.
- Início de ação em poucos minutos.
- Duração de 3-6 horas.
- Usar nos pacientes como resgate.
- Efeitos adversos: tremor, taquicardia e
hipocalemia.
- Por via inalatória resultam em menos
taquicardia e tremor.

 BD de longa ação (LABA):


- Salmeterol e Formoterol.
- Efeito até 12 horas
- Início de ação do formoterol é rápido,
semelhante ao dos B2 de curta duração (um
minuto), ao passo que o salmeterol tem
início de ação em 20 minutos, com pico de
efeito entre duas e três horas.
- Não têm ação antiinflamatória, não
devendo ser usados isoladamente para o
tratamento da asma.
- EA: tremor, taquicardia e hipocalemia.
- Adicionar para ASMA moderada.
 Existe a terbutalina de liberação lenta
que pode ser usada de 12/12h e tem preço
baixo em relação aos LABA.

 Corticoide Inalatório:
- Budesonida, Beclometasona, Fluticasona e
Triancinolona.
- Budesonida e fluticasona têm melhor
índice terapêutico que os demais.
- Pacientes com ASMA persistente. Droga
de escolha para tto de manutenção.
Preferir inalatórios por causa dos efeitos
colaterais (candidíase oral e disfonia, em
crianças catarata

 Corticoide Sistêmico:
- Prednisona oral 1-2 mg/kg/dia,máx. 60 mg.
- Excelente ação no tratamento agudo da
asma. Efeito demora 4-6h para começar.
- Duração de 7-10 dias e não precisa de
suspensão paulatina.

 Anticolinérgicos (LAMA):
- Brometo de ipatrópio (atrovent)
- Menos eficazes que Beta-2-agonistas,
demoram mais pra agir (30-60 minutos),
porém podem ser associados ao B2-
agonista para efeito aditivo nos casos de
crise asmática moderada/grave pouco
responsiva à terapia inicial.
- Fármaco de escolha para tratar crise
precipitada por beta bloqueadores.
Bruna Borges – PNEUMOLOGIA

TRATAMENTO DA CRISE ASMÁTICA:

 Atenção primária: doses repetidas de B2-agonista de curta ação (4-10 puffs a cada 20 minutos na 1ª hora), início de
corticoterapia sistêmica e suporte de oxigênio. B2-agonista de curta ação: primeira escolha no tratamento da crise asmática.

 Pacientes com > 30irpm, dificuldade de falar, tiragem, FC >120bpm, O2 <90% ou ausculta silenciosa: EMERGÊNCIA!

 Emergência: doses repetidas de B2-agonista de curta ação (4-10 puffs a cada 20 minutos na 1ª hora), início de
corticoterapia sistêmica e suporte de oxigênio. Dependendo da clínica utiliza-se brometo de ipratrópio.

 Se houver anafilaxia ou angioedema: epinefrina IM!

OBSERVAÇÕES:
 Pacientes sem indicação inicial de suporte respiratório invasivo, os sedativos e analgésicos opióides são contraindicados,
por serem potencialmente depressores do sensório e do drive respiratório.
 A oxigenoterapia e a oximetria de pulso estão indicadas em todos os pacientes com crise moderada a grave.
 A budesonida é o corticoide inalatório de preferência para a gestação por apresentar mais dados referentes a sua
segurança e eficácia.

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