Resumo
Este trabalho trata de pesquisa realizada em uma escola pública no município de Itajaí/SC sobre
a temática da violência escolar na percepção de estudantes dos anos finais do ensino
fundamental. O fenômeno da violência é um fator de vulnerabilidade enfrentado na sociedade
contemporânea, sendo compreendido como um problema de saúde pública mundial que só pode
ser compreendida dentro das interações sociais A violência escolar é compreendido como atos
ou ações de comportamentos agressivos e antissociais, envolvendo conflitos interpessoais,
danos ao patrimônio, atos criminosos, discriminações, entre outros, praticados por alunos ou
profissionais. Objetivo: Analisar a percepção de alunos sobre o tema violência escolar em uma
escola municipal de Itajaí. Método: Constitui-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva de
cunho exploratório. Para a coleta de dados foi realizado um grupo focal com 5 estudantes do 6º
ao 9º ano. Os dados foram analisados por meio de categorias temáticas. Estabeleceu-se quatro
categorias: a violência na escola, agentes de violência na escola; atitudes diante da violência;
como a violência pode ser minimizada na escola. Utilizou-se como referencial teórico os
estudos de Minayo (2006); Abramovay (2015); Costa et al. (2013); Ortega e Del Rey (2002);
Vieira et al. (2016) entre outros. Resultados: Os dados da pesquisa evidenciaram que o contexto
escolar presencia casos de violência, executados por alunos e profissionais da educação
(Gestores/professores). No que diz respeito às formas de violência que ocorrem na escola; para
os alunos as que mais se sobressaem são as incivilidades, expressa por xingamentos entre os
mesmos. Considerações: Acredita-se que para o arrefecimento da violência escolar há
necessidade de manter aberto o diálogo, com ênfase no fortalecimento do respeito, empatia e
afeto na vida dos sujeitos que vivenciam o contexto escolar, instigando discussões acerca dos
caminhos a serem traçados e incentivando a participação ativa dos jovens.
1
Acadêmica do curso de psicologia - UNIVALI, extensionista do Projeto Discutindo a relação. E-mail:
Daianepmf@gmail.com.
2
Mestre em Educação pela PUCPR, Professora do curso de Psicologia - UNIVALI, Coordenadora do Projeto
Extensão Discutindo a relação. E-mail: leiavf@univali.br.
ISSN 2176-1396
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Introdução
Santini; Willians (2011) trata de estudo com alunos vítimas de agressões físicas por parte de
funcionários da escola. Mendes (2011) avalia um programa anti-violência escolar. Santos e
Chrispino (2011) investigaram o conflito escolar como fruto da massificação da escola.
Apresentam técnicas de ensino que contribuem para a diminuição da violência escolar. Santos;
Vidal; Bittencourt; Boery e Sena (2011) realizaram uma pesquisa bibliográfica que considera a
violência na escola como um problema social que envolve aspectos bioéticos e requer
mecanismos de enfrentamento a partir da educação em saúde. Araújo; Coutinho; Miranda; e
Saraiva (2012) investigaram as representações sociais da violência escolar elaboradas por
adolescentes de uma escola pública que apontaram as manifestações que caracterizam o
fenômeno, assim como os seus impactos para este grupo social. Silva; Oliveira; Bandeira e
Souza (2012) investigaram a violência entre pares com estudantes e a presença do bullying, esta
não foi significativa. Freire e Aires (2012) apresentam a contribuição da psicologia escolar na
prevenção e o enfrentamento do bullying. Nascimento e Menezes (2013) investigaram a
intimidação entre pares na adolescência, como expressão da violência na cultura escolar. As
interações que produziram intimidações estavam mascaradas pelo tom de brincadeira. Schilling
(2013) apresenta o impasse e a circularidade do debate sobre a violência, a reprodução das
desigualdades e desrespeito às diferenças no cotidiano escolar. Silva (2013) investigou os tipos
de violências cometidos por professores que foram testemunhados e/ou vivenciados por futuros
professores durante sua história de escolarização. O tipo de violência mais recorrente para estes
sujeitos foi de natureza simbólica. França; Duenhas e Gonçalves (2013) investigaram a
melhoria na qualidade educacional e redução da violência através de abertura de escolas
públicas nos finais de semana. Os resultados indicaram que foi positivo em relação a algumas
dimensões da violência, como melhoria no relacionamento entre o corpo discente, redução de
crimes contra a propriedade e diminuição do tráfico de drogas na escola. Weimer e Moreira
(2014) pesquisaram sobre a ocorrência de situações de violência e bullying nas aulas de
educação física. Identificaram que o entendimento da violência e bullying estão relacionados
às vivências de seu cotidiano escolar, familiar e comunitário. Salles; Silva; Castro e Villanueva
(2014) investigam a interpretação dos jovens sobre a violência na sociedade, na escola e na sua
própria vida. A análise dos dados indicou uma diferença entre a lógica da violência à escola e
da escola, e a violência na escola. Bispo e Lima (2014) discutem a partir de uma abordagem
interdisciplinar a problemática da violência na escola. Destacam a importância da participação
ativa dos jovens na construção de saídas para empasses e conflitos presentes nas relações sociais
e pedagógicas. Cunha (2014) busca verificar a relação entre o clima escolar e a percepção da
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violência dos alunos. Nos resultados refere que há uma associação negativa entre indicadores
de clima escolar e de percepção da violência dentro da escola. Kappel; Gontijo; Medeiros;
Monteiro (2014) investigam o enfrentamento da violência no ambiente escolar na perspectiva
de diferentes atores. Identificam que os procedimentos adotados na escola expressam
dificuldades e as estratégias relacionadas às experiências e aos papéis desempenhados por cada
um. Arreguy e Coutinho (2015) pesquisaram sobre os afetos e violências no espaço escolar para
professores. Os resultados evidenciaram o enfraquecimento da autoridade do professor.
Zequinão; Medeiros; Pereira; Cardoso (2016) descreveram como ocorre o bullying em escolas
municipais de alta vulnerabilidade social da grande Florianópolis e os papéis assumidos pelos
alunos neste fenômeno.
A partir dos estudos encontrados das produções já existentes citadas acima, identificou-
se pouca investigação atual sobre a percepção de estudantes sobre a violência escolar. Esta
pesquisa mostra-se pertinente para compreender a violência no âmbito escolar e suas
implicações. É uma temática de suma importância para obtenção de conhecimento e de futuras
intervenções de políticas públicas, que auxiliem para o enfrentamento das violências escolares
e que minimize tal impacto na vida dos jovens e, por conseguinte, na sociedade.
Aspectos metodológicos
escolar. Para identificação nos discursos, os nomes dos participantes foram substituídos por
nome de flores a fim de garantir o anonimato dos sujeitos.
Discussões e resultados
Na escola os principais sujeitos alvos da violência escolar são os agentes que convivem
nela, como diretores, professores e outros profissionais da educação e os alunos. Nesta
perspectiva no que tange aos agentes de violência Costa et al. (2013, p.48) identifica-os
caracterizando dois personagens: o agressor e o agredido (vítima). “O primeiro é a origem da
ação, que por sua vez, atinge o segundo, e muitas vezes estes trocam de posição, o que dificulta
identificar quem está sendo o emissor ou receptor da ação agressiva”.
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Constatam-se nos discursos dos alunos que os agentes que cometem violência são os
alunos para alunos, alunos para com os professores e, professores para com alunos. Na fala dos
estudantes a violência no contexto escolar é expressa em toda parte da escola “[...] na verdade
aqui na escola tem briga sem qualquer razão, desde falar alguma coisa eles já vêm brigando
[referindo-se aos colegas], aqui isso já parece normal sabe?! [...]” [Edelvais]
No que tange as relações entre alunos com professores, os alunos reconhecem que no
contexto escolar a violência contra os profissionais da educação ocorre frequentemente por
intermédio dos mesmos. “Na sala eu vejo que eles [os estudantes] xingam o professor, ele não
faz a atividade então o professor manda para a diretoria, e aí ele xingou o professor, ele estava
brigando com o professor [...]”. [Jasmim]
Ao expressarem tais falas, os alunos mencionam que os desrespeitos com os
profissionais da educação muitas vezes são expressos pelos alunos por não verem reciprocidade
dos profissionais da educação por aquilo que exigem. Nem todos alunos estão envolvidos no
processo escolar, o que dificulta estarem ativos ao processo de aprendizagem, “tampouco
dispõem da paciência e necessário controle de seu próprio projeto vital para esperar uma
demorada recompensa, entram num processo de rejeição das tarefas, de tédio diante das
iniciativas dos professores ou de claro afastamento”. (ORTEGA; DEL REY, 2002, p.27).
Quando esse tipo de rejeição aos valores escolares ocorre pelos alunos, sendo por motivos
distintos, os profissionais da educação frequentemente sobre julgam os alunos tratando os com
descaso, resultando motivo para o aluno “[...] para expressão de desânimo e confusão, o que dá
lugar a fenômenos de afastamento, rebeldia injustificada, falta de atenção e de respeito, quando
não de clima de conflito difuso e permanente rejeição ao estilo das relações que se estabelece”.
(ORTEGA; DEL REY, 2002, p.27). Para os alunos os profissionais da educação também
cometem violência.
Estes dados corroboram com a pesquisa de Schilling (2013), que evidenciou o impasse
e a circularidade do debate sobre a violência, a reprodução das desigualdades e desrespeito às
diferenças no cotidiano escolar.
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A violência institucional praticada por grande parte das escolas se manifesta por meio
das “regras” e “abusos de poder”, podendo desencadear outras violências, como a violência
simbólica. Conforme Abramovay esta pode ser manifestada da seguinte forma
Pressionar como o poder de conferir notas, ignorar os alunos com seus problemas,
tratá-los mal, recorrer a agressões verbais e expô-los ao ridículo quando não
compreendem algum conteúdo são algumas violências que aparecem de forma
recorrente na fala dos estudantes. Os professores também sofrem quando são
agredidos em seu trabalho e em sua identidade profissional pelo desinteresse e
indiferença dos alunos, criando um ambiente de tensão cotidiana (2002, p.74).
A violência na escola
Os alunos afirmam que a maioria utiliza apelidos para referir-se ao outro, até mesmo
entre amigos. Os mesmos relatam saber identificar com precisão quando uma pessoa não gosta
de ser chamada de tal maneira que não seja pelo nome, alegando que a pessoa muda de
expressão, e não ri do apelido. Abramovay (2012) refere em sua pesquisa que o uso de apelidos
que denigre o outro, afeta diretamente o sujeito pelo seu poder estigmatizado e degastador das
relações, “[...] aqui tem todo o tipo de violência, verbal, física. Mas eu acho que o que afeta
mais as pessoas aqui é a psicológica, que afeta o psicológico da pessoa” [Crisântemos].
Outra forma de violência existente na escola exteriorizados pelos alunos é o
comportamento dos profissionais de educação frente a eles. Constatou-se que na percepção dos
alunos, que os profissionais da educação não têm a devida atenção quanto aos relatos de
violência, no qual referem não serem ouvidos como gostariam, “Eu acho que os [profissionais
da educação] eles tinham que dar mais atenção para essas coisas [violência], porque quando
isso acontece, a gente corre para buscar ajuda e eles não dão nem bola. Hoje isso ainda continua,
da gente pedir e não resolver” [Adonis].
Compreende-se que a aprendizagem do sujeito transcende ao contexto escolar, “Ela se
constrói no cotidiano familiar, com a televisão, na convivência com amigos, no jogo de futebol,
nas feiras ou nas festas da comunidade” (SAWAIA, 2003, p.44). Neste sentido é que o sujeito
vai desenvolvendo-se. Cabe aqui ressaltar, a importância dos profissionais da educação quando
identificarem os alunos que apresentam comportamentos de violência, analisar se não estão
potencializando o comportamento, promovendo o distanciamento na relação, devido a falta de
escuta e o diálogo que propicie o vínculo, estimulando cada vez mais o fenômeno. Sawaia
(2003, p.44) apontou em seu estudo a importância do papel do educador, no desenvolvimento
eficaz das relações no cenário escolar,
Constatou-se que os alunos, na maioria dos casos, retribuem ao agressor, ou seja, não
são passivos a um ato de violência e acomete com o revide. Silva (2015) em sua pesquisa
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evidenciou que os adolescentes têm a percepção de já permearam por diversos papéis (autores,
vítimas e/ou testemunhas), porém, nesta pesquisa verifica-se que os alunos não acreditarem que
estejam da mesma forma, praticando violência, pois tal atitude não partiu de si, apenas retribuiu
porque o outro começou, ou seja, como defesa. “Os agressores nem sempre são conscientes
quanto ao motivo da agressão e estão sempre à procura de alguma característica que sirva de
foco para sua agressão” (SILVA, 2015, p.13).
que manda bem [...], mas que só pode ser lida e entendida a partir do estabelecimento da
diferença, daquele que é alvo do ataque, que recebe a identidade de “coitadinho”, o “fraco”, o
“inferior” (FERRARI, 2010, p.23).
Eu acho que todo aluno deveria raciocinar e pensar que ninguém é igual, todo mundo
é diferente. [...]. Porque a parada que parece para todo mundo é: gostar de futebol,
gostar de funk e gostar de sair, e querer namorar todo mundo, para todo mundo isso é
o padrão, tipo na escola. Para os jovens, eu penso que cada um se conscientizasse e
perceber que ninguém é igual... [Adonis]
Na pesquisa feita por Vieira et al. (2016), intitulada “atitudes de alunos espectadores de
práticas de bullying na escola”, verificou-se que apesar da maioria dos alunos entrevistados
declara não aprovar os atos de violência na escola, eles não tiveram atitudes que pudessem
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Considerações finais
em serviço para os mesmos, para auxiliá-los nas necessidades relacionadas aos conflitos sobre
o tema abordado na pesquisa, bem como estratégias para promoção de tais relações entre os
profissionais da educação e estudantes.
Enfim, pela magnitude e repercussão da violência na escola compreendida como um
problema de saúde pública mundial, é de fundamental importância à atuação dos profissionais
de saúde em ações de acompanhamento da população acometida, além de prestar a assistência
adequada é imprescindível aos envolvidos, com o foco de ações e estratégias que minimizem o
impacto da violência no cenário escolar propiciando condições para o diálogo potencializando
as ações já existentes na melhoria da qualidade de vida dos sujeitos.
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