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Arquivologia

Prof. Darlan Eterno


Arquivologia

Professor: Darlan Eterno

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Sumário

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

Arquivos – Conceitos e Definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

Finalidade dos Arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

Função dos Arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

Classificação dos Arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

Princípios Arquivísticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

Arquivos x Bibliotecas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Classificação dos documentos de arquivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Teoria das Três Idades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Arquivos Correntes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Protocolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Avaliação de Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Arquivamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Empréstimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Fase Intermediária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Gestão de Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Órgãos/Sistemas de Arquivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Legislação Arquivística (Recortes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

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Noções de Arquivologia

Introdução

A formação dos arquivos está relacionada à necessidade de registrar e conservar registros


das ações e de fatos da vida humana para fins e prova e de informação. As sociedades antigas
procuravam de alguma forma, seja por símbolos ou pela escrita, registrar traços de sua cultura
e de suas atividades em suportes diversos como a pedra, o pergaminho o papel e etc.
Os suportes se diversificaram através dos tempos, os avanços tecnológicos dos meios de
reprodução e difusão, aliados a burocratização da máquina administrativa colaboraram para
o gigantesco aumento da informação. Este fenômeno, denominado “explosão informacional”,
influenciou as práticas e técnicas arquivísticas contemporâneas, tornando a disciplina
arquivística cada vez mais essencial no contexto das organizações públicas e privadas.

Arquivos – Conceitos e Definições

Os arquivos podem ser definidos como o “conjunto de documentos produzidos e recebidos


por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do
exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da
informação ou a natureza dos documentos” (art. 2ª da Lei nº 8.159/1991). Assim sendo, pode-
se afirmar que os documentos de arquivo resultam das atividades realizadas pela entidade
produtora, e devem ser compreendidos dentro do contexto orgânico de produção, a fim de
que sejam mantidas suas características e seus valores de prova. Segundo Luciana Duranti, os
documentos de arquivo possuem as seguintes características:
a) Imparcialidade: está relacionada ao fato de que a produção documental ocorre em
determinado contexto e para determinado fim. Embora sejam redigidos por meio de uma
ação humana eles são imparciais, pois são criados para atender um objetivo específico,
como por exemplo, a compra de um material.
b) Autenticidade: os documentos de arquivo são criados, mantidos e custodiados de acordo
com procedimentos que podem ser comprovados.
c) Naturalidade: os documentos são acumulados de acordo com as atividades da instituição,
ou seja, sua acumulação ocorre dentro das transações por ela executadas.
d) Inter-relacionamento: os documentos estabelecem relação entre si e com as atividades
que o geraram. O documento de arquivo deve ser entendido como peça de todo orgânico e
não como elemento isolado de um contexto.
e) Unicidade: cada documento de arquivo tem lugar único na estrutura documental a qual
pertence. Este aspecto não está diretamente relacionado ao número de cópias produzidas,
mas sim à função “única” que os documentos executam dentro do contexto organizacional.

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Finalidade dos Arquivos
Os arquivos possuem duas finalidades: a primeira é servir à administração da entidade que
o produziu; a segunda é servir de base para o conhecimento da história desta entidade. Eles
são utilizados, num primeiro instante, para o cumprimento das atividades administrativas da
instituição que o produziu, e constituem, com o decorrer do tempo, em meios de se conhecer o
seu passado e a sua evolução.

Função dos Arquivos


A função principal dos arquivos é possibilitar o acesso às informações que estão sob sua
responsabilidade de guarda, de maneira rápida e precisa.

Classificação dos Arquivos


a) Natureza dos documentos
Quanto à natureza dos documentos, classificam-se em especial e especializado O arquivo
especial é constituído por documentos de diversos formatos, como DVDs. CDs, fitas e microfilmes
que, devido as características do suporte, merecem tratamento especial quanto ao seu
armazenamento e tratamento técnico. O arquivo especializado é constituído por documentos
resultantes de uma determinada área do conhecimento humano, independentemente do
suporte onde a informação encontra-se registrada. São exemplos de acervos especializados os
arquivos médicos, os arquivos de engenharia, entre outros.
b) Extensão
Quanto à extensão os arquivos podem ser setoriais, estabelecidos junto aos setores da
instituição, ou arquivos centrais ou gerais que reúnem sob sua guarda documentos provenientes
de diversos setores de uma instituição.
c) Estágios de evolução
Quanto e estes estágios os arquivos são identificados como correntes, intermediários e
permanentes, o que corresponde ao ciclo vital das informações, também chamado de teoria
das três idades. A Lei nº 8.159/1991, define em seu art. 8º, estes três estágios da seguinte
maneira:
•• arquivos correntes: são aqueles em curso, ou que, mesmo sem movimentação, constituam
objeto de consultas frequentes.
•• arquivos intermediários: são aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos
produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou
recolhimento para guarda permanente.
•• arquivos permanentes: conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e
informativo que devem ser definitivamente preservados.

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d) Entidades mantenedoras:
Conforme as características da entidade acumuladora de documentos, estes podem ser
divididos em:
•• arquivos públicos: são aqueles produzidos por instituições públicas nas esferas federal,
estadual e municipal. Também são considerados públicos os arquivos acumulados por
empresas privadas encarregadas da gestão de serviços públicos.
•• arquivos privados: são aqueles produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em
decorrência de suas atividades. (Lei nº 8.159/1991, art. 11). Exemplo: arquivos comerciais,
institucionais, pessoais.
Ressalta-se que os arquivos pessoais/familiares, os comerciais e os institucionais também
podem ser chamados de arquivos privados.

Princípios Arquivísticos
a) Princípio da organicidade
A organicidade diz respeito a relação natural entre documentos de um arquivo, em decorrência
das atividades da entidade que o acumulou. Os arquivos produzidos por entidade coletiva,
pessoa jurídica ou física refletem a estrutura e as atividades da sua entidade mantenedora no
contexto da organização dos conjuntos documentais.
b) Princípio da proveniência (respeito aos fundos)
Princípio básico da arquivologia segundo o qual o arquivo produzido por uma entidade coletiva,
pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras.
c) Princípio da pertinência
Princípio segundo o qual os documentos deveriam ser reclassificados por assunto sem ter em
conta a proveniência e a classificação original. Também chamado princípio temático.
d) Princípio da unicidade
Os documentos de arquivo conservam seu caráter único em função do contexto em que foram
produzidos. Este aspecto não está diretamente relacionado ao número de cópias produzidas,
mas sim à função “única” que os documentos executam dentro do contexto organizacional.
e) Princípio da reversibilidade
Princípio segundo o qual todo procedimento ou tratamento empreendido em arquivos pode
ser revertido, se necessário.
f) Principio da cumulatividade
Princípio segundo o qual o arquivo é uma formação orgânica, progressiva e natural.
g) Princípio do respeito à ordem original (ordem primitiva)
Princípio segundo o qual o arquivo deveria conservar a ordenação (arranjo) original dada pela
entidade, pessoa ou família que o produziu

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h) Princípio da indivisibilidade ou integridade arquivística:
Os fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição
não autorizada ou adição indevida. Este princípio deriva do princípio da proveniência.
i) Princípio da Territorialidade
Princípio segundo o qual os arquivos devem ser conservados em serviços de arquivo do
território em que foram produzidos.

Arquivos x Bibliotecas

Embora tenha como objeto de estudo a informação, os arquivos não devem ser confundidos
com as bibliotecas, visto que as operações destinadas ao tratamento técnico da informação são
distintas. Cada uma destas áreas, embora trabalhem com a informação, fazem uso de técnicas
e metodologias distintas, conforme demonstra o quadro abaixo:
Quadro Comparativo – Arquivo x Biblioteca

Características Arquivo Biblioteca


Tipo de Documentos manuscritos, audiovisuais. Documentos impressos e
Suporte Apresentam-se em exemplares únicos audiovisuais, que se apresentam
ou em número limitado de vias. Ou seja, em exemplares múltiplos, ou seja,
em regra os documentos de arquivos uma mesma obra é criada em vários
possuem exemplares únicos, mas no exemplares e pode estar presente
caso de haver obrigações recíprocas em mais de uma biblioteca.
como, por exemplo, em um contrato,
podem haver quantas vias (cópias)
quanto o número de pessoas envolvidas
nesta operação.
Entrada de Acumulação natural: são produzidos Os livros ingressam á biblioteca
documentos em decorrência do desempenho das por meio da compra, permuta e
atividades administrativas da instituição. doação.
Tipo de Fundos: conjunto de documentos unidos Os livros formam coleções que são
conjunto pela origem. reunidas pelo conteúdo.
Finalidade funcional, administrativa cultural, técnica e científica.
(origem)
Tipo de Baseia-se nas atividades da instituição Utiliza-se de procedimentos
Classificação predeterminados

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Classificação dos documentos de arquivo

Os documentos de arquivo podem ser classificados quanto aos seguintes aspectos:

a) Quanto à natureza do assunto:


•• ostensivos (ordinários): documentos que não possuem restrição de acesso.
•• sigilosos: documentos que sofrem restrição de acesso, cuja divulgação ponha em risco
a segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.

b) Quanto à espécie:
Espécie documental a “configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a
natureza das informações nele contidas” (Dicionário de Terminologia Arquivística, 1996). A espécie
é modelo documental escolhido para se registrar a informação arquivística. Exemplo: ofício,
portaria, ata.

c) Quanto ao tipo (tipologia):


De acordo com a sua utilização as espécies documentais recebem funções específicas dentro
das instituições, formando tipos documentais. Entende-se por tipo documental a “configuração
que assume uma espécie documental, de acordo com a atividade que a gerou”. Exemplo: Ata de
reunião, certidão de casamento, boletim de frequência e etc. A formação dos tipos documentais
é feita por meio da junção: espécie documental e função (atividade), conforme tabela abaixo:

Espécie Documental Documental Função (Atividade) Tipologia

Ata Reunião Ata de Reunião


Certidão Casamento Certidão de casamento

d) Quanto ao gênero:
•• textuais: documentos que contêm informação em formato de texto. Exemplo: atas e
ofícios;
•• sonoros: são os documentos com dimensões e rotações variáveis, contendo registros
fonográficos. Exemplo: cds de música , fitas K7;
•• cartográficos: são os documentos que contêm representações geográficas, arquitetônicas
ou de engenharia. Exemplo: mapas, plantas e perfis;
•• filmográficos: são os documentos em películas cinematográficas e fitas magnéticas de
imagem, conjugadas ou não a trilhas sonoras, contendo imagens em movimento. Exemplo:
fitas videomagnéticas;
•• iconográficos: são os documentos em suportes sintéticos, em papel emulsionado ou
não, contendo imagens estáticas. Exemplo: fotografias , negativos, diapositivos (slides),
gravuras, desenhos;
•• micrográficos: documentos em suporte fílmico resultantes da microrreprodução de
imagens. Exemplo: microfilme, microficha, cartão-janela;

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•• informático: documentos criados, armazenados e utilizados em computador. Exemplo:
disquete, disco rígido, arquivo do Excel.

e) Quanto à forma:
Diz respeito ao “estágio de preparação e de transmissão de documentos. Este pode se
apresentar em forma de original, cópia ou de minuta (original reduzido).
f) Quanto ao formato:
Corresponde a configuração física de um suporte, de acordo com a natureza e o modo como foi
confeccionado, como por exemplo, caderno e livro.

Teoria das Três Idades

É fundamentada na divisão do ciclo de vida dos documentos em três fases distintas, conforme
os valores documentais e a frequência de uso para a instituição produtora.

Valores Documentais
O ciclo vital dos documentos agrega dois valores distintos para promover a avaliação
documental: o valor primário ou administrativo, presente na primeira e na segunda idade, que
deve ser temporariamente preservado por razões administrativas, legais ou fiscais; e o valor
secundário ou histórico, presente na terceira idade, que diz respeito ao uso dos documentos
para outros fins que não aqueles para os quais foram criados. O valor secundário deve
ser preservado de maneira definitiva pela instituição ele se divide em probatório (quando
comprova a existência, o funcionamento e as ações da instituição) ou informativo (quando
contém informações essenciais sobre matérias com que a organização lida, para fins de estudo
ou pesquisa).

Idades Documentais
a) 1ª Idade (fase corrente): também conhecida como fase ativa, é composta pelos documentos
que possuem maior potencial de uso dentro das instituições e devem ser guardados em
locais próximos aos de sua produção, para facilitar o acesso. Nesta fase, os documentos
são de acesso restrito ao setor que os produziu, tendo em vista que a sua criação decorre
das atividades por ele desempenhadas. No entanto, o acesso pode ser facultado a outros
setores da instituição, mediante requerimento encaminhado pelo solicitante.

b) 2ª Idade (fase intermediária): conhecida também como fase semiativa, é composta por
documentos de consulta eventual para a instituição produtora. O arquivamento desses
documentos pode ser feito em local distinto daquele em que foram produzidos, com a
finalidade de se diminuir os gastos referentes à sua manutenção. Nesta fase os arquivos
aguardam a sua destinação final, que poderá ser a eliminação ou a guarda permanente.

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c) 3º Idade (fase permanente): também chamada de fase inativa, é composta por documentos
que perderam o uso administrativo e que são preservados em função do seu valor histórico,
probatório e informativo – e por esta razão jamais poderão ser eliminados. Os documentos
desta fase, resguardadas as restrições de sigilo, têm o seu acesso franqueado (liberado). Os
documentos que provam a origem/criação da instituição (contrato social, ato constitutivo);
sua evolução (relatório de atividades) e seu funcionamento (ato normativo, estatuto,
regimento interno) são considerados de guarda permanente.

Esquema Representativo – Teoria das Três Idades

Operações de destinação:
*transferência: passagem de documentos à fase intermediária.
*recolhimento: passagem de documentos à fase permanente.

Arquivos Correntes

Os documentos da fase corrente possuem grande potencial de uso para a instituição


produtora, e são utilizados para o cumprimento de suas atividades administrativas, como a
tomada de decisões, avaliação de processos, controle das tarefas e etc. As principais atividades
desempenhadas nesta fase são: protocolo, expedição, arquivamento, empréstimo, consulta e
destinação.

Protocolo
Os documentos da fase corrente apresentam grande potencial de tramitação dentro das áreas
e setores da instituição; para que esta documentação não se perca, é necessário exercer o
controle de sua movimentação por meio de instrumentos próprios que garantam sua localização
e segurança.

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Rotinas de Protocolo
Para alcançar estas finalidades, o protocolo executa as seguintes atividades:
•• Recebimento: inclui a atividade de receber os documentos e efetuar a separação em duas
categorias: oficial, que trata de matéria de interesse institucional e particular, que trata
de conteúdo de interesse pessoal. Os documentos oficiais são divididos em ostensivos e
sigilosos. Aqueles de natureza ostensiva deverão ser abertos e analisados. No momento da
análise, deverá ser verificada a existência de outros registros relacionados ao documento
recebido, para se fazer a devida referência. Os documentos de natureza sigilosa e aqueles de
natureza particular deverão ser encaminhados diretamente aos respectivos destinatários.
•• Registro: os documentos recebidos pelo protocolo são registrados em formulários ou em
sistemas eletrônicos, nos quais serão descritos os dados referentes ao seu número, nome
do remetente, data e assunto, espécie, entre outros elementos.
•• Autuação: após o registro, os documentos são numerados (autuados) conforme sua ordem
de chegada ao arquivo. A palavra autuação também significa a criação de processo.
•• Classificação: análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de
assunto sob a qual sejam recuperados, podendo atribuir a eles códigos. Esta tarefa pode
ser executada com o auxílio do plano de classificação adotado pela instituição.
•• Movimentação (expedição/distribuição): consiste na entrega dos documentos aos
respectivos destinatários. A distribuição é uma movimentação dentro da própria instituição,
enquanto que a expedição consiste na entrega de documentos ao usuário externo á
instituição ou a outras filiais de instituição.
•• Controle da tramitação: são as operações destinadas a registrar a localização do
documento dentro da instituição. Tal controle pode ser executado por meio de cadernos de
protocolo ou por meio de sistemas eletrônicos, estes garantem maior segurança e agilidade
ao processo de controle de tramitação.

Procedimentos Administrativos
Além das atividades citadas no tópico anterior, no protocolo são realizados procedimentos
administrativos que podem ser divididos em duas grandes categorias: uma que trata da espécie
documental denominada processo e a outra que trata da espécie documental denominada
correspondência.

Processo

Definição
Entende-se por processo o conjunto de documentos reunidos em capa especial, e que vão
sendo organicamente acumulados no decurso de uma ação administrativa ou judiciária.

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Abertura (atuação)
Na formação do processo deverão ser observados os documentos cujo conteúdo esteja
relacionado a ações e operações contábeis financeiras, ou requeira análises, informações,
despachos e decisões de diversas unidades organizacionais de uma instituição. A abertura
de processo deverá ser feita no protocolo ou unidade protocolizadora, a partir de uma peça
preferencialmente original, ou de uma cópia autenticada. É importante ressaltar que as
mensagens e documentos resultantes de transmissão via fax não poderão se constituir em
peças de processo . Não serão autuados os documentos que não devam sofrer tramitação, tais
como convites para festividades, comunicação de posse, remessa para publicação, pedido de
cópia de processo.

Operações

Desentranhamento
É a retirada de folhas ou peças, mediante despacho da autoridade competente. O
desentranhamento poderá ocorrer por interesse da administração ou à pedido do interessado,
sendo necessária inserção de “Termo de, desentranhamento” após último despacho , para
registrar esta operação.
O processo que tiver folha ou peça retirada conservará a numeração original de suas folhas
ou peças, permanecendo vago o número de folha(s) correspondente(s) ao desentranhamento.
Ressalta-se que é vedada a retirada da folha ou peça inicial do processo.

Desmembramento
É a separação de parte da documentação de um processo, para formar outro mediante despacho
da autoridade, utilizando-se “Termo de Desmembramento”, para registrar este retirada.

Juntada
É a união de um processo a outro, feita pelo protocolo central ou setorial da unidade
correspondente, mediante determinação, por despacho, de seu dirigente. A juntada será
realizada por meio da anexação ou apensação.
Juntada por anexação: é a união definitiva e irreversível de 01 (um) ou mais processo(s) a 01
(um) outro processo (considerado principal), desde que pertencentes a um mesmo interessado
e que contenham o mesmo assunto. A anexação é realizada quando há a dependência entres
processos. A dependência será caracterizada quando for possível definir um processo como
principal e um ou mais como acessórios.
No quadro abaixo estão alguns exemplos que caracterizam os processos principais e acessórios:

Processo Principal Processo Acessório


Auto de Infração Defesa contra Auto de Infração
Aquisição de Material Prestação de Contas
Licença sem vencimentos Cancelamento de Licença

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Juntada por apensação: é a união provisória de um ou mais processos a um processo mais
antigo, destinada ao estudo e à uniformidade de tratamento em matérias semelhantes, com o
mesmo interessado ou não, conservando cada processo a sua identidade e independência.

Avaliação de Documentos
Tendo em vista que é impossível preservar tudo que é acumulado pelas instituições, e o fato de
existirem documentos de guarda temporária e outros de guarda definitiva, deve-se estabelecer
critérios para realizar a avaliação dos documentos.

Tabela de Temporalidade
Para avaliar os documentos, deverá ser constituída, em cada instituição, uma comissão
multidisciplinar, formado por servidores de suas diversas áreas técnicas denominada
Comissão Permanente de Avaliação. Tal comissão será responsável pela elaboração da tabela
de temporalidade de documentos, Instrumento resultante da avaliação que define prazos de
iguarda dos documentos nas fases corrente e intermediária, sua destinação final (eliminação
ou guarda permanente, bem como a alteração de suporte.

A tabela de temporalidade possui as seguinte características:


•• fornece informações sobre a alteração do suporte da informação, ou seja, define quais
documentos serão digitalizados ou microfilmados pela instituição;
•• é elaborada por uma Comissão Permanente de Avaliação, composta por servidores
responsáveis pelos setores da instituição.
•• para ser aplicada aos documentos da instituição, a tabela deverá ser aprovada por
autoridade competente.
•• ao prazos se baseiam na legislação em vigor.
Os prazos de guarda definidos pela Tabela de Temporalidade baseiam-se na legislação em vigor.
Os documentos de arquivo não cumprem um prazo de guarda único, este período de retenção
varia de acordo com o documento e de acordo com a respectiva tabela. Assim não se pode
afirmar que todos os documentos de arquivo ficam 5 anos na fase corrente, ou que se tornarão
de guarda permanente após 40 anos da sua produção. O quadro a seguir foi extraído da Tabela
utilizada pelo Poder Executivo Federal e demonstra alguns exemplos da temporalidade de
documentos.

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Figura 2 – Recorte de Tabela de Temporalidade – Resolução nº 14/2001 do Conarq

PRAZOS DE GUARDA
ASSUNTO FASE CORRENTE FASE INTER- DESTINAÇÃO OBSERVAÇÕES
MEDIÁRIA FINAL
001 MODERNIZAÇÃO E
REFORMA ADMINISTRATIVA Guarda
Enquanto vigora 5 anos
PROJETOS, ESTUDOS E permanente
NORMAS
002 PLANOS, PROGRAMAS Guarda
5 anos 9 anos
E PROJETOS DE TRABALHO permanente
010 ORGANIZAÇÃO E Guarda
Enquanto vigora 5 anos
FUNCIONAMENTO permanente

Arquivamento

Arquivamento de Documentos
O arquivamento consiste na guarda dos documentos em lugares próprios, como caixas e
pastas, de acordo com um método de ordenação previamente estabelecido, e na guarda destas
embalagens (caixas e pastas) em mobiliários específicos, como estantes e arquivos de aço. Para
que os arquivos se tornem acessíveis é necessário que eles sejam corretamente arquivados
de maneira a agilizar sua recuperação. Antes do arquivamento, os documentos devem ser
devidamente classificados de acordo com a função ou atividade a que se referem; esta tarefa é
executada com o auxílio do plano de classificação.

Plano de classificação
Instrumento que reflete as funções/atividades da empresa que deram origem aos documentos,
ele serve para orientar a operação de arquivamento e recuperação da informação. O plano tem
a finalidade de classificar todo e qualquer documento produzido ou recebido pela instituição no
exercício de suas atividades. A classificação por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar
os documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar sua recuperação e facilitar as
tarefas arquivísticas relacionadas ao processamento técnico da informação.
Para ilustrar este instrumento segue abaixo um exemplo de Plano de Classificação utilizado
pelo Poder Executivo Federal

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Modelo de Plano de Classificação

000 ADMINISTRAÇÃO GERAL


001 MODERNIZAÇÃO E REFORMA ADMINISTRATIVA
010 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
012 COMUNICAÇÃO SOCIAL
034 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL

Operações de Arquivamento
Tendo em vista a importância de se guardar corretamente os documentos de arquivo, visando a
sua localização, faz-se necessária a adoção das seguintes operações de arquivamento:
•• inspeção: exame do documento para verificar a existência de despacho que indique se o
ele seguirá para o arquivamento.
•• estudo: leitura do documento para verificar a entrada que será atribuída, a existência de
outros documentos que tratam de matéria semelhante.
•• classificação: análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de
assunto sob a qual sejam recuperados.
•• codificação: inserção de códigos nos documentos de acordo com o método de arquivamento
adotado: letras, números, cores.
•• ordenação: é a disposição dos documentos de acordo com a classificação e a codificação
dadas. Para facilitar a ordenação os documentos podem ser dispostos em pilhas ou
escaninhos.
•• guarda de documentos: é a colocação do documento na respectiva pasta, caixa, arquivo ou
estante.

Métodos de Arquivamento
Para que os documentos de arquivo estejam acessíveis é necessário que eles sejam bem
ordenados e arquivados. O arquivamento é feito por meio de métodos específicos que
chamamos de métodos de arquivamento.
A escolha mais adequada do método de arquivamento depende da natureza dos documentos
a serem arquivados e da estrutura da organização acumuladora. A instituição adotar quantos
forem necessários para bem organizar seus documentos.
Pode-se dividi-los em duas classes:
a) métodos padronizados: dividem-se em variadex, automático e soundex. Esta obra abordará
somente o variadex, visto que os demais métodos padronizados não têm aplicação prática
nos arquivos brasileiros.
•• Variadex: utiliza a combinação de cores e letras para o arquivamento dos documentos.
Cada sequência de letras recebe uma cor específica.
Exemplo:
sequência a, b, c, d, e ................prata
sequência f, g, h, i, j................ouro

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b) métodos básicos: dividem-se em alfabético, geográfico, numérico e ideográfico.


•• alfabético: utiliza o nome como elemento principal de busca. A ordenação dos nomes é
feita de acordo com as regras de alfabetação.
•• geográfico: utiliza o local ou a procedência do documento como elemento principal de
busca. O método geográfico organiza os documentos conforme dois seguintes critérios: por
estado, país ou cidade.
•• numérico: utiliza números para a recuperação da informação sã. Divide-se em simples,
cronológico e dígito-terminal.

Simples os documentos recebem um número de acordo com a sua ordem de entrada ou


registro no arquivo, sem qualquer preocupação com a ordem alfabética.
Cronológico utiliza número e data como forma de localização da informação.
Dígito- os documentos são arquivados conforme uma sequência numérica composta de
terminal seis dígitos que são divididos em três pares. A leitura da sequência se dá da direita
para a esquerda.
Exemplo: o número 170482 será divido em três pares que serão lidos da direita
para esquerda, sendo 82 o primeiro par, 04 o segundo e 17 o terceiro.

•• Ideográfico: distribui os documentos conforme os assuntos a que eles se referem. Divide-


se em:
•• alfabético: os assuntos são divididos conforme a ordenação dicionária e a
ordenação enciclopédica.
•• numérico: os assuntos recebem números específicos. Divide-se em decimal,
duplex e unitermo.

Sistemas de Busca
A busca dos documentos é realizada por meio de dois grandes sistemas: o sistema direto, onde
a busca é feita diretamente no local onde o documento está arquivado; e por meio do sistema
indireto, que é aquele em que a busca é feita com a ajuda de índices ou de instrumentos auxiliares.
Os métodos alfabético e geográfico são os únicos métodos do sistema direto, ou seja, os únicos
métodos que não adotam índices. Os métodos numéricos são do sistema indireto, portanto,
adotam índices para a localização dos documentos.
Além destes dois grandes sistemas de busca, existe outro chamado semi-indireto O método
alfanumérico, que combina letras e números, é o único que integra este último sistema de busca.

Empréstimo
No arquivo atividade de empréstimo deve ser formalizada por meio de um indicador, denominado
guia-fora, colocado no lugar de uma unidade de arquivamento ou item documental para assinalar
a sua remoção temporária. A guia-fora tem como finalidades a cobrança de pastas ou documentos
que não tenham sido devolvidos no prazo estipulado e o rearquivamento de documentos

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Fase Intermediária

Nesta fase, os documentos apresentam baixa frequência de uso para a instituição acumuladora;
no entanto, por razões administrativas, devem ainda ser mantidos no arquivo até que seja
estabelecida a sua destinação final, que pode ser a eliminação ou a guarda permanente. Com a
finalidade de se diminuir os gastos referentes à sua manutenção e utilização, os documentos da
fase intermediária podem ser arquivados em locais distantes daquele em que foram produzidos.
Os depósitos de guarda intermediária devem possuir grande capacidade de armazenamento,
eles são construídos com materiais e equipamentos de baixo custo e utilizam sistemas de
segurança para a prevenção de desastres.

Atividades
Para cumprir a sua função, os arquivos intermediários executam as seguintes atividades:
•• coordenação do recebimento de documentos da fase corrente: recebe os documentos
enviados pelos setores a realiza a conferência e o arquivamento das caixas:
•• atendimento a consultas dos setores/órgãos depositantes quando os documentos forem
solicitados
•• aplicação da tabela de temporalidade ao documentos que ainda não tiverem sua destinação
estabelecida.
•• seleção de documentos: separa os documentos sem que serão eliminados daqueles que
serão recolhidos à guarda permanente.
•• recolhimento (envio) de documentos à fase permanente.

Gestão de Documentos

A gestão documental tem a finalidade de controlar os documentos durante o seu ciclo de vida,
com vista à racionalização e eficiência na criação, manutenção, uso primário e avaliação dos
mesmos.
A gestão de documentos é definida como o “conjunto de procedimentos referentes às atividades
de produção, tramitação, uso e avaliação e arquivamento dos documentos em fase corrente e
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda permanente.” (Lei nº
8.159/1991). A implantação da gestão de documentos é realizada por meio de três etapas:
•• produção: consiste na elaboração de documentos conforme a sua essencialidade para a
administração; prevê o estabelecimento de critérios para a padronização de formulários,
correspondências e demais documentos gerados, e orientações para a utilização racional
dos recursos informáticos e de reprodução. A produção racionalizada reduz custos com a
produção de documentos e facilita o seu manuseio.
•• utilização: inclui as atividades de protocolo, organização e arquivamento de documentos
em fase corrente e intermediária; contempla a elaboração de normas de acesso e
recuperação da informação.
•• destinação: etapa que estabelece a destinação final dos documentos, mediante a análise
dos valores que eles apresentam para a instituição produtora.

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Objetivos da Gestão de Documentos


Segundo o Arquivo Nacional (Gestão de Documentos – Conceitos e Procedimentos Básicos,
1995) a gestão de documentos tem os seguintes objetivos:
•• assegurar, de forma eficiente, a produção, administração, manutenção e destinação de
documentos;
•• melhorar a eficiência da administração acumuladora dos documentos;
•• garantir que a informação governamental esteja disponível quando e onde seja necessária
ao governo e aos cidadãos;
•• contribuir para o acesso e preservação dos documentos que mereçam guarda permanente
por seus valores histórico e científico;
•• assegurar a eliminação dos documentos desprovidos de valor
•• assegurar o uso adequado das técnicas de alteração do suporte da informação (digitalização/
microfilmagem) e de processamento automatizado de dados e outras técnicas avançadas
de gestão da informação.

Órgãos /Sistemas de Arquivo

De acordo com a legislação Arquivística, identifica-se a existência dos seguintes órgãos/sistemas


de arquivo:
a) Arquivo Nacional: órgão que possui entre outras competências, a gestão e o recolhimento
dos documentos acumulados pelo Poder Executivo Federal.
“Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e
recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos
sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. (Art. 18 da Lei nº
8.159/1991)”
b) CONARQ (Conselho Nacional de Arquivos): define a política nacional de arquivos públicos e
privados. O Conarq é o órgão central do SINAR.
“O Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, órgão colegiado, vinculado ao
Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem
por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como
exercer orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos
documentos de arquivo. (Art. 1º do Decreto nº 4.073/2002)”

c) SINAR (Sistema Nacional de Arquivos): tem a finalidade de implementar a política nacional


de arquivos públicos e privados. O SINAR foi criado pelo Decreto nº 4.073/2002.
“O SINAR tem por finalidade implementar a política nacional de arquivos públicos e
privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivo.
(Art. 10 do Decreto nº 4.073/2002)”
d) SIGA (Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo): organiza, de forma sistêmica,
as atividades de gestão de documentos, no âmbito da Administração Pública Federal.
Conforme o decreto nº4915/2003. Integram o SIGA:
I – como órgão central, o Arquivo Nacional;
II – como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de
gestão de documentos de arquivo nos Ministérios e órgãos equivalentes;
III – omo órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos Ministérios e órgãos equivalentes.

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Recortes da Legislação § 1º São também públicos os conjuntos
de documentos produzidos e recebidos
por instituições de caráter público, por
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE entidades privadas encarregadas da gestão
1991. de serviços públicos no exercício de suas
atividades.
Dispõe sobre a política nacional de arquivos
§ 2º A cessação de atividade de instituições
públicos e privados e dá outras providências
públicas e de caráter público implica o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que recolhimento de sua documentação à
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a instituição arquivística pública ou a sua
seguinte Lei: transferência à instituição sucessora.
Art. 8º Os documentos públicos são
identificados como correntes, intermediários e
CAPÍTULO I permanentes.
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º Consideram-se documentos correntes
Art. 1º É dever do Poder Público a gestão aqueles em curso ou que, mesmo sem
documental e a proteção especial a documentos movimentação, constituam objeto de
de arquivos, como instrumento de apoio à consultas frequentes.
administração, à cultura, ao desenvolvimento § 2º Consideram-se documentos
científico e como elementos de prova e informação. intermediários aqueles que, não sendo
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os de uso corrente nos órgãos produtores,
fins desta Lei, os conjuntos de documentos por razões de interesse administrativo,
produzidos e recebidos por órgãos públicos, aguardam a sua eliminação ou recolhimento
instituições de caráter público e entidades para guarda permanente.
privadas, em decorrência do exercício § 3º Consideram-se permanentes os
de atividades específicas, bem como por conjuntos de documentos de valor histórico,
pessoa física, qualquer que seja o suporte da probatório e informativo que devem ser
informação ou a natureza dos documentos. definitivamente preservados.
Art. 3º Considera-se gestão de documentos Art. 9º A eliminação de documentos produzidos
o conjunto de procedimentos e operações por instituições públicas e de caráter público
técnicas referentes à sua produção, tramitação, será realizada mediante autorização da
uso, avaliação e arquivamento em fase corrente instituição arquivística pública, na sua específica
e intermediária, visando a sua eliminação ou esfera de competência.
recolhimento para guarda permanente.
Art. 10. Os documentos de valor permanente
são inalienáveis e imprescritíveis
CAPÍTULO II
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos
de documentos produzidos e recebidos, no
exercício de suas atividades, por órgãos públicos
de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal
e municipal em decorrência de suas funções
administrativas, legislativas e judiciárias.

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TCE – Noções de Arquivologia – Prof. Darlan Eterno

LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO I – criação de serviço de informações


DE 2011. ao cidadão, nos órgãos e entidades do
poder público, em local com condições
Regula o acesso a informações previsto no inciso apropriadas para:
XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37
a) atender e orientar o público quanto ao
e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal;
acesso a informações;
altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de b) informar sobre a tramitação de
2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de documentos nas suas respectivas unidades;
janeiro de 1991; e dá outras providências.
c) protocolizar documentos e requerimentos
de acesso a informações; e
CAPÍTULO II II – realização de audiências ou consultas
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA públicas, incentivo à participação popular
DIVULGAÇÃO ou a outras formas de divulgação.

Art. 8º É dever dos órgãos e entidades


públicas promover, independentemente de
requerimentos, a divulgação em local de fácil CAPÍTULO III
acesso, no âmbito de suas competências, de DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À
informações de interesse coletivo ou geral por INFORMAÇÃO
eles produzidas ou custodiadas.
§ 1º Na divulgação das informações a que se
Seção I
refere o caput, deverão constar, no mínimo: DO PEDIDO DE ACESSO
I – registro das competências e estrutura Art. 10. Qualquer interessado poderá
organizacional, endereços e telefones apresentar pedido de acesso a informações aos
das respectivas unidades e horários de órgãos e entidades referidos no art. 1º desta
atendimento ao público; Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o
pedido conter a identificação do requerente e a
II – registros de quaisquer repasses ou especificação da informação requerida.
transferências de recursos financeiros;
§ 1º Para o acesso a informações de
III – registros das despesas; interesse público, a identificação do
IV – informações concernentes a requerente não pode conter exigências que
procedimentos licitatórios, inclusive os inviabilizem a solicitação.
respectivos editais e resultados, bem como § 2º Os órgãos e entidades do poder
a todos os contratos celebrados; público devem viabilizar alternativa de
V – dados gerais para o acompanhamento encaminhamento de pedidos de acesso por
de programas, ações, projetos e obras de meio de seus sítios oficiais na internet.
órgãos e entidades; e § 3º São vedadas quaisquer exigências
VI – respostas a perguntas mais frequentes relativas aos motivos determinantes da
da sociedade. solicitação de informações de interesse
público.
Art. 9º O acesso a informações públicas será
assegurado mediante: Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá
autorizar ou conceder o acesso imediato à
informação disponível.

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§ 1º Não sendo possível conceder o acesso superior a quem possa ser dirigido pedido
imediato, na forma disposta no caput, o órgão de acesso ou desclassificação;
ou entidade que receber o pedido deverá, em
prazo não superior a 20 (vinte) dias: III – os procedimentos de classificação de
informação sigilosa estabelecidos nesta Lei
I – comunicar a data, local e modo para se não tiverem sido observados; e
realizar a consulta, efetuar a reprodução ou
obter a certidão; IV – estiverem sendo descumpridos prazos
ou outros procedimentos previstos nesta Lei.
II – indicar as razões de fato ou de direito
da recusa, total ou parcial, do acesso § 1º O recurso previsto neste artigo somente
pretendido; ou poderá ser dirigido à Controladoria-
Geral da União depois de submetido à
III – comunicar que não possui a informação, apreciação de pelo menos uma autoridade
indicar, se for do seu conhecimento, o órgão hierarquicamente superior àquela que
ou a entidade que a detém, ou, ainda, exarou a decisão impugnada, que deliberará
remeter o requerimento a esse órgão ou no prazo de 5 (cinco) dias.
entidade, cientificando o interessado da
remessa de seu pedido de informação. § 2º Verificada a procedência das razões
do recurso, a Controladoria-Geral da União
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá determinará ao órgão ou entidade que
ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, adote as providências necessárias para dar
mediante justificativa expressa, da qual será cumprimento ao disposto nesta Lei.
cientificado o requerente. [...]
§ 3º Negado o acesso à informação pela
Seção II Controladoria-Geral da União, poderá ser
DOS RECURSOS interposto recurso à Comissão Mista de
Reavaliação de Informações, a que se refere
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a o art. 35.
informações ou às razões da negativa do acesso,
poderá o interessado interpor recurso contra a Seção III
decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO
sua ciência. QUANTO AO GRAU E PRAZOS DE
SIGILO
Parágrafo único. O recurso será dirigido à
autoridade hierarquicamente superior à que Art. 23. São consideradas imprescindíveis à
exarou a decisão impugnada, que deverá se segurança da sociedade ou do Estado e, portanto,
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. passíveis de classificação as informações cuja
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos divulgação ou acesso irrestrito possam:
órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, I – pôr em risco a defesa e a soberania
o requerente poderá recorrer à Controladoria- nacionais ou a integridade do território
Geral da União, que deliberará no prazo de 5 nacional;
(cinco) dias se:
II – prejudicar ou pôr em risco a condução de
I – o acesso à informação não classificada negociações ou as relações internacionais
como sigilosa for negado; do País, ou as que tenham sido fornecidas
II – a decisão de negativa de acesso à em caráter sigiloso por outros Estados e
informação total ou parcialmente classificada organismos internacionais;
como sigilosa não indicar a autoridade
classificadora ou a hierarquicamente

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III – pôr em risco a vida, a segurança ou a que este ocorra antes do transcurso do
saúde da população; prazo máximo de classificação.
IV – oferecer elevado risco à estabilidade § 4º Transcorrido o prazo de classificação
financeira, econômica ou monetária do País; ou consumado o evento que defina o seu
termo final, a informação tornar-se-á,
V – prejudicar ou causar risco a planos ou automaticamente, de acesso público.
operações estratégicos das Forças Armadas;
§ 5º Para a classificação da informação
VI – prejudicar ou causar risco a projetos em determinado grau de sigilo, deverá ser
de pesquisa e desenvolvimento científico observado o interesse público da informação
ou tecnológico, assim como a sistemas, e utilizado o critério menos restritivo possível,
bens, instalações ou áreas de interesse considerados:
estratégico nacional;
I – a gravidade do risco ou dano à segurança
VII – pôr em risco a segurança de instituições da sociedade e do Estado; e
ou de altas autoridades nacionais ou
estrangeiras e seus familiares; ou II – o prazo máximo de restrição de acesso
ou o evento que defina seu termo final.
VIII – comprometer atividades de
inteligência, bem como de investigação ou Seção IV
fiscalização em andamento, relacionadas DOS PROCEDIMENTOS DE
com a prevenção ou repressão de infrações. CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e DESCLASSIFICAÇÃO
entidades públicas, observado o seu teor e em
razão de sua imprescindibilidade à segurança da Art. 27. A classificação do sigilo de informações
sociedade ou do Estado, poderá ser classificada no âmbito da administração pública federal é de
como ultrassecreta, secreta ou reservada. competência:

§ 1º Os prazos máximos de restrição de I – no grau de ultrassecreto, das seguintes


acesso à informação, conforme a classificação autoridades:
prevista no caput, vigoram a partir da data de a) Presidente da República;
sua produção e são os seguintes:
b) Vice-Presidente da República;
I – ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
c) Ministros de Estado e autoridades com as
II – secreta: 15 (quinze) anos; e mesmas prerrogativas;
III – reservada: 5 (cinco) anos. d) Comandantes da Marinha, do Exército e
§ 2º As informações que puderem colocar da Aeronáutica; e
em risco a segurança do Presidente e Vice- e) Chefes de Missões Diplomáticas e
Presidente da República e respectivos Consulares permanentes no exterior;
cônjuges e filhos(as) serão classificadas
como reservadas e ficarão sob sigilo até o II – no grau de secreto, das autoridades
término do mandato em exercício ou do referidas no inciso I, dos titulares de autarquias,
último mandato, em caso de reeleição. fundações ou empresas públicas e sociedades
de economia mista; e
§ 3º Alternativamente aos prazos previstos
no § 1º, poderá ser estabelecida como III – no grau de reservado, das autoridades
termo final de restrição de acesso a referidas nos incisos I e II e das que exerçam
ocorrência de determinado evento, desde funções de direção, comando ou chefia, nível

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DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e prazo determinado, enquanto o seu acesso ou
Assessoramento Superiores, ou de hierarquia divulgação puder ocasionar ameaça externa
equivalente, de acordo com regulamentação à soberania nacional ou à integridade do
específica de cada órgão ou entidade, território nacional ou grave risco às relações
observado o disposto nesta Lei. [...] internacionais do País, observado o prazo
previsto no § 1º do art. 24.
Seção V
DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS § 2º O prazo referido no inciso III é limitado
a uma única renovação.
Art. 31. O tratamento das informações pessoais
deve ser feito de forma transparente e com
respeito à intimidade, vida privada, honra e DECRETO Nº 7.724, DE 16 DE MAIO DE
imagem das pessoas, bem como às liberdades e 2012.
garantias individuais.
Vigência Regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de
§ 1º As informações pessoais, a que se novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso
refere este artigo, relativas à intimidade, a informações previsto no inciso XXXIII do caput
vida privada, honra e imagem: do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º
I – terão seu acesso restrito, do art. 216 da Constituição.
independentemente de classificação de
sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem)
anos a contar da sua data de produção, a CAPÍTULO III
agentes públicos legalmente autorizados e DA TRANSPARÊNCIA ATIVA
à pessoa a que elas se referirem; e [...]
Art. 7º É dever dos órgãos e entidades promover,
independente de requerimento, a divulgação
em seus sítios na Internet de informações de
CAPÍTULO VI interesse coletivo ou geral por eles produzidas
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ou custodiadas, observado o disposto nos arts.
7º e 8º da Lei nº 12.527 de 2011.
Art. 35. [...]
§ 1º É instituída a Comissão Mista de
Reavaliação de Informações, que decidirá, no CAPÍTULO IV
âmbito da administração pública federal, sobre DA TRANSPARÊNCIA PASSIVA
o tratamento e a classificação de informações
sigilosas e terá competência para: Art. 9º Os órgãos e entidades deverão criar
Serviço de Informações ao Cidadão – SIC, com o
I – requisitar da autoridade que classificar objetivo de:
informação como ultrassecreta e secreta
esclarecimento ou conteúdo, parcial ou I – atender e orientar o público quanto ao
integral da informação; acesso à informação;

II – rever a classificação de informações II – informar sobre a tramitação de


ultrassecretas ou secretas, de ofício documentos nas unidades; e
ou mediante provocação de pessoa III – receber e registrar pedidos de acesso à
interessada, observado o disposto no art. 7º informação
e demais dispositivos desta Lei; e
Parágrafo único. Compete ao SIC:
III – prorrogar o prazo de sigilo de informação
classificada como ultrassecreta, sempre por

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I – o recebimento do pedido de acesso III – no envelope interno constarão


e, sempre que possível, o fornecimento o destinatário e o grau de sigilo do
imediato da informação; documento, de modo a serem identificados
logo que removido o envelope externo;
II – o registro do pedido de acesso em
sistema eletrônico específico e a entrega de IV – o envelope interno será fechado,
número do protocolo, que conterá a data de lacrado e expedido mediante recibo, que
apresentação do pedido; e indicará remetente, destinatário e número
ou outro indicativo que identifique o
III – o encaminhamento do pedido recebido documento; e
e registrado à unidade responsável pelo
fornecimento da informação, quando V – será inscrita a palavra “PESSOAL” no
couber. envelope que contiver documento de
interesse exclusivo do destinatário.
Art. 27. A expedição, a condução e a entrega
DECRETO Nº 7.845, DE 14 DE NOVEMBRO de documento com informação classificada em
DE 2012. grau de sigilo ultrassecreto serão efetuadas
pessoalmente, por agente público autorizado,
Regulamenta procedimentos para credenciamento
ou transmitidas por meio eletrônico, desde
de segurança e tratamento de informação
que sejam usados recursos de criptografia
classificada em qualquer grau de sigilo, e dispõe
compatíveis com o grau de classificação da
sobre o Núcleo de Segurança e Credenciamento.
informação, vedada sua postagem.
Seção IV Art. 28. A expedição de documento com
DA EXPEDIÇÃO, TRAMITAÇÃO E informação classificada em grau de sigilo
COMUNICAÇÃO secreto ou reservado será feita pelos meios
de comunicação disponíveis, com recursos de
Art. 26. A expedição e a tramitação de criptografia compatíveis com o grau de sigilo ou,
documentos classificados deverão observar os se for o caso, por via diplomática, sem prejuízo
seguintes procedimentos: da entrega pessoal. [...]
I – serão acondicionados em envelopes duplos;
II – no envelope externo não constará
indicação do grau de sigilo ou do teor do
documento;

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Exercícios

Arquivo: Conceitos e Definições 5. (ESAF MF 2012) A principal finalidade dos


arquivos é
a) a conservação de documentos para a
1. (ESAF CVM 2010) Acerca do conceito de história.
arquivo, assinale a opção correta. b) servir à administração.
c) manter os documentos de valor
a) Sua finalidade primeira é o registro da
secundário.
memória institucional.
d) organizar conjuntos de peças e objetos
b) São os conjuntos documentais
de valor para a memória.
produzidos por pessoa jurídica,
e) preservar os documentos de valor
enquanto os produzidos pelas pessoas
patrimonial.
físicas são chamados de manuscritos.
c) São coleções de documentos
6. (Empasial/Memorial da América Latina-
acumulados por interesse científico.
SP/1999) “Arquivo composto por fotografias,
d) Coleção de manuscritos históricos,
discos, fitas, slides, CDs, microformas ou
reunidos por uma pessoa jurídica ou
disquetes – que merecem tratamento
física.
diferenciado não apenas quanto ao
e) São acumulados no curso das
armazenamento mas também quanto ao
atividades, servindo de prova das
registro, acondicionamento, controle e
transações realizadas.
conservação”, é definição de:
2. (Cespe TJ/RR 2012) O arquivo caracteriza-se a) arquivo histórico.
por ser um conjunto orgânico, resultado das b) arquivo comercial.
atividades de uma pessoa física ou jurídica, c) arquivo especializado.
e não uma coleção de documentos de d) arquivo rotativo.
diversas fontes. e) arquivo especial.

7. (Cespe STM 2011) Entre as características


3. (Cespe ABIN 2010) Quando separado do seu
dos documentos de arquivo, incluem-se a
conjunto, ou seja, do todo ao qual pertence,
tridimensionalidade e a existência de diversos
o documento de arquivo perde muito do
tipos, naturezas, formas e dimensões.
seu significado.

8. (Cespe IBAMA 2012) Os arquivos de uma


4. (Cespe MPS 2010) Pode-se denominar
organização pública podem ser constituídos
arquivo também a instituição ou o serviço
de documentos originários das atividades
que tem a custódia de documentos, com
meio e fim e produzidos em variados
a finalidade de fazer o processamento
suportes documentais, inclusive o digital.
técnico, garantir a conservação e promover
a utilização dos arquivos.
9. (Cespe EBC 2012) Por ser um conjunto de
documentos produzidos e acumulados por
instituições ou pessoas, os documentos de
arquivo são inter-relacionados e sua gestão
deve contemplar o conjunto, e não o item
documental isoladamente.

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10. (ESAF MF 2012) São características do Classificação dos Documentos de
documento de arquivo, exceto, Arquivo
a) a imparcialidade.
b) a naturalidade. 14. (FCC TRE/SP 2012) Original, cópia, minuta
c) a emulação. e rascunho – diferentes estágios de
d) a autenticidade. preparação e transmissão de documentos –
e) a interrelação. correspondem ao conceito de:
a) espécie.
11. (Cespe CNJ 2013) Uma característica b) formato.
do documento de arquivo é o seu inter- c) forma.
relacionamento com outros documentos e d) suporte.
com a atividade da qual ele é resultado. e) tipo.

12. (Cespe MI 2013) Nos processos de 15. (ESAF MF 2012) São gêneros documentais
trabalho, independentemente da natureza encontrados nos arquivos, exceto:
do negócio, as organizações públicas ou a) documentos textuais.
privadas produzem e recebem informações b) documentos audiovisuais.
que, registradas, tornam-se documentos de c) documentos cartográficos.
arquivo. d) documentos iconográficos.
e) documentos tridimensionais.
13. (Funiversa SESI 2010) Quanto à abrangência
de sua atuação, os arquivos podem ser 16. (Cespe DPF – Escrivão 2009) Documentos
setoriais e gerais ou centrais. Com relação iconográficos são aqueles em formatos e
aos arquivos setoriais, assinale a alternativa dimensões variáveis, com representações
correta. geográficas, arquitetônicas ou de engenharia.

a) têm sob sua custódia documentos


resultantes da experiência humana em 17. (Cespe ABIN 2010) Carta, ofício,
um campo específico. memorando, aviso, circular e relatório
b) São os que se destinam a receber são exemplos de formatos documentais
documentos correntes provenientes existentes em órgãos públicos.
dos diversos órgãos.
c) conservam os documentos em razão de 18. (Cespe TJ/RR 2012) Entre os gêneros
seu valor histórico ou documental. documentais considerados documentos de
d) São aqueles estabelecidos junto aos arquivo se incluem documentos tridimensionais,
órgãos operacionais. textuais, audiovisuais e cartográficos.

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TCE – Noções de Arquivologia – Prof. Darlan Eterno

19. (FCC DNOCS 2010) Documentos iconográficos 25. (ESAF – CVM 2010) O gênero documental
são aqueles integrado por documentos que contêm
imagens em movimento, com ou sem som,
a) com dimensões e rotações variáveis, é conhecido como:
contendo registros fonográficos.
b) em suportes sintéticos, em papel a) fotográfico.
emulsionado ou não, contendo b) micrográfico.
imagens estáticas. c) iconográfico.
c) em suporte fílmico resultantes da d) filmográfico.
microrreprodução de imagens,
mediante a utilização de técnicas 26. (Consulplan – TSE 2012) "Boletim de
específicas. ocorrência e certidão de nascimento
d) em formatos e dimensões variáveis, configuram-se como exemplos
contendo representações geográficas, de____________documental.”
arquitetônicas ou de engenharia.

20. (Cespe/TRT/17ª Região/2009) Relatório de Assinale a alternativa que completa


atividades, fita magnética, ata de reunião e corretamente a afirmativa anterior.
cartão de visita são exemplos de tipologias a) Forma.
documentais. b) Espécie.
c) Formato.
d) Tipo.
21. (CESPE ABIN/2010) Mapas e plantas fazem
parte do gênero documental conhecido
como cartográfico.
Princípios Arquivísticos

22. (Cespe MPE/PI 2012) O tipo documental


consiste na associação entre a espécie 27. (Cespe MPU 2010) A naturalidade dos
documental e a função que o documento documentos arquivísticos deve-se ao fato
representa. São exemplos de tipos de cada registro documental assumir um
documentais: o memorando, o ofício, o lugar único tanto na estrutura documental
relatório, a carta e a fotografia. do grupo ao qual pertence quanto no
universo documental.
23. (Cespe TRE/RJ 2012) Os arquivos de uma
organização podem conter diversos gêneros 28. (Cespe SERPRO 2013) Quando aplicado aos
documentais, como o textual, o audiovisual documentos, o principio de respeitos aos
e o cartográfico. fundos origina o centro de documentação
de uma instituição.
24. (Cespe ANATEL 2012) Relatório de
atividades anuais é um tipo documental. 29. (Cespe TRE/MS 2013) O princípio da
territorialidade desconsidera o contexto de
produção dos documentos.

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30. (Cespe ANATEL 2012) A existência de um entidades coletivas, pessoas ou famílias no
fundo de arquivo origina-se do princípio da decorrer de suas atividades.
pertinência.
35. (Cespe EBC 2011) O caráter orgânico dos
31. (Cespe ANCINE 2012) O princípio de documentos de arquivo decorre do fato
proveniência, quando aplicado aos arquivos de que esses documentos são produzidos
da ANCINE, gera um conjunto de fundos e recebidos como resultado das atividades
documentais. desenvolvidas em uma organização, seja ela
pública ou privada.
32. (ESAF CVM 2010) O princípio da ordem
original pode ser definido como: 36. (Cespe TRE/MS 2013) Os princípios da
proveniência e da pertinência têm o mesmo
a) princípio segundo o qual os sentido, que é respeitar a origem dos
documentos deveriam ser documentos.
reclassificados por assunto sem ter em
conta a proveniência e a classificação
original. 37. (Cespe ABIN 2010) De acordo com
b) princípio segundo o qual o arquivo o princípio da ordem original, todo
produzido por uma entidade coletiva, procedimento ou tratamento empreendido
pessoa ou família não deve ser em arquivos pode ser revertido a sua forma
misturado aos de outras entidades original.
produtoras.
c) princípio segundo o qual todo
procedimento ou tratamento 38. (Cespe DPF Escrivão 2009) A instabilidade
empreendido em arquivos pode ser institucional, uma das principais
revertido, se necessário. características da administração pública
d) princípio segundo o qual o arquivo brasileira, geralmente motivada pela fusão,
deveria conservar o arranjo pela separação, extinção e criação de órgãos
entidade coletiva, pessoa ou família públicos, enseja uma série de problemas
que o produziu. para a gestão dos arquivos desses órgãos.
Para lidar com esses problemas, o princípio
33. (Cespe MPE/PI 2012) O princípio básico da pertinência é o conceito adequado.
da arquivologia que reúne todos os
documentos gerados por uma mesma 39. (Cespe FUB 2009) O princípio segundo o qual
fonte geradora de arquivo em um fundo é o arquivo deveria conservar a organização
conhecido como princípio da proveniência dada pela entidade coletiva, pessoa ou
ou de respeito aos fundos. família que o produziu é conhecido como
princípio da pertinência.
34. (Cespe ABIN/2011) O princípio da proveniência
consiste em procedimentos lógicos e práticos
que visam mesclar os conjuntos documentais
produzidos e acumulados por diversas

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Arquivo x Biblioteca assuntos de interesse dos servidores desse


órgão.

40. (Cespe SERPRO 2013) Além dos 46. (Cespe TJ/RR 2012) Em regra, deve-se
documentos produzidos pelo SERPRO, produzir mais de um exemplar de um
são considerados documentos de arquivo documento de arquivo.
aqueles colecionados por diversos motivos.
47. (Funiversa SESI 2010) Acerca dos arquivos,
41. (Cespe SERPRO 2013) Os documentos de assinale a alternativa correta.
arquivo podem ser elaborados em um único
exemplar ou , em cados específicos, serem a) os documentos são provenientes de
produzidos em um limitado número de vários lugares, adquiridos por doação.
cópias. b) os documentos existem em numerosos
exemplares.
c) os documentos são produzidos e(ou)
42. (Cespe ANTAQ 2009) Os documentos de recebidos para atender as necessidades
arquivo não são objeto de coleção, mas administrativas.
produtos e subprodutos das funções e das d) o método de avaliação aplica-se a
atividades de uma organização pública ou unidades isoladas.
privada e das atividades de uma pessoa e) o método de classificação utiliza
física. procedimentos predeterminados.

48. (Cespe TSE 2007) É possível estabelecer


43. (Cespe DPF Escrivão 2009) O tamanho do
uma série de diferenças entre arquivo
acervo documental e a sua complexidade
e biblioteca. Acerca dessas diferenças,
definem se o fundo de arquivo de uma
assinale a opção correta.
instituição pública ou privada é um fundo
fechado ou aberto. a) Os documentos de arquivo devem
existir em numerosos exemplares e os
de biblioteca, em um único exemplar
44. (Cespe TRE/BA 2010) Os documentos de
ou em limitado número de cópias.
arquivo devem ser organizados a partir dos
b) Os documentos de arquivo são
mesmos princípios aplicados na organização
produzidos e conservados com
das bibliotecas, principalmente no que se
objetivos funcionais e os de biblioteca,
refere aos métodos de classificação.
com objetivos culturais.
c) Os documentos de arquivo são
45. (Cespe DPF Papiloscopista 2012) O colecionados de fontes diversas
arquivo da Polícia Federal compõe-se de e os de biblioteca, por atividades
documentos colecionados referentes a organizacionais.
d) Os documentos de arquivo são
classificados a partir de métodos
predeterminados e os de biblioteca,
pelas particularidades das atividades
geradoras.

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49. (Cespe TRE/RJ 2012) Os documentos de uso que apresentam, e são conhecidos
arquivo são produzidos e(ou) recebidos também como arquivos ativos.
para o atendimento de objetivos culturais e
históricos.
56. (Cespe EBC 2011) Os arquivos setoriais
cumprem funções de arquivo permanente e
50. (Cespe MPU 2010) Em regra, a inclusão de arquivo histórico.
documentos em um arquivo ocorre por
compra ou permuta de fontes múltiplas.
57. (Cespe EBC 2011) Documentos com
alta frequência de uso ou com grande
possibilidade de uso fazem parte de um
arquivo corrente.
Teoria das Três Idades

58. (Cespe EBC 2011) Para que um sistema


51. (Cespe DPU 2010) Os arquivos correntes, de arquivo funcione adequadamente, é
conhecidos como fase pré-arquivo, são necessário que haja, além dos arquivos
constituídos por documentos de valor correntes, arquivos intermediários em
administrativo. todas as unidades da organização.

52. (Cespe MS 2008) O arquivo setorial é 59. (Cespe DPF 2009 Escrivão) O acesso
aquele estabelecido juntos aos órgãos aos documentos recolhidos ao arquivo
operacionais, cumprindo funções de permanente, por natureza, é restrito, e
arquivo corrente. esses documentos podem ser consultados
apenas com autorização da instituição que
os acumulou.
53. (Cespe MPU 2010) Dada a importância da
preservação dos documentos que compõem
o arquivo corrente de determinado setor de 60. (Cespe EBC 2011) Para serem considerados
trabalho, recomenda-se o arquivamento permanentes, os documentos devem
desses documentos em local afastado do manter o valor primário.
referido setor.
61. (Cespe DFTRANS 2008) No arquivo corrente,
54. (Cespe FUB 2011) Nas empresas, os tipos o arquivamento do tipo horizontal é o mais
de arquivamento decorrem da frequência adequado, por facilitar a localização dos
de uso ou consulta de documentos e documentos.
informações.
62. (Cespe ME 2008) Os arquivos correntes são
55. (Cespe TRE/MA 2009) Os arquivos correntes de acesso restrito e devem ficar próximos
são alocados perto dos seus usuários dos usuários diretos.
diretos, devido à grande possibilidade de

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63. (Cespe ECT 2011) A identificação 70. (Cespe IFB 2011) A transferência dos
do valor primário nos documentos documentos do arquivo corrente para o
implica a necessidade de mantê-los arquivo intermediário é realizada quando
permanentemente. a frequência de uso de tais documentos
diminui e quando eles perdem determinado
valor.
64. (FCC TRE/PB 2007) O valor mediato, quando
atribuído aos documentos de arquivo,
equivale ao valor: 71. (Cespe INSS 2008) A existência de valor
primário é uma das características do
a) primário. arquivo intermediário.
b) fiscal.
c) legal.
d) probatório. 72. (Cespe SERPRO 2013) Ao se implantar um
e) secundário. programa de gestão documental, o acesso
aos documentos que apresentam valor
65. (Cespe MPS 2010) Fase corrente é a fase em imediato será restrito ao setor.
que os documentos estão ativos, em curso
ou que, mesmo sem movimentação, ainda
são muito consultados pela administração 73. (Cespe MPU 2010) O valor primário dos
e, por isso, são conservados junto aos documentos no arquivo intermediário é
órgãos produtores. crescente.

66. (Funiversa MPGO Téc. Arquivo 2010) 74. (Cespe FUB 2008) O documento de arquivo
Quanto aos arquivos correntes, assinale a transferido ao arquivo intermediário
alternativa correta. permanece com o acesso restrito à
unidade que o acumulou, podendo, com a
a) São constituídos sempre por autorização da unidade acumuladora, ser
documentos em suporte papel. acessado por outras unidades.
b) Não têm restrição à consulta.
c) A destinação final é sempre a
eliminação. 75. (Cespe TRE/MG 2009) O arquivo
d) São formados pelos documentos intermediário, conhecido também como
arquivísticos em tramitação. arquivo inativo, é resultante da transferência
de documentos do arquivo corrente.
67. (Cespe ANP 2012) Quando o documento
de arquivo tem uma grande possibilidade 76. (Cespe CNJ 2013) A organização dos
de uso, ele deve ser considerado como documentos de arquivo na fase corrente
documento do arquivo corrente. deve ser realizada de modo diferente daquela
adotada na fase intermediária. Essa diferença
68. (Cespe SERPRO 2013) O arquivamento é explicada pelo fato de os documentos terem
de documentos no tipo horizontal é usos distintos nessas duas fases.
recomendado para arquivos correntes.
77. (Cespe CNPQ 2011) O elevado valor
69. (Cespe EBC 2011) A transferência de primário dos documentos, que indica a
documentos dos arquivos correntes para necessidade de mantê-los próximos de
os intermediários deve ser feita mediante seus usuários diretos, determina a presença
registro em uma listagem de transferência. desses documentos no arquivo corrente.

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78. (Cespe DPU 2010) As atividades típicas 85. (Vunesp BNDES 2001) A tabela de
dos arquivos correntes são: o protocolo, a temporalidade organiza a transferência de
expedição, o arquivamento, o empréstimo e documentos ao arquivo permanente.
a consulta de documentos.
86. (Cespe DPU 2010) O instrumento auxiliar
adotado na gestão de documentos
Instrumentos de Gestão de que possibilita o arquivamento e,
Documentos posteriormente, a recuperação desses
documentos denomina-se plano de.
a) descarte.
79. (Cespe ANCINE 2012) A exemplo das b) retenção.
demais agências reguladoras, a ANCINE c) arquivamento.
é responsável pela elaboração de suas d) avaliação.
próprias tabelas de temporalidade de e) classificação.
documentos da atividade meio.
87. Assinale a alternativa incorreta:

80. (Cespe SERPRO 2013) O reconhecimento a) (Cespe MMA 2009) O código de


da espécie documental é um elemento classificação deve ser anotado na
fundamental para a correta classificação de primeira folha do documento.
um documento de arquivo. b) (Cespe Anvisa 2007) Documentos
transferidos a arquivos intermediários
devem conservar a classificação que
81. (Cespe ANAC 2012) A avaliação dos lhes foi dada nos arquivos correntes.
documentos de arquivo é feita com base no c) (Cespe IBRAM 2009) A classificação
princípio da ordem original. ajuda a definir a organização física dos
documentos arquivados, constituindo-
82. (Cespe SERPRO 2013) O prazo de guarda se em referencial para a sua
indicado para os documentos do arquivo recuperação.
impresso é de cinquenta anos. d) (Cespe TRE MA 2009) A avaliação de
documentos de arquivo é executada
com a aplicação do código de
83. (Cespe CNJ 2013) A avaliação dos classificação.
documentos de arquivo é feita com base e) (Cespe STM 2011) Nos arquivos
na tabela de temporalidade que, além corrente e intermediário, os prazos
dos prazos de guarda nas idades corrente de guarda dos documentos devem ser
e intermediária, indica a eliminação ou expressos em anos ou pela indicação da
guarda permanente dos documentos. vigência dos documentos.

88. (Cespe MPU 2010) Os prazos de guarda dos


84. (Cespe IBRAM 2009) Os documentos documentos nos arquivos do tipo corrente
públicos destinados à eliminação, após e intermediário devem ser definidos
cumprirem o prazo estabelecido no edital com base na legislação pertinente e nas
de eliminação de documentos, devem ser necessidades administrativas.
incinerados.

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89. (Cespe CNPQ 2011) O processo de 97. (Cespe TRE MS 2013) Ao lidar com
elaboração do código de classificação de os documentos, usa-se a tabela de
documentos de arquivo estabelece relação temporalidade como instrumento para a
direta com as funções e as atividades
desenvolvidas no órgão ou na empresa. a) avaliação.
b) codificação.
c) classificação.
90. (Cespe CNPQ 2011) O código de classificação d) descrição.
de documentos de arquivo é aplicado a partir e) indexação.
da transferência do documento do arquivo
corrente para o arquivo intermediário.
Órgãos/Sistemas de Arquivo
91. (Cespe CNPQ 2011) A tabela de
temporalidade de documentos independe
da realização de classificação para avaliar os 98. (Cespe Ancine 2012) A ANCINE, por ser
documentos de arquivo. uma agência reguladora, não precisa seguir
as orientações do Sistema de Gestão de
Documentos de Arquivo (SIGA).
92. (Cespe TJ/RR 2012) Constitui informação da
tabela de temporalidade a determinação
do tempo de guarda dos documentos nos 99. (Cespe TJ/RR 2012) Os arquivos do TJ/RR
arquivos intermediários. são considerados arquivos federais, razão
por que devem ser organizados conforme
as orientações do Sistema de Gestão de
93. (Cespe MCTI 2012) A classificação dos Documentos de Arquivo (SIGA).
documentos produzidos e(ou) recebidos
pela atividade-meio do MCTI é feita a partir
do Código de Classificação de Documentos 100. (ESAF MF 2012) Identifique, entre as
de Arquivo, elaborado pelo Conselho opções a seguir, quem elabora a política
Nacional de Arquivos. arquivística brasileira).
a) O Sistema Nacional de Arquivos.
94. (Cespe STM/2011) O código de classificação b) O Sistema de Gestão de Documentos e
é construído a partir da estrutura Arquivos.
organizacional do órgão ou empresa em que c) O Sistema de Serviços Gerais.
ele vai ser aplicado, sendo uma reprodução do d) O Conselho Nacional de Arquivos.
organograma desse órgão ou dessa empresa.
101. (Cespe ANAC 2012) Os documentos da
ANAC considerados de valor permanente
95. (Cespe MI 2013) Os documentos de devem ser recolhidos ao Arquivo Nacional.
arquivo devem ser classificados a partir
de um código ou plano de classificação
de documentos baseado nas funções e 102. (Cespe MPU 2013) Compete ao
atividades desenvolvidas no órgão. arquivo nacional definir as normas gerais
e estabelecer as diretrizes para o Sistema
Nacional de Arquivos bem como promover
96. (Cespe SERPRO 2013) O gênero do o inter-relacionamento de arquivos públicos
documento é uma informação relevante e privados.
para a determinação dos prazos de guarda
dos documentos de arquivo.

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Protocolo 111. (Cespe ANCINE 2012) A expedição de
documentos é uma atividade exercida
103. (Cespe TJ/RR 2012) O recebimento e a exclusivamente pelo protocolo.
classificação incluem-se entre as rotinas do
protocolo, atividade exercida no âmbito dos
112. (Cespe MCTI 2012) A distribuição
arquivos correntes.
de documentos, uma das atividades de
protocolo, é desenvolvida em todos os
104. Além das atividades de recebimento, setores de uma organização.
registro e classificação, cabe também ao
protocolo realizar destinação dos documentos.
113. (Cespe TRE/MS 2013) a distribuição e
a tramitação de documentos acontecem,
105. (Cespe CNJ 2013) O controle da atualmente, somente em meio eletrônico.
tramitação dos documentos pelos vários
setores de uma organização é uma atividade
114. (Cespe CNJ 2013) Nos órgãos do Poder
de protocolo.
Judiciário, apenas os processos judiciais
devem ser objeto de controle por parte dos
106. (Cespe Serpro 2013) A classificação serviços de protocolo.
de documentos é uma rotina do setor de
protocolo.
115. (Cespe FUB 2011) Protocolo designa
o serviço encarregado de recebimento,
107. (Cespe EMBASA 2010) Uma das atividades registro, distribuição e expedição de
realizadas pelo serviço de protocolo é a documentos. Também é responsável pela
classificação de documentos, no caso de classificação, pelo controle da tramitação
instituições que possuam um código ou e pela autuação de documentos, ação
plano de classificação de documentos. mediante a qual o documento passa a
constituir um processo.

108. (Cespe CNJ 2013) Os elementos


utilizados para o registro de documentos 116. (Cespe Serpro 2013) O empréstimo de
nos serviços de protocolo são metadados documentos é uma atividade do setor de
desses documentos. protocolo.

109. (Cespe SEBRAE/BA 2008) O setor de 117. (Cespe CNJ 2013) O protocolo deve
protocolo, ao receber uma correspondência registrar todos os documentos que entram
sigilosa, deverá abri-la para fazer o registro na instituição, independentemente de eles
e encaminhá-la, com alta prioridade, ao terem natureza arquivística.
destinatário.
118. (Cespe MMA 2009) A inclusão de dados
110. (ESAF DNIT 2013) São atividades do sobre o documento em uma base de dados
protocolo, exceto: é conhecida como registro de documentos
e faz parte das atividades de protocolo,
a) o registro de documentos. vinculadas aos arquivos correntes.
b) a expedição de documentos.
c) a classificação de documentos.
d) a eliminação de documentos.
e) a distribuição de documentos.

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119. (Cespe EBC 2011) O procedimento a Legislação de Acesso a Documentos


ser adotado no caso de recebimento de Públicos
correspondência ostensiva é realizar a
abertura dos envelopes e proceder à leitura
para encaminhamento, observando a
existência de antecedentes. 123. Os documentos considerados sigilosos
são classificados em ultrassecretos, secretos
e confidenciais.
120. (Cespe STJ 2008) Processo é o termo
geralmente usado na administração pública
para designar o conjunto de documentos 124. (Cespe SERPRO 2013) O prazo
reunidos em capa especial, e que vão sendo de restrição de acesso a documento
organicamente acumulados no decurso de ultrassecreto é de vinte anos; findo esse
uma ação administrativa ou judiciária. período, ele será de acesso público.

121. (Cespe TSE 2007) A juntada por anexação 125. (Cespe TRE/AL 2012) acesso restrito
significa a união definitiva de um ou mais a um documento ultrassecreto deve ser
processos a um outro processo (considerado mantido por
principal), desde que pertencentes a um a) 10 anos.
mesmo interessado e que contenham o b) 15 anos.
mesmo assunto. c) 20 anos.
d) 25 anos.
122. (Cespe TRE/MS 2013) A anexação é e) 5 anos.
a juntada do documento ou processo a
outro processo, prevalecendo o número do 126. (Cespe ANATEL 2012 ) São três as
processo mais recente. classificações de sigilo de documentos:
ultrassecreta, secreta e reservada.

127. (Cespe ANCINE 2012) O prazo limite


de restrição ao acesso a informações
classificadas como secretas em poder de
entidade pública, como a ANCINE, por
exemplo, é de, no máximo, cinco anos.

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Empréstimo 134. (Cespe TRE/MS 2013) A ordenação pelo
sistema numérico cronológico determina
que os documentos sejam organizados
conforme sua sequência numérica,
128. (FCC TRE/SP 2012) A remoção temporária
dispensando o índice alfabético remissivo.
de um documento é assinalada, no arquivo,
por meio de
135. (Cespe ANTAQ 2009) O método numérico
a) jaqueta.
simples determina a numeração sequencial
b) microficha.
dos documentos, dispondo os números em
c) guia-fora.
três grupos de dois dígitos cada um. Por
d) etiqueta.
exemplo: 52-63-19.
e) clipe.

129. (Cespe Serpro 2013) Ao se retirar 136. (Cespe SERPRO 2013) Com relação à
temporariamente um documento da forma de busca de documentos, o método
unidade de arquivamento, para empréstimo geográfico de arquivamento é classificado
ou consulta, deve-se colocar, no lugar do como integrante do sistema direto.
documento, um indicador denominado
fantasma ou ficha-fantasma.
137. (Cespe TRE/RJ 2012) A disposição
de documentos pelo nome dos clientes
corresponde à ordenação do tipo unitermo.
Arquivamento de Documentos
138. (Cespe SEBRAE/BA 2008) A organização
do arquivo corrente com pastas intituladas
130. (Cespe ANAC 2009) O método de atas, correspondência, contratos, acordos,
arquivamento dos documentos de arquivo fax, pareceres etc. corresponde a uma
deve ser definido a partir da natureza dos classificação por assunto.
documentos e da estrutura da organização
que os produz ou recebe.
139. (Cespe STM 2011) Por meio do método
Variadex, atribui-se um número ao
131. (Cespe SEBRAE/BA 2008) A escolha documento, em ordem crescente, de acordo
do método de arquivamento no arquivo com a entrada deste no arquivo.
corrente é determinada pela espécie ou
pelo gênero do documento.
140. (Cespe TRE/MS 2013) A ordem geográfica
prevê que os verbetes sejam ordenados por
132. (Cespe Aneel 2010) O método numérico- temas.
cronológico é considerado um método de
arquivamento básico.
141. (Cespe SEBRAE/BA 2008) O método
numérico simples atribui um número a cada
133. (CESPE SEPRO 2013) O método de pasta de cliente (pessoa física ou jurídica),
arquivamento de documentos por assunto é obedecendo à ordem de entrada ou de
dependente de interpretação arquivística, o registro, sem qualquer preocupação com a
que o torna, portanto, um método de difícil ordenação alfabética.
aplicação.

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142. (Cespe TRE/MS 2013) Os documentos, 148. (TJ/AL 2012) A fase da gestão de
no sistema numérico simples, são agrupados documentos que compreende a elaboração
em sequência numérica, exigindo o índice do instrumento de classificação dos
alfabético remissivo. documentos de arquivo é a da:
a) destinação.
b) difusão.
143. (Cespe STM 2011) No método numérico c) utilização
simples, um método de arquivamento do d) criação.
tipo direto, não se faz necessário consultar e) produção.
um índice para localizar o documento.
149. (Cespe Telebras 2013) As operações
técnicas da gestão de documentos são
144. (Cespe SEBRAE 2010) O método duplex realizadas nas fases corrente, intermediária
de arquivamento baseia-se nas espécies e permanente. Os documentos
documentais, razão por que exige a criação correntes são aqueles em tramitação; os
de pastas diferentes para cada espécie; intermediários são aqueles que, mesmo sem
por exemplo: uma para cartas, outra para movimentação, ainda são consultados com
relatórios, outra para contratos. frequência, por razões administrativas; e os
permanentes são aqueles com uso pouco
145. (Cespe SERPRO 2013) No sistema direto frequente, de caráter histórico e cultural.
de arquivamento de documentos, a busca
pela informação depende essencialmente 150. (Cespe MPU 2010) Considera-se
da utilização de instrumentos de pesquisa. gestão de documentos o conjunto de
procedimentos e operações técnicas
referentes a produção, tramitação, uso,
avaliação e arquivamento de documentos.
Gestão de Documentos
151. (Cespe MPU 2010) A produção, uma das
fases básicas da gestão de documentos,
146. (Cespe IBRAM 2009) Segundo a Lei engloba as seguintes atividades de protocolo:
nº 8.159/1991, a gestão de documentos recebimento, classificação, registro,
compreende o conjunto de procedimentos distribuição e tramitação dos documentos.
e operações técnicas referentes a produção,
tramitação, uso, avaliação e arquivamento 152. (Cespe PRF 2012) A gestão de
de documentos em fase corrente e documentos envolve operações técnicas
intermediária, visando à sua eliminação ou como produção, tramitação, uso, avaliação
transferência para guarda permanente. e arquivamento.

147. (ESAF DNIT 2013) A fase do programa 153. (Cespe SERPRO 2013) A atividade de
de gestão de documentos onde ocorre a expedição de documentos, incluída na fase
eliminação de documentos é conhecida de utilização dos documentos, não é parte
como do programa de gestão de documentos.

a) conservação de documentos. 154. (Cespe MPU 2010) Na fase de produção


b) destinação de documentos. de documentos, o arquivista deve evitar a
c) produção de documentos. duplicação e a emissão de vias desnecessárias,
d) utilização de documentos. além de poder sugerir a criação ou extinção
de modelos e formulários.

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Gabarito: 1. E 2. V 3. V 4. V 5. B 6. E 7. F 8. V 9. V 10. C 11. V 12. V 13. D 14. C 15. E 16. F
17. F 18. F 19. B 20. F 21. V 22. F 23. B 24. V 25. D 26. D 27. F 28. V 29. B 30. F 31. F 32. D
33. V 34. F 35. V 36. F 37. F 38. F 39. F 40. F 41. V 42. V 43. F 44. F 45. F 46. F 47. C 48. B 49. F
50. F 51. F 52. V 53. F 54. V 55. V 56. F 57. V 58. F 59. F 60. F 61. F 62. V 63. F 64. E 65. V
66. D 67. V 68. F 69. V 70. F 71. V 72. V 73. F 74. V 75. F 76. F 77. V 78. V 79. D 80. F 81. A
82. F 83. V 84. F 85. F 86. E 87. D 88. V 89. V 90. F 91. F 92. V 93. V 94. F 95. V 96. F 97. A
98. F 99. F 100. D 101. V 102. F 103. V 104. F 105. V 106. V 107. V 108. V 109. F 110. D 111. V
112. F 113. F 114. F 115. V 116. F 117. F 118. V 119. V 120. V 121. V 122. F 123. F 124. F 125. D
126. V 127. F 128. C 129. V 130. V 131. F 132. V 133. V 134. F 135. F 136. V 137. F 138. F 139. F
140. F 141. V 142. V 143. F 144. F 145. F 146. F 147. B 148. C 149. F 150. V 151. F 152. V 153. F 154. V

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