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AULA 1 - 2015/4

Equações Diferenciais e Modelos Matemáticos

Equações Diferenciais

Equações diferenciais são equações que relacionam funções (relações entre


variáveis) e suas derivadas. Ou seja, relacionam taxas de variação de variáveis.
Também podemos dizer que equações diferenciais são equações cujas incógnitas são
funções e suas derivadas.

Classificação: As equações diferenciais podem ser classificadas da seguinte maneira:


- quanto a ordem: dependendo da ordem da maior derivada que aparece na
equação ela pode ser classificada como equação diferencial de primeira ordem, de
segunda ordem e assim por diante.
Exemplos:
dI RI E
dt L L
d2q R dq 1 q E
dt 2 L dt LC L
d2y dy
m c Ky Ft
dt 2 dt

- quanto ao tipo: dependendo das variáveis relacionadas, as equações podem ser


ordinárias - EDO (quando envolvem funções de uma variável) ou parciais - EDP
(quando envolvem funções de variás variáveis, isto é, derivadas parciais).

dI RI E
dt L L
2
y y
a2
t x
2 2
u u 0
x2 y2

- quanto a linearidade: equação diferencial linear é aquela em que a variável


dependente (y) e suas derivadas aparecem em combinações aditivas com coeficientes
na variável independente x.
y x dx 4xdy 0
y 2y y 0
d3y dy
x 5y ex
dx 3 dx
1 yy 2y ex

1
d2y
sin y 0
dx 2

Solução de uma Equação Diferencial

Para entender o que é solução de uma equação diferencial será feita uma
comparação com a solução de uma equação algébrica. Equações algébricas são
equações cujas incógnitas são números desconhecidos. Por exemplo, 2x 3 5, nesse
caso a solução é x 1, pois 1 é o valor de x que satisfaz a equação.

Já sabemos que uma equação diferencial é uma equação cujas incógnitas


envolvem funções e suas derivadas. assim resolver uma equação diferencial é
encontrar uma função que satisfaça a equação. Ou ainda, a solução de uma equação
diferencial é uma função que a satifaz sob determinadas condições.
Por exemplo, para a equação diferencial linear ordinaria de primeira ordem (EDO -
1ª ordem)

y 2y 0

a função
2t
yt 20e

é uma solução, pois satisfaz a equação.

Para verificar substitua a função y t 20e 2t e sua derivada y na equação


diferencial e verifique que a igualdade é satisfeita.

Observe que as funções y t 2e 2t , y t 5e 2t , y t e 2t


também são solução da
equação diferencial y 2y 0.

De uma maneira geral podemos considerar que

2t
yt ke para k um número real qualquer,

representa qualquer solução da equação diferencial y 2y 0, por isso ela é chamada


de solução geral dessa equação diferencial.

A solução geral de uma dada equação diferencial representa uma família de curvas,
pois para cada valor da constante temos uma função que pode ser representada
geometricamente por uma curva. Essa família também é chamada de curvas integrais
da equação diferencial.

2
y

2.5

-2.5

-5

Muitas vezes o interesse está numa das curvas integrais, escolhida mediante uma
condição inicial. Nesse caso a solução que satisfaz uma condição inicial é denominada
solução particular ou solução de um problema de valor inicial. O termo condição inicial
vem de sistemas físicos em que a variável independente é o tempo t e em que
y t0 y0 e y t0 y 1 representam, respectivamente, a posição e a velocidade de um
objeto no instante inicial t 0 . Portanto resolver um problema de valor inicial envolve o uso
de uma família de funções, solução da equação diferencial dada e a determinação de
constantes especiais de tal forma que a solução particular se ajuste a estas condições.

Por exemplo, considerando a equação diferencial y 2y 0 e a condição inicial


y0 1, qual seria a solução particular?
Como a solução geral é y t ke 2t , para encontrar a solução que satisfaça
y0 1 basta substituir essa condição na solução geral e calcular o valor da
constante.
Dessa forma k 1 e a solução particular é:
yt e 2t .

Outro exemplo:
Verifique se a função y x xe x é uma solução da equação diferencial
y 2y y 0.

Observe que a equação y 2y y 0 tem como solução y xe x , observe ainda


que esta equação diferencial tem também a solução constante y 0. Uma solução de
uma equação diferencial identicamente nula é chamada de solução trivial.

As vezes uma equação diferencial tem uma solução que não é membro de uma
família de soluções da equação, isto é, uma solução que não pode ser obtida atribuindo
valores particulares aos parâmetros na família de soluções. Tal solução extra é
chamada de solução singular.
Por exemplo:
dy
A equação diferencial xy 1/2 tem uma família de soluções a um parâmetro
dx

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y 1 x 2 C 2 . Quando C 0 temos a solução particular y 1 x 4 . Observe que a
4 16
solção trivial y 0 é uma solução singular, pois ela não é membro da família
y 1 x 2 C 2 , não há fora de atribuir um valor a constante C e achar y 0.
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Uma solução na qual a variável dependente é expressa somente em termos da


variável independente e das constantes é chamada de solução explícita, caso
contrário é chamada de solução implícita.

EXERCÍCIOS:
1- Nos problemas abaixo, determine se a função dada é uma solução para a equação
diferencial indicada:
a) y x 2e x xe x y 2y y 0 V

b) y x cos x. ln sec x tan x y y tan x V

x4, x 0
c) y x xy 4y 0 no intervalo , V
x4, x 0

w w 2y 1 wx e 5x e x
1
d) V
y 4w 3y 1 yx 2e 5x e x
1

e) x 16x 0, xt A cos 4t e x t B sin 4t, com A e B V

2- Determine C 1 e C 2 de modo que y x C 1 e 2x C 2 e x satisfaça as condições y 0 0e


y 0 1. C 1 1 e C2 1 .

dy
3- Considere a equação diferencial x sin y e uma curva solução que passa pelo
dx
ponto 1, . Qual é a inclinação neste ponto? m 2
2

4- A função x t 2 B cos 0, 5t é solução geral de uma equação diferencial de primeira


ordem, onde x representa o deslocamento de um corpo. Encontre uma solução
particular que satisfaça x 0 0, 6. Calcule a posição do corpo, sob essa condição, para
t igual a 2 segundos. B 1, 4 e x 2 1, 24

5- Mostre que x ex x é uma solução explícita para a equação


d 2
e 2x 1 2x e x
x 2
1.
dx

6- Interprete cada afirmativa abaixo, como uma equação diferencial:


a) Sobre o gráfico de y f x , a inclinação da reta tangente em um ponto P é o
quadrado da distância de P à origem.
b) Sobre o gráfico de y f x , a taxa segundo a qual a inclinação varia em relação a x
em um ponto P é o negativo da inclinação da reta tangente em P.

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Modelos Matemáticos
Quando observamos um fenômeno, como uma mola que oscila, a corrente que
decai num circuito elétrico, um corpo que se desloca, podemos identificar variáveis que
variam em função do tempo. Por exemplo, imagine um corpo oscilando na extremidade
de uma mola. De que maneira podemos expressar a posição do corpo em função do
tempo?
As equações diferenciais apresentam importância fundamental na Matemática
Aplicada à Engenharia. Isto se deve ao fato que muitas leis e relações físicas surgem
matematicamente sob a forma de uma equação diferencial. Examinaremos vários
problemas físicos e geométricos que conduzem a equações diferenciais e alguns dos
métodos empregados para resolver tais equações. Dedicaremos especial atenção a
alguns modelos matemáticos encontrados na literatura que nos auxiliarão a desenvolver
os métodos de resolução.
Os passos abaixo ilustram de maneira simplificada o "papel" dos conceitos matemáticos
na representação de situações de forma a produzir resultados de interesse (resolução
de problemas, por exemplo).

Assim as equações diferenciais podem ser modelos de situações reais. Nesse caso
a solução da equação diferencial dará informações sobre a situação representada,
dentro de certos limites, que estão relacionados com as variáveis consideradas ao
elaborar o modelo.
Muitos problemas ou fenômenos da Engenharia, das Ciências Físicas ou mesmo
das Ciências Sociais e Humanas, quando formulados em termos de conceitos
matemáticos, envolvem funções e suas derivadas fazendo surgir as equações
diferenciais.

Exemplo 1 - CIRCUITO RL (Resistor - Indutor)

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dI RI E
dt L L

onde, I t representa a corrente em cada instante, R a resistência (uma constante), L a


indutância (uma constante), E t a força eletromotriz ou a voltagem aplicada em cada
instante (uma constante ou uma função conhecida). Essa equação representa a taxa de
variação da corrente num circuito RL (circuito contento um resistor e um indutor).

Exemplo 2 - CIRCUITO RC (Resistor - Capacitor)


dq 1 q E
dt RC R

onde, q t representa a carga num circuito, em cada instante, R a resistência (uma


constante), C a capacitância (constante), E t a força eletromotriz ou a voltagem
aplicada em cada instante (uma constante ou uma função conhecida). Essa equação
diferencial representa a variação da carga elétrica q, no capacitor num circuito RC.

Exemplo 3 - CIRCUITO RCL (Resistor - Capacitor - Indutor)


d2q R dq 1 q Et
dt 2 L dt LC L

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onde, q t representa a carga num circuito, em cada instante, R a resistência (uma
constante), C a capacitância (constante), L a indutância (constante), E t a força
eletromotriz ou a voltagem aplicada em cada instante (uma constante ou uma função
conhecida). Essa equação diferencial representa a variação da carga elétrica q, no
capacitor num circuito RCL.
A função incógnita da equação (1) é i t , corrente em função do tempo; a função
incógnita da equação (2) e da equação (3) é a carga, q t . Observe que a corrente é a
taxa de variação da carga em função do tempo, isto é
dq
it
dt

Exemplo 4 - CRESCIMENTO E DECAIMENTO


Uma das primeiras tentativas de modelagem do crescimento populacional humano
por meio da matemática foi feita pelo economista inglês Thomas Malthus, em 1798. A
idéia é que a taxa segundo a qual a população de um país cresce em determinado
instante é proporcional à população total do país naquele instante.
Em termos matemáticos, se P t for a população total no instante t, podemos
escrever:
dP P
dt
dP kP
dt

Exemplo 5 - Sistema Massa - Mola


Fenômenos que envolvem oscilações podem ser representados por meio de
equações diferenciais de segunda ordem. Por exemplo a equação
d2y dy
m c Ky Ft
dt 2 dt

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representa a variação da posição y t de um corpo de massa m que oscila com
amortecimento proporcional a velocidade, sendo c a constante de proporcionalidade
desse amortecimento, K a constante de elasticidade da mola ou amortecedor e F t
uma força externa ao movimento. Essa força é chamada de função entrada e a solução
da equação diferencial é chamada de função saída.

Exemplo 6 - Misturas
As misturas de duas soluções salinas com concentrações diferentes dá origem a
uma equação diferencial de primeira ordem para a quantidade de sal contida na
mistura. Se considerarmos A t a quantidade de sal no tanque no instante t, a taxa
segundo a qual A t varia será:
taxa taxa
de de
dA entrada saída Te Ts
dt
de de
sal sal
A taxa de entrada de sal T e é dada pela taxa de entrada da salmora x concentração
de sal no fluxo de entrada de sal, assim como a taxa de saída de sal T s é dada pela
taxa de saída de salmora x concentração de sal no fluxo de saída.

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