2012
Hidrodinâmica Para Navegantes
2
Sumário
Sistemas de Unidades 02
Princípio da Aderência 04
Princípios de Conservação 12
Efeitos hidrodinâmicos 15
Previsão de Fórmulas 18
Semelhança Física 23
Ondas 43
Cavitação e Ventilação 53
Propulsores Especiais 66
Dispositivos Hiper-sustentadores 73
3
Sistemas de Unidades
Grandezas Fundamentais
→ definem o sistema
Grandezas Derivadas
Equações Dimensionais
→ expressas em função das fundamentais
Inerciais
Sistemas Inerciais
Comprimento ∴ L
Massa ∴M LMT
Tempo ∴T
Sistemas Gravitacionais
Comprimento ∴ L
Força ∴F LFT
Tempo ∴T
g normal
4
∴
→ Definição Antiga:
Equações Dimensionais
Gravitacionais
○ Definição Atual:
→ Definição Antiga:
○ Definição Atual:
EE:
MK*S:
EE:
BG:
5
Densidade (d): “Specific Gravity” CGS →
SI →
Equação de definição: EE →
d → é adimensional MK*S →
FP*S →
* A densidade é expressa por um
número que é o mesmo para todos os
sistemas de unidades. 2) Um corpo tem massa 20kg. Calcular o seu
peso no SI e no MK*S.
Líquidos: padrão H2O Resolução:
∴
SI →
Exercícios Resolvidos
MK*S →
1) Um óleo tem densidade 0,80. Calcule sua 3) Um corpo tem massa 10lb. Calcular o seu
massa específica nos sistemas de unidade peso no EE e no BG
conhecidos. Resolução:
Resolução: EE →
BG →
Princípio da Aderência
[i
(Não deslizamento)
superfície sólida
* Quando um fluido está em contato com um sólido, aquelas camadas do fluido que
estão em contato direto com o sólido aderem plenamente a ele.
Exemplos:
Vliq
fluido Quando o sólido está com velocidade relativa nula em
relação ao líquido, a camada de aderência terá
Vliq = 0 igualmente velocidade nula.
sólido em repouso Vs = 0
6
2º Caso: Sólido em movimento
Vliq = 0
fluido Quando o sólido está com velocidade relativa
diferente de zero em relação ao líquido, a camada de
Vliq = Vs aderência terá velocidade igual a do sólido.
sólido Vs
3º Caso: Dois sólidos
VS1
fluido A camada de aderência não desprende do corpo
imerso, portanto, as camadas de aderência que estão
Vliq = VS1 em cada um dos corpos adquirem suas respectivas
Vliq = 0 velocidades.
sólido em repouso Vs = 0
4º Caso: Escoamento
Efeito Coanda
A camada de aderência tende a acompanhar o
contorno do objeto imerso no fluido.
5º Caso: Vórtices
7
Equações da Mecânica dos Fluidos
S Semelhança de triângulos
F
SL V
y dy
dv
sólido em repouso
(velocidade de deformação)
F
Pressão:
FN Tensão de cisalhamento ( ) – Força tang a area
FT
S ∴
Plástico Ideal
Pseudoplásticos
τc
CGS:
SI:
8
Viscosidade Cinemática
c ∴ Viscosidade Cinemática
CGS:
SI
MK*S
EE
BG
Peso Específico
Equação de definição: ∴ ∴
CGS ∴
SI ∴
MK*S ∴
FP*S ∴
Pressão
Equação de definição:
Unidades de pressão:
CGS ∴
SI ∴
Obs:
MK*S ∴
Obs: ) (in)
Obs:
BG ∴
9
A experiência de Torriccelli
Patm
h
760 mmHg
76 cmHg 1 2
patm 0,76 mHg
2,49 ftHg
29,92 inHg
∴
CGS: MK*S:
BG:
SI:
Pressão dinâmica
Energia Cinética:
: pressão dinâmica
10
Força hidrodinâmica (FH)
Força hidrostática
∴pressão estática x área
Força hidrodinâmica
∴pressão dinâmica x área
Bordo de ataque
(Leading Edge) L F
α : ângulo de ataque
bc: Span ou envergadura
a
ab: Corda
c D Área: corda x span
Bordo de fuga
(Traling Edge)
α
L : Lift ou sustentação
b F
D: Draft ou arrasto
(resistência ao andamento)
Conceitos de aerodinâmica e
modelagem com Foilslim
Conceitos de Aerodinâmica
Sustentação (Lift)
A sustentação é uma força que surge quando um fluxo de ar passa por um perfil
aerodinâmico, normalmente assimétrico em relação à corda.
Esta força é perpendicular ao fluxo.
A força de sustentação é causada pela diferença de pressão entre a superfície
superior (baixa pressão) e a inferior (alta pressão).
A diferença de pressão acontece quando o fluido (ar) é acelerado devido ao
formato do objeto através do qual ele passa.
11
No caso de um perfil assimétrico, as partículas de ar que passam pela parte de
cima percorrem um caminho mais longo que as que passam por baixo.
Com o aumento da velocidade, ocorre uma queda de pressão de acordo com as
leis da Mecânica dos Fluidos. Ou seja o Teorema de Bernoulli.
A resultante desta diferença de pressão multiplicada pela área de referência
origina a força de sustentação...que faz os aviões voarem, velas velejarem, etc...
O arrasto ( drag) é uma força paralela ao fluxo de ar, que acontece devido ao
formato do objeto que interage com o fluxo e ao atrito do fluido com a superfície
deste.
Resultante
Somando vetorialmente a sustentação e o arrasto temos a resultante
aerodinâmica. Na maioria dos perfis, a sustentação é 10 vezes maior (ou bem mais)
que o arrasto.
Eficiência Aerodinâmica
A eficiência aerodinâmica de um perfil pode ser calculada dividindo-se a
sustentação pelo arrasto (L/D).
Um dos objetivos ao projetar uma boa asa ou kite é obter o maior L/D
(eficiência) possível!
Ângulo de ataque
O ângulo de ataque é o ângulo da asa em relação ao ar que se aproxima.
Ele que determina a espessura da fatia de ar que a asa está atravessando.
12
Por determinar essa fatia o ângulo de ataque também dita a sustentação que a
asa gera (embora não seja o único fator)
Stall
Todo perfil apresenta um ângulo de ataque máximo, quando ocorre o STALL, ou
seja, a sustentação cai drasticamente e o arrasto aumenta.
13
No caso de um avião que diminui sua velocidade, há necessidade de aumentar o
ângulo de ataque de vôo, para assegurar sustentação. No entanto poderá ocorrer a
situação em que a velocidade é muito baixa e o ângulo de ataque muito alto,
ocorrendo o stall. Neste caso, é necessário tomar alguma outra providencia
urgente para que o avião saia da condição de stall.
O Software FoilSlim
Princípios de Conservação
A C
A’ C’
dl 2
B’ D’
dl 1
B D
14
∴
(Equação da continuidade)
Dimensão de fluxo:
vaz o ou fluxo Q
Se ∴ ∴
1
z2
z1
nível de referência
15
(A Equação de Bernoulli)
Expressar:
Energia Potencial:
(Equação de Bernoulli)
O tubo de Venturi:
A1
A2
Se ∴
∴ ∴
16
A equação da quantidade de movimento, resulta da aplicação da 2ª lei de Newton,
adaptada ao estudo da mecânica dos fluidos.
De acordo com a 2ª lei: A aceleração de uma determinada massa, implica na
existência de uma força resultante sobre ela, que tem a cada instante, a direção e o sentido
da aceleração.
Acelerar uma massa significa modificar a sua velocidade (em módulo e/ou
direção), e sendo assim para modificar a velocidade de m fluido em módulo e/ou direção,
é necessário aplicar uma força provocada por um agente externo, em geral uma superfície
sólida em contato com o fluido.
Pelo princípio da ação e reação (3ª Lei), se a superfície aplica uma força no fluido,
este aplicará sobre a superfície, uma outra força de mesmo módulo e de sentido contrário.
Pela 2ª lei: , equação estabelecida para um sistema que tem por
definição massa constante.
De uma forma geral:
Como é, por definição, a quantidade de movimento do sistema, logo a força resultante
que age no sistema em estudo é igual a variação com o tempo da quantidade de
movimento do sistema.
Este teorema da mecânica é aproveitado para determinar as forças dinâmicas
envolvidas.
A equação da quantidade de movimento será estabelecida para um tubo de
corrente em regime permanente. Ou seja, as propriedades do fluido podem variar de
ponto a ponto, mas num mesmo ponto não variam com o tempo.
A variação da quantidade de movimento na figura deverá ser entendida como a
variação entre as seções (1) e a seção (2).
. A2 v2
F m∆v
’
(2)
dm2
dt
A1
Admitindo propriedades uniformes
’
v1 (1)
na seção no intervalo dt:
dm1
Tem-se:
: massa que atravessa a seção (1) com velocidade
: incremento na quantidade de movimento do fluido entre as seções (1) e
(2).
No mesmo intervalo de tempo, através da seção (2):
: massa que atravessa a seção
: quantidade de movimento de saída
17
O ponto de aplicação de pode ser encontrado na interseção das direções das
velocidades e .
(1) (4)
P1 v1 F Thrust
(2) (3) da Hélice
P4
P2 P3
v1 F v4
Força no Fluido
Contorno da corrente
de fluido v1
18
Resolvendo: (II)
Igualando (I) e (II), temos:
Rendimento da hélice
Sendo
Efeitos Hidrodinâmicos
“Efeito Asa”
19
Bordo de ataque
(Leading Edge) L F
Extradorso
a
∆p V2 c D
Bordo de fuga
(Traling Edge)
Infradorso V1 α
b
S: corda x span
Obs: Resistência ao avanço
V0
V0
V0
V0
Bordo de ataque V0
(Leading Edge)
Bordo de fuga
(Traling Edge)
V=0
20
No casco da embarcação:
V0
V0
V0
V0
V0
Problema:
Esteira
(wake)
Vórtices
A camada limite se desprende (descola) quando há uma mudança brusca na seção
do objeto ou quando este termina. Neste caso, originam-se vórtices que dissipam sua
energia na esteira.
Experiência Notável
V1 V1
80º 240º
21
Efeito Squat
Ondas
divergentes
Ondas
transversais
Superfície
Livre
Trem de
ondas
Razão:
SL
α α α → A superfície livre da água é uma
superfície isóbara, ou seja, é
regulada pela pressão atmosférica
local. Também é verdade que
α = 19º 28’ ≅ 19º 30’ (constante) nessa superfície a aceleração da
gravidade é constante. Por tais
características serem constantes,
o ângulo α também será
Onda:
constante.
Dissipação de energia que foi transferida a superfície da água. Ela não é causa, é efeito.
1º Caso: vx = 0
22
2º Caso: vx < c 3º Caso: vx > c
c c
vx vx
Define-se uma condição de operação em águas rasas quando o sistema de ondas que
são geradas pelo deslocamento do casco começa a ser afetado pela presença do fundo. A
alteração do sistema de ondas afeta ou influência a resistência de ondas (uma das resistências
ao avanço) experimentada pela embarcação. Um aumento na velocidade de escoamento sob o
fundo da embarcação produz uma redução na pressão, aumentando, por conseqüência o
calado e o TRIM.
H Águas Rasas
L Pressão diminui;
Calado aumenta
Squat
Águas Profundas
Quando um navio inicia o segmento através da água, ele sofre uma mudança
em seu calado médio, sendo esse efeito conhecido como afundamento. Esse
efeito pode ocorrer igualmente a vante e a ré, ou ser maior em um dos dois
pontos, resultando em uma mudança no compasso junto com a mudança do
calado médio. A combinação desse afundamento com o compasso é chamado
squat. (1)
23
Compasso é a rotação ao longo do eixo transversal devido a mudanças na
pressão na água e o resultante aumento no calado em algum ponto ao longo do
comprimento do casco sendo a maior mudança na proa ou na popa dependente
do formato do casco.
De fato mais atenção deve ser dada aos três componentes, pois todos afetam as
características de manobra do navio.
24
Conforme o navio entra em águas mais rasas, o fluxo de água se torna mais
restrito devido a redução da folga sob a quilha (2), se o canal se torna estreito
além de raso, o fluxo também sofre restrição em um ou em ambos os lados
dependendo da posição do navio em relação ao centro do canal.
Quando o navio está manobrando em água rasa, a folga sob a quilha é menor
que 0,5 do calado do navio e se torna crítica quando atinge 0,2 tendo todos os
efeitos aumentados.
25
A formula comumente usada para o cálculo foi expressa por por Barrass, Phd, e
o squat total pode ser calculado através dela com relativa precisão.
Deve-se notar que essa fórmula na maioria das vezes superestima o squat e
portanto já provê uma margem de segurança. Em alguns casos onde a fórmula
foi comparada com o squat medido, a margem de segurança foi considerada
bastante para cálculos práticos.
Este limite é alcançado quando a água flui numa velocidade alta, então o navio
torna-se difícil de governar.
26
O efeito squat dessa maneita afeta o governo e as guinadas. Um navio que sofre
efeito squat se torna mais direcionalmente estável, mais difícil de guinar e tem
sua curva de giro aumentada quando o squat se dá pela popa e o inverso ocorre
quando se dá pela proa, tornando-se direcionalmente instável.
27
1- aceleração;
2- interação navio-navio;
4- estabilidade.
Porém por não haver ainda dados suficientes para suportar ou refutar essa
afirmativa, é melhor assumir que o squat nessa situação é tão grande quanto, e
que o efeito se estende por mais tempo.
28
se dá no sentido longitudinal e possivelmente associado ao que ocorre no
sentido transversal já discutido.
Previsão de Fórmulas
Fórmula (física): representação de um fenômeno físico por uma equação matemática.
Independentes
Matemática → Variáveis
Dependentes
Física → Grandezas
(valor + dimensão)
Princípio da Homogeneidade
Princípio da Potência
(Teorema de Bridgeman)
Todo fenômeno físico pode ser colocado sob a forma de um monômio exponencial
contendo as grandezas que ele depende, multiplicado por uma constante adimensional.
29
* “Toda proporção pode ser transformada numa igualdade a menos de uma constante.”
Então → → (?)
k é adimensional
Exercícios Resolvidos
Princípio da potência
Princípio da homogeneidade
F
:
:
:
L:
M:
T:
:
6) Força de resistência de um fluido:
s L F Determinar por análise dimensional a
v força resistente exercida por um fluido em
escoamento sobre um objeto nele imerso.
Sabe-se que essa força depende da
D
(ρ) velocidade v do escoamento da superfície
30
aparente do corpo S e da massa específica
do fluido.
Resolução:
Princípio da potência
Princípio da homogeneidade
L:
M:
T:
Sabe-se:
L:
M:
T: ∴
L: ∴
: ∴
31
Análise Dimensional
L: comprimento característico
Placas → comprimento da
placa
Tubos → diâmetro
Hidrofólio → corda
Aerofólio → corda
Geometria Área A L2
Volume V L3
Velocidade ω T-1
Angular
Vazão Q L3T-1
32
Fluxo de massa m MT-1
Torque T ML2T-2
Energia E ML2T-2
Potência P ML2T-3
Pressão p ML-1T-2
Viscosidade v L2T-1
Cinemática
Condutividade k MLT-3θ
Térmica
Uma grandeza ou grupo de grandezas físicas tem uma dimensão que é representada
por uma relação das grandezas primárias;
Se esta relação é unitária, o grupo é denominado adimensional, isto é, sem
dimensão;
Um exemplo de grupo adimensional é o número de Reynolds:
33
Semelhança Física
Semelhança: Relação conhecida entre dois fenômenos de mesma natureza.
Aplicação principal: construção de modelos reduzidos.
Problemas em Engenharia (principalmente na área de Térmica e Fluidos)
dificilmente são resolvidos aplicando-se exclusivamente análise teórica;
Utilizam-se com freqüência estudos experimentais;
Muito do trabalho experimental é feito com o próprio equipamento ou com
réplicas exatas;
Porém, a maior parte das aplicações em Engenharia são realizadas utilizando-
se modelos em escala.
Semelhança é, em sentido bem geral, uma indicação de que dois fenômenos
têm um mesmo comportamento;
Por exemplo: é possível afirmar que há semelhança entre um edifício e sua
maquete (semelhança geométrica)
Na Mecânica dos Fluidos o termo semelhança indica a relação entre dois
escoamentos de diferentes dimensões, mas com semelhança geométrica entre seus
contornos;
Geralmente o escoamento de maiores dimensões é denominado escala natural
ou protótipo;
O escoamento de menor escala é denominado de modelo;
34
Utilização de Modelos em escala:
Vantagens econômicas (tempo e dinheiro);
Podem ser utilizados fluidos diferentes dos fluidos de trabalho;
Os resultados podem ser extrapolados;
Podem ser utilizados modelos reduzidos ou expandidos
(dependendo da conveniência);
Semelhança Geométrica
Semelhança Geométrica
Semelhança de forma;
A propriedade característica dos sistemas geometricamente
semelhantes é que a razão entre qualquer comprimento no modelo
e o seu comprimento correspondente é constante;
Esta razão é conhecida como FATOR DE ESCALA.
Deve-se lembrar que não só a forma global do modelo tem que ser
semelhante como também a rugosidade das superfícies deve ser
geometricamente semelhante;
Muitas vezes, a rugosidade de um modelo em escala reduzida não pode
ser obtida de acordo com o fator de escala – problema de construção/de
material/de acabamento das superfícies do modelo.
35
As grandezas lineares correspondentes guardam entre si uma relação constante.
Exemplo: maquetes de edifícios
Comprimentos: raz o
Áreas:
Volumes:
Semelhança Cinemática
Velocidade:
Aceleração:
Vazão:
36
Semelhança Dinâmica
Grupos Adimensionais
São extremamente importantes na correlação de dados experimentais;
Em razão das múltiplas aplicações dos grupos adimensionais nos estudos de
modelos e aplicações de semelhança dinâmica, vários grupos foram criados nas
diversas áreas que compõem os Fenômenos de Transporte
37
Alguns dos mais importantes:
Número de Reynolds;
Número de Froude;
Número de Euler;
Número de Mach;
Número de Weber;
Número de Nusselt;
Número de Prandtl;
Aplicações
1) Escoamentos
Protótipo Modelo
(Fi ) v2 (Fi )
v1 D1 D2 M
ρ2
P
ρ1 (Fv)P (Fv)M
µ2
µ1
Dois escoamentos são semelhantes quando os seus números de Reynolds são iguais.
2) Navios
Protótipo Modelo
v
P
(Fi )P
(Fg)P v M (Fi )M
g g (Fg)M
D
P D M
L M
L P
38
Exercícios Resolvidos
12) Desejam-se construir um navio cujo comprimento de casco é 138m e se move com
velocidade de 7,5 m/s.
a) Calcular Fr
b) A que velocidade um modelo na escala de 1:30 deve ser arrastado atravéz da
água para que haja semelhança dinâmica?
Resolução:
a)
Obs:
avio de deslocamento
Navio de semi-deslocamento ou semi-planeio ( )
Navio de planeio (
b)
39
Resist ncia ao avan o Arrasto D
v
D
CD coeficiente de arrasto
Componentes:
Pode-se dizer que a proa de uma embarcação cria um sistema de ondas cujo o
comprimento de onda (lambda) está mais relacionado com a velocidade do navio e não
necessariamente com o comprimento do casco.
É sabido que, se a popa do navio está num cavado de onda (trough), ele está
inclinado para cima e, portanto, apresenta um grande arrasto de onda. Se, por outro lado, a
popa do navio está numa crista de onda (crest), o mesmo estará nivelado e terá, portanto,
um baixo arrasto de onda. O critério para essas duas condições resulta da adoção de
alguns valores para o Fr a partir da seguinte fórmula prática:
40
Sabe-se:
Exercícios Resolvidos
Por definição:
Para embarcações
Semelhan a Geométrica : :
: ²
:
SI:
MK*S:
BG:
c)
41
Obs: Prova-se que, e a análise dimensional mostra, que para cada tipo de navio existirá
uma única dependência funcional entre Fr, Re, e pois .
G
14) Um pára-quedista pesa, com seu equipamento, 1200 N, sendo o diâmetro do pára-
quedas de seis metros, admitindo um coeficiente de arrasto de 1,2 pergunta-se:
a) qual será a velocidade máxima de decida?
b) a que altura deveria saltar sem pára-quedas para chegar ao solo com a mesma
velocidade? dado: ρar = 1,2 kg/m³)
Resolução:
a)
b) Queda livre
15) Qual a velocidade de um óleo que deverá se estabelecer num tubo de 1 in de diâmetro
para que este escoamento seja dinamicamente semelhante a um escoamento de água a
68°F com velocidade de 10 ft/sec num tubo de diâmetro de ¼ in?
(Dados:
Resolução:
(SI)
42
O número de Reynolds (Re)
A experiência de Reynolds
1) Re até 2000
Escoamento Laminar
2) Re ≥ 4000
Escoamento Turbulento
Escoamento Laminar
Escoamento Turbulento
Significado físico
1) Força de Inércia (Fi)
Sabe-se:
→ se depende de L; Fi depende de L
a → depende de v
43
VL
Re y
Aplicações do nº de Reynolds
Correntes
de convecção
Calor Calor
Fenômeno complexo
→ Transferência simultânea de massa, energia, quantidade de movimento. Não há
solução matemática conhecida.
“Solu o de Engenharia”
T1
→ troca de calor
44
:
D: Diâmetro
K: Condutividade Térmica
Água:
Solução proposta:
Exercícios Resolvidos
Escoamento laminar:
Usar
→ Velocidade Crítica
Sabe-se:
πD²
4
Q v
9) Ar atmosférico a uma temperatura de 75°C escoa numa placa plana com velocidade de
12 . Para qual comprimento comprimento L da placa, o escoamento deixará de ser
laminar.
Ar
(Dados: )
Resolução:
45
∴
Água:
Regime turbulento
Cálculo da
Regime turbulento
SI:
46
BG:
Obs:
47
O número de Froude (Fr)
Exemplos:
SL
Navegação na
superfície
g
Canal
Ondas
de superfície
Profundidade
Rio
Ondas de superfície:
Celeridade
Prova-se que:
c Velocidade
de propagação
Dividindo:
vx
Aplicações do nº de Froude
48
v
g
Comprimento caracter stico
L
v velocidade de avan o
→ velocidade de propagação da onda de superfície
1º Caso: 2º Caso:
c
c vx
vx = 0
3º Caso:
c
vx
49
o c lculo de dissipadores de Ec da água que adquire grandes velocidades em obras
hidráulicas.
* Em escoamentos livres:
Canal ou Rio
v velocidade do escoamento
hm profundidade média
hm Ts argura superficial
ym ∆ = área molhada
Fr = 1: Escoamento crítico
ym ∆ rea molhada
∆
Obsfinal: estes conceitos podem ser aplicados p/navegação em canais, onde a velocidade
média de escoamento é substituída pela velocidade de avanço de embarcações,
Resistência de ondas
Ondas
divergentes
Ondas
transversais
Superfície
Livre
Ondas de
proa Ondas de
popa
50
Tipos de casco:
Bulbo de proa
Tradicional (boublev bow)
v
Cálculo do Re dá água
51
O Número de Mach (Ma)
Por definição: é V
Ma
C
Quando:
: velocidade subsônica
: velocidade supersônica
: velocidade hipersônica
Exercícios Resolvidos
17) Uma aeronave a jato move-se numa velocidade v de 550 mph numa altitude H de
35000 ft, onde a temperatura é de -66 °F. determinar o número de Mach da aeronave.
(Dados: :
Resolução:
Para l quidos
Para g s
18) Um duto de ventilação tem seção reta igual a e escoa ar atmosférico a 27 °C. O
dispositivo de fechamento desse duto suporta esforços até 400 kgf e sofreram avarias
quando bloquearam uma corrente de ar insuflada a 6 m/s. Sugerir uma causa para a
avaria.
52
Resolução;
Ar atmosférico a 27 °C = 300 K
∆ ∆
∆
Obs.
Os cálculos mostram que a força aplicada excede o limite estabelecido para o dispositivo
de fechamento.
19) Uma válvula é subitamente fechada numa tubulação de 3 pol de diâmetro que
transportava glicerina a 68 °F. A instrumentação de controle indicou um acréscimo de
pressão de 100 psi. Qual a vazão provável?
Resolução:
∆ ∆
∆
53
Ondas
Dispositivos Hiper-sustentadores
Definição: Perturbações que se propagam alternadamente.
Representa o gr fica Sen ide λ
λ ∴ comprimento de onda A E
+ym
v ∴ velocidade de propaga o celeridade c
amplitude
T ∴ período
f ∴ freqüência O B D X
Sabe-se:
-ym
C
Ondas Eletromagnéticas
Celeridade: Velocidade
Camadas eletromagnéticas alternadas que se de propagação da onda
propagam. A sua propagação não depende da existência de
de pressão no fluido
um meio material.
Ondas Mecânicas
54
Originadas pela transferência de energia de um objeto sólido para a superfície livre de
um liquido.
Velocidade de propagação
Celeridade
Trem de
ondas
Ondas de pressão
c : velocidade subsônica
: velocidade supersônica
: velocidade hipersônica
55
Ma < 1 Ma > 1
Aplicações/Consequências
1) Prejudicial: Golpe de Aríete (Fechamento de válvula)
2) Aplicações
Ecobatímetro, sonar, sismografia (Terra ou mar), Sinalização sub aquática entre
emissores/sensores (DP)
As ondas no mar e lagos se formam pela perturbação da superfície da água por: Ventos,
Sismos, deslizamentos e vulcões
56
Relações
• H < 2 mm • H < 50 m
• São geralmente
eliminadas pela tensão
superficial da água.
Ondas de vento
57
ondulações (swell)
A ondulação é uma onda distante da zona de formação e não recebe mais energia.
58
• Diminui a velocidade de avanço
• Aumenta a esbeltez
• A onda arrebenta
Tipos de arrebentação
Refração de ondas
Difração de ondas
Tsunamis ou maremotos
59
Espectro de ondas
60
Correntes geradas por ondas
Golpe de Aríete
1ª) Causa:
Válvula aberta Válvula subitamente fechada
1ª Situação 2ª Situação
Q
v1 ρ v1 v1 ρ v2 = 0
61
Falhas mecânicas de dispositivos de proteção e controle
Parada de turbinas hidráulicas e de bombas, nestas últimas a causa principal é a
queda de energia no motor
Durante o fenômeno do golpe de aríete, a pressão poderá atingir níveis muito altos e
não previstos no projeto. Esse fato poderá causar sérios danos ao conduto (tubulação) ou
avarias nos dispositivos nele instalados. Tais como: ruptura de tubulações por
sobrepressão, avarias em bombas e válvulas, colapso de tubos devido a formação de
vácuo.
Dispositivos de proteção:
Volantes de inércia
Ventosas
Reservatórios unidirecionais
By-pass
62
Chaminés de equilíbrio reservatórios hidropneumáticos
Válvulas de alívio
Válvulas de retenção
Exercícios Resolvidos
Para a glicerina:
Para o óleo:
Resolução:
Água:
Glicerina:
63
Óleo:
Água: ∆
Glicerina: ∆
Óleo: ∆
Conclusão:
O cálculo mostra que os acréscimos de pressão são muito elevados, portanto, no
projeto de sistemas de tubulações, deve-se prever algum tipo de proteção para minimizar
ou atenuar os acréscimos de pressão.
Cavitação e Ventilação
Cavitação
Introdução:
Cavitação é o fenômeno decorrente da formação de bolhas de vapor nas regiões de
baixas pressões, quando existe uma velocidade relativa muito alta entre um líquido e uma
superfície sólida. O liquido fica cheio de cavidades correspondentes as bolhas de vapor
formadas. Estas bolhas, em razão do fluxo, são carreadas (levadas) para regiões de altas
pressões onde sofrem colapso (implodem). Pelo princípio da conservação de energia, a
implosão das bolhas cria ondas de choque que, ao incidirem em qualquer superfície sólida
provocam avarias ou trepidação.
64
Curva de
P(ATM) Saturação
Líquido
1
P1 Para cada valor de P a água passará
para o estado gasoso a uma determinada T,
P2 e vice-versa.
Vapor
P3
T(ºC)
T3 T2 T1 100
u
Se ω é muito elevada a velocidade
tangencial u será muito elevada.
ω
Pelo teorema de Brenoulli:
Baixa Pressão
u
ω
Esteira de bolhas
Para qualquer tipo de propulsor onde ocorra uma velocidade relativa muito alta
entre a água e as partes sólidas, haverá o risco potencial de cavitação. Tal fato deve ser
levado em conta, por ocasião do projeto e, também, na utilização do propulsor.
Conseqüência:
Quando as bolhas de vapor encontram uma área de alta pressão e elas implodem,
voltando ao seu estado líquido. A energia armazenada nessas bolhas de vapor é dissipada
nesse colapso sob a forma de ondas de choque. Quando essas ondas encontram um meio
sólido (casco ou hélice, por exemplo) ocorre um desprendimento de matéria desses meios.
Esse desgaste ou erosão poderá causar o desbalanceamento do hélice ou propiciar a
oxidação do casco.
65
Evitando a Cavitação
Bosso (hub)
Squew
“Squewed Propeller”
Rake e Skew
A distância das pontas das pás ao casco deve obedecer a um valor mínimo, de
modo a assegurar que os esforços mecânicos de várias origens, induzidos pelo propulsor
não sejam elevados a ponto de causar vibrações indesejáveis ao casco. O Rake serve
também para inibir ventilação e cavitação.
Quanto maiores forem as distâncias das pás ao casco, menores serão as
probabilidades do hélice induzir vibrações. De acordo com projetistas e sociedades
classificadoras as distâncias recomendadas ficam de um mínimo de 8% até 25% do
diâmetro do hélice.
66
A área das pás:
Ventilação
Ar e outros gases
Propulsor parcialmente
WL submerso ou mar grosso
67
LEME E SUAS CARACTERÍSTICAS
Verificar que o centro de gravidade não coincide com o centro de aplicação do lift; casco
atua também como na superfície geradora de lift e drag.
68
A força hidrodinâmica de lift gerada pelo escoamento complexo da água, tanto no
entorno do casco, quanto sob ele, tem uma propriedade importante, ela atua num ponto
situado a adiante de G.
Força e torque no leme
O leme, sendo um perfil hidrodinâmico, sofre a ação de uma força de
sustentação e de uma força de arraste, quando mantido a um certo ângulo de
ataque em rela o ao escoamento d’ gua O leme deve ser projetado para produzir
sustentação máxima para um arraste mínimo, assumindo que a sustentação
comporta-se de uma maneira consistente em todos os ângulos de ataque
esperados.
Inicialmente f α aumenta de
uma maneira aproximadamente
linear com o ângulo de ataque,
mas depois a taxa de aumento
decresce, e um aumento
adicional em α pode produzir
uma queda no valor de f α
Diz-se que nesse caso o leme
“estola” do ingl s “stall”
α: representa o ngulo de incid ncia do fluxo hidrodin mico sobre a superf cie do
leme ou sobre-quilha.
69
ipicamente lemes de navios “estolam” em ngulos entre e graus Portanto,
não faz nenhum sentido projetar um leme para operar numa condição de estol, essa é a
razão por que na maioria das embarcações, os ângulos de leme são limitados a 35 graus.
Com algum cuidado, ângulos de lemes de até 45 graus podem ser usados para obter
círculos de curvaturas menores. A perda de velocidade durante a curva não tornam esses
grandes ângulos atrativos.
Muitas fórmulas empíricas foram propostas para o cálculo de forças em lemes,
para uso em fases preliminares. Uma das fórmulas mais utilizadas permite calcular a força
em Newtons em função da área do leme A em metros quadrados e da velocidade e V em
m/seg.
Sendo V a velocidade da água atacando o leme. Deve-se levar em conta a
aceleração do escoamento devido ao propulsor.
Para uma placa plana, uma fórmula empírica que fornece a proporção da
largura da placa correspondente e a distância entre o centro de pressão e a aresta de
ataque é a seguinte:
70
senα
Para lemes, a geometria da seção transversal influencia a posição do centro de
pressão. Algumas medições feitas levaram à sugestão de que para um leme
retangular situado atrás de uma sobre-quilha, o centro de pressão fica a
aproximadamente 0,35C (onde c é o comprimento da corda da seção) à ré da
aresta ou bordo de ataque. Para um leme em águas abertas esse valor é reduzido
para 0,31. Para movimento à ré o leme está sempre efetivamente em água aberta e
o valor 0,31 é usado em ambos os casos, medido em relação à aresta traseira do
leme.
Curvas típicas para uma superfície de controle composta de seções NACA 0015
são ilustradas na Figura
Sustentação e arraste
para seções NACA 0015
Na ausência de algo
melhor, os dados acima
devem ser usados para
estimar as forças e
torques no leme. No
entanto, dada a
dependência tanto da
força como do centro de
pressão da geometria do
leme, é recomendável
que, quando disponíveis,
dados de lemes
semelhantes sejam
usados.
71
Tipos e sistemas de lemes
Tipos de lemes
Existem, naturalmente, muitos tipos de lemes instalados em diferentes
embarcações em diferentes partes do mundo. Muitos são de aplicação limitada, e
idéias sobre novos tipos de lemes devem ser examinadas criticamente e checadas
no que diz respeito ao uso que se espera do navio. Por exemplo, alguns lemes só
são bons em navios com propulsão simples de velocidade relativamente baixa. Não
é viável discutir aqui todos os tipos de lemes existentes; o esrudo será restrito aos
4 tipos ilustrados e mais utilizados.
72
Lemes não compensados são usados quando o formato da popa não permite a
instalação de um leme compensado. O número de suportes (gonzos do leme) é
ditado apenas por considerações de resistência estrutural.
Lemes de proa
São unidades de impulso lateral
Por que lemes na proa? Já foi mostrado que se uma força lateral é aplicada no ponto
neutro, o navio segue uma trajetória reta com um ângulo de ataque, o ângulo de ataque
dependendo da magnitude da força.
Argumentos contra: deve ser lembrado que se o ponto neutro fica geralmente bem à
vante, lemes dianteiros são relativamente menos eficientes; pois eles não podem
beneficiarem-se do efeito do propulsor.
73
74
Sistemas Propulsores
Propulsão Elétrica
Após a segunda guerra mundial rebocadores de alto mar foram produzidos
com um arranjo de propulsão similar aos de propulsão elétrica, porque tinha a
vantagem de permitir variações suaves, pequenas e precisas na rotação do eixo
propulsor, característica muito importante em fainas de reboque e salvamento.
Na década de 70 começaram a surgir soluções para auxiliar as embarcações de
apoio marítimo no seu fim as junto às plataformas. Em meio a essas soluções veio o
posicionamento dinâmico onde um processador digital recebe informações de uma
referência, como o Sistema Global de Posicionamento ou outra referência na
75
plataforma e ainda, informações da agulha giroscópica e do anemômetro da
embarcação.
Vantagens e desvantagens
Proporciona uma alta manobrabilidade e conseqüentemente uma maior
segurança, evitando acidentes como encalhamento de navios e até mesmo colisão
de embarcações de apoio marítimo com plataformas.
Requer uma corrente muito alta nos momentos de manobra e mudança de rotação,
por isso foi desenvolvido um modo de minimizar esse problema que é a utilização
de sistemas azimutais.
Propulsão Azipod
No inicio da década de 1990 surgiu o sistema de propulsão elétrica no qual o
motor elétrico de propulsão fica instalado dentro do POD (podded drive) e,
portanto, dentro da água.
Foi considerado de concepção revolucionaria.
Seu principio é a substituição do hélice com eixo fixo, que produz uma força
sempre na direção longitudinal, por um propulsor que pode mudar o sentido de
sua corrente de descarga dirigindo sua força para qualquer ponto do azimute da
embarcação.
Vantagens
Não precisar de leme para governar, pois o propulsor, com sua atuação de 360
graus, já fazem esse papel.
Manobrabilidade e desempenho hidrodinâmico, mesmo em severos
ambientes antárticos e offshore;
Combinado com uma planta de energia elétrica, a propulsão azipod
proporciona melhor distribuição e aproveitamento dos espaços de máquinas e
carga, e, ainda, níveis reduzidos de ruído e vibração, menor tempo de
indisponibilidade, maior segurança e mais redundância;
Devido a hidrodinâmica avançada, a unidade azipod possui excelente
desempenho de campo de esteira (wake field).
Siemens Schottel
São sistemas de propulsão que diferem principalmente no tipo da carcaça do
motor elétrico dos pods.
Os dois pilares do SSP são a tecnologia do SCHOTTEL Twin Propeller e o motor
permanentemente excitado (PEM) da Siemens, caracterizado pela construção
delgada.
76
Pod drives na versão twin propeller, são particularmente indicados para o
mercado de atuação de RoPax, ferries de dupla proa, navios de suprimento, navios
tanque, porta-containers e iates. Para a indústria offshore, pods com um hélice em
tubo kort, fazem parte de novos desenvolvimentos.
Propulsores Especiais
Tipos de Hélice
Passo controlável: O ângulo das pás pode ser controlado o que dispensa o uso
de caixas inversoras.
77
Voith-Schneider
Hélices contra-rotativas usam uma segunda hélice que roda no sentido contrário à
hélice principal para aproveitar a energia cinética perdida no movimento circular do
escoamento. A contra-rotação é também uma maneira de aumentar a potência sem
aumentar o diâmetro da hélice e anula o efeito de torque nos motores de alta potência
assim como os efeitos de precessão giroscópica.
Contudo em aviões de pequeno porte o custo acrescido, a complexidade, o peso e o
ruido do sistema raramente compensam. A hélice está normalmente ligada a um veio que
ou está ligado diretamente ao motor ou se liga a uma caixa de velocidades. Os aviões de
pequeno porte dispensam uma caixa de velocidades mas em aviões maiores e/ou com
turbopropulsores é essencial. Essas hélices de passes invertidos, são mais indicadas para
turbinas eólicas na geração de energia elétrica, nesse caso uma delas é fixada na carcaça
do estator e a outra no eixo do indutor
79
APLICAÇÃO NA ÁREA MILITAR (TORPEDO):
VANTAGENS:
Hélices contra-rotativas eliminam as perdas rotacionais, não produzem
forças laterais e minimizam a cavitação.
A área aumentada das pás permite a utilização de relações de engrenagem
maiores.
Mais energia pode ser transmitida para um raio de hélice dado.
A eficiência da hélice é normalmente aumentado.
DESVANTAGENS:
A instalação mecânica de eixos coaxiais contra-rotação é complicado, caro
e requer mais manutenção.
Os ganhos hidrodinâmico são parcialmente reduzidos em perdas
mecânicas em Eixos.
80
Contra-rotativo, também conhecido como coaxial contra-rotativo, é uma técnica
em que as peças de um mecanismo giram em sentidos opostos com um eixo comum,
geralmente, para minimizar o efeito de torque . Os exemplos incluem algumas hélices de
aeronaves , resultando na potência máxima de um único pistão ou turboélice motor para
movimentação de duas hélices em rotação contrária. Contra-hélices girando também são
comuns em algumas redes de transporte marítimo, em particular para grandes barcos de
alta velocidade com casca de aplainamento. Duas hélices estão dispostos um atrás do
outro, ea energia é transferida do motor através de engrenagens planetárias de
transmissão . A configuração também pode ser usado no helicóptero projetos, onde as
questões semelhantes e princípios de torque aplicada.
Contra-hélices girando não deve ser confundido com hélices contra-rotação , um
termo que descreve-hélices coaxiais não em eixos distintos; giro e horário dos outros anti-
horário.
Contra-hélices girando tem benefícios na prestação de impulso para barcos, pelas
mesmas razões. ABB têm proporcionado um propulsor azimutal para ShinNihonkai
Ferries em forma de Azipod CRP , alegando ganhos de eficiência da hélice em si (cerca de
10% de aumento) e design de casco mais simples. Volvo Penta lançaram o IPS ( Inboard
Performance System ), um sistema integrado para motores diesel, transmissão de contra-
hélices girando para iates a motor. Torpedos têm comumente usado contra-rotação no
hélice para dar o máximo velocidade possível dentro de um diâmetro limitado, bem como
contrariar o torque que de outra forma tendem a causar o torpedo para girar em torno de
seu próprio eixo longitudinal.
Twin Propeller
É a evolução dos hélices de passo
controlado. Utiliza de dois hélices
montados num mesmo eixo, girando na
mesma direção e aletas direcionais
integradas ao propulsor, obtêm-se, entre
outras, as seguintes vantagens: alta
confiabilidade devido à construção simples
e com poucas peças móveis, redução do
diâmetro do hélice sem comprometimento
da eficiência, baixo consumo de
combustível e baixo custo de manutenção.
Esse propulsor tem 20% a mais de
eficiência propulsiva comparado a
propulsores comuns.
81
qualquer direção. Assim, o navio não necessita de lemes, propulsores de popa transversal
dentro do casco do navio.
Z-Drive
82
L-Drive
v2>v3
v2
v1 Thrust v1 v3 Thrust 2ª Lei:
T1 T2
v2
83
Tunnel Thrusters
Rebocador Rebocador
Tração (T1) Tração (T1)
R R
Thrust Thrust
Thrusters azimutais
84
Obs2: Rotor Tug
~109º
Propulsores laterais ligeiramente
inclinados para baixo.
3 propulsores azimutais iguais
Tração estática total: 75 ton.
2 propulsores a vante
1 propulsor a ré no lugar
do skeg.
Exercícios Resolvidos
velocidade de cruzeiro. T D
Dados:
Área alar G
- Perfis NACA
Gráfico de (ângulo de ataque)
CL
1,20
Se
- Um avião, mesmo em velocidade de
0,52
cruzeiro, ele tem que se sustentar.
- Em maior disponível.
0,00
-4 0 8 12
ɑ (o)
85
1 – Verificar se, para essa aeronave voando com ângulo de ataque 0, existe condições
seguras de vôo. Essa aeronave deve gerar um lift bem maior que o peso para colocar carga
dentro.
Sabe-se:
Vp L
T D
Pista G
No instante do pouso:
velocidade máxima de pouso desejável: o valor mais baixo possível sem
comprometer a estabilidade de segurança.
Não existe ângulo de ataque para esse coeficiente, ele não consegue pousar nessas
condições.
Soluções técnicas:
86
- Slats
Se ficar no perfil ACA para asas Problema: que peso levar e em que velocidade?
- Precauções: Perfis hipersustentadores
- Winglet: Evita perda de ponta de asa
Obs: Perda de ponta de asa
Visão trazeira
p1
Dispositivos Hiper-sustentadores
Flaps
Slats
Winglet
O winglet é um componente
aerodinâmico posicionado na extremidade
livre da asa de uma aeronave, que tem por
87
função diminuir o arrasto induzido, relacionado ao vórtice de ponta de asa. Em
geral, tem a forma de uma aba vertical ou inclinada.
A ponta da asa normalmente forma um vórtice, que transfere para a
aeronave barulhos e trepidações, além da perda de sustentação naquela parte final
da asa.
Tópicos Especiais
Germany: Hamburg-based Becker Marine Systems has launched the new Mewis Duct.
Based on hydrodynamic statutes, the duct combines very consequentially different
theories of fluid dynamics.
Final true scale tests have proven the enormous fuel saving potential of the product of up
to ten percent.
Becker’s research found that the wake field of full-form vessels, such as tankers, reduces
the propeller’s propulsion efficiency he water flow velocity has such an unfavourable
characteristic that the propeller does not get an uniform water flow.
The Mewis Duct is a propulsion improvement device for full-form ships (e.g. tankers, bulk
carriers and multi-purpose vessels).
The improvement of the propulsion efficiency of these ship types will contribute largely to
the reduction of polluting emissions and to the saving of carbon fuel in shipping.
88
Ships are propelled by combustion engines whose power output is dimensioned by the
ship’s hull resistance the propeller efficiency and the desired speed range
The Mewis Duct reduces power requirement by improving the water inflow toward the
propeller to achieve a higher overall propulsion efficiency. The Mewis Duct consists of two
strong fixed elements mounted on the vessel: a duct positioned ahead of the propeller
together with an integrated fin system within.
The duct straightens and accelerates the hull’s wake into the propeller and also produces a
net ahead thrust. The individual placed fins have a stator effect by generating a pre-swirl
in the counter direction of the propeller’s operation recovering the rotational energy from
the propeller slipstream.
The achievable power savings from the Mewis Duct depend on the propeller thrust
loading, from three percent for small container vessels up to ten percent for large tankers
and bulk carriers.
Optimization
CFD techniques are used in the optimization process with validation of the results against
appropriate model tests.
CFD analysis
Model tests
89
Full scale realisation
Manufacturing
Installation
90
Sea trial results
According to Becker, the power-saving predictions from its CFD-calculations and from the
research institute match with the sea trial measurements.
The shaft power and speed trial measurements on the Grieg vessel were carried out from
an independent company.
Pure sea trial measurements can not be compared directly to the model tests, said Becker.
The conditions of the ship and the environment must be corrected to standardised
conditions, this was done by The Hamburg Ship Model Basin (HSVA).
The sea trial measurements were carried out in light loading conditions. With an installed
Mewis Duct at a ship speed of 16.45 knots, Becker saved approximately 4.5 percent
propulsion power.
When Becker increased the ship speed to 17 knots a power reduction of approximately six
percent was measured.
This corresponds at 17 knots an estimated cost saving with Mewis Duct of US$23,000 per
year at a bunker price of US$460 per tonne at 220 days of operation per year.
91
Leituras Complementares:
- Lemes Becker
- Lemes Schiling (arquivo em pdf)
Lemes Becker
Today, Becker Marine Systems is market leader for high performance rudders of all
kind of profiles and all sizes. Hoje, Becker Marine Systems é líder no mercado de lemes de alta performance de todos
os tipos de perfis e todos os tamanhos. Worldwide representation with our own offices and more
than 20 agencies. Representação em todo o mundo com nossos próprios escritórios e mais de 20 agências.
In 2002 Becker Marine Systems widened its product range with the introduction of the
Automated Material Handling System. Em 2002, Becker Marine Systems ampliou sua gama de produtos com a
introdução do sistema automatizado de manuseio de materiais. In March 2003 the Schilling rudder business
was acquired, thus allowing the creation of a dedicated UK office. Em março de 2003 a empresa
foi adquirida leme Schilling, permitindo assim a criação de um escritório no Reino Unido dedicada. The Becker
worldwide network has been further enhanced in 2003 with the establishment of a
China office, together with the relocation of the Company Headquarters to purpose built
offices in Hamburg. A Becker rede mundial foi reforçada em 2003 com o estabelecimento de um escritório na China,
juntamente com a deslocalização da sede da Companhia para os escritórios construído propositadamente, em Hamburgo.
The traditional Becker rudders with KSR (King Support Rudder) bearing guarantee best
possible maneuverability of your vessel with lowest possible fuel consumption. O
tradicional lemes Becker com KSR (King Leme Support) garantia de rolamento manobrabilidade melhor possível do seu navio com
menor consumo de combustível possível. These are the advantages: Estas são as vantagens:
92
Besides the BMS flap rudder types many vessels and owners call for conventional
rudders. Além dos tipos de leme BMS flap muitos navios e proprietários chamada para lemes convencionais. Those
conventional rudders are placed behind the propeller with the rudder cross section
arranged symmetrically with the rudder centre plane. Os lemes convencionais são colocados atrás da
hélice com a seção transversal do leme dispostas simetricamente com o plano central do leme. However this
arrangement does not consider the fact that the propeller induces a strong rotational
flow that impinges on the rudder blade. No entanto, este arranjo não considerar o fato de que a hélice induz a um
forte fluxo de rotação que colide com o leme. This results in areas of low pressure on the blade that can
induce cavitations and associated erosion problems. Isso resulta em áreas de baixa pressão sobre a lâmina
que pode induzir a cavitações e problemas de erosão associados. To avoid cavitations and to improve the
maneuverability performance of a full spade rudder, Becker has developed the twisted
leading edge rudder types. Para evitar a cavitação e para melhorar o desempenho de uma capacidade de manobra do
leme pá cheia, Becker desenvolveu a torcida do leme tipos de ponta.
The Schilling® Rudder is a high lift rudder, designed for vessels of any size, and
supplied in single or multiple configurations. O Schilling Leme ® é um leme de elevação, concebidos para os
navios de qualquer tamanho, e fornecidos em configurações simples ou múltiplos. Recent extensive Computational
Fluid Dynamics (CFD) work led to an improved Schilling® Rudder profile. Recente extensa
Dinâmica de Fluidos Computacional (CFD) trabalho levou a uma melhora do perfil Schilling Leme ®. The CFD research
was part of the development of the new Schilling® KSR and Schilling® Navigator
Rudder systems. A pesquisa foi CFD parte do desenvolvimento do novo Schilling ® KSR e Schilling ® sistemas Leme
93
Navigator. The improved profile enhances the advantages of the Schilling® design: O melhor
perfil aumenta as vantagens do projeto Schilling ®:
All calculations were performed at full scale and proved a rudder drag reduction at normal cruising helm angles
by approx. Todos os cálculos foram realizados em escala completa e provou uma redução no arrasto do leme
leme ângulos normais de cruzeiro em aprox. 25%, with the lift (side force) identical to the original section.
25%, com o elevador (força lateral) idêntica à seção original. A new concave streamlined fishtail is
incorporated, which improves the flow separation characteristics compared to previous fishtail designs. A
fishtail côncava nova aerodinâmica é incorporada, o que melhora as características do fluxo de separação em
relação aos projetos fishtail anterior. Also, the main thickness of the section has been moved further aft,
eliminating the requirement for additional strength 'bulges' for faster vessels and/or cases with highly loaded
propellers. Além disso, a espessura da seção principal foi movido mais para trás, eliminando a necessidade de
"protuberâncias" força adicional para os navios mais rápidos e / ou casos com hélices altamente carregado.
Further research work with particular emphasis on the leading edge performance under heavy propeller load
resulted in an optimised profile, the detailed end-plate optimisations are carried out individually to suit
particular operational scenarios. Trabalho de pesquisa ainda mais com particular ênfase para o desempenho de
ponta em carga pesada hélice resultou em um perfil otimizado, o detalhada de placa terminal otimizações são
realizadas individualmente para atender especialmente cenários operacionais.
A new family of Schilling® profiles has been created which have been optimised through intense research with
Computational Fluid Dynamics techniques and confirmed by model tests. A nova família de perfis Schilling ®
foi criado, que foram otimizados através de intensa pesquisa com Dynamics técnicas dos Fluidos
Computacional e confirmado por testes de modelo. The new profiles have opened the possibility to incorporate
Becker's proven KSR (King Support Rudder) bearing support arrangement. Os novos perfis abriram a
possibilidade de incorporar KSR comprovada Becker (King Leme Support) arranjo de suporte do rolamento.
This new Schilling® KSR Rudder is primarily intended for application to larger, slower vessels such as tankers
and bulk carriers, although in principle it is suitable for application to any type of vessel. Esta nova Schilling ®
Leme KSR é destinado principalmente para aplicação em maior, as embarcações mais lentas, como petroleiros
e graneleiros, embora, em princípio, é adequado para aplicação em qualquer tipo de embarcação. The new
rudder product is unlimited in size and offers superior manoeuvring performance. O produto novo leme é
ilimitado em tamanho e oferece um desempenho de manobra superior.
94
Fishing vessels Navios de pesca
Research vessels Navios de investigação
Special ships and many more Navios especiais e muito mais
Advantages: Vantagens:
Increased bollard pull Increased thrust Amarração aumento puxar impulso Maior
Better propulsion efficiency Melhor eficiência de propulsão
Better steerage capacity Melhor capacidade de terceira classe
Reduced vibrations Vibrações reduzidas
Protection of propeller against damage Proteção de hélice contra danos
Reduced operation costs – fuel saving Redução dos custos de operação - economia de combustível
The Mewis Duct® is a novel power-saving device which has been developed for full-
form slower ships that allows either a significant fuel saving at a given speed or
alternatively for the vessel to travel faster for a given power level. O Mewis Duct ® é um
dispositivo de economia de energia nova, que foi desenvolvido para navios full-forma mais lenta que permite que qualquer um dos
combustíveis uma significativa poupança em uma determinada velocidade ou, alternativamente, para o navio para viajar mais rápido
para um nível de poder dado. The Mewis Duct® consists of two strong fixed elements mounted
on the vessel: a duct positioned ahead of the propeller together with an integrated fin
system within. O Mewis Duct ® é composta por dois fortes elementos fixos montados na embarcação: um duto posicionado
à frente da hélice em conjunto com um sistema integrado fin. The duct straightens and accelerates the hull
wake into the propeller and also produces a net ahead thrust. O duto endireita e acelera o despertar do
casco na hélice e também produz um impulso à frente net. The fin system provides a pre-swirl to the ship
wake which reduces losses in propeller slipstream, resulting in an increase in propeller
thrust at given propulsive power. O sistema fornece um redemoinho fin pré-ao velório navio que reduz as perdas na
esteira da hélice, resultando em um aumento no empuxo da hélice em dada potência de propulsão. Both effects
contribute to each other. Ambos os efeitos contribuem para o outro. The achievable power savings
from the Mewis Duct® are strongly dependent on the propeller thrust loading, from 3%
for small multi-purpose ships up to 9% for large tankers and bulk carriers. A economia de
energia viável a partir do Duto Mewis ® são fortemente dependentes da carga de impulso da hélice, de 3% para as pequenas multi-
The power saving is virtually independent of
purpose navios de até 9% para grandes petroleiros e graneleiros.
ship draught and speed. A economia de energia é virtualmente independente do projecto de navio e velocidade. The
Mewis Duct® is ideally suited to both new-build and retrofit applications (eg Tanker,
Bulker MPC). O Mewis Duct ® é ideal tanto para novas construções e aplicações de retrofit (por exemplo, cisterna, Bulker
MPC).
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Fuel saving up to 9% Economia de combustível de até 9%
Low NOX and CO2 emission Baixa emissão de CO2 e NOX
No moving parts Sem partes móveis
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