Segundo Gastaldi (1995), a função básica como meio de troca, significa que a compra
e venda de bens e serviços operam-se com a utilização de moeda. São comprados por
moedas e vendidos em troca de moeda, mesmo sem necessidade de transferência física
de meio circulante.
Esta função da moeda surgiu no processo de análise da mercadoria que foi muito bem
explicado por Marx. A mercadoria possui dois valores: o valor de uso e o valor de troca.
O possuidor de uma mercadoria só a troca por outra quando o valor de uso satisfaz
sua necessidade. Este processo é considerado então um processo individual. Ao mesmo
tempo, o possuidor de uma mercadoria também deseja trocar sua mercadoria sem que a
mesma possua valor de uso para o possuidor da outra. Este processo não é mais
considerado individual e sim um processo social.
Essa função “constitui a própria essência da moeda; uma moeda que não preenchesse
essa função não seria uma moeda, mas uma moeda que tivesse apenas essa função
funcionaria” (Hugon, 1972, p.24).
De forma mais ampla podemos dizer “que a moeda exerce a função de reserva de
valor a partir do momento em que recebemos até o instante em que a utilizamos para
consumo” (Passos e Nogami, 1999, p.375).
A moeda como padrão de pagamentos diferidos
Nas fases primitivas da evolução, segundo Weber (1968), o dinheiro havia de possuir
uma das qualidades mais importantes que, atualmente, se exige dele: não a sua facilidade
de transporte, mas a sua capacidade de conservação.
R$ - REAL - REAIS
Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV – Unidade Real de
Valor – prevista na Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28.02.94, reeditada
com os números 457 (D.O.U. de 30.03.94) e 482 (D.O.U. de 29.04.94) e convertida na
Lei nº 8.880, de 27.05.1994 (D.O.U. de 28.05.94).
Se isso não é feito, pode ocorrer a vantagem das moedas valerem mais derretidas
(ao custo do metal) do que utilizadas como dinheiro pelo seu valor facial.
Real/Réis R 1 2.750.000.000.000.000.000
A tabela acima é uma conversão livre sem se levar em consideração a inflação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GALVES, Carlos. Manual de Economia política atual. 14. Ed. Florence Universitária,
1996.
MARX, Karl. O Capital. Crítica da Economia Política. 23. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006
ROSSETTI, José Pascoal; LOPES, João do Carmo. Economia Monetária.7. ed. São
Paulo: Atlas, 1998.
WEBER, Max. História geral da economia. 1. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1968.