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AS FUNÇÕES DA MOEDA

 A moeda como intermediária de trocas

O valor de trocas é determinado pela quantidade de trabalho contido nas mercadorias.


Segundo Ricardo (1988): “nas etapas primitivas da sociedade, o valor de troca de tais
mercadorias, dependia quase exclusivamente da quantidade corporativa de trabalho
empregada em cada uma” (p.14).

É esta função, também chamada de função de circulação, “que condiciona a própria


evolução da atividade econômica, facilitando e acelerando as trocas” (Hugon, 1972,
p.24).

Segundo Gastaldi (1995), a função básica como meio de troca, significa que a compra
e venda de bens e serviços operam-se com a utilização de moeda. São comprados por
moedas e vendidos em troca de moeda, mesmo sem necessidade de transferência física
de meio circulante.

Outro benefício dessa função é a eliminação dos inconvenientes da necessidade da


dupla coincidência de desejos exigida nas economias de escambo. Existem autores que
consideram este benefício o mais importante. Por isso, a maior vantagem da moeda é
permitir ao homem, como consumidor, generalizar sua capacidade aquisitiva e demandar
da sociedade aquilo que lhe convêm.

 A moeda como medida de valor

Esta função da moeda surgiu no processo de análise da mercadoria que foi muito bem
explicado por Marx. A mercadoria possui dois valores: o valor de uso e o valor de troca.

O valor de uso é a “utilidade” da moeda como um bem de uso próprio, propriedade


privada ou pública, sendo usada para satisfazer suas próprias necessidades básicas.
Assim, ao mesmo tempo em que podem ser utilizadas no processo de troca, podem e
possuem um valor de uso e este valor só se realiza, no caso da moeda, através de sua
utilização no mercado. Para Marx (2006), o valor de uso possui o conteúdo material da
riqueza seja qual for a forma social dela, e é também o caminho para se chegar ao valor
de troca.
O valor de troca é explicado na relação quantitativa entre valores de uso de espécies
diferentes e, à medida que são trocados, esta relação pode mudar no tempo e no espaço.
Segundo Marx (2006) qualquer mercadoria se troca por outras em diversas proporções.

O possuidor de uma mercadoria só a troca por outra quando o valor de uso satisfaz
sua necessidade. Este processo é considerado então um processo individual. Ao mesmo
tempo, o possuidor de uma mercadoria também deseja trocar sua mercadoria sem que a
mesma possua valor de uso para o possuidor da outra. Este processo não é mais
considerado individual e sim um processo social.

De acordo com Marx (2006), os possuidores de mercadorias só podem estabelecer


valores entre suas mercadorias ao comparar com qualquer outra que seja uma equivalente
geral. Portanto, a ação social de todas as outras mercadorias necessita de uma para
representar seu valor. Assim esta mercadoria, que é uma equivalente geral, torna-se
dinheiro. Tal mercadoria determina quem poderá comprar ou vender e tem tamanha força
política e social dentro da sociedade. Portanto, o dinheiro é criado pelo processo de troca,
e serve para equiparar e possuir os diferentes produtos do trabalho humano.

A utilização da moeda exige a criação de uma unidade-padrão de medida, onde são


convertidos os valores de todos os bens e serviços disponíveis, isto é, “o dinheiro expressa
o valor de todas as coisas e serviços, mediante a indicação da quantidade de uma unidade
monetária; e assim permite comparar entre si os valores de todos os bens econômicos”
(Galves, 1996, p.262).

Essa função “constitui a própria essência da moeda; uma moeda que não preenchesse
essa função não seria uma moeda, mas uma moeda que tivesse apenas essa função
funcionaria” (Hugon, 1972, p.24).

A moeda desempenha esse papel graças às suas qualidades de conservação e de


permutabilidade. Pode assim “acumular os valores adquiridos e servir de instrumento de
poupança e, nesse sentido, representa uma espécie de vale sobre o ativo social” (Hugon,
1972, p.26).

De forma mais ampla podemos dizer “que a moeda exerce a função de reserva de
valor a partir do momento em que recebemos até o instante em que a utilizamos para
consumo” (Passos e Nogami, 1999, p.375).
 A moeda como padrão de pagamentos diferidos

Esta função “é a capacidade de facilitar a distribuição de pagamentos ao longo do


tempo, para a concessão de crédito ou de diferentes formas de adiantamentos” (Rossetti,
1998, p.23). É uma função importante para o funcionamento da economia moderna,
viabilizando os fluxos de produção e renda que se desenvolvem por etapas, exigindo que,
ao longo delas, sejam antecipados diferentes tipos de pagamentos.

O dinheiro assume aqui “sua função de viabilizar o pagamento futuro de uma


mercadoria. Funciona como forma de operacionalizar o sistema de crédito” (Búrigo,
2001, p.4).

 A moeda como instrumento de poder

Nas fases primitivas da evolução, segundo Weber (1968), o dinheiro havia de possuir
uma das qualidades mais importantes que, atualmente, se exige dele: não a sua facilidade
de transporte, mas a sua capacidade de conservação.

A moeda pode também servir como instrumento de poder econômico, político e


social. Esta função existe “à medida que se admite a moeda como um título de crédito.
Os que a detêm possuem direitos de haver sobre os bens e serviços disponíveis no
mercado” (Rossetti, 1998, p.24).

A EVOLUÇÃO DA MOEDA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS 50 ANOS

NCr$ - CRUZEIRO NOVO - CRUZEIROS NOVOS

Cr$ 1.000 = NCr$ 1,00 (BRB - código ISO4217) 13.02.1967


O Decreto-lei nº 1, de 13.11.1965 (D.O.U. de 17.11.65), regulamentado pelo Decreto nº
60.190, de 08.02.1967 (D.O.U. de 09.02.67), instituiu o Cruzeiro Novo como unidade
monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o centavo.
O Conselho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08.02.1967, estabeleceu a data
de 13.02.67 para início de vigência do novo padrão.
Cr$ - CRUZEIRO - CRUZEIROS

NCr$ 1,00 NCr$ = Cr$ 1,00 (BRB - código ISO4217, o


mesmo do cruzeiro novo)
15.05.1970
A Resolução nº 144, de 31.03.1970 (D.O.U. de 06.04.70),
do Conselho Monetário Nacional, restabeleceu a
denominação CRUZEIRO, a partir de 15.05.1970,
mantendo o centavo.

Extinção dos centavos


Cr$ 1,00 = Cr$ 1
16.08.1984
A Lei nº 7.214, de 15.08.1984 (D.O.U. de 16.08.84), extinguiu a fração do Cruzeiro
denominada centavo.

Cz$ - CRUZADO - CRUZADOS

Cr$ 1.000 = Cz$ 1,00 (BRC - código ISO4217)


28.02.1986
O Decreto-lei nº 2.283, de 27.02.1986 (D.O.U. de 28.02.86),
posteriormente substituído pelo Decreto-lei nº 2.284, de 10.03.1986
(D.O.U. de 11.03.86), instituiu o CRUZADO como nova unidade
monetária, equivalente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo. A mudança de
padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28.02.1986, do Conselho Monetário
Nacional.

NCz$ - CRUZADO NOVO - CRUZADOS NOVOS

Cz$ 1.000,00 = NCz$ 1,00 (BRN - código ISO4217)


16.01.1989
A Medida Provisória nº 32, de 15.01.1989 (D.O.U. de 16.01.89),
convertida na Lei nº 7.730, de 31.01.1989 (D.O.U. de 01.02.89),
instituiu o CRUZADO NOVO como unidade do sistema monetário,
correspondente a um mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº 1.565, de
16.01.1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a implantação do novo padrão.

Cr$ - CRUZEIRO - CRUZEIROS

NCz$ 1,00 para Cr$ 1,00 (BRE - código ISO4217)


16.03.1990
A Medida Provisória nº 168, de 15.03.1990 (D.O.U. de 16.03.90),
convertida na Lei nº 8.024, de 12.04.1990 (D.O.U. de 13.04.90),
restabeleceu a denominação CRUZEIRO para a moeda,
correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança
de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18.03.1990, do Conselho
Monetário Nacional.

CR$ - CRUZEIRO REAL - CRUZEIROS REAIS

Cr$ 1.000,00 = CR$ 1,00 (BRR - código ISO4217)


01.08.1993
A Medida Provisória nº 336, de 28.07.1993 (D.O.U. de 29.07.93),
convertida na Lei nº 8.697, de 27.08.1993 (D.O.U. de 28.08.93),
instituiu o CRUZEIRO REAL, a partir de 01.08.1993, em substituição
ao Cruzeiro, equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do
centavo. A Resolução nº 2.010, de 28.07.1993, do Conselho Monetário Nacional,
disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário.

R$ - REAL - REAIS

2.750,00 CR$ = R$ 1,00 (BRL - código ISO4217)


01.07.1994
A Medida Provisória nº 542, de 30.06.1994 (D.O.U. de
30.06.94), instituiu o REAL como unidade do sistema monetário,
a partir de 01.07.1994, com a equivalência de CR$ 2.750,00 (dois
mil, setecentos e cinqüenta cruzeiros reais), igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro
Real fixada para o dia 30.06.94. Foi mantido o centavo.

Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV – Unidade Real de
Valor – prevista na Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28.02.94, reeditada
com os números 457 (D.O.U. de 30.03.94) e 482 (D.O.U. de 29.04.94) e convertida na
Lei nº 8.880, de 27.05.1994 (D.O.U. de 28.05.94).

As reformas monetárias se fazem necessárias quando o aumento da inflação é tão


grande que corrói o poder de compra da moeda, provocando a desvalorização de seu valor
extrínsico (valor facial; a informação de valor gravada na moeda) e, por consequência,
valorizando o seu valor instrínsico (o custo do material da moeda fica maior que seu valor
de troca).

Com as reformas, as moedas vigentes são recolhidas e posta em circulação outras


de menor custo de produção.

Se isso não é feito, pode ocorrer a vantagem das moedas valerem mais derretidas
(ao custo do metal) do que utilizadas como dinheiro pelo seu valor facial.

No entanto, a principal aplicação das reformas é facilitar o manuseio do dinheiro


e sua representação gráfica (em preços, cheques, documentos fiscais, calculadora).
Quanto mais inflação, mais dinheiro é necessário para realizar as transações comerciais,
mais dinheiro para se carregar, mais dígitos nas calculadoras, entre outros inconvenientes.

Os cortes de zeros permitem reduzir o tamanho dos montantes monetários.

padrão símb. reais->réis réis->reais


Real R$ 0,000000000000000000000363636... 1,00

Cruzeiro Real CR$ 0,000000000000000001 2.750,00

Cruzeiro Cr$ 0,000000000000001 2.750.000,00


Cruzado Novo NCz$ 0,000000000000001 2.750.000,00

Cruzado Cz$ 0,000000000001 2.750.000.000,00


Cruzeiro Cr$ 0,000000001 2.750.000.000.000,00

Cruzeiro Novo NCr$ 0,000000001 2.750.000.000.000,00


Cruzeiro Cr$ 0,000001 2.750.000.000.000.000,00

Mil-réis Rs 0$001 2.750.000.000.000:000$000

Real/Réis R 1 2.750.000.000.000.000.000
A tabela acima é uma conversão livre sem se levar em consideração a inflação.

Se partirmos de uma moeda colonial de 1 real e formos aplicando as reformas


monetárias ocorridas até o real atual, o seu valor facial seria equivalente a
0,00000000000000000000036 reais modernos. No entanto, quem por sorte tiver uma
moeda dessa, sabe que pode ter uma pequena fortuna em mãos, principalmente por causa
de sua raridade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BÚRIGO, Fábio Luiz. Moeda social e a circulação das riquezas na economia


solidária. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2001.

GALVES, Carlos. Manual de Economia política atual. 14. Ed. Florence Universitária,
1996.

GASTALDI. J. Petrelli. Elementos da economia política. 16. ed. Rio de Janeiro:


Saraiva, 1995.

HUGON, Paul. A moeda: introdução à análise e às políticas monetárias à moeda no


Brasil. 2. ed. São Paulo: Biblioteca de ciências sociais, 1972.

MARX, Karl. O Capital. Crítica da Economia Política. 23. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006

PASSOS, Carlos Roberto Martins, NOGAMI, Otto. Princípios de economia. 4. Ed.


São Paulo: Pioneira Thomson, 2003.

REFORMAS MONETÁRIAS, disponível em:


http://www.moedasdobrasil.com.br/moedas/reformas.asp

RICARDO, David. Os economistas: princípios de economia política e tributação. 3.


ed. São Paulo: Nova Cultura, 1988.

ROSSETTI, José Pascoal; LOPES, João do Carmo. Economia Monetária.7. ed. São
Paulo: Atlas, 1998.

WEBER, Max. História geral da economia. 1. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1968.

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