MONOGRAFIA JURÍDICA
TRABALHISTA
ROSA
GOIÂNIA
2016
STÉPHANYE SAYUMI OHFUGI ASATO
TRABALHISTA
GOIÂNIA
2016
STÉPHANYE SAYUMI OHFUGI ASATO
TRABALHISTA
BANCA EXAMINADORA
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Orientador: Prof. Mestre Ana Flávia Mori Lima Cesário Rosa Nota
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Examinador Convidado: Prof. Especialista Gustavo Afonso Oliveira Nota
Dedico esta pesquisa e todas as minhas
conquistas acadêmicas à minha mãe
Suely Ohfugi, que nunca me deixou
desistir. Sem ela, nada disso seria
possível.
Agradeço a Deus por me dar forças para
concluir mais esta etapa em minha vida. E
aos ilustres professores que contribuíram
para minha formação acadêmica.
Para todos que em mim acreditaram,
deixo registrada, minha profunda gratidão.
Em especial, aos meus queridos amigos,
Daylon, Lílian, Myke e Ulli; que nos meus
momentos de dificuldade me incentivaram
a continuar firme nesta caminhada.
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................8
INTRODUÇÃO .......................................................................................9
BRASILEIRO ................................................................................11
LABORAL
..............................................................................................................30
CONCLUSÃO ....................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 36
RESUMO
CAPÍTULO I
AMBIENTE LABORAL MODERNO
proteção por parte dos trabalhadores, além das doenças ocupacionais ocasionadas
pelos sombrios ambientes de trabalho.
Diante desse quadro, de depreciação das condições de trabalho, onde os
empregados possuíam a responsabilidade com a prevenção aos acidentes de
trabalho, lesões e demais enfermidades decorridas do ambiente de trabalho;
verificou-se, a necessidade de uma política de tutela mais eficaz e protetiva em
relação ao trabalhador.
Antes da Revolução Industrial, existiam as relações de trabalho, mas não
existia o que conhecemos hoje como relação de trabalho subordinado. A Revolução
Industrial e a crescente modernização tecnológica desencadeou uma transformação
trabalhista que proporcionou a evolução do ambiente laboral, permitindo novos
métodos e realizando adaptações nos meios antigos.
As primeiras relações de trabalho subordinado automaticamente surgiram
junto às primeiras relações de emprego. A grande evolução do Direito do Trabalho
ocorreu no século XX, por volta das décadas de 10 e 20, onde foram criadas as
primeiras normas, o direito trabalhista conforme conhecemos hoje é fruto do
dinamismo e da constante transformação social influenciada pelos diversos ramos
do Direito. São os impactos e as idealizações sociais que proporcionam a
construção do nosso ambiente laboral contemporâneo.
O Direito do Trabalho como conjunto de normas e princípios jurídicos que
visa regular a relação de trabalho subordinado se tornou extremamente protetivo e o
reflexo dessas normas e das ações sociais trabalhistas envoltas na formação de um
ambiente de trabalho sadio e equilibrados, em todos os aspectos, parte do conflito
de interesses gerados nas relações trabalhistas entre o intuito de avanço dos
processos produtivos, e a dignidade do trabalhador.
O Direito do Trabalho passou a se dedicar a tutela de questões de direitos
humanos, dignidade e bem-estar social; visando a mudança de postura nas relações
empregatícias, adaptando o ambiente laboral para um convívio social harmonioso.
A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 225 nos traz a garantia de um
ambiente ecologicamente equilibrado, sendo este ambiente essencial para a
qualidade de vida. Aprofundando os estudos, encontramos no artigo 3º, inciso I da
Lei nº 6.938 de 31 de Agosto de 1981 que “[...] entende-se por meio ambiente, o
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Por todo o exposto, conclui-se que a relação profissional ética, vai muito
além da gestão de pessoas. A imagem tanto do empregador quanto do empregado
sofre muita interferência das decisões por eles adotada. O “bom emprego”, “bom
chefe”, “bom funcionário” é volúvel; depende da avaliação de outrem, e essa
avaliação produz efeitos na imagem e credibilidade destes.
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CAPÍTULO II
A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE LABORAL
CAPÍTULO III
CARÊNCIA DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA NA RESOLUÇÃO DE
CONFLITOS DECORRENTES DA UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS
NO ÂMBITO TRABALHISTA
Para o direito, estes casos não chegam a ser incomuns, e sua solução
também não chega a ser distantes. Por serem relativamente novos no ordenamento
jurídico, estes casos demandam a flexibilização da jurisprudência. A interpretação
por analogia vem sendo empregada para assegurar as garantias, tanto dos
empregados quanto dos empregadores.
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O dispositivo acima citado nos traz as situações em que o empregador faz jus
ao direito de dispensar um colaborador por justa causa, e em se tratando do uso das
redes sociais podemos associar determinadas condutas como mau procedimento
e/ou ato lesivo.
É importante ressaltar que a prova em meios eletrônicos é mais facilmente
averiguada do que no mundo real, uma vez que há como se rastrear tudo o
que acontece e todas as informações que se tornam de algum modo
digitais. (PECK, 2002, p.29)
Desde que as ações cometidas por meio das redes sociais sejam
comprovadas, empregados ou dos empregadores podem sofrer sanções e medidas
disciplinares para os comportamentos cujo aspecto não condiz com a boa-fé
contratual.
Não devemos achar, portanto, que o Direito Digital é totalmente novo. Ao
contrário, ele tem guarida na maior parte da legislação em vigor. A mudança
está na postura de quem a interpreta, aplica e, principalmente, na mudança
de postura dos advogados. É errado, portanto, pensarmos que a tecnologia
cria um grande buraco negro no qual a sociedade fica à margem do Direito,
uma vez que as leis em vigor são aplicáveis à matéria, desde que com a
sua devida interpretação. O Direito tem de partir do pressuposto de que já
vivemos uma sociedade globalizada. Seu grande desafio é ter entendimento
e aplicabilidade em diferentes culturas; por isso, é necessário criar
flexibilidade de raciocínio, nunca às amarras de uma legislação codificada
que pode ficar obsoleta rapidamente. (PECK, 2002, p.31)
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CONCLUSÃO
Restou evidenciado que o empregador não pode, ao seu modo e com uso
de seu poder diretivo agir de modo seletivo aos perfis de redes sociais pessoais ou
de maneira opressora por não concordar com a vida privada de seus colaboradores.
Na continuidade da pesquisa, observou-se que, seja por meio do uso
inapropriado das mídias sociais no horário de trabalho ou através de comentários e
publicações de caráter pejorativo, a conduta do empregado pode sim ser passível de
justa causa; desde que evidenciado que os atos foram de fato lesivos e atentatórios
à imagem e honra do empregador e da empresa.
Explorados as justificativas para cada problemática levantada, pudemos
ponderar e questionar as matérias de âmbito jurídico de cada uma delas. A reflexão
nos permitiu levantar os limites para as condutas de empregados e empregadores
dentro das relações trabalhistas.
Em última análise, observa-se o que diz no tocante ao choque de princípios
fundamentais, no que diz respeito à liberdade de expressão em face ao direito de
imagem e garantia a honra. É preciso pontuar que o empregador é dotado de uma
personalidade personalíssima, com garantias diferentes do Direito de Personalidade
do empregado; e ainda assim, possui garantias semelhantes.
Por todo o exposto, entendemos que esta pesquisa não se encerra neste
trabalho, mas continua à medida que o próprio Direito Trabalhista e o Direito
Informático evoluam.
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REFERÊNCIAS
______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Vade Mecum
Compacto Saraiva. 14ª edição. São Paulo: Saraiva, 2015.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 9ª edição. São Paulo: Método, 2014.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 14ª edição. São Paulo:
LTr, 2015.
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JUE, Arthur L.; MARR, Jackie Alcalde; KASSOTAKIS, Mary Ellen. Mídias Sociais nas
Empresas: colaboração, inovação, competitividade e resultados. São Paulo: Évora,
2010.
MELLO, Cristiane Maria Freitas de. Direito de Crítica do Empregado Nas Redes
Sociais: e a repercussão no contrato de trabalho. São Paulo: LTr, 2015.