C o m e ro s
y elefan tes
La sacralidad y la risa
en la m o d ern id a d clásica
- s ig lo s X V a X V I I -
J®
l^tíñ o y Dótnto. Editores
Universidad w w w .m in o y d a v ila .co m .a r
de Buenos Aires
© M iñ o y D á v ila ed ito res
w w w .m inoydavila.coin.ar
D is e ñ o d e p o r ta d a :
G e ra rd o M iño
Ilu s tr a c ió n d e p o r ta d a :
“E stu d io s d e e x p re sio n e s y c a ric a tu ra s ”
dibiijo de L eo n ard o D a V inci
A b ril d e 2001
Indice
15 P rólogo
19 I n t r o d u c c i ó n : N a v e g a c i o n e s t e ó r ic a s y
REDESCUBRIMIENTO DE UN ANTIGUO LUGAR O TOFOS
59 C a p ít u l o I: L a a n t r o p o l o g ía . La locura y el am or de
l o s c o r d e r o s ; l a a d m ir a c i ó n y e l é x t a s is d e l o s
elefa n tes
6 J osé E m il io B urucúa
119 C a p í t u l o II: L a r is a . I s a a c y S il e n o o l a c o m u n ió n d e
LOS CORDEROS Y LOS ELEFANTES
317 - Las lecturas del Satiricón de Petronio por parte del hu
m anism o renacentista
324 - Los fragm entos descubiertos por P oggio Bracciolini y
la edición p rin cep s in quarto por Frangois Puteolanus.
(M ilá n , 1 4 8 2 ).V e rsio n es de lo s sig lo s X V al X V II.
E stablecim iento del texto definitivo en 1709
327 - Estrategias de los editores-eruditos para salvar las co n
tra d iccion es del S a tiric ó n con la m oral cristiana.
M elchior G oldast de Heiminsfeldj (1621)
332 - M odos de leer el Satiricón (1575/-1709)
337 - Entrecruzamiento de las tres vertientes de la risa en las
culturas del Cinquecento
341 - A lgunas reflexiones en torno a la risa en sed e históri-
co-artística. Representaciones alegóricas en la Iconolo
gía de Cesare Ripa
343 - El ridículo y la risa en las esculturas del jardín del Bóboli
3 44 - V incen zo Galilei: renovación m usical y burla al estilo
contrapuntístico
345 - E xtensión europea del fenóm eno estudiado. Holanda:
R em iniscencias de la C oena C ypriani en los grabados
de Dirk Coornhert del Triunfo de la P a cien cia
348 - España: La L ozana an dalu za de Francisco D elicad o
351 - Francia: E p ig ra m a s y E p ísto la s de C lém en t M arot.
H eptam erón de las n o vela s de Margarita de Navarra.
L as N u evas R ecrea cio n es y A leg res P ro p o sicio n es de
B uen aventu ra D es Périers. L a s d a m a s ilu stre s de
Pierre de B ou rd eille, abad de Brantom e. L o s m im os,
en señan zas y p ro v e r b io s de Jean A ntoine de Bai'f. La
S átira m enipea
357 - Form ación de un n uevo género có m ico en la escen a
francesa del siglo X V I y el trasplante de form as cultu
rales italianas
359 - Las piezas dramáticas de Margarita de A ngulem a, rei
na de Navarra
361 - E l b ric o la g e jo c o so en la Francia del sig lo X V II. La
N ovela cóm ica de Paul Scarron
363 - C inco ejem plos que anticipan la continuación de esta
historia en tiem pos del racionalism o y la Ilustración.
Spinoza. Voltaire. La Enciclopedia. Mozart. La C rítica
d el Juicio de Immanuel Kant
368 - Proceso reductivo de las tres formas de la risa renacen
tista en la sociedad moderna.
J osé E m il io B urucúa
C a p ít u l o III: P o s t l u d i o f e m in i s t a . O v e ja s y e l e f a n t a s
DESMIENTEN EL PECADO DE E v a
479 A p é n d ic e s
543 B r e v e s c o n s id e r a c io n e s a c e r c a d e l o s A d d e n d a d e
otros autores
ral en com ún en la que ninguno de los actores (hom bres del pue
blo y de las élites) se subordina a los otros. D igam os, en princi
pio, que una fuerte circulación cultural previa sería condición
sine qu a non de cualquier convergencia. En segundo lugar, tres
tipos principales de ésta se me han aparecido hasta ahora:
3) Son los que más se asem ejan a la figura del dem iurgo, los
inspirados; a quienes Bretón llam ó logoth etes por su capaci
dad para encontrar un lenguaje propio y que nosotros p o
dríamos identificar con Tiresias, el adivino, el profeta ciego
que fue alternativam ente varón, mujer y otra vez varón, re
I n t r o d u c c ió n : N a v e g a c io n e s t e ó r i c a s .. 39
Notas
p o s ito r (pp. 2 1 2 -2 1 3 ). F u e el c o ra l p a ra ó rg a n o . A n te tu T ro n o m e p r e
s e n to , un e p ílo g o q u e p a re c e n e c e s a rio c o lo c a r, a m a n e ra de c ie rre , al
c a b o d e E l A r te , in c o m p le to , y d e la F uga a 3 so g g e tti, ta m b ié n in c o n
c lu sa . L a in v e stig ac ió n b a c h ia n a actu al h a re v e la d o q u e el c o ra l d e m a
rra s, e d ita d o c o m o c ie rre de E l A rte, t:s en v erd ad un a v ersión m o d ific a
d a d e o tro co ral m uy a n te rio r del O rgelbiichlein (B W V 641). E ste d e sc u
b rim ien to m o straría en to n ces q u e la h isto ria tra n sm itid a p o r A n a M ag d a
le n a no s ería sin o u n a c o n stru c c ió n le g e n d aria, re a liz a d a p o r la m u je r y
el h ijo de B ac h , K a rl-P h ilip p -Im m a n u e l, p o c o d e sp u é s de la m u e rte del
c o m p o sito r. C o m o q u iera q u e sea, los d estin atario s inm ediatos de aquella
c o le c c ió n de fu g as no h a b ría n v io le n ta d o los m ó v ile s m u sic ale s p e rm a
n e n te s d e Ju an S e b a stiá n (v é a se W o lfg a n g S a n d b e rg e r, B a c h 20 0 0 . 24
In v e n c io n e s s o b re J o h a n n S e b a stia n B a c h , H a m b u rg o , T e ld e c C la ssic s
In te rn a tio n a l, 2 0 0 0 , p p . 1 0 -1 2 ), d e tal s u e rte q u e n o re s u lta a rb itra rio
d e c ir q u e la o b ra a rtístic a y la re p re sen ta c ió n m ás d e te rm in a d as o m e jo r
d e fin id a s p o r su sola d im en sió n re fle ja han sid o su b o rd in a d as sin rodeos
a u n a b s o lu to fu e ra d e e lla s y d e la m is m a h u m a n id a d , su c re a d o r a -
c o n te m p lad o ra. A lg o de esto h u b o de v islu m b ra r el filó so fo a n arco so cia-
lis ta G u s ta v L a n d a u e r c u a n d o e s c rib ió : “L a m ú s ic a d e B a c h , q u e es
c o m o u n a d ia d e m a y b ó v e d a s o b r e e l p u e b lo d e lo s h o m b re s , p e n d e
e m p e r o lib r e m e n te en lo s a ir e s , p o r q u e la c a sa d e b a jo d e e lla se ha
d e s p lo m a d o en r u in a s " (G . L a n d a u e r, L a R e v o lu c ió n , B u e n o s A ire s ,
P ro y e c c ió n , 1961, p. 67).
34 Sin e m b a rg o , A n a M ag d a le n a n ieg a en fo rm a e x p líc ita la relación de esa
fu g a co n E l A r te : "u n a fu g a la rg a y h erm o sa , p e ro q u e n o te n ía n in g u
n a re la c ió n co n e l A rte de la Fuga, y en c u ya te rm in a c ió n tra b a ja b a los
ú ltim o s d ía s d e su v id a ” (p. 2 0 6 ). '
35 Si se re c u e rd a q u e lo s a le m a n e s y lo s in g le ses u san c o rrie n te m e n te las
le tra s p a ra d e sig n a r las n o tas a p a rtir del la= A , se c o m p re n d e fácilm en te
qu e el c o n tra su je to , te rc e r tem a de la fu g a in c o m p le ta , e s u n a frase fo r
m a d a p o r las n o tas c o rre s p o n d ie n te s a las letras del n o m b re de B ach: si
b e m o l-la -d o -si n atu ral.
36 R o g e r C h artie r, El m u n d o co m o rep re se n ta c ió n . E stu d io s s o b re h isto ria
c u ltu r a l, B a rc e lo n a , G e d isa , 1992.
37 P a ra un e je m p lo m a g istra l de la m e to d o lo g ía c o n c re ta q u e se d e sp re n d e
d e e s ta c o n c e p c ió n g lo b a l d e la h is to r io g r a f ía c u ltu r a l, v é a s e R o g e r
C h a r tie r, “ G e o rg e D a n d in o u le s o c ia l en re p ré s e n ta tio n ” , en A n u a le s.
H is to ire , S c ie n c e s S o c ia le s, m a rz o -a b ril 1994, n° 2 , pp. 2 7 7 -3 0 9 .
38 A n g e lo T o rre , “ P e rc o rsi d e lla p ra tic a . 1 9 6 6 -1 9 9 5 ” en Q u a d e rn i s to ric i
9 0 , a . X X X , n .3 , pp. 7 9 9 -8 2 8 , d ic ie m b re de 1995.
39 R o g e r C h a r tie r, “ P ra tiq u e d e la re p ré s e n ta tio n e t re p ré s e n ta tio n de la
p ra tiq u e ” , p re p rin t.
40 B u e n o s A ire s, S u d a m e ria a n a , 1969.
41 U tiliz o a q u í la p a la b ra e ro s co n el sig n ific a d o fre u d ia n o de fu e rz a p la s
m a d o ra d e la v id a en el m ás a lto sen tid o , p u e s te m o to d a v ía q u e si e m
p le a se la p a la b ra “ am o r” lisa y lla n a m en te mi d iscu rso p u d ie ra p arecerse
m ás al d e las re v ista s del c o ra z ó n q u e al d e un p a p e r. P o r e so d e b o a d
v e rtir q u e, fo rzan d o el áre a de sig n ific a d o del térm in o g rie g o , in cluyo en
e lla el c a m p o d e la a g a p é p a u lin a , au n q u e re c o n o zc o las d ife re n c ia s ra
52 J osé E m il io B urucúa
E n c u a n to a la h is to rie ta de A rt S p ie g e lm a n en d o s p a r te s - “M i p a d r e
s a n g ra h is to r ia " y " Y a q u í c o m e n z a ro n m is p r o b le m a s " - , e lla n a rra la
h is to ria d e un s o b re v iv ie n te de A u sc h w itz , el p a d re v e rd a d e ro d e A rt,
V la d ek , y d e su e sp o sa A n ja, su icid a en 1968, pero lo hace su stitu y en d o
a los h o m b re s p o r d istin to s a n im a les seg ú n sus n a cio n alid a d e s o etn ia s:
lo s ju d ío s so n rato n es, los p o la c o s, c erd o s, los a le m an e s, g a to s, los n o r
te a m e ric a n o s , p e rro s, los fra n c e se s, ra n a s, los su ec o s, c ie rv o s, los g ita
n o s, m o sca s. El re la to se e x tie n d e d e sd e la P o lo n ia d e los ‘3 0 h a sta los
E sta d o s U n id o s de los ‘80 y e stá c o n stru id o co m o la serie de los re c u e r
d o s d e A rt so b re la g u e rra y la S lio a h , co n unas p o c as o c a s io n e s en las
c u a le s los p e rso n aje s se c o n v ie rte n en h o m b res: el e p iso d io del su icid io
de A n ja y la e sc e n a del é x ito d e M a u s , au n q u e en é sta ú ltim a los h o m
b re s se han p u e sto las m áscaras de sus c o rre sp o n d ien tes a n im a les. ¿ A c a
s o e s a c e p ta b le u n a re p re s e n ta c ió n se m e ja n te de la S h o a h , al m o d o de
u n a fá b u la an tig u a o de un c u en to de L u c ia n o d e S am o sata? ¿ M a u s c u m
p liría e n to n c es el fin de e so s g é n ero s clá sic o s, en los cu ales los a nim ales
p a rla n te s serv ían de m e tá fo ra s p a ra h a b la r de los m ay o res v ic io s y lo c u
ras d e los h o m b re s con d is ta n c ia m ie n to . sin c e n su ra y sin ira, a lig e ra d o
el d isc u rso p o r los v u elo s de la risa? A lg o de e llo (e m p a re n ta d o con las
e x a sp e ra c io n e s de E rasm o , de B o sc h y de B ru e g el) hay en e sa h isto rie ta
c u y o fin p a re ce se r re a lz ar el c a rá c te r en ú ltim a in sta n cia in d e c ib le, in e
n a rra b le d e la S h o a h , de e sa h isto ria ú n ic a q u e e sta m o s im p e rio sa m en te
o b lig a d o s a reco rd ar, no o b stan te, p o r m edio de textos, im ágenes y repre
se n ta c io n e s s itu a d a s “ en el b o rd e d el a c a n tila d o ” , p a ra q u e n u n c a m ás
v u e lv a a re p e tirse n a d a ni d e lejo s p a re cid o . P ero d e jo el tra ta m ie n to de
e s ta s c u e s tio n e s a m i a lu m n o F e d e ric o F in c h e ls te in , q u ie n m e g u ió al
m u n d o d e M a u s y, de tan jo v e n q u e e s, h a h e c h o q u e su s a b id u ría se a
v is ta c o m o un a u té n tic o e s c á n d a lo . E n to rn o a los lím ite s d e la re p re
s e n ta c ió n , p u e d e v e rs e el re c ie n te y c o n m o v e d o r a rtíc u lo d e N ic h o la s
S ta rg a rd t, “C h ild re n ’s art o f the H o lo cau st” , in P ast a n d P resent, n° 161,
pp. 1 9 1 -2 3 5 , n o v ie m b re de 1998.
50 L a he lla m a d o “ m e tá fo ra c u lin a ria de la c re ac ió n e sp iritu a l” en S a b io s y
m a r m ito n e s ..., pp. 3 8-39.
51 'H a m b re sa cia d a , s a c ie d a d h a m b r ie n ta ’. G io rd a n o B run o, L o s H e ro ic o s
F u r o r e s , II, 3er. d iá lo g o , M a d rid , T e c n o s, 1987, p. 196 (In tro d u c c ió n ,
tra d u c c ió n y n o ta s d e M aría R o sa rio G o n z á le z Prada).
52 M ich e l d e M o n taig n e, E ssais, I, X X V . P arís, F e rn a n d R o ch e , 1931, vol.
1, p. 192.
53 M ikhai'l B ak h tin e, L 'o e u v re d e F rangois R a b e la is e t la cu ltu re p o p u la ir e
a u M o y e n A g e e t so u s la R e n a is sa n c e , P arís, G a llim a rd , 1970.
54 J a c q u e s H e e r s , C a r n a v a le s y f ie s ta s d e lo c o s, B a r c e lo n a , P e n ín s u la ,
1988; F ran c o C ard in i, D ía s S a g ra d o s. T ra d ició n p o p u la r en la s cu ltu ra s
E u ro m e d ite rr á n e a s , B a rc e lo n a , A rg o s V e rg a ra , 1984.
55 P e te r B u rk e , A C u ltu ra P o p u la r n a Id a d e M o d erna . E uropa, 1500-1800,
S an P a b lo (B ra sil), C o m p a n h ia d as L e tras, 1989.
56 C h ris to p h e r H ill, L o s o r íg e n e s in te le c tu a le s d e la R e v o lu c ió n in g le sa ,
B a rc e lo n a , C rític a , 1982; E l m u n d o tra sto rn a d o . E l id e a rio p o p u la r e x
tr e m is ta en la R e v o lu c ió n in g le s a d e l s ig lo X V II, M a d rid , S ig lo X X I,
1983.
54 J osé E m il io B urucúa
57 M ic h e l V o v elle, op. c it., pp. 161-174; L 'ir re s istib le a sce n sió n d e Jo sep h
S e c , b o u r g e o is d ’A ix, A ix -e n -P ro v e n c e , E d isu d , 1975.
58 E. P . T h o m p so n , C o stu m b res... o p .cit., pp. 2 1 2 -3 9 4 , 4 5 3 -5 9 4 ; La fo r m a
ció n d e la c la se o b r e r a en In g la terra , B a rc e lo n a , C rític a . 1989, vol. 1,
pp . 4 4 7 -4 9 7 , vol. 2, pp. 3 1 3 -3 5 3 .
59 E ric H o b sb aw m , E l m u n d o d e l tra b a jo . E stu d io s h is tó ric o s so b re la f o r
m a c ió n d e la c la se o b r e r a , B arce lo n a , C rític a , 1987, pp. 144-184.
60 R o g e r C h artie r, E l m u n d o c o m o r ep re se n ta c ió n ... op. c it., pp. 181-243;
S o c ie d a d y e s c r itu r a en la E d a d M o d e r n a . L a c u ltu r a c o m o a p r o p ia
c ió n , M é x ic o , In s titu to M o ra , 1995, pp. 121-245.
61 A n a M a ría L o ra n d i, D e q u im e ra s , r e b e lio n e s y u to p ía s . L a g e s ta d e l
in c a P e d ro B o h o r q u e s, L im a, P o n tific ia U n iv e rsid a d C a tó lic a d el P erú,
19 9 7 .
62 E n r iq u e T a n d e te r, C o a c c ió n y M e rc a d o . L a m in e r ía d e la p la ta en el
P o to sí colonial, 1629-1826. C usco, C entro de Estudios A ndinos “B artolom é
d e L as C asa s” , 1992, esp ecialm en te las pp. 116-149.
63 S c a r le tt O ’P h e la n G o d o y , L a G ra n R e b e lió n en lo s A n d e s .D e T ú p a c
A m a r u a T ú p a c C a ta ri, C u sc o , C en tro d e E stu d io s A n d in o s “ B arto lo m é
d e L a s C a s a s ” , 1995.
64 J u a n C a r lo s E s te n s s o ro F u c h s , “L a p le b e ilu s tr a d a : E l p u e b lo en la s
fr o n te r a s d e la r a z ó n " , en C h a rle s W a lk e r (c o m p .), E n tre la r e tó r ic a y
la in s u rg e n c ia : las id e a s y lo s m o v im ie n to s s o c ia le s en los A n d e s, sig lo
X V lll, C u sc o , C e n tro d e E s tu d io s A n d in o s “ B a rto lo m é de L a s C a s a s ” ,
19 9 6 , p p . 3 3 -6 6 .
65 S erg io S e ru ln ik o v , ‘“ S u v erd ad y su ju s tic ia ’. T o m ás C atari y la in su rre c
c ió n a y m a ra d e C h ay a n ta , 1 7 7 7 -1 7 8 0 ” , en C h. W alk er, o p .cit., pp. 2 0 5
243.
66 S e rg e G ru z in sk i, La c o lo n iz a c ió n d e lo im a g in a rio . S o c ie d a d e s in d íg e
n a s y o c c id e n ta liza c ió n en e l M é x ic o e sp a ñ o l. S ig lo s X V I-X V III, M é x i
co, F C E , 1991; L a g u e rra de la s im ágenes, d e C ristó b a l C olón a “B la d e
R u n n e r " (1 4 9 2 - 2 0 1 9 ), M é x ic o , F C E , 1994; C a rm e n B e rn a n d y S e rg e
G ru z in s k i, D e la id o la tría . U na a r q u e o lo g ía d e la s c ie n c ia s re lig io sa s,
M é x ic o , F C E , 1992.
67 S e rg e G ru z in sk i, L a p e n s é e m é tisse , P a rís, F a y a rd , 1999.
68 Ib id e m , pp. 3 0 1 -3 0 2 y 316.
69 P a rís, F la m m a rio n , 1974.
70 Ib id e m , pp. 9 -1 0 .
71 R o b e r t M u c h e m b le d , C u ltu r e p o p u la ir e e t c u ltu r e d e s é lite s d a n s la
F ru n c e m o d e rn e (X V e .-X V IIIe . siécles). E ssa i, P arís, F la m m a rio n , 1978.
72 A rth u r Im h o f, D ie v e r lo r e n e W elten : A llta g s b e w a ltig u n g d u r c h u n sere
V o r fa h r e n - u n d w e s h a lb w ir u n s h e u te so s c h w e r d a m it tun, M u n ic h ,
1985.
73 G io v a n n i L e v i, L a h e r e n c ia in m a te ria l. L a h is to r ia d e un e x o r c is ta
p ia m o n té s d e l s ig lo X V II, M a d rid , N e re a, 1990.
74 E m m a n u e l L e R o y L a d u rie , L a b r u ja d e J a s m in , B a r c e lo n a , A rg o s
V e rg a ra , 1984.
I n t r o d u c c ió n : N a v e g a c io n e s t e ó r i c a s ... 55
102 P la tó n , F ed ó n , 6 0 c - 61 b.
‘‘E ste sacram ento, ya que está constituido p o r signos sen si
bles, no es tan necesario com o p a ra que sin él no exista sa l
vación, con ta l de que exista la fe ; p o r cierto, p a ra la sa lva
ció n b a sta c r e e r y, d e ta l m odo, c o m e r el a lim en to de la
v id a ”15.
C asi sin darnos cuenta, los textos de Erasmo nos han llevado
desde la crasitud de las funciones d igestivas hasta las form as
altas del amor sagrado, donde la excelsitud sim ple de lo humano
se confunde sin solu cion es de continuidad en lo divino. Esta
operación resuelve las contradicciones entre la m iseria y la gran
deza de los hom bres, presentes de manera desgarradora en toda
la obra erasm iana, pronunciándose finalm ente por la vida, de
manera que resulta posible suponer una apuesta frecuente de
nuestro filó so fo en favor de la existen cia alegre en el mundo. Y
así la inanidad de la vida que im pregna los com entarios de los
proverbios “El hombre, una burbuja” (H om o, bulla) y “Lo mejor
es no nacer” ( O ptim um non nasci), contenidos en el libro de los
A d a g ia , se ve com pensada por varios dichos en los C oloqu ios,
i.e.: el de G lición, un anciano que charla con tres am igos durante
un viaje en carro hacia Am beres y parece el más juvenil de todos
C a p ít u l o I: L a a n t r o p o l o g ía . L a l o c u r a y e l a m o r .. 71
"(...) San P ablo supo cuáles pueden ser los cánticos, los co
ros, las danzas, los banquetes de las alm as piadosas, también
en esta v id a ”7,6.
Erasmo extrae los principios básicos de una filo so fía para la vida,
la p h ilo so p h ia C hristi, igualm ente com unicable a los eruditos y
a los idiotae. Tal com o hem os apuntado en nuestra introducción,
el tem a de la polivalencia evan gélica fue tratado por Erasmo en
la P a rá c le sis o exh ortación a l estu d io de la s letra s divin as, pu
blicada en 1516 por primera v ez y lu ego reeditada en varias o ca
sion es durante todo el sig lo X V I. A greguem os que, en 1522, el
R oterodam ense vo lv ió sobre el asunto en la carta dedicatoria de
su P a rá fra sis a l E van gelio de San M ateo. Vale la pena que co n
siderem os brevem ente ambos textos.
La “filo so fía de C risto ”, “a to d o s igualm ente se com unica" y
no se encuentra mejor expuesta, según Erasmo, que en los evan
gelio s y en las epístolas, cuyo discurso, “a s í com o no fa lta a los
que son en ferm os y pequ eñ os, a s í tam bién es a lo s p erfe c to s y
g ra n d es a dm irable" 43. D e esta suerte, despunta con claridad el
m otivo gregoriano de los corderos y elefantes que vadean el “río”
de la Escritura:
Por supuesto, sem ejante actitud respecto del saber y del d is
curso reproduce la del m ism o Jesús, "acom odán dose a to d o s y
sin reh u sar la com p a ñ ía d e n in g u n o ”45, y d esp liega la receta
paulina, contenida en aquella primera E písto la a los C o rin tio s:
hablar com o judío a los judíos y mostrar señales, hablar com o
gentil a los gentiles y exhibir sapiencia. M ás aún, en la P a rá fra
sis a San M ateo, Erasmo propone traducir el N u ev o Testam ento
a las lenguas corrientes en la Europa del sig lo X V I y hacer a cce
sible su lectura a la mayor parte del pueblo cristiano, a la hum a
nidad no creyente inclusive: los labradores, los oficiales, los can
teros, las rameras, los alcahuetes y... hasta los turcos, reproducen
le y e n d o la m u ltitu d rev u elta de c ie g o s , c o jo s , m e n d ig o s,
publícanos, centuriones, artesanos, mujeres y niños que escu
charon al propio Jesucristo. La P a rá fra sis vu elve a las palabras
ya citadas de la P aráclesis:
túa que com bina com idas, leccion es, ejercicios de literatura, gim
nasia y d efecacion es (libro I, capítulos 23 y 2 4 )53; se concentra
en las sentencias “pantagruélicas” o “d iogén icas” que, com o un
vino, nuestro autor ofrece a los lectores de su tonel inagotable
que se com para a la copa de Tántalo, a la rama dorada de la diosa
subterránea, que es cornucopia de alegría y de burla pues, al co n
trario del tonel de las D anaides, no encierra desesperación en el
fon do sino buena esperanza com o la “botella” de Pandora (libro
III, p rólogo)54; se exaspera en la isla de los Papim aníacos quie
nes se nutren del libro de las D ecreta les m ucho más en términos
físic o s que espirituales, pues los dichos de sus páginas van a
formar la sangre y los humores de los ventrículos cerebrales, de
las m édulas óseas y de las arterias de sus lectores (libro IV, capí
tulo 5 1 )55.
P ocas páginas más adelante en el libro de Gargantúa, nos
topam os con una segunda cita del B anquete. El gigante ad oles
cente llevaba con sigo una im agen del andrógino prim itivo acer
ca del cual había hablado A ristófanes en aquel sim p osio sobre el
amor. La figura estaba grabada en una placa de oro cuyo borde
contenía la siguiente inscripción en griego: a g a p e o u z e t e i t a
e a u t e s , “la c a rid a d no se p reg u n ta qué le p e rte n e c e ”, esto es ...
“(...) en el cual cada uno preste y cada uno deba, todos sean
deu dores, todos a creedores. ¡Oh, qué arm onía h abrá entre
los m ovim ientos regulares de los cielos! Me p a rece entender
el asunto tan bien com o antes lo hizo Platón. ¡Q ué sim patía
entre los elem entos! ¡Oh, cóm o se deleitará la N aturaleza en
sus o bras y producciones, C eres cargada de mieses, B aco de
vinos, F lora de flo re s, Pom ona de fru ta s, Juno, con su aire
sereno, serena, salubre, divertida!
M e p ie r d o en sem ejante contem plación. E ntre los hom bres
paz, amor, cariño, fidelidad, reposo, banquetes, festines, a le
gría, gozo, oro, plata, moneda menuda, cadenas, anillos, m er
cancías, trotarán de mano en mano.
N ada de procesos, ni de guerras, ni de polém icas; nadie será
usurero, ni adulón, ni ventajero, ni egoísta. ¡Gran D ios! será
la e d a d de oro, el reino de Saturno, la idea de las regiones
olím picas, donde todas las dem ás virtudes cesan y sólo la C a
ridad reina, se ensoñorea, domina, triunfa. Todos serán bue
nos, bellos, ju stos. ¡Oh, mundo fe liz! ( ...) ”a .
Tal vez debiéram os de pensar que estas tesis alteran sig n ifi
cativam ente nuestro to p o s central y que los eruditos o elefantes
son una parte de la segunda clase de los hom bres, poseedores de
cien cia mas no de sabiduría, según la distinción que Charron
establece citando el scien tia inflat de la primera E písto la a los
C orin tios'06. N uestro humanista prefiere comparar al erudito con
“una corn eja vestid a y a d o rn a d a con p lu m a s ro b a da s a o tra s
a v e s” '01. M ientras que la ciencia es soberbia, presuntuosa, arro
gante, obstinada, indiscreta, pendenciera, charlatana, servil y
m elan cólica, la sabiduría es m odesta, contenida, tranquila, apa
cible, productiva, buena gobernante, necesaria, útil para todo y
alegre. Ahora bien, ¿en qué consiste ese saber verdadero que
Charron pregona? y ¿qué cien cia tiene él in m ente cuando la hace
objeto de su desprecio? Pocas páginas más adelante del pasaje
en tono paulino que acabam os de glosar, el tratado ensalza, en
lugar de anatematizar, las ciencias naturales y morales (políticas,
económ icas e históricas, estas últim as) que nos enseñan “a v ivir
y a bien vivir, la n atu raleza y la virtud, lo que so m os y los que
d eb em o s se r” m . Ellas parecen constituir la sabiduría anhelada,
las herramientas para una com prensión de las cosas que disipe
nuestros tem ores y nuestra tristeza109. Es probable entonces que
la cien cia condenada no sea otra sino la m etafísica o incluso la
teología racional, disciplinas vanas porque tratan sobre cu estio
nes que “están en el a ir e ”, inaccesibles al entendim iento y a la
crítica, conocim ientos vacíos porque no se aprenden de la prácti
ca de la vida en sociedad o del ejercicio de la caridad, ni tienen
efecto alguno sobre las relaciones entre los hom bres110. En rigor
de verdad, la sa g esse de Charron es una com binación de p ra x is
del a g a p é paulino y de em pirism o crítico aplicado al estudio de
la naturaleza y de la moral, un tertium genus a mitad de cam ino
entre el ideal cristiano de la santificación del mundo y la ciencia
moderna.
seres creados y el estudio del alma hum ana111. ¿Hay otras razo
nes, aparte de las esgrim idas por Sabunde, extraídas de nuestra
experiencia sensible y moral, que nos permitan obtener alguna
certeza sobre la doctrina cristiana “p o r argum ento y p o r d isc u r
so ”1 M ontaigne responde con la cita reiterada de I C orin tios 8, 2
- “que e l hom bre que presu m e de su saber, aún no sa b e qu é cosa
sea s a b e r ” "2- para desestim ar cualquier vía racional m etafísica
de a cceso a las realidades del mundo sobrenatural. Ese pasaje de
San Pablo se hallaba inscripto en una de las vigas en la bibliote
ca del autor de los E nsayos, de m odo que se trata sin duda de un
principio fundamental en la concepción g n oseológica del perso
naje. Las cuestiones relativas a la gracia sólo pueden abordarse,
para M ontaigne, aceptando la pequeñez de la sapiencia humana.
Y de ese m odo cuando se trata, por ejem plo, de la justicia d iv i
n a113 o de la naturaleza de la felicidad ultraterrena114, el texto de
la carta a los corintios es siempre el punto de apoyo desde el cual
se estab lece la distancia infinita que separa la com prensión de
los hom bres de las decision es que D ios ha adoptado para pro
veer a su salvación 115.
Por otra parte, M ontaigne, el pensador tantas veces crítico de
los prejuicios del vulgo, presenta un inesperado elo g io de nues
tros corderos en el ensayo D e los can íbales. Precisam ente este
m ism o capítulo de su obra se inicia con una exhortación a “p r e
ca verse de q u ed a r ata d o a las o pin ion es vu lgares”, a “ju zg a rla s
p o r el cam ino d e la razón, y no p o r la vo z común ” 116. Sin embar
go, nuestro filó so fo discute enseguida algunas exageraciones re
feridas a la barbarie de los hombres que habitan el N u evo M un
do, refutándolas con la ayuda del testim onio de un sirviente suyo
quien había vivido más de diez años en las costas del Brasil. La
con clu sión a la cual arribará M ontaigne es muy conocida: los
caníbales am ericanos no son más bárbaros que m uchos grandes
europeos tenidos por hombres civilizados; más bien al contrario,
debido a su d esconocim iento de la propiedad, a su desprecio de
la cod icia, a su culto de la valentía, al carácter igualitario de sus
com unidades, aquella humanidad del otro lado del océano se
muestra más honesta y cabal que la de las sociedades refinadas e
hipócritas de la vieja Europa. El relato sobre el cual M ontaigne
basa sus ju icio s es el de un compatriota, pero éste es “hom bre
sim ple y g ro se ro ”, “con dición p ro p ia p a ra h a cer verd a d ero un
testim o n io ”:
“(...) pues las gentes finas notan más cosas y con m ayor curio
sidad, p ero las glosan; y, p ara hacer valer su interpretación y
96 J osé E m il io B urucúa
“(...) N ecios del mundo han sido los que han form ado la reli
gión, las ceremonias, la ley, la fe, la regla de vida; los m ayo
res asnos del mundo (...) no son aqu ellos que con im pía cu
rio sid a d van y fu eron siem pre escrutando los arcan os de la
naturaleza y com putando las vicisitudes de las estrellas.
M ira d si tienen o tuvieron ja m á s el m ínim o in terés p o r las
causas secretas de las cosas; si tienen algún m iram iento p o r
la disipación de reinos, dispersión de pueblos, incendios, d e
rram am ientos de sangre, ruinas y exterm inios; si se p reo cu
p a n de que el mundo entero p erezca p o r causa de ellos con
tal de que la p o b re alm a qu ede salva d a , con ta l de que sé
construya el edificio en el cielo, con tal de que se reponga el
tesoro en aquella bienaventurada patria, sin preocu parse lo
más m ínim o p o r la fam a, b ien esta r y g lo ria de esta fr á g il e
insegura vida en p ro de aquella otra certísim a y e te rn a ” 116.
Notas
22 Ib id e m , p. 60.
23 Ib id e m , p p . 6 0 -6 1 .
24 Ib id e m , p. 54.
25 E ra s m o , “ C o lo q u io s ” , e n : O b ra s e s c o g id a s , T ra d . p o r L o re n z o R ib e r,
M a d rid , A g u ila r, 1956, p. 1136.
26 Ib id e m , p. 1140.
27 “ E p ig ra m a s ” , en: O b ra s... o p .c it., p. 1157.
28 C o lo q u io s , en o p .c it., p. 1112.
29 Ib id e m , p. 1127.
30 S ig o , en esle caso, la reedición de la traducción esp añ ola de los C oloquios,
p u b licad a en la C o lecció n A ustral, a cargo de Ignacio B. A nzo ateg u i, B u e
n o s A ire s, E s p a sa -C a lp e , 1947, pp. 10 4 -1 0 9 .
31 I C or. 6, 1 2 -1 3 ; 10, 2 3 -3 3 .
32 “A p e n a s p o r d o s c o sa s lo s h o m b re s a v en ta ja m o s a lo s a n im a les, p o rq u e
p o d e m o s b e b e r vin o y d e c ir lo q u e s e n tim o s ”. C ita d o en F ra n c o G aeta,
L o r e n z o V a lla . F ilo lo g ía e s to r ia n e ll'U m a n e s im o ita lia n o . Ñ a p ó le s ,
Is titu to Ita lia n o p e r gli S tu d i S to ric i, 1955, pp. 5 1 -5 2 .
33 F ra n c is c o R ic o , E l su e ñ o d e l h u m a n is m o (D e P e tra rc a a E ra sm o ), M a
d rid , A lia n z a , 1993.
34 T rad u zco de la edición bilingüe, latino-alem ana, de Erasm us von R otterdam ,
A u s g e w a h lte S ch riften , ed. W ern er W elzig , D arm stad t, W issen sch aftlich e
B u ch g e sellsc h a ft, 1967, to m o V I: C o llo q u ia fa m ilia r ia , p. 590.
35 I C o r 2, 9.
36 E ra s m u s v. R o tt., ed. W elzig , to m o V I, p. 584.
37 E r a s m o c o n tin u a b a , en e ste s e n tid o , el p ro g ra m a p o é tic o y c rític o d e
S e b a stiá n B ra n t cu y o N a r r e n s c h iff (L a n a v e d e lo s lo c o s), p u b lic a d o en
1494, re a liz ó un in v e n ta rio , tan v asto co m o el e ra sm ian o , de las n e ce d a
d e s d e l m u n d o (H e tr a b a ja d o c o n la e d ic ió n f r a n c e s a p re p a ra d a p o r
M a d e le in e H o rst: La N e f d e s F o u s. E stra sb u rg o , L a N u é e B leu e, 1977).
T a m b ié n en aquel esq u ife ab u n d an los sab io s, falso s en el fondo, q uienes
“a s p ir a n a c o n o c e r la c ie n c ia p a r a s e r m a g is te r y e n s e g u id a d o c to r,
p a r a c o n v e r tir s e en u n a g r a n lu m in a r ia ; p e r o n u n c a s a b rá n c ó m o in i
c ia rs e en e l c o n o c im ie n to v erd a d e ro q u e a b r e e l p a ra íso , y ja m á s c o m
p r e n d e r á n q u e la s a b id u r ía en e ste m u n d o e s lo c u ra d e la n te d e D io s ”
(p. 4 2 8 ). L a c ita de I C or. 3, 19 e s e x p líc ita . P o c o s v e rso s m ás a d elan te,
B ra n t re to m a e s a m ism a e p ís to la p a u lin a y la tra n s c rib e ( / C or. I, 19)
p a ra e n s a lz a r la c ie n c ia d e lo s s im p le s: “P o r e so D io s d ic e d e e llo s :
‘D e str u y o la sa b id u ría y la c ie n cia d e lo s sa b io s, p e ro la e n se ñ a ré a los
n iñ o s m á s p e q u eñ o s. ’ E sto s a d q u irie ro n lo s d o n e s d e la sa b id u ría p a r a
la p a tr ia c elestia l; será n h o n ra d o s p a r a to d a la e te rn id a d y b rilla rá n en
e l c ie lo co m o e l fir m a m e n to . Q uien rec o n o c e la ley d e la ju s tic ia , quien
se in s tru y e d e e lla y la e n se ñ a a lo s o tro s e s p a r e c id o a las e stre lla s, a
la d e la m a ñ a n a q u e se le v a n ta en e l O rien te, y a la d e la ta rd e q u e se
a c u e s ta en e l O e ste " (pp. 4 3 0 -4 3 1 ). E sta s c o n sid e ra c io n e s so b re la a m
b ig ü e d a d de la lo c a s a b id u ría se e n c u e n tra n casi al fin a l de la o b ra , c e
rran d o el c írc u lo a b ie rto p o r su lem a del c o m ienzo: “E n e ste libro, e l ig
n o r a n te p u e d e le e r la s h is to r ia s tan b ie n c o m o e l s a b io " . R e c o rd e m o s
C a p ít u l o I: L a a n t r o p o l o g ía . L a l o c u r a y e l a m o r .. . 109
39 E c le s ia sté s , 7, 4.
40 11 C o r. 11, 23.
41 1 C or. 1, 1 8-28.
42 H e c h o s 4, 13.
43 “L a P a rá c le sis o ex h o rtació n al estu d io de las letras d iv in a s” en: E rasm o,
E l E n q u irid ió n ... o p .c it., p. 4 5 4 .
44 Ib id e m , p. 4 5 4 .
45 P a r á fr a s is so b re M a rc o s 4, 33, cit. en F. R ic o , o p .c it., p. 125.
46 P a r á fr a sis a l E v a n g e lio d e S a n M a te o , cit. p o r D á m a so A lo n so en uno
de los p ró lo g o s a E ra sm o , E l E n q u irid ió n ... o p .c it., p p . 4 2 6 -4 2 7 .
47 “ A d a g ia ” , en E rasm o , O b ra s e sc o g id a s... o p .c it., p. 1071.
48 Ib id em .
49 Ib id e m , p. 1070.
50 “ E p ig ra m a s ” , en O b ra s e sc o g id a s... o p .c it., p. 1156.
51 “ G a rg a n tu a ” , en F ra n ? o is R a b e la is , O e u vre s, P a rís, F la m m a rio n , 1928,
to m o I, p. 15.
52 Ib id e m , p. 16.
53 Ib id e m , p p . 6 3 -7 0 .
54 “ L e T ie rs L iv re ” , en R ab e la is, o p .c it., pp. 2 5 4 -2 5 5 .
55 “ L e Q u a rt L iv re ” , en R a b e la is , o p .c it., v o l. 2, pp. 122-123.
56 “G arg an tu a” , en R abelais, op.cit., p. 34. L a cita corresponde a I Cor. 13, 5.
57 S e p tu a g in ta . I d e s t V e tu s T e s ta m e n tu m g r a e c e iu x ta L X X in te r p r e te s
e d id it A lfred R ah lfs, 9a. ed ició n , S tu ttg art, D eu tsch e B ib elstiftu n g , 1935,
v o l. I, p. 192, L e v 19, 18. D eb o los d ato s y la b ib lio g rafía d e e sta n o ta y
d e la s ig u ie n te a mi c o le g a , el D r. L e ise r M ad an es.
58 P a ra e ste te m a , v é a s e A n d e rs N y g re n , E r o s y A g a p é ... o p .c it., p a s s im y
pp. 6 4 -6 5 en p a rtic u la r. S oy c o n sc ie n te de q u e m is arg u m e n to s c o n ta m i
nan fu e rte y re c íp ro c a m en te las do s n o cio n es del a m o r q ue N yg ren p la n
teó c o m o té rm in o s o p u e sto s . N o o b s ta n te , m e p re g u n to si a ca so el p a r
‘ah°bá - a g a p é no p u d o tam b ién c o n ta m in arse e n tre los p rim ero s c ris tia
n o s y en S an P a b lo d e l s ig n ific a d o d e la p a la b ra h a e s a e d , “ b o n d a d ” ,
u sad a en el D e u te ro n o m io 5, 10 y 7, 9 y tam b ién p o r el p ro fe ta O seas 6,
5. C risto c itó p re c isa m e n te el a lu d id o p asaje de O seas según M a teo 9, 13
y 12, 7. H. J. S to e b e c o n sid e ra q u e y a e ra m uy fuerte en el A n tig u o T e s
ta m e n to la c o n v e rg e n c ia d e los sen tid o s d e ‘a h “b á y h a e sa e d (V é a se su
a rtíc u lo so b re ‘‘h a e sa e d B o n d a d ” en E rn st Jen n i - e d . - , D ic cio n a rio te o
ló g ic o m a n u a l d e l A n tig u o T e sta m en to , M ad rid , C ris tia n d a d , 1978, vol.
1, cc. 8 3 2 -8 6 1 , e sp e c ia lm e n te las cc. 8 5 1 -8 5 4 ).
59 P ara u n a id ea m u y sem ejan te y d e fin id a co m o u na “ m e tá fo ra de la d ig e s
tió n ” , v é a s e el lib ro d e M ic h e l Je a n n e re t, L e d é fi d e s s ig n es. R a b e la is
e t la c r is e d e l ’in te r p r é ta tio n a la R e n a is s a n c e , O rlé a n s , P a ra d ig m e ,
1994, p. 47. E s ta o b ra c o n tie n e a d em ás a n álisis ú tiles so b re los c am bios
en lo s s ig n ific a d o s a n tro p o ló g ic o s y s im b ó lic o s de la s c o m id a s , d el
G a rg a n tu a al Q u a rt L iv re, v id e pp. 7 8 , 114, 147 y ss., 175-178.
C a p ít u l o I: L a a n t r o p o l o g ía . L a l o c u r a y e l a m o r ... 111
60 I C o r . 8, 1.
61 “P a n ta g ru e l” , en R ab e la is, o p .c it., p. 165.
62 “L e T ie rs L iv re ” , en R ab e la is, o p .c it., p. 2 6 0 .
63 Ib id e m , p p . 2 6 6 -2 6 7 .
64 B o n av e n tu re D es P ériers, L es N o u ve lle s R e c ré a tio n s e t J o y e u x D e vis, p u
b lic a d o s c o n e l C ym b a lu m m u n d i, P a rís, G a rn ie r, s.f. (p o s te rio r a 1858).
65 L u c ie n F eb v re, A m o u r sa cre e t a m o u r p ro fa n e. A u to u r d e l ’H e p ta m éro n ,
P a rís , G a llim a rd , 1944.
66 S u títu lo c o m p le to e s C y m b a lu m M u n d i e n fr a n q o is c o n te n a n t q u a tr e
d ia lo g u e s p o é tiq u e s, fo r t a n tiq u e s, jo y e u x e t fa c e tie u x . H e m o s u tiliz a d o
la e d ic ió n a c arg o d e Y v e s D eleg u e, q u e fo rm a p a rte d e la serie “T extes
d e la R e n a is s a n c e ”, p u b lic a d o s p o r H o n o ré C h am p io n , P a rís, 1995. E n
a d e la n te , c ita re m o s D es P é rie rs , C ym b a lu m ... o p .cit.
67 L u c ie n F e b v re realizó un e stu d io c o m p le to d e las c irc u n stan c ia s ex tra ñ a s
q u e ro d e a ro n la d o b le p u b lic a c ió n d e la o b ra en P a rís (1 5 3 7 ) y en L y o n
(1 5 3 8 ), y d e lo s h ech o s aú n m ás o scu ro s q u e o c u rrieron d u ra n te el ju ic io
e n e l c u a l só lo re s u ltó c o n d e n a d o J e a n M o rin , el im p re s o r p a ris in o d el
C y m b a lu m , a u n q u e n a d a se d ije ra ni se s u p ie s e e n to n c e s d e l a u to r d el
t e x t o ( V é a s e L . F e b v r e , O r i g é n e e t D e s P é r ie r s o u L ’E n i g m e d u
“ C ym b a lu m M u n d i” , P arís, D ro z, 1942, pp. 105-121).
68 L a lite ra tu ra so b re e l C ym b a lu m e s in m e n sa y, p o r lo ta n to , m e lim itaré
a re s e ñ a r encesta n o ta la s e x é g e sis m ás salien te s, la s c u ales, a d e c ir v e r
d a d , o s c ila n c a s i to d a s e n tre e l e x tre m o d e a tr ib u ir a D e s P é rie rs u n a
in c re d u lid a d m ilitan te en d e sm e d ro d el c ristia n ism o y e l d e c o n sid e ra rlo ,
p o r e l c o n tra rio , u n e x p o n e n te d e las c o rrie n te s e s p iritu a lista s q u e , p a r
tie n d o del m agisterio d e E rasm o , cu lm in aro n en una nu ev a p iedad iren ista
y u n ita r ia . Y a en 1 5 5 6 , e n su A p o lo g ía d e H e ró d o to , H e n ri E s tie n n e
a s o c ió e l n o m b re d e B u e n a v e n tu r a c o n e l “ d e te s ta b le lib r o titu la d o
C y m b a lu m M u n d i” y c o lo c ó a n u e stro a u to r y a F ran g o is R a b e la is e n tre
lo s L u c ia n o s m o d e rn o s q u e h a b ía n d ad o “ c o rn a d a s c o n tra la v erd a d e ra
re lig ió n c ris tia n a ” , so c a p a d e “e x p u lsa r la m e la n co lía d e los e sp íritu s y
d a rle s un p a sa tie m p o ” (C it. en D es P é rie rs, C ym ba lum ... o p .cit., pp. 115
1 16). L o s e ru d ito s d e lo s sig lo s X V III y X IX -i.e . L a M o n n o y e (notas a
la e d ic ió n d e l C y m b a lu m p o r P r o s p e r M a rc h a n d , A m s te rd a m , 1 7 3 2 ) y
J o h a n n e a u (n o tas a la e d ició n d e la o b ra p o r P. L. Jaco b , P a rís, G osselin ,
1 8 4 1 )- in sistiero n en e sa m ism a a d sc rip c ió n so b re la b a se d e las so lu cio
n es h a lla d a s a v arios en ig m a s d el tex to . E n lo s a ñ o s ‘2 0 d e nu e stro siglo,
lo s h is to ria d o re s d e l ra c io n a lism o m o d e rn o , c o m o A b el L e fra n c (in tro
d u c c ió n a P a n ta g ru e l, e d ic ió n c rític a d e las O e u vre s d e R a b e la is , P arís,
19 2 2 , to m o III, p p . L X I-L X IX ) y H en ri B u sso n (L e ra tio n a lism e d a n s la
litté r a tu r e fr a n q a is e d e la R e n a is s a n c e , P a rís , V rin , 1 9 5 7 ), v ie ro n en
D e s P é rie rs a lg o m ás q u e un p re c u rs o r d e la c rític a ra c io n a l d e la s re li
g io n es, un au tén tico in crédulo an ticristian o , m ientras q u e L ouis D elaru elle
( “ E lu d e s u r le p ro b lé m e d u C y m b a lu m m u n d i" , en R e v u e d ’h is to ir e
litté r a ire d e la F ra n c e , X X X II, p p . 1-23, 1925) c o n v ertía a B u en a v e n tu
ra e n u n a lte r e g o lu c id o d el S a m o sa te n se (u n a p e rs p e c tiv a n u e v a so b re
e ste p a re n te sc o b u scado, v éase en C h ristian e L au v ergnat-G agniére, L ucien
d e S a m o s a te e t le lu c ia n is m e en F r a n c e a u X V Ie . s ié c le . A th é is m e et
p o lé m iq u e , G in e b ra , D ro z , 19 8 8 ). E n 1939, J o s e f B o h a te c ( “C a lv in e t
J osé E m il io B urucúa
e lla p o r su s p re te n s io n e s d e p ro f e ta , las c u a le s se a c e n tu a ro n c u a n d o
P o s te l c o n o c ió a u n a v is io n a ria , la m a d re G io v a n n a , a q u ie n n u e s tro
h o m b re lleg ó a c o n sid e ra r co m o u n a M esías fem en ina. E x a m in a d o p o r la
In q u is ic ió n , re c u p e ró m uy p ro n to su lib e rta d y re a liz ó un seg u n d o v iaje
a O rien te. D e e sa s e x p erie n cia s ex trajo el m aterial para su ap o lo g ía D e la
r e p ú b lic a de lo s T u rc o s, p u b lic a d a en 1560.
91 C ita d o en Jo sep h Lecler, H isto ire d e la to léra n ce au siéc le d e la R éform e,
París, A u b ie r-M o n ta ig n e , 1955, vol. 2, p. 33.
92 P ie rre C h arro n , D e la S a b id u ría , B u en o s A ires, L o sa d a, 1948. T rad . p o r
E lsa F a b e rn ig , pp. 2 2 -2 3 .
93 ¡b id em , p. 34.
94 Ib id e m , pp. 5 8 -5 9 .
95 Ib id e m , p. 52.
96 Ib id e m , p p . 144 y ss.
97 Ib id e m , p. 165.
98 Ib id e m , pp. 2 1 0 -2 1 1 .
99 Ib id e m , p. 167.
100 Ib id e m , p p . 1 6 0 -1 6 4 .
101 Ib id e m . p p . 4 4 -4 5 .
102 Ib id e m , p. 22 4 .
103 Ib id e m , p. 186.
104 Ib id e m , pp. 187 -1 8 8.
105 Ib id e m , pp. 2 5 4 -2 5 5 .
106 Ib id e m , p. 514.
107 Ib id e m .
108 Ib id e m , p. 519.
109 Ib id e m , pp. 5 7 8 -5 8 2 .
110 Ib id e m , p. 51 9 .
111 M ich e l d e M o n taig n e, E ssa is, P arís, F e rn a n d R o ch es, 1931, lib ro II, c a
p ítu lo X II, pp. 151-403.
112 Ib id e m , p. 167.
113 Ib id e m , p. 2 4 5 .
114 Ib id e m , p. 2 7 2 .
115 V é a s e al re s p e c to R ic h a rd H . P o p k in , T h e H is lo r y o f S c e p tic is m fr o m
E r a s m u s lo S p in o za , B erk eley , U n iv e rsity o f C alifo rn ia P ress, 1979, pp.
4 6 y ss., p a ra q u ie n I C or. I e ra el p a sa je e sc ritu ra rio fa v o rito d e los e s
c é p tic o s fid e ísta s del s ig lo X V I, lo s lla m a d o s “ n u ev o s p irro n ia n o s ” .
116 Ib id e m , lib ro II, vol. II, c a p ítu lo X X X I, p. 88.
117 Ib id e m , pp. 9 1 -9 2 .
118 Para u n a aproxim ación al m ism o pasaje de M ontaigne desde una perspectiva
diferente, véase Stephen G reenblatt, M arvelo u s Possessions. The W onder o f
the N ew W orld, O xford, C larendon P ress, 1991, pp. 146-151.
119 H e u s a d o la e d ic ió n c u id a d a p o r M arió n L e a th e rs D a n ie ls K u n tz : Jean
C a p ít u l o I: L a a n t r o p o l o g ía . L a l o c u r a y e l a m o r ... 115
También G alileo supo desplegar una fuerza cóm ica con aquel
doble tenor, un im pulso hacia la risa que fue autónom o en sus
poem as burlescos de la juventud, según se advierte en una Befanata
que le pertenece y donde el sabio ríe de su propia glotonería:
C a p ít u l o II: L a r is a . I sa a c y S i l e n o .. 121
"(...) E starem os ahora aten tos a l consejo que seg u iréis vos
mismo, ya que el callarse, com o vos decís, es cosa de d eses
perados o de convencidos; el volcarse p o r entero a la m orda
c id a d y al escarn io tiene mucho de incivil; las bu rlas y las
brom as no convienen a la filosofía; (...)" n
los hom bres. C om o quiera que sea, con las salvedades hechas
sobre la prohibición del abuso, A ristóteles cree que la eu trapelia
otorga a los hombres el elem ento de distensión y de alegría n ece
sario para la vida en com ún41. Es más, en el capítulo 6 del libro
VIII de la m ism a E tica nicom aqu ea, nuestro filó so fo afirma que
las personas verdaderamente felices desechan cualquier con si
deración utilitaria a la hora de elegirse am igos, pero que la bien
venida de la eu trapelia en el prójimo es un factor relevante, sólo
inferior a los im pulsos que nos guían hacia el bien, en nuestra
búsqueda de las formas más altas de la existencia humana42.
El arte de la oratoria política, é a su^ fán por definir, ordenar
y dom inar todos los m ecanism os suasorios del discurso, no po
día perm anecer ajeno al recurso de la risa. Por ello , A ristóteles
in clu yó acotaciones sobre el punto en varios pasajes de su R etó
rica. El capítulo 11 del libro I enumera todas las causas del pla
cer, ese “m ovim iento por el cual el alma es conscientem ente lle
vada a su forma normal de ser”, y precisam ente las últimas de
aquellas causas son la diversión y la risa que desencadenan las
cosas cóm icas, hom bres, palabras y accion es43. P oco más ade
lante, el filó so fo destaca las actitudes de la mente a las que es
posib le recurrir para com pensar la ira y llevar al auditorio hacia
una sensación de calm a y bienestar: ellas son el ju ego , la risa, la
participación festiva, la prosperidad, el éxito, la abundancia, en
sín tesis, la hilaridad, el placer no insolente y la esperanza ju stifi
cada44. Por últim o, en el capítulo 18 del libro III, dedicado a los
instrum entos de la controversia, las bromas cierran el panorama:
G orgias ya las recomendaba para destruir la seriedad del op o
nente a sí com o aconsejaba esgrim ir seriedad en contra de los
chistes usados por la contraparte. D e cualquier manera, según
A ristóteles, quien se remite a la clasificación de las bromas rea
lizada en la P o ética (en su segundo libro perdido), el hombre
libre, el ciudadano recto, usará preferiblem ente la ironía, que le
cuadra mejor que la causticidad. “E l hom bre irónico brom ea p a ra
d iv e rtirse a s í m ism o, el bufón p a ra d ive rtir a los d em á s" 45.
El Estagirita también se ocupó de la fisio lo g ía de la risa en el
tratado Sobre la s p a rte s de los anim ales. A l describir el m ovi
m iento del diafragma, nuestro autor encuentra en la experiencia
de la risa una prueba de la acción del calor sobre ese m úsculo.
Porque cuando a un hombre se le hacen cosquillas en la axila, el
m ovim iento se transmite al diafragma, lo calienta y éste o ca sio
na una risa independiente de la voluntad. Pero, nos dice A ristó
teles, deslizándose de la biología hacia la antropología filosófica:
132 J osé E m il io B urucúa
del ridículo que un azar puede poner al alcance del orador59. Pero
las Institution es reconocen, más todavía que el texto de Cicerón,
el poder arrollador y b enéfico de la risa.
“(...) Aunque la risa parezca ser una cosa frívola, propia más
que nada de los bufones, de lo s m im os y de los ignorantes,
no sé si habrá algo cuya fu erza sea tan im periosa y a l a cual
apenas se pueii^ resistir. Pues a menudo ella irrumpe a p e sa r
n u estro y no só lo o b lig a a la ca ra y a la v o z a ex p resa rla
sino que sacude todo el cuerpo con su violencia; suele o cu
rrir que ella cam bie el ten or de los m om entos m ás serio s y,
con mucha frecuencia, quiebre el odio y la ira " 60.
pos del D eca m eró n 95. El ejem plo de B o cca ccio está siem pre pre
sente y m uy vivo tras los relatos de B racciolini, al punto de que
las tópicas del uno y del otro se superponen en tantos aspectos
que hasta podría hablarse de una tipología común. Pero las fa c e z ie
son m ucho más breves que los cuentos del D e ca m eró n , se d es
pliegan en un par de sentencias o pinceladas, y la com icidad re
sultante de tal concentración narrativa casi no necesita de argu
m entos ni descripciones de detalles para que estallem os en una
risa fácil, a la cual contribuye además el uso de un latín cicero
niano im pecable que los hum anistas de aquella edad de oro de
las lenguas clásicas solían consagrar al tratamiento de cu estio
nes m ás altas96. Si bien B racciolini subraya que, en ocasión de
las fa c e zie , su latín ha rehuido “el estilo solem ne ”, pues los “asun
tos h u m ild e s” m enosprecian los adornos del discurso y “exigen
se r referidos com o fu eron d ic h o s ”, hay en el hecho m ism o de
escribir cuentos graciosos en latín, según P oggio, una prueba de
la resurrección com pleta y de la plasticidad de la lengua antigua
recuperada:
Otro rasgo más separa las em presas cóm icas de B o cca ccio y
de B racciolini y es que el últim o no ha im aginado marco alguno
de ficció n , com o el de los diez am igos reunidos en una villa a
instancias de la dama Pampinea, para dar un hilo a sus relatos
aparentem ente desgranados al acaso. Es más, P oggio aclara a
m odo de con clu sión que tales historias fueron contadas en una
suerte de club romano, el B ugiale (el “M entidero”), donde desde
los tiem pos de Martín V se reunían los secretarios de la Curia (el
nuestro incluido) para reir a sus anchas y “a liv ia r el a lm a ”, a
m enudo a costillas de los narradores, R azello de B olonia, A nto
nio L usco, C encio Rom ano, P oggio por supuesto, y hasta del
Sum o P on tífice, todos ellos tantas v eces m encionados en el tex
to de las fa c e zie .
• el relato, casi una n o vella , del rey de una isla rem ota cuya
m esa m agnífica era atacada y devorada por lo s ratones; un
mercader gen ov és m ostró al monarca las habilidades de su
gata, animal d escon ocid o en aquella isla, y dejó finalm ente
su m ascota de regalo en el palacio; el rey agradecido cubrió
de riquezas al mercader; tiem po después, sabedor del su ce
so, otro navegante ligur in ten tó cam biar su fe lin o por un
nuevo tesoro, pero el rey y los habitantes de la isla ya no se
impresionaron de las aptitudes de un animal que les resulta
ba fam iliar173.
C ap tulo II: L a r is a . Isa ac y S il e n o . 159
* H ip ó lito , h ijo d el re y T e se o y d e u n a a m a zo n a , h o n ra b a e sp e c ia lm e n te a
la c a s ta A rte m isa p ero d e sp re c ia b a a A fro d ita, d io sa del a m o r. E sta, p ara
v e n g arse , in sp iró en F ed ra, e sp o sa d e T eseo , un a m o r d e se n fren a d o h a cia
' su h ija stro , lo c u al d e se n c ad e n ó la fe ro z trag ed ia q u e a ca b ó con las vidas
d e F e d ra y d el m ism o H ip ó lito . S é n e c a y R ac in e tra n s fo rm a ro n el m ito
en p ie z a s d e teatro . A l d e c ir q u e su s v e rso s lo g rab an e x c ita r los a p etito s
d el c a sto H ip ó lito , el P a n o rm ita e x a lta b a la fu erza lib id in al d e su poesía.
162 J osé E m il io B urucúa
sua fa ta om nes lib e lli pues son am enazantes las actitudes de los
cen sores204, sigu e el extraño lam ento de un caballo al que no
alim enta su amo cruel, un hombre que mora en los antípodas de
la caridad y es com pendio de todo el mundo anim al, puerco es-
pín, buey y asno al m ism o tiem po205; por fin, se o y e una segunda
exhortación del Panormita al libro para que, si así lo quiere, huya
de quien lo engendró y corra a refugiarse en el lupanar de F lo
rencia.
Pero dom ina por fin, en esa literatura latina de ligereza in es
perada que casi reinventó el Pontano, el tono có m ico que d escu
brim os asociado a la ternura en las N enias, que vu elve a despun
tar en el retrato cariñoso de un borrico en el A sinus ( “M e g u stas
ahora, cu an do ca sta ñ etea s lo s dien tes, cuando ju g u e te a s con
p e q u eñ o s m o rd isqu eo s g e n tile s ’’)2'1 y que ni siquiera llega a ser
sarcasm o en la descripción tan crítica que, por la boca de su e s
p osa, P ontano h ace del propio d on ju an ism o g ro tesco en el
A n toniu s ( “A ctu ó la m ano d e D io s el d ía que se rom pió la p ie r
na. A h ora no p o drá , rengo com o ha qu edado, e sta rse afuera
tod o e l día, a tod a hora a la ca za de m ujerzuelas. Q ue se ría
ahora, si es capaz, que vaya nom ás a la ciudad, qu e frecu en te
las c a sa s de sus am igos, que se deten g a p o r las ca lle s a co n v e r
sa r con los m uchachos d e las p ro stitu ta s ”)218. Su estilo zumbón
no exim e siquiera a las expresiones más cerem oniosas de la p o
lítica porque, en una carta dirigida al rey Fernando II de N ápoles
el 12 de octubre de 1493, p ocos m eses antes de la invasión al
reino por Carlos VIII de Francia, nuestro Pontano echa m ano de
dos proverbios y se atreve a escribir a la majestad de su correspon
sal deslizándose del tratamiento reverencial del vos al tuteo llano:
* L a a lu sió n a la fila d e la s h o rm ig a s , q u e re p re s e n ta a q u í p ro b a b le m e n te
u n a d e las p rim eras p ro c e sio n e s d e frailes u o tro s clé rig o s en los tiem pos
% d e la C u aresm a , v u e lv e d e m a n e ra in e sp e ra d a en fo rm a d e un sím il e ró
tic o e n u n p o e m a d e L o re n z o d e M e d ic i; d ic e e l M a g n ífic o q u e la m a r
c h a d e la s h o rm ig a s c a rg a d a s se a se m e ja a " m is p e n s a m ie n to s , q u e van
lig e ro s h a cia m i bella señ o ra ” (C it. en E m ilio C ecchi y N a talin o S ap eg n o
( d ir.), S to r ia ..., o p .c it., v o l.III, p p . 4 9 9 -5 0 0 ).
17 2 J osé E m il io B urucúa
Adán, E va y todos
sus hijos y p a rien tes esperan que él muera,
p a ra que vuelva vivo y los saque fuera.
* L o s án g eles.
** L a lu n a.
*** El so l.
/
i a i >t u l o II: L a r is a . Isa a c y S i l e n o .. 1 73
N o tendrem os envidia
a los Rom anos, pu es alzóse esta turba
de la tierra, que todo bien arruina y p e rtu rb a ”1*4.
* L a T ra n s fig u ra c ió n .
** L a a p a ric ió n d e C risto a la M ag d a le n a .
*** L a c e n a en E m aú s.
1 76 J osé E m il io B urucúa
del culto de los dioses. Además, desde los tiem pos m ás rem o
tos hasta hoy, se ha o b serva d o que la naturaleza une la in
m ensidad y la extrañeza con la rareza, p a ra que parezca que
ella no sabe produ cir nada exquisito ni grandioso que no sea
raro (...) D e ta l m odo, sin duda com prendem os que todo lo
raro p o se e un sentido de divinidad, p o r cuanto tien de a se r
considerado único y exquisitamente solo, y muy separado de
la popu losa muchedum bre de las otra s cosas (...)
P or la tanto, podría afirm ar que el oficio del escritor consis
te en tra ta r sólo tem as que sean descon ocidos o im pensados
p a ra lo s le c to re s”263.
dios travieso prepara una nueva broma pues quiere crear d iv isio
nes y celo s entre los dioses a causa de esas plegarias que se diri
gen hacia el cielo. Los inm ortales reciben com placidos las ora
ciones y piden al inventor del asunto, a M om o, que regrese al
Olim po. Pero al p oco tiem po, los votos de los hombres han inva
dido todo el palacio celestial, im piden el paso del carro solar y,
para colm o, com ienzan a heder pues, siendo d eseos humanos,
están llenos de odio, de ira y de m iedo. M om o aprovecha para
contar a Júpiter cuáles son las ocupaciones de los mortales en la
(¡erra, para señalar que la más útil de ellas es la de m endigo va
gabundo y criticar a los filó so fo s y sofistas a quienes M om o atri
buye el no creer en la existen cia de los dioses. Entretanto, Juno
lia construido un arcoiris con los ruegos de los hom bres, pero el
arco se derrumba y entonces Júpiter, enojado contra la hum ani
dad que ha provocado esa catástrofe en el cielo, resuelve cam
biar el m undo. Con el propósito de calmar a su padre, los demás
dioses le sugieren que pida consejo a los filó so fo s para encarar
la transformación del universo: así Júpiter desciende a un g im
nasio de la tierra donde se han concentrado los sabios, es recono
cido por D ióg en es y luego se topa con D em ócrito a quien escu
cha debatir el tem a de la existen cia de los dioses. Júpiter encarga
a su hijo M ercurio que hable con los filó so fo s y les pregunte
acerca de la reorganización del mundo. Ante el fracaso de M er
curio, Júpiter asigna la m ism a m isión a A polo, el cual regresa al
O lim po haciendo grandes elo g io s de Sócrates y D em ócrito. A
todo esto, en la asam blea de los inm ortales ya se han presentado
varios proyectos mientras el calor, el hambre y la fiebre diezm an
a los habitantes de la tierra y los hombres elevan preces ex cep
cion ales a los d ioses. Júpiter se siente conm ovido y d esvía su ira
hacia M om o: el dios del Sarcasm o es condenado a destierro por
segunda v ez y encadenado a un arrecife en el océano.
Las divinidades bajan a la tierra y se dirigen hacia el teatro
donde los mortales celebran ju eg o s en su honor. Júpiter se mara
villa de la b elleza de la construcción y se arrepiente de no haber
consultado a los artistas antes que a los filó so fo s para realizar la
reform a del mundo. Enopo, com ediante y filó so fo , narra su h is
toria: atrapado por unos bandidos, ha estado a punto de morir en
sus m anos, pero la intervención de una estatua parlante del dios
del Estupor puso a los ladrones en fuga. Enopo, incrédulo hasta
entonces, se convierte en un hombre religioso y, agradecido a su
protector, se pone a pulir su estatua, pero ello provoca un dolor
insoportable al d ios que se ha escondido dentro de la escultura.
180 J osé E m il io B urucúa
“(...) y p ro m etió [al cura] d esd e aquel m om ento esfo rza rse
para no caer nunca más en la creencia de ser el Grasso, como
hasta entonces había hecho, si es que aca so alguna vez no
volviese a se r el G rasso (,..)”29'.
Tal vez sea éste el mom ento para recordar una com posición
anónima en 80 octavas, la llamada H istoria de C am priano ca m p e
sin o, escrita en lengua toscana del Quattrocento, impresa muchas
veces durante el siglo X V I en formatos pequeños y, al parecer,
muy bien vendida298. Aretino, por ejem plo, en la primera jornada
del D iálogo entre la Nanna y la Pippa, alude al éxito de esa novella
en verso que era vendida y recitada por un tal Zoppino (“renguito”),
comerciante de libros de cordel y recitador en la Rom a de los años
1520-1530299. Nanna y Pippa se desternillaban de risa con las aven
turas de Campriano quien, para preservar el dinero de la dote de
sus hijas, escondió sus últimas cinco liras en el trasero de su borri
co. Habiendo encontrado a dos mercaderes en el cam ino, Cam
priano aprovecha esa circunstancia para venderles muy caro su
asno caga-dineros y, luego, con la com plicidad de su mujer, seguir
las ventas ridiculas de una olla donde el agua hierve sin fuego, de
un conejo capaz de llevar m ensajes y embajadas, de una trompeta
que resucita a los muertos (los mercaderes llegan a matar a sus
mujeres para probarla), y del derecho de tirarse al río donde está el
país de Cucaña, en cuya búsqueda los dos incautos perecen ahoga
dos. El autor anónim o declara sus intenciones - “y m e ayuda el
E spíritu S a n to /d e haceros reir cantando y o hago alarde ”300- y se
detiene largamente en la descripción de aquel “otro m undo" de
Cucaña301: un bello jardín, las viñas unidas con salchicas, un río de
vino, los “cappon i c o tti” que se pasean vivos, las montañas de
queso rallado, una cocinera que no para de hacer m accheroni, va
sos de cristal con m alvasía, peces en gelatina, huevos frescos y
tortas de hierbas com estibles que deambulan para los días de abs
tinencia, unas doncellas vestidas con apenas unas polleritas quie
nes solazan a los paseantes, los llenan de besos y gentilezas, les
lavan los pies, los sientan a la m esa y les sirven majares exquisitos
sin pedir pago alguno por el servicio, todo evoca las im ágenes
posteriores de las musas macarrónicas del Baldus y el fam oso cua
dro del país de Jauja pintado por Pieter Bruegel302.
Por últim o, unos p ocos cantos son recitados por las propias
criaturas del Carnaval, por los seres que sólo tienen una existen
cia de carne y hueso en los tiem pos de inversión. Los risueños:
Pulci m antuvo una agria polém ica con el cura M atteo Franco
a raíz de algunas com p osicion es en las que nuestro poeta se m o s
traba incrédulo respecto de varios dogm as centrales de la fe cris
tiana359. N o cabe duda de que la creencia en la inmortalidad del
alm a es atacada con virulencia en el siguiente soneto de Pulci:
Por otro lado, Pulci sabe que su canto, aunque épico, no está
para las “guirnaldas de la u re l”, ni es “tan satírico cuanto p a rece
a p rim era v is ta ”, sino que sirve más bien para ser acompañado
con una “pequeñ a siringa ” (zam pogn etta) y guarecerse entre las
hayas y los boyeros372. El M organte es visto por su autor com o un
poem a que se dirige y que atrae a diversos públicos, un texto
polisém ico y polivalente del que obtienen deleite los m ism os poe
tas, los doctos y los sim ples, nuestros sabios y marmitones, corde
ros y elefantes, pues “hay en él m ateria d e cám ara y de p la za ”373.
Siem pre los ju sto s son los p rim ero s lastim ados:
y a no razonaré m ás acerca de la fe,
sino despu és soy pu esto en boca de estos fra iles,
a llí don de van a menudo las lam preas,
y ciertos haraganes h ipócritas
informan: -A q u él d ijo ta l cosa, aquél no cree-,
a llí don de p a re c e h aber tanto ruido:
que si en el prin cip io estaba oscuro, oscuro continúa.
* S an A g u stín (?)
204 J osé E m il io B urucúa
lurbas de hombres que huyen ante su vista, corre tras ello s, los
putea, los alza por el aire y se retira cuando el p olvo levantado
por sus pies inm ensos no le permite distinguir nada a su alrede
dor. Ni los muros de las ciudades ni las fortalezas detienen al
i! ante, sólo se salvan quienes, com o cangrejos o grillos, buscan
i i . agujeros y las cavernas subterráneas para esconderse. El in-
iorinante (Leonardo, se presum e) pulsa la cuerda patética, habla
de la desesperación de los padres que pierden a sus hijos, del
lamento, del llanto, del terror, compara las habilidades de los
anim ales en la fuga (de las golondrinas, de los d elfines) con la
im potencia de los hombres y se im agina nadando en la garganta
del monstruo y perm aneciendo “con confusa m uerte sep u lto en
el gran v ie n tre ”. L o fabuloso se hace cóm ico en los versos que
Leonardo agrega al relato, citados probablem ente de m em oria de
un poem a heroico-burlesco del siglo XIV, la R eina d e O rien te de
Antonio P ucci595:
■al
i
)'
&ÍA
( /
,■ e '
/
w .
v w.' i
N \ '
*
(
>
‘< r —
o ésta sobre los viajes y los inmigrantes que más bien suscita el
llanto:
“D el navegar. Se verá los árboles de las grandes selvas del
Taurus y del Sinaí, del Apenino y del Talas correr p o r los ai
res de oriente a occidente, d el aquilón al m eridión, y lleva r
p o r el aire gran m ultitud de hombres.
¡Oh cuántas prom esas, oh cuántos muertos, oh cuánta se p a
ración de am igos y p a rien tes, oh cuántos serán quienes no
vuelvan a ver nunca m ás sus provin cias ni sus patrias, y que
m orirán sin sepultura con sus huesos esp a rcid o s en varios
lugares del mundo! ”420;
Ilustración n° 7: Rossellino (atrib.), Virgen con el niño, terracota, alt. 0,5 m., Londres,
Victoria and Albert Museum.
1 a i ' ít u l o II: L a r is a . I sa a c y S il e n o . 225
ile nuestro asunto parecen bastante claros com o para decir que
habrían existido entonces tres vertientes de la risa, a saber:
“(...) com o veo cjue a d esp ech o d e sus esfu erzo s cu lp a b les
p a ra desacreditarla y extinguirla, se difunde y flo rece m ás de
día en día, dedu zco cjue es la m ás verdadera, la m ás divina
de todas, y que visiblem ente la p ro teg e el Espíritu Santo ”449.
ejem plo. Tam poco se perdía la mem oria del sim pático p io v a n o
de San C resci en M a c iu o li, p ersonaje de varias f a c e z ie de
L od ovico D om enichi y resucitado com o protagonista de la pin
tura en el sig lo XVII, según ya verem os. E l horizonte humanista)
de los m odelos antiguos tornó a iluminarse más que nada en las
audacias geniales de Pietro Aretino y en el arte latino-m acarró-
nico del m ism o F olengo, al cual no fue ajeno el gusto cam pesino
por lo carnavalesco, lo inverosím il o lo desbordadam ente fantás
tico. S exo y escatologías siguieron proporcionando la base de
los nudos cóm icos en las tres vertientes; paradójicamente, al co n
trario de cuanto ocurría con el erasm ism o transalpino, en Italia
resultaba más d ifícil descubrir el elem ento cristiano en las repre
sentaciones ridiculas del Cinquecento que en las del sig lo ante
rior, a m enos que se piense que m etam orfosis utópicas com o las
del “mundo nuevo” del D oni encerraban un eco mayor de los
d esid era ta igualitarios de la religión. Es probable que, en el si
glo X V I, sólo Bruno haya sido capaz de colocarse, riendo y sin
disim ulos, más allá de cualquier risa cristiana a la que el m ism o
N olan o hubo de considerar incluso sim ulación, alegría ilusoria e
hipócrita impostura. Veamos de cerca estas evolu cion es de lo
cóm ico en la Italia del R enacim iento tardío.
“(...) pu es son éstos m ovim ientos del intelecto, los cuales, sin
son bellos y hermosos, sirven de signo y testimonio de la d es
treza del ánim o y de las costum bres de quien los dice (lo cual
gu sta en dem asía a los hom bres y los hace qu eridos y am a
bles); p ero si aquéllos son lo contrario, producen un con tra
rio efecto, p o rqu e p a re c e que sea el asno quien ju e g a o que
alguien muy go rdo y culón b a ile y sa lte vestido só lo con un
ch aleco”469.
“(...) A ristó teles y H oracio vieron los tiem pos de ellos, p ero
los n uestros son de otra m anera: tenem os otras costum bres,
otra religión y otro m odo de vivir, p o r lo cual es n ecesario
h acer la s com edias de otro m odo: en F lorencia * no se vive
com o se vivía antaño en A tenas y en Roma; no hay esclavos,
no se usan los hijos adoptivos, no vienen los rufianes a ven
d er muchachas; ni los soldados de hoy día, en los saqueos de
las ciudades y de los castillos, se llevan ya m ás a las niñas en
p a ñ a les ni la s crían com o hijas ni les dan la dote, sino que
están aten tos a robar todo cuanto puedan y, si acaso les lle
gasen a c a e r en las m anos m uchachas c recid ita s o m ujeres
ca sa d a s (si es que no pien san o b ten er un buen resca te), les
arrebatarían la virgin idad y el h o n o r”491.
dar los abusos de los cuales las mujeres son víctim as. Las pro
pias artes de la vieja M om ia Sabattina, m otivo del título de la
obra, se verán rehabilitadas, por cuanto de las prácticas h ech íce
n les dependerá el desenlace feliz que im pida a Tadeo ir a la gu e
rra y eme logre para él el amor de su bella Ginebra. La “bruja”
realiza la burla efectiva de la guerra que el burgués B on ifacio ha
condenado en las palabras dirigidas al sobrino Tadeo:
* H a b la r co n re m ilg o s.
254 J osé E m il io B urucúa
no, vid, pero: gran vituperio es que tú, villano traidor, hayas
querido ennoblecerte por tales m ed ios”578;
• entre los juegos de palabras, el episodio del impresor no muy
letrado que escribió D e vitiis pontificum (“Sobre los vicios de
los p on tífices”) en lugar de D e v itis pon tificu m (“Sobre las
vidas de los pon tífices”). El corrector no m od ificó el error,
“ju zg a n d o que éste se d ebía a la voluntad de D io s actuante
en la sim plicidad del com positor”5''9. O bien la ocurrencia del
m édico de Padua que quiso burlarse de un filósofo recitando
el verso de Petrarca “P o b re y desn u da vas F ilo so fía ”, a lo
que el filósofo replicó con el verso siguiente del m ism o poe
ta: “D ice la turba en tregada a la vil ganancia ”580.
llena de d esv elo s y se reconcilia por fin con D ios; bastaría pro
nunciar para ello unas pocas palabras - “H e p ec a d o , señor, p e r
d ó n a m e ”- y el dem onio cree razonable la salida, pero pregunta
quién a quién debe decirlas. La respuesta del ermitaño - “Tú a
D ios, p o r su pu esto produce el desprecio y la negativa de Sata
nás. La con clusión es clara: en la soberbia del ángel caído y no
en la voluntad divina reside la causa del mal en el m undo. Otro
ejem plo del ex c eso de las criaturas es la historia del padre que
ech ó de su casa al hijo por atreverse a matar y com er el capón
reservado para la fiesta del carnaval; a las protestas de lo s pa
rientes, aquel padre iracundo respondió con una com paración
ridicula:
Y el amante replica:
Pier L uigi Farnese, hijo del papa Paulo III, tam bién resultó
satirizado por hermafrodita en el son eto X X II596. El p o n tífice
lanzó un interdicto contra N ic c o lo Franco. Protegido por el co n
de de P op oli, el desaforado poeta pudo librarse un tiem po de la
persecu ción eclesiá stica y escribir unos C o m en ta rio s sobre la
historia de ese tiem po que fueron rápidam ente quem ados por
262 J osé E m il io B urucúa
Tal form a rústica a la par que poética de hablar con vien e apli
carla a las cosas de los cam pesinos y, haciéndola m enos grosera,
sirve tam bién para la descripción de batallas y de tem pestades en
el mar. Y si acaso en algún lugar se debe hablar de D ios o de los
santos, sería indigno y vituperable no echar mano de otros latines,
aunque no tan altos que parezca que una piedra preciosa está
sepultada en el lodo o que una gem a ha sido arrojada a los puer
cos. Por supuesto, Talia es la invocada cuando el poeta se refiere
a las m usas macarrónicas. El autor está entonces justificado si
abusa de las adaptaciones de la lengua vulgar y deform a el latín
con expresiones del tipo (nuevam ente intento una traducción al
macarrónico castellano): “se ca g a t encim am ”, “dicen do nadam ”,
“non e ra t tod avia m ”, “non e ra t apenam ”. Tales vocablos saben
a verdadero macarrónico: cuanto más groseros, mayor es su e le
gancia macarrónica y tanto más inteligibles aparecen. Porque d e
cim os “se ca g a t encim am ” en lugar de “tim e t” para provocar la
risa y no por razones retóricas, de m odo que el recurso principal
C a p í tu lo II: L a r is a . I s a a c y S ile n o ... 269
“(...) Y no poq u ito aprendim os, que los hom bres bufones no
tienen p a rte en el cielo ni en el infierno, a n osotros c o rre s
ponde orar p o r ellos quienes bufonizando nos arrancaron nues
tras m ela n co lía s”621.
C icerón con su habla, los sonidos de las cítaras con sus cantos:
todo es ex c e lso en ella, haga lo que haga. Pero, por las tardes,
cuando hombres y anim ales se recogen en sus moradas y buscan
el reposo, “sólo y o -d ic e T o n ello - toda la noche tengo m isera
b le m is tr a b a jo s ’’629. C rece la in d iferen cia, el d esp recio de
Zannina, y nuestro pastor com ienza a desesperar de la dueña de
“esa trom pita m ás du lce que cu a lq u ier ricotta ”630, de esa boca
que sonríe com o A polo, habla com o U lises, canta com o Arion,
escupe bálsam o, y cuando golpea, lastim a com o el acero631. La
“p érfid a vaca ” tiene un pecho férreo para Tonello, pero uno des
hecho para Bertolino. "Si nos com paras en cuanto a doctrina —
exclam a T onello-, m ás d octo so y y o en desb ro za r los huertos y en
con ducir los b u e y e s”631. Pero Zannina se ríe y se burla de todo
cuanto intenta Tonello, si com e, si bebe, si duerme, si toca la gaita.
Los amigos lo exhortan a olvidar ese amor que lo consume. Bigolino
intenta conm overlo con el recuerdo de la antigua alegría:
ran “m ierda ” las rimas de los lom bardos, “las de ello s ta m poco
m e saben a ju g o de a b e ja s ”616. Y hablando de m alos olores, pue
de suceder que, en m edio del canto del vate, se le escape un cu es
co al lector; nada hay de reprobable en ello, pues no es nuestra la
culpa sino de lo que com em os. U na cita evan gélica refrenda e s
candalosam ente tan sabia conclusión:
* “lo q u e o s p o n g a n e n la m esa , h e rm a n o s m ío s ”.
286 J osé E m il io B urucúa
p a rlo te o s”, más que lem as, argucias y sentencias, porque D oni
quiere que sus páginas sean leídas en las charlas de las barcas
(recordem os que el libro se publicó en Venecia), en las d iscu sio
nes de los bancos de plaza, en m edio de los “e n vo lto rios d e p a
la b ra s d esp u és d e la c o m id a ”, o entre los razonam ientos de los
m ercachifles “p ie rd ejo rn a d a s e irreflexivos" . Un lector ideal ha
de ser quien, durante el verano, lea una hoja cada tanto y con ella
pueda ahuyentar a las m oscas fastidosas que lo importunen. El
autor, por su lado, deberá cuidarse de otros m oscones, tábanos o
avispones y obligarlos a la fuga.
M ediante un sucederse de temas de om ni re scibili, encade
nados por la casualidad y el capricho, com o en una conversación
sin rumbo fijo, presentados en su faceta cóm ica, se construye la
poliantea proteica y grotesca donde se asoman la m itología, la
cien cia astrológica o la botánica en solfa696, la parem iología, la
crítica moral o la reflexión política. A sí nos enteram os de que a
la sorpresa de G iulio C am illo, maestro de las artes herméticas,
frente a la lentitud con la cual los venecianos resolvían los casos
de pena capital, D oni replicaba que no se ha de quitar apresura
dam ente a los hombres lo que luego no es posible devolverles, y
aprovechaba para cantar allí la alabanza de V enecia y de su régi
men republicano697. O venim os a saber que la alegoría de la paz
se representa con una mujer sobre un carro tirado por castores,
“an im ales que p o r huir de la guerra, y a m a r la p a z, se d esp o ja n
de lo su yo y lo abandonan p a ra p re sa de los o tro s”69S. O nos
entretenem os con los retratos de las profesiones, trazados a la
luz de las dudas respecto del hombre a quien confiarem os nues
tras hijas en matrimonio: que el filó so fo es proclive a la locura,
el astrólogo a la exagerada fantasía, el poeta a vestir a sus ama
das con hierbas o flores y a alimentarlas con cristales, que el
m édico lleva co n sig o enferm edades, el abogado sus parásitos, el
soldado sus calam idades, así só lo resta el mercader, el único que
asegura vestidos, telas, sedas, afeites, adornos y cuanto gusta a
las m ujeres699. R esulta esperable que sem ejante cascada de c o
nocim ientos jo c o so s se precipite en una A sin aria, a propósito de
un destinatario de la últim a B rom a a quien le cuadraría llevar el
de borrico por sobrenom bre, aunque mejor todavía el d e asno
cornudo. Lo cual da pie para que nuestro autor d esen vu elva un
elo g io m uy largo del atributo real y figurado de los cuernos, pa
sando revista a los bestiarios, a la m itología, a las con stelacion es
cornudas, a la historia y a la chism ografía italianas. Tales son la
propagación y la fam a universales de los cuernos que bien p o
292 J osé E m il io B urucúa
para la cual han sido educados desde niños. La d ivisión del tra
bajo es estricta y tan com pleta que nadie se prepara siquiera la
com ida sino que acude a las hosterías y recibe gratis los alim en
tos y manjares que necesita. N o existe el dinero y cada cual reco
ge sus vestidos, uniform es en cuanto al corte y al color según las
edades, directam ente en los talleres de los sastres y costureras.
N o hay ricos ni pobres en el m om ento de caer enferm o y ser
curado en los hospitales. El académ ico lo co se asombra de que
un rico fu ese a dar al hospital, pero es el sabio quien replica: “S é
cuerdo, hom bre, que a llí no era uno m ás rico que otro. Tanto
com ía y se vestía y tenía casa bien p ro vista el uno com o el o tr o ..... .
L os nacim ientos ocurren sin que se conozca la paternidad y, dado
que los niños, a partir de cierta edad, son criados y educados en
com ún por maestros especializados, aquel país m erece el ca lifi
cativo de bendito pues ha quitado del corazón de los hombres el
llanto y “el d o lo r ante la m u erte d e la mujer, de los pa rien tes, de
lo s padres, de la s m adres y d e los h ijos" . La comunidad de b ie
nes y personas contribuye a la elim inación, por inútiles, d e dotes
y litigios, con lo cual ha desaparecido la turba de notarios, pro
curadores, abogados y de los m ales que ello s acarrean en nuestro
mundo. L os viejos son exim id os del trabajo sistem ático y aten
didos en h osp icios muy confortables. L os holgazanes pertina
ces, después de haber sido exhortados varias v eces a reiniciar el
trabajo, se ven im pedidos de dirigirse a los alm acenes y de tomar
a p ia c e re la com ida para alimentarse. También el acceso a las
mujeres es com ún, punto que rechaza el académ ico loco, aunque
-d ic e el s a b io - “p o r se r co sa d e locos, d eb iera de g u s ta r te ”.
Por otra parte, “ten er una, dos, tres, cien y m il m ujeres a l m ando
de Vuestra S eñ oría os im pedirá c a e r en e x tra v a g a n c ia ”, claro
que el amor ha desaparecido y a esto replica el loco que él se
com place en ser presa del ardor y del d eseo eróticos721. El sabio
argumenta que, de cualquier m odo, la erradicación del amor e v i
ta los crím enes pasionales, las lacras de la rufianería y de la pros
titución, las com petencias sanguinarias entre las fam ilias por asun
tos de dote u honor. La sociedad es muy frugal, los apetitos se
han extinguido y no existen los banquetes, las francachelas ni
los atracones. Por eso m ism o, al nuevo mundo casi no lo afectan
las carestías, pero tam poco resulta atractivo para p osib les co n
quistadores extranjeros. Si algún desaforado intenta dañar a las
personas y los bienes com unes, rápidamente los m iles que co m
ponen la m ayoría del pueblo lo reducen y “e l p rin c ip a l d e la
tie r r a ” lo obliga a tomarse un rem edio hecho de arsénico que
C a p ít u l o II: L a r is a . I sa ac y S il e n o . 297
M árm o les son los de la plaza del D uom o florentino, que alber
gan en las noches cálidas del verano a una juventud in gen iosa y
dispuesta a intercambiarse cuentos, fábulas, estratagem as, ch is
tes y burlas: “c o sa s to d a s ch ispean tes, n o b les y g e n tile s ”121.
“Siem pre so p la a llí un viento muy fre sc o y una brisa suave, m ien
tra s que lo s m árm oles b lan cos conservan naturalm ente la f r e s
cura" . D esd e la cam a y por las noches, D oni lanza su fantasía a
trazar quim eras y se im agina convertido en un pájaro enorm e,
con algún académ ico peregrino sobre sus alas, volando hacia el
C am pan ile o la cúpula del “duom o m oderno a d m ira b le" para
escuchar las can cion es y los relatos de los jó v en es florentinos, a
la par que espía a los hombres y mujeres de la ciudad en el inte
rior de sus moradas:
“(...) quien en la casa llora, quien ríe, quien pare, quien en
gendra, quien lee, quien escribe, quien come, quien descarga
el vientre; uno que grita a su familia, otro que con ella se sola
za; aquél se cae de hambre y aquél otro p o r dem asiado com er
vom ita ”728.
del coito y los genitales733- , aunque lo hace con una nueva con
ten ción en el uso del vocab u lario y sin perder orig in a lid a d ,
com o lo prueba esa divertida historia de la mujer adúltera que
se con fesó a su marido disfrazado de fraile y supo lu ego inter
pretar sus propias palabras de m odo que el cornudo quedó con
form e e in c lu so arrepentido de haber preparado una trampa
artera contra su “fiel” esposa734. Se advierte a cada paso que Los
M árm oles imitan jocosam ente las polianteas, por ejem plo, en la
crítica burlesca del teatro de la mem oria pergeñado por G iulio
C am illo735, junto a los razonam ientos satíricos contra la cábala
cristiana y los ataques a Martín Lutero, el que lleva el número
666 de la bestia apocalíptica736, o se nota sobre todo en los diá
lo g o s g raciosos entre G hetto y C arafulla sobre cu estio n es de
astronom ía. Ghetto representa al ignorante m etido a astrólogo
científico, quien ha revisado un libro de esa disciplina y se lan
za a hablar de una manera desopilante. A sí d ice que la esfera
está dividida en dos “m in isterios ” y que debe de “¡m anducar
s e ” una lín ea que lo s separa llam ada “b is o n te ”111. Carafulla,
por su parte, parece más enterado de las cosas porque no sólo
corrige a Ghetto, sino que trata de explicarle la teoría h eliocén
trica y probarle que ésta encierra la verdadera descripción de los
cielos. Ahora bien, los argumentos de Carafulla o son cóm icos
de por sí o están dichos en m odo desopilante; i.e., que si la tie
rra se e stu v ie se quieta, m uy pronto se m ezclarían el agua, el
fuego y el aire y no duraría el mundo; o que las casas se agrie
tan y se desmoronan poco a poco, al punto de andar siempre re
parándolas, porque la tierra gira; los m ovim ientos del mar tie
nen la m ism a causa y por eso los filó so fo s han d ich o de los
hom bres que som os árboles invertidos, vale decir que nuestro
destino habría de ser el de estarnos con los pies hacia las estre
llas, y que nuestra postura es violenta se prueba por el hecho de
que si permanecem os muy quietos termina por dolem os la cabe
za, o bien por el m ovim iento incansable de los niños quienes no
se han acostumbrado aún a quedarse de pie sobre esta bola de
tierra738. D e tal suerte, la exp osición del heliocentrism o perma
nece bajo una sombra ambigua de dudas, quizás sabio y loco si
m ultáneam ente, com o el nuevo mundo de utopía.
Por últim o, las artes del diseño, el orgullo de la Italia del
C inquecento, dan pie al ejercicio de la fantasía de D on i quien
con oce a fondo las obras de la plástica, los textos artísticos y las
teorías estéticas del tiem po. La idea m iguelangelesca de que la
escultura debe quitar el material que sobra en un bloque de már
300 J osé E m il io B urucúa
“(...) El tiempo todo quita y todo da; cada cosa cambia y nada
se aniquila; sólo hay uno que no pu ede cambiar, uno solo es
eterno y puede perseverar eternamente uno, sem ejante e igual
a s í mismo. Con esta filosofía el ánimo se me agranda y se me
magnifica el intelecto. Pero cualquiera sea el momento de esta
noche que espero, si la mutación es verdadera, yo que estoy en
m edio de la noche espero el día, y quienes están en m edio del
día esperan la noche: todo cuanto es o está aquí o allí, o cerca
o lejos, o ahora o luego, o pron to o tarde. G ozad, pu es y, si
podéis, perm an eced sana y am ad a quien os ama "lm.
cento, que tenía por protagonistas nada m enos que al rey bíblico
Salom ón y a cierto cam pesino M arcolfo. S e trataba de una co m
petencia entre el monarca y el rústico en la cual la inteligencia
del uno y del otro se ponían de m anifiesto mediante un alternarse
de enigm as, adivinanzas, proverbios y dichos jo co so s. C roce
desactivó algunas notas sosp ech osas de herejía en aquel texto,
agregó ep isodios graciosos y com entarios morales y eruditos de
su propio coleto. Bertoldo es descripto com o un hombre feísim o
y deform e, un N arciso al revés, pero dueño de una vivacidad y
una agudeza dignas de confrontarse con la sabiduría de un rey,
“sien do que la n atu raleza su ele a m enudo infundir en sem eja n
tes cu erpos m on struosos algu n as d o tes p a rticu la re s qu e no re
g a la a to d o s con tanta largu eza ”804. Porque, en verdad, el pro
pósito de Croce no parece haber sido primariamente el de hacer
reir, sino el de hacer “tra sta b illa r cuando no a so m b ra r”, y lue
go entretener y deleitar m ediante “las astucias, dichos, sen ten
cias, argucias, p ro ve rb io s y estra ta g em a s su tilísim as ’’ de un per
sonaje que aúna la fealdad de su cuerpo con la b elleza del alma,
“b o lsa de tela gru esa fo r r a d a p o r dentro de sed a y o r o ”805. N o
hem os de resumir los avatares por los que transita Bertoldo en la
corte de A lb oin o, por ejem plo las trampas que él tiende a las
mujeres del reino cuando ellas pretenden sentarse de pleno dere
cho en el senado, el odio que sus burlas infunden en el ánim o de
la reina, el episodio desopilante del esbirro o el su ceso de su
ejecución frustrada, ni citarem os las adivinanzas y los refranes
con los cuales nuestro cam pesino sale airoso de las réplicas y
zancadillas que le tiende el monarca. R ecordem os tan sólo las
circunstancias de su muerte, sobrevenida por la falta de su buena
dieta cam pesina de habas, cebollas y nabos asados (Bertoldo paga
sin dem asiada culpa el hecho de haber cam biado su m edio rústi
co, su lugar que parece natural a fuerza de la costum bre estable
cida durante generaciones, por la m olicie de la corte). M en cio
nem os asim ism o su epitafio y su lúcido testam ento, confiado al
notario Matorral de los E nvoltorios ( C erfoglio d e ’Viluppi) y que
éste lee en presencia de A lbuino: en am bos docum entos, se co n
densa la sabiduría cam pesina, bastante apaciguadora, es verdad,
producto de m uchos sig lo s de dom inación feudal, pero también
con scien te de su valor para la supervivencia y exigente de una
justicia y de un reconocim iento pacífico de la dignidad, debidos
a los hombres que trabajan de sol a sombra para alimentar a la
humanidad entera. Bertoldo lega sus bienes hum ildes y escasos
a quienes mejor sabrán servirse de ellos, reparte con sejos a su
316 J osé E m il io B urucúa
tripulación. Eum olpo, por ejem plo, logra pacificar los espíritus
contando la historia picante de la Matrona de E feso. Estalla una
tormenta y el navio se hunde. L os tres am igos se ponen a salvo
en la costa, cerca de la ciudad de Crotona donde reinan los cap
tores de testam entos. E um olpo concibe un plan para burlar a los
crotoniatas: se hará pasar por un viejo muy rico y sin hijos. La
gunas en el texto, y lu ego la extraña aventura de E n colp io con la
jo v en Circé, seducida por la belleza del m uchacho quien se reve
la com pletam ente im potente y suscita el desprecio iracundo de
la mujer. E ncolpio m aldice a su m iem bro “contum az" que le
im pide gozar de lo s ga u d ia Veneris y ensaya un elo g io filo só fico
de Epicuro cuya doctrina sostenía que la vida tiene por único fin
el goce del amor. L os captores de testam entos vuelven a escena y
E um olpo im provisa un testam ento según el cual sus herederos
deberán de consentir en com er su cadáver antes de recibir la he
rencia. En este punto, los m anuscritos del Satiricon se detienen
de golpe.
Slater termina su estudio de la obra de Petronio m ediante una
aproxim ación a dos to p o i tom ados del mundo del cine del siglo
X X . El primero, la escena de Una noche en C a sa b la n ca en la
que Harpo Marx tom a el lugar de la telefonista del hotel y co n ec
ta a cada uno de los que llaman a la central con la persona a quien
m enos quisiera escuchar en el mundo. D el m ism o m odo, nos
d ice Slater, el Satiricon es un c ro ss-w ired text. El segundo to p o s
es el fam oso chiste de Alfred H itchcock sobre el M ac Guffin:
dos hom bres viajan en el tren de Londres a Edimburgo; uno pre
gunta al otro qué lleva en las manos; ‘un M ac G u ffin ’ responde
el segundo, ‘un instrumento que sirve para cazar leon es en las
tierras altas de E scocia ’; ‘m e tem o ’, replica el primero, ‘que no
hay leones en E sco cia ’; ‘en to n ces’, dice el segundo, ‘esto que
tengo en las m anos no es un M ac G u ffin ’. El S atiricon es el
desarrollo de una serie ilim itada de M ac G uffins, de presencias
que se borran y se hacen ausencias, de objetos del relato eclip sa
dos sin descanso. El sign ificad o del Satiricon no es un “qué”,
sino un “cuándo” que se m anifiesta m erced al poder del texto
para engendrar la risa820.
Ahora bien, ¿cuáles son nuestras preguntas de historiadores
de la modernidad clásica sobre el tema? Sentim os, para empezar,
una gran perplejidad cuando verificam os los esfuerzos enorm es
de búsqueda de m anuscritos, de ed icion es y reediciones, de c o
m entarios y de ex é g e sis del Satiricon que jalonaron los sig lo s
X V I y X V II, dado que, para los intérpretes del R enacim iento y
( a p ít u l o II: L a r is a . Isa ac y S il e n o . 323
lianza con la cual se abren cam ino; el dibujo del blasón nos re
sulta indescifrable. San Esteban, “p lá cid o , risueño, benigno, g e
neroso ” según rezan los versos del epígrafe en la lám ina, se en
cuentra sobre un elefante, anim al sim b ólico de la benignidad y
de la religión904; el blasón contiene la figura de una mujer que
amamanta niños, alegoría clásica de la caridad.
La procesión de cabalgaduras diferentes y de sím b o lo s varia
dos en los blasones nos recuerda, con cierta soltura, sus equiva
lentes en la Coena C ypriani, tal vez por la finalidad m nem otécnica
que la una y las otras poseen, quizás porque las a sociacion es
entre lo s santos varones y las bestias nos asombran jocosam en te.
A pesar de lo habitual de estas relaciones en la iconografía del
R e n a c im ie n to y d el B a r r o c o , tan in flu id a p or la c u ltu ra
em blem ática y sim bólica a partir del Sueño d e P o lifilo y de la
obra de A lciato, la excepcionalidad de los vínculos establecidos
en los grabados de Coornhert nos lleva a pensar que una libertad
jo v ia l y una notable falta de prejuicios hubieron de conjugarse
para producir tales im ágenes. Y, por cierto, a ello se adecúan los
datos que poseem os acerca de la personalidad de Coornhert, hom
bre de letras, político, publicista crítico por igual de católicos
(debido a su intolerancia) y de calvinistas (debido a su icon o-
clastia) en la H olanda de las guerras de la independencia905.
Ilustración n lf.: D irk V olkertsz C oornhert, Triunfo de !<sf, d e a serie sobre el triunfo
d e la P aciencia, El E scoria , M onasterio d e San Lorenzo.
348 J osé E m il io B urucúa
Ilu stra ció n n° 14: D irk V olkertsz C oornhert, Triunfo de Esteban, d e la serie so b re el
triunfo de la Paciencia, El Escorial, M onasterio de San Lorenzo.
352 J osé E m il io B urucúa
Ilustración n° 15: D irk V olkertsz Coornhert, Triunfo de Cristo, de la serie sobre el triun
fo de la P aciencia, E l E scorial, M onasterio de San Lorenzo.
C a p ít u l o II: L a r is a . I sa ac y S i l e n o ... 353
* V iv ir b ie n y a le g ra rse .
354 J osé E m il io B urucúa
des del francés, y de un francés cóm ico e incisivo, claro está, para
describir la realidad social o psicológica de los hombres:
D igám oslo nuevam ente. Nuestra risa del R enacim iento reco
rrió tres cam inos, la crítica satírica de las costum bres, el ju ego
com pensatorio de los pesares de la existen cia humana, el co n o
cim iento sublim e del m undo. Las apariencias del presente nos
indicarían, sin mayor esfuerzo de nuestra parte, que aquella m ul
tiplicidad estaría hoy extinguida, com o resultado del proceso
reductivo de la experiencia de lo cóm ico que analizó Bajtin1003 y
que se advierte ya en el fam oso ensayo de Henri Bergson sobre
la risa1004. En ese estudio de 1900, el filó so fo de la durée sigue
í a p ít u l o II: L a r is a . Isa a c y S il e n o . 369
Notas
16 Ib id em , p p . 6 5 0 -6 5 1 .
17 Ibidem , p . 6 9 1 .
18 Ib id em , v o lu m e n V I (1 8 9 6 ), pp. 2 1 7 -2 1 9 , in tro d u c c ió n al Saggiatore.
19 Ib id em , p p . 2 3 6 -2 3 7 .
20 Ibidem , p p . 2 7 9 -2 8 1 .
21 Ib id em , p . 2 8 1 .
22 Ibidem , p p . 3 8 0 -3 8 8 .
23 M ario B iag io li, Galileo, Courtier. The Practice o f Science in the Culture
o f A bsolutism , C h ic ag o -L o n d re s, U n iv e rsity o f C h ic ag o P ress, 1993, pp.
112- 120 .
24 Ib id em , p . 115. A n to n io F a v a ro in c lu y ó , en la e d ic ió n n a cio n al ita lia n a
d e la s o b ra s c o m p le ta s d el s a b io flo re n tin o , u n D ialogo de Cecco di
Ronchitti acerca d e cu estio n es físicas y astronóm icas, escrito en el dialecto
p a d u a n o c o m o fu e e l c a s o d e la in m e n s a o b ra d ra m á tic a d e l R u z a n te .
G a lile o G a lile i, Opere, 2 0 v o l., F lo ren c ia , B arb era, 1 89 0-1 9 0 9 , v ol. 2.
25 G io v a n n i G h e ra rd i d a P ra to , 11 Paradiso degli A lberti, ed. A n to n io L a n
za, R o m a , S a le rn o , 1975, p p . 2 2 7 -2 3 6 .
26 Ibidem , p p . 2 4 3 -2 4 9 .
27 Ib id em , p p . 2 5 0 -2 6 1 .
28 Ib id em , p p . 2 7 5 -3 0 5 .
29 Ibidem , p p . 1 3 0 -1 5 4 .
30 Ibidem , p. 8. Q ue la risa p o d ía se r para el Pratense u na dim ensión d e todas
las c o sa s en e l u n iv e rso lo p ru e b a n lo s v erso s d e su Juego de amor: “El
cielo y la tierra ríen de tanta gloria:/ Reía el cielo, porque despuntaba el
d ía ,/R e ía el p ra d o ,/R eía el aire benigno, lleno de sonidos./ (...) M i alma
re ía ,/ Y el espíritu a le g re / Ya no suspiraba p o r la gran victoria; (...) ”
(G io v a n n i d a P rato , II Paradiso degli Alberti. Ritrovi e ragionam enti del
1389, ed . A le ss a n d ro W e s s e lo fsk y , B o lo n ia, G a eta n o R o m a g n o li, 1867,
v o lu m e n 1, p a rte I, pp. 171 y 186).
31 C it. en E u g e n io B attisti, Filippo Brunelleschi, M ilán , E lec ta , s.f., p. 325.
V é ase a sim ism o G io v a n n i d a P rato , ed . A le ssa n d ro W esselo fsk y , op.cit.,
v o lu m e n 1, p a rte II, p p . 7 4 -7 5 .
32 Ibidem . V é ase ta m b ié n E m ilio C ec c h i y N a ta lin o S a p e g n o (d ir.), Storia
della letteratura italiana, M ilán , G arzanti. 1966, vol. III: ‘7 / Quattrocento
e r A rio sto ”, p. 4 0 7 . D o m e n ic o D e R o b ertis, a c arg o d e los cap ítu lo s del
v o lu m e n so b re “ la e x p e rie n c ia p o é tic a d el Q u a ttro c e n to ” , c re e q u e é ste
d e B ru n e lle sc h i s e a el so n e to m ás h e rm o so e sc rito en la Ita lia d el sig lo
X V (p . 4 0 6 ). “Q uando d a lV alto c i e dato sp e ra n za ,/ o tu c 'h a i efigia
d ’anim al resib ile,/p erv ie n si alVuom , lasciando il corruttibile,/ e ha da
g iu d ic a r S om m a P o ssa n za .// F also g iu d icio p erd e la b a ld a n za ,/ ché
sperienza gli si f a terribile: / l ’uom saggio non ha nulla d ’invisibile , / se
non qu el che non é, p e r c ’ha m a n c a n z a .//E quella fa n ta sía d ’un senza
sco la ,/ ogni fa lso pensier non vede l 'essere/ che l ’arte da quando natura
in v o la .// A du nq ue i versi tuoi convienti ste sse re,/ c'h a n n o rughiato in
fa ls o la c a r o la ,/d a p o i c h e ’l m ió ‘im possibiV viene alVessere. ”
33 V é a s e infra, p . 25.
372 J osé E m il io B urucúa
2 6 0 Ibidem , C C X L IV , pp. 2 8 3 -2 8 4 .
261 Ib id em , p . 38.
2 6 2 D ig a m o s q u e L e ó n B attista ta m p o c o p e rm a n e c ió a je n o a la jo c o s id a d de
ra íz e ró tic a q u e , su b lim a d a, se h a c e p re s e n te en los v e rso s e n c a n ta d o re s
d e su fro tto la V enid a la d a n za : “Y quien am or no sie n te / o en el am ar
es le n to ,/ es un p o rte n to / arrancado de algún tro n co ,/ está p riv a d o / de
to d o in g en io d ie s tr o ,/ y e s sin iestro le ñ o / p a ra m a n ip u la r;/ tiene un
gu sa n o en e l c o ra zó n / que le h ace estarse a u ste ro ,/ y cu a lq u ie r bello
pen sa m ien to / lo afeita y lo corroe,/ de modo que no le cuadra / gentile
za a lg u n a ./ P ero e l alm a que se c o m p la c e / en se g u ir la hu ella , / la s
d u lces h u e s te s/ que e l A m o r g u ía ,/ nunca m ás se a p a rta / de tal n id o ,/
po rq u e m ucho le p la c e / el o ir/ y el se g u ir/ costum bres am orosas,/ y f r e
cu en ta r la s fi l a s / de lo s a m a n tes,/ quienes con risas y c a n to s/ conser
van entre s í / un m aravilloso tesoro. ” (C it. e n E m ilio C ec c h i y N a ta lin o
S a p e g n o (d ir.), Storia..., op. cit., v o l. III, p p . 4 0 9 -4 1 1 ).
2 6 3 L e ó n B a ttis ta A lb e rti, M om us o D el P ríncipe , te x to la tin o y tra d u c c ió n
ita lia n a a c a rg o d e G iu s e p p e M a rtin i, B o lo n ia , 19 42 (n° 13 d e la s e rie
“ S c ritto ri P o litic i I ta lia n i” ), p p . 3 -4 . Id e m , M om o o d el prin c ip e , e d . y
trad. al ita lia n o p o r R iñ o C o n so lo , in tro d . p o r A n to nio D i G ra d o , present.
p o r N a n n i B a le s trin i, G é n o v a , C o sta & N o la n , 1986, pp . 2 2 -2 5 .
264 M om o... ed.cit., 19 8 6 , p p . 2 8 -2 9 .
26 5 H esfodo, e n su Teogonia, v. 214, se refirió a M om o s, el S arcasm o, hijo de
la N o ch e y h erm an o d e las H esp érid es. D u ran te el Im p erio tardío, e sc rito
res g rie g o s c o m o L u c ia n o y F iló strato h ic ie ro n d e él u n dios d e la b u rla y
d e la locura, h ijo d e la N o ch e y del Sueño, en carg ad o tam bién d e presen tar
a las d e id a d es los ru eg o s d e lo s h o m b res. E n e m ista d o co n Z e u s y con los
o tro s d io se s d e b id o a las c ritic a s y a las b ro m as p e sa d a s d e q u e los h a cia
o b je to , fu e e x p u lsa d o del O lim p o y c o rrió a re fu g ia rse a los d o m in io s te
rren ales d e B aco. Solfa rep resen társelo co m o a un jo v e n en el a cto de q u i
tarse la m áscara, llev an d o un so n ajero en una m ano y u n a porra en la otra.
E n 1 5 5 3 , A g u stín d e A lm a z á n p u b lic ó u n a tra d u c c ió n d el M om us d e
A lb erti q u e fig u ra en el c atálo g o d e au to rid a d e s d e 1874, re a liz a d o p o r la
A c a d e m ia e sp a ñ o la d e la len g u a. En 1666. en M ad rid , e n la im p re n ta de
F ran c isco N ieto , el fla m e n c o B en ito R em ig io N o y d en s p u b lic ó u n a e stra
falaria H istoria m oral del dios M omo; enseñanza de príncipes y subditos,
y destierro de novelas y libros de caballería , d o n de se p a rafrasea sin c esa r
la p arte c o rre sp o n d ien te al p rim er ex ilio d e M o m o en el te x to d e A lberti y
se re p ro d u c e la a so ciació n d e su fig u ra co n la p re c ep tiv a p o lític a . L o que
lla m a p o d e ro sam e n te la aten ció n e s q u e ni p o r a so m o N o y d e n s c o n sid e ra
so sp e c h o so d e im p ied ad al M omus alb ertian o , sin o qu e siem p re lo lee y lo
c o m e n ta “para dirigir las costumbres á una Cristiana Política, p o r líneas
de la M oral Filosófica, y para desterrar Novelas, y libros de Cavallerías,
llenos de amores, y estragos, y tan perjudiciales á las Conciencias, que
viene á dezir un A utor grave, que si p o r algo pudieran imprimirse, y salir
á luz, es solamente para venir á alum brar desde las hogueras de la Santa
Inquisición, á los que no cegaron con sus engaños y errores" (p ró lo g o ,
s .f.). L o s h e c h o s y la v id a d e M o m o h an d e s e r in te rp re ta d o s , s eg ú n
N o y d e n s, p a ra “que sirvan de escarmiento, para aborrecer vicios; y de
enseñanza, para emprender virtudes”, au n q u e tam poco h ay que d esed eñ ar
“que pueden servir de Eutropelia al entretenimiento, y á los divertidos de
( a p ít u l o II: L a r is a . Is a a c y S il e n o . 385
3 0 4 Ibidem , p p . 8 0 9 -8 1 9 .
3 05 R ec u é rd e se el n o m b re , G o n n e lla , de un b u fó n fe rrarés, p e rs o n a je d e las
N ovelle d e S a c ch e tti.
3 06 M a su c cio S a le rn ita n o , II Novellino, en C lau d io V á re se (ed.), op.cit., pp.
8 2 8 -8 3 6 .
3 07 Ibidem , p. 806.
3 08 Ibidem , p p. 8 0 6 -8 0 7 .
3 09 S a b a d in o D eg li A rie n ti, Le Porretane, ed. p o r G iov an ni G a m b arin , B ari,
L a te rz a , 1914, novella X II, pp. 5 9 -6 6 . U n a ale g re c o m p a ñ ía de jó v e n e s
are tin o s d is fra z a de m u je r a u n o de sus c o m p in c h es y lo lle v a a b a ila r a
un p u e b lo d o n d e el fraile P u z z o se e n am o ra de la su p u e sta d o n c e lla . El
c lé rig o d e sc rib e su ard o r a m o ro so y lo co m p ara con el d e g ra n d e s héroes
del A n tig u o T estam ento: si a la fuerza erótica no pudieron resistirse el “for-
tís im o ” S a n só n , ni el “ s an tísim o ” D av id , ni el “ s a p ie n tís im o ” S a lo m ó n ,
m enos po dría hacerlo él, “débil frailecito” . Enterado del verdadero sexo del
o b je to de su p asió n , fray P u zzo hace caso o m iso del detalle.
3 1 0 Ibidem , novella V II, p p . 3 3 -3 6 .
311 Ibidem , novella V III, pp. 37 -3 9 . O rig in a l o c u rre n c ia d e la q u e e n c o n tra
re m o s re fle jo s en las fa cezie d e L e o n a rd o : un tal S a lv e tto c o n fie sa a un
sacerd o te su cre en c ia “p la tó n ic a ” en la reen carn ació n del alm a y en el re
to rn o c íc lic o de la p ro p ia e x iste n c ia , fu n d a n d o en e lla su n e g a tiv a a d o
n a r p o r te sta m e n to su s b ie n e s a la Ig le sia , p u e s ¿ q u é e n c o n tra ría de su
p a trim o n io al re g re s a r a la tie rra al c ab o de 3 6 .0 00 añ os?
3 1 2 Ibidem , novella X IX , p p . 8 7 -9 2 . C a rle tto , ju g a d o r, e n re d a a P iró n d el
F a rn e to c u an d o le c o m p ra un h ato de leña y lo envía su ce siv am en te d o n
d e el c u ra y d o n d e el s a n g ra d o r p a ra c o b ra r el p re c io de la v e n ta . L os
d iá lo g o s p la g a d o s d e e q u ív o c o s m u y c ó m ic o s te rm in a n con u n a c o n fe
sió n , u n a p e n ite n c ia y u n a s an g ría p a d e c id a s p o r el to n to d e P iró n .
3 1 3 Ib id em , n o vella X X IV , p p . 1 3 1 -1 3 9 . L a b rigata d e l p in to r G io v a n n i
Z o p p o h ace c re e r a un e stu d ian te que uno de ellos, B ello cch io , e s en re a
lid a d un d e m o n io q u e lo lle v a rá en an cas h a sta F ran c ia . B e llo c c h io tira
m u y p ro n to su c arg a so b re un a rb u sto de esp in as y a llí a ca b a el c onjuro.
3 1 4 Ibidem , novella X L II, p p . 2 5 0 -2 5 5 . U n g ru p o d e e s tu d ia n te s ro b a n al
m é d ic o P o rta n tin o u n a c erd a; cu an d o el p o d e stá v a en b u sca d el a nim al
ro b ad o , lo s e stu d ian te s lo han m etid o en la cam a y lo hacen p a sa r p o r un
ap estad o . L a e sta m p id a es gen eral y lo s jó v e n e s p u e d en c o m e rse la p u e r
c a a su s a n ch a s.
3 1 5 Ibidem , novella X X IV .
3 1 6 Ibidem , novella I, p p . 7 -1 0 . E l p a je T riu n fo d a C a m a rin o e s s o rp re n d i
d o en e l m o m e n to d e re a liz a r su “ s e c re to ” , el d e re p re s e n ta r e l p a p e l
d el e m p e ra d o r fre n te a un c u a d ro en e l c u a l han sid o p in ta d o s el p a p a
y su c o rte jo .
3 1 7 Ibidem , p p . 4 1 0 -4 1 1 .
3 1 8 N ovelle del Quattrocento... op.cit., p p . 165-178. R ec o rd e m o s la ya c ita
d a o b ra en v e rso s e n d e c a síla b o s , c o n o cid a co m o Sim posio o L os borra
chos, e sc rita e n tre 1466 y 1469, en la cual el M ag n ífico tra z ó los retratos
de sus am ig o s y c o m p a ñ ero s, to d o s m iem b ro s de u n a brigata de g randes
b e b e d o re s . V a lo ri, el h is to rió g ra fo d e lo s M ed ic i, c u e n ta en su Vida de
388 J osé E m il io B urucúa
3 83 Ibidem , c a n ta r X X , o c ta v a s 5 0 -5 2 , pp. 6 1 7 -6 1 8 .
3 8 4 L a sin g u la rid a d del e p iso d io d e M arg u tte fu e in m e d ia ta m en te a p re c ia d a
p o r le c to re s y e d ito re s del Q u a ttro c e n to , p u e s el p a sa je fu e im p reso p o r
s e p a ra d o en la c a s a R ip o li en el in v ie rn o d e 1 4 8 0 -1 4 8 1 . V é a s e M a rk
D a v ie , o p .cit ., p p . 2 4 , 7 4 -7 5 y p a ra u n a e x p lic a c ió n d e a q u e l c a r á c te r
e x ce p c io n a l, c en tra d a en u n a e x p erie n cia radical del le ng uaje, pp. 65-91.
3 8 5 Ib id em , c a n ta r X V III, o c ta v a 116, v v .1 -5 , p. 521.
3 8 6 Ibidem , id ., o c ta v a 139, v v . 7 -8 , o c ta v a 141, vv. 6 -8 , p p . 5 3 0 -5 3 1 . A
p ro p ó sito d e este p a sa je , el p ro fe so r C io c ch in i m e re c o rd ó u n a im p rec a
ció n en fo rm a d e so n eto , e n tre z u m b o n a y d e sg a rra d o ra m e n te p a rric id a ,
d e C e c c o A n g io lie ri (fl. 1 2 8 1 -1 3 1 3 ): “Si yo fu ese fu eg o , haría arder el
m u n d o ;/ si y o fu e s e viento, lo castigaría con tem pestades;/ si y o fu ese
agua, lo a n eg a ría ;/ si yo fu e s e Dios, lo hundiría en lo m ás p ro fu n d o .//
Si yo fu e s e papa, estaría fe liz ,/p u e s a todos los cristianos im portuna
ría ;/ si yo fu ese emperador, lo haría muy bien,/ pues a todos les corta
ría en redondo la cabeza.// Si yo fu ese muerte, donde m i padre iría;/ si
yo fu e s e vida, no estaría ju n to a é l:/ lo m ism o haría con m i m a d re.// Si
yo fu e s e Ciego (Cecco), como lo soy y he sido,/ me llevaría las m ujeres
jó ven es y lig eras,/ las rengas y viejas dejaría a los d e m á s”. ( vide Poeti
d el D u ecento , e d . p o r G ia n fra n c o C o n tin i, N á p o le s -M ilá n , R ic c ia rd i,
1 9 6 0 , p. 3 7 7 ) E l ilu m in a n te lib ro d e P ie ro C a m p o re s i, II p a e s e della
fa m e (B o lo n ia, II M u lin o , 1985, p. 6 1), rea liz a la m ism a aso c ia c ió n entre
el e x h ib ic io n ism o v erb al de M arg u tte y las im p rec a cio n e s de C ec c o . M i
h ijo L u c io m e llam ó la a te n ció n so b re u n a b a la d a jo c o s a d e F a b riz io D e
A n d ré , g ra b a d a en 1970, c u y o te x to e s el so n eto d e A n g io lie ri c o n m uy
p e q u eñ a s v arian tes. L a sirilla c an c ió n M aldigo del alto cielo, c o m p u e sta
p o r V io le ta P a rra, p a re c e u n a v e rsió n c o n te m p o rá n e a s u d a m e ric a n a de
las im p recacio n es del p o eta sienés del sig lo X III, pero con una dife re n c ia
im p o rta n te : el d o lo r e x p líc ito d e V io le ta , p re lu d io d e su s u ic id io . D e
c u a lq u ie r m an era, la fo rm a irrev e re n te y risib le de tra ta r el p ro b le m a del
m al en el m u n d o a rm o n iz a co n la visión c ó m ica del d iab lo y d e sus actos
a la c u al no s h e m o s re fe rid o a p ro p ó sito d e las e sc a to lo g ía s in fe rio re s.
3 8 7 Ibidem , id ., o c ta v a 199, v v . 6 -7 , p. 5 4 8 . “ (...) il m aestro di co lo r che
satino". (D a n te , Inferno, IV , v. 131).
3 8 8 Ibidem , c a n ta r X IX , o c ta v a 70, v. 8, p. 569.
3 8 9 Ibidem , id ., o c ta v a 151, v. 6, p. 592.
3 9 0 Ibidem , c a n ta r X V II, o c ta v a s 1 3 9 -1 4 0 , p. 1016.
391 M a rk D a v ie h a in sistid o en el to n o ap o ca líp tico de la parte final, la de la
h is to ria d e M ala g ig i y la b a ta lla d e R o n ce sv alles, a g re g a d a a la p rim era
v e rsió n del p o e m a (op.cit., pp. 125, 1 31-134).
3 9 2 E l p ro fe s o r C am p o re si h a d e sta c a d o h a sta q u é p u n to p u e d e c o n sid e ra rse
a la q u e él lla m a “ fa m ilia d e M a rg u tte ” co m o u n a de las e x p re sio n e s fi
n ales d e la esp e ra n z a en u n a C u ca ñ a p o sib le, antes d e qu e el vendaval de
la re fe u d a liz ac ió n c o n v irtie ra la ex isten c ia cam p esin a e u ro p e a en “el país
d el h a m b re ” , en el c o m ie n z o d e los tie m p o s m o d e rn o s (P. C a m p o re si,
op.cit., pp. 4 9 -6 9 ).
3 93 L e o n a rd o d a V in c i, F ram m enti letterari e filo so fic i, ed. p o r E d m o n d o
S o lm i, F lo ren c ia , B arb era, 1925 (Ira . ed ició n : 1899), p. 4 1 8 ; G iu sep p in a
F u m a g a lli, L eonardo orno sanza lettere, F lo re n c ia , S a n s o n i, 1952, pp.
392 J osé E m il io B urucúa
riendo m ostrar la m odestia y la hum ildad que hay en una virgen, con
tentísim a de alegría al ver la belleza de su hijo al que con ternura so s
tenía en el regazo, m ientras ella mism a con m uy honesta mirada descu
bría p o r debajo un San Juan niño pequeño (el c u a d ro del L o u v re p re
s e n ta a J e s ú s en lu g a r d e J u a n ito y é ste h a d e sa p a re cid o ), quien andaba
tropezándose con un cordero, no sin la sonrisa burlona (g h ig n o ) de una
Santa A na que, llena de alegría, observaba cómo su p rogenie terrenal
se había hecho celeste”. (V a sa ri, Le O pere..., vol. IV , p. 38 ).
4 4 8 L o n d res, V ic to ria and A lb ert M useum , C ó d ice Fo rster III, 29 r en R ichter,
v o l. 2 , & 11 3 2 , p. 28 5 .
4 4 9 D ecam erón , Jo rn a d a p rim e ra , II.
4 5 0 U n a fu sió n e q u iv a le n te d e in te n c io n a lid a d e s y e x p re sio n e s e n c o n tra m o s
y a en P etrarca, c u an d o b u sca m o s la u n idad vital e n tre la b urla fe ro z d e la
c u ria a v iñ o n e n se en las Sine nom ine (v .g . la e p ísto la 18 en la e d ic ió n a
c a r g o d e U g o D o tti, Sine nom ine. Leí te re polem iche e p o litic h e , B a ri,
L aterza, 1974, pp. 197-215) o las ap elacio n es co n tra “ la av ara B a b ilo n ia ”
(F . P e tra rc a , C anzoniere , M ilá n , G a rz a n ti, 1980, s o n e to C X X X V II, p.
2 0 1 ) y la ilu m in a c ió n a g u stin ia n a del m o n te V en to u x ( F am iliares IV , 1,
e p ísto la a D io n isio d e B o rg o S an S ep o lcro , v éase en F ran cesco P e tra rc a ,
P rose , M ilá n -N áp o les, R ic cia rd i, 1955, to m o 7 d e “L a L e tte ra tu ra ita lia
na. S to ria e te sti” , p p . 8 3 0 -8 4 5 ).
451 M a su c cio S a le rn ita n o , II N ovellino , en C la u d io V á re se (e d .), op.cit.,, pp.
8 0 6 -8 0 7 .
* 4 5 2 M o tti e fa c e z ie d e l p io v a n o A rlo tto , e n P rosatori vo lg a ri..., F acezia
X X X V I , pp. 9 2 9 -9 3 0 .
4 5 3 C it. en E m ilio C ec c h i y N a ta lin o S a p e g n o (d ir.), Storia della letteratura
italiana, M ilá n , G a rz a n ti, 1966, v o l. IV : “11 C in q u e c e n to ” , pp . 1 7 3-174.
4 5 4 B a ld a s sa re C astig lio n e , G io v an n i D e lla C asa, B en v e n u to C ellin i, Opere,
a c a rg o d e C a rio C o rd ie , M ilá n -N áp o les, R ic cia rd i, 1960; C astig lio n e , II
libro del cortegiano, I, ix -x , pp. 2 5 -2 8 .
4 5 5 Ibidem , p p . 2 4 -2 5 .
4 5 6 Ibidem , p. 140.
4 5 7 Ibidem , p. 145.
4 5 8 Ibidem , p. 152.
4 5 9 R abelais, Oeuvres... op.cit., vol. II, pp. 130-133, Libro IV , capítulos LV -LV I.
4 6 0 C a s tig lio n e , op.cit., p. 156.
461 Ibidem , p. 176.
4 6 2 Ibidem , pp. 177-178. B ib b ie n a c u en ta q u é re sp o n d ió el gran R afael a dos
ca rd e n a le s q u e c ritic a b an en un c u ad ro su y o el ex ce siv o ro jo en las caras
d e S an P e d ro y S a n P a b lo : “Señores, no os m aravilléis; p u e s los hice
con m ucho estudio, porque es necesario creer que [am b os sa n to s] estén
así, com o los véis, todavía tan colorados en el cielo p o r vergüenza de
que la Iglesia sea gobernada p o r hom bres tales com o vosotros sois
4 6 3 Ib id em , p. 178.
4 6 4 Ibidem , p p . 1 8 2 -1 8 3 .
4 6 5 Ib id em , p . 183.
396 J osé E m il io B urucúa
4 6 6 Ibidem , p. 184.
4 6 7 Ibidem , pp. 1 9 0 -1 9 1 .
4 6 8 Ibidem , p. 187.
4 6 9 D e lla C asa, Galateo ovvero d e ’ costumi, en B. C a stig lio n e et al., op.cit.,
p. 4 0 9 .
4 7 0 Ibidem , p. 4 1 2 .
4 7 1 V é a s e N iñ o B o r s e ll in o , “ M a e s tr o P a s q u in o e M o n n a C o m m e d ia ” ,
“ M o rfo lo g ie del c o m ic o nel te a tro del C in q u e c e n to ” , en N .B ., La tradi-
zione d el com ico. V e r o s , l ’osceno, la beffa nella lettera tu ra italiana
da D ante a B elli, M ilá n , G a rz a n ti, 1989, pp. 4 6 -5 6 , 9 8 -1 1 0 .
4 7 2 B e r n a r d o D o v iz i d a B ib b ie n a , La C alandria, en Ir e n e o S a n e s i (e d .),
C om m edie del Cinquecento, B ari, L a te rz a , 1912, vol. 1, p. 3.
4 7 3 Ibidem , p p . 5 -8.
4 7 4 En Ire n e o S a n e si (e d .), op. cit., B a ri, L a te rz a , 1912, v o l. 2, p. 7.
4 7 5 E n Ire n e o S a n e si (e d .), op cit., B ari, L a te rz a , 1912, vol. 1, pp. 3 1 3 -3 1 4 .
4 7 6 Ibidem, p. 86. V éase A ntonio Stauble, “U na ricerca in corso: il p erso n ag g io
d el p e d a n te n e lla c o m m e d ia c in q u e c e n te sc a ” , en A A .V V ., II teatro ita
liano del Rinascim ento, ed. M a riste lla d a P a n iz z a L o rch, M ilán , E dizioni
di C o m u n itá , 1980, p p . 8 5 -1 0 1 .
4 7 7 E n Ire n e o S a n e si (e d .), op.cit., B ari, L a te rz a , 1912, vol. 2, p. 2 0 7 .
4 7 8 Ibidem , p. 22 7 .
4 7 9 Ibidem , pp. 2 6 4 -2 6 8 .
4 8 0 Ibidem , pp. 2 4 6 -2 4 7 .
4 8 1 Ibidem , p. 20 7 .
4 8 2 V é a se N iñ o B o rse llin o , “ S u lla m e m o ria te a tra le: I p ro lo g h i d e lla Corti-
giana", in N .B ., op.cit., pp. 1 4 7 -1 6 2 .
48 3 P ie tro A re tin o , Teatro, L a n c ia n o , C arab b a , 1914. 2 vol.; La Cortigiana,
p ró lo g o , vol. 1, p. 87.
4 8 4 Ibidem , pp. 16-17.
4 8 5 Ibidem , pp . 5 4 -5 5 .
4 8 6 Ibidem , pp . 2 7 -3 2 .
4 8 7 Ibidem , p. 72.
4 8 8 Ibidem , p. 2 1 .
4 8 9 Ibidem , p p . 6 6 -6 8 .
4 9 0 Ibidem , p. 79.
491 Ibidem . v o l. 2, p. 168.
4 9 2 Ibidem , p. 180.
4 9 3 Ibidem , p. 182.
4 9 4 Ibidem , p. 180.
4 9 5 A n tó n F ran c e sc o G razzin i, La Strega, ed. p o r G iovanni P apini, L a nciano,
C arab b a , 1910.
4 9 6 Ibidem , pp . 19-21.
4 9 7 Ibidem , p. 23.
C a p í tu lo II: L a r is a . I s a a c y S ile n o ... 397
4 9 8 Ibidem , p. 79.
4 9 9 G ia m b a ttista D e lla P o rta, Le Commedie, ed. p o r V in c en z o S p a m p a n a to ,
B arí, L a te rz a , 1910-1911, vol. 1, p. 194, La dantesca , prólogo.
5 0 0 Ibidem , v o l. 2, pp. 3 3 9 -3 4 0 , Lo astrologo, a cto II, e sc e n a V III.
501 Ibidem , vol. 2, pp. 19 7 -1 9 8 , Gli duoi fra telli rivali, p ró lo g o .
50 2 L as discusiones entre C aro y C astelvetro tuvieron p or tem a el de la esencia
de la poesía. C astelvetro (1505-1571) abrió el fuego cuando censuró en 1555
un p o em a de C aro ded icad o a E n riq u e II de F ran cia po r no aju starse a los
cán o n es petrarquescos. Sus térm in o s fueron co n sid erad os desco m ed id o s y
pedantes p o r A nnibal quien contratacó m ediante una serie de cartas atribui
d as al M a e stro P a sq u in o , el b u sto a n tig u o c o lo c ad o en 1501 e n tre la
Sapienza y San L orenzo in D am aso en R om a, cuyo pedestal servía para c o
locar libelos y noticias (“pasquínate , p asquines” , fueron célebres los redac
tados por Pietro A retino y p o r poetas anónim os a propósito de la elección del
pontífice neerlandés A driano V I), com o una suerte de colum na abierta a lec
tores-escritores m ás o m enos anónim os los cuales, de esta guisa, daban rien
da suelta a sus opiniones acerca de la vida política y social en la ciudad de
los papas (véase Pasquínate romane del Cinquecento, ed. V alerio M arucci,
A n to n io M arzo y A n g e lo R o m a n o , p re sen t. p o r G io v a n n i A Q u ile c c h ia ,
R om a, S alem o, 1983, 2 vol.; el pasquín, que lleva el n° 312 de la colección
[vol. 1, pp. 3 09-310], ataca a los card en ales electo res de A d riano V I: “Oh
canalla vil, oh asnos de bastón, / bestias sin saber, sin intelecto, / nacidos
sólo para comer y estar en la cama / con putas, muchachos y bufarrones;/
(...) ¿Es éste el am or verdadero que tenéis / por la esposa de Cristo, oh p e
rros judíos, / q u e a los bárbaros la Silla consignáis?"). C aro parece haber
inventado tam bién una A cadem ia para que saliera en su defensa y haber en
cargado a uno de sus m iem bros im aginarios, un tal Predella, el m ás torpe de
to d o s, la red acció n de las resp u estas a C astelv etro . El fa n tá stico P redella
c o n tra p u so a la m atem atizació n p e tra rq u e sc a de la p o esía el c u ltiv o de la
m etáfora, del sím il y de la hipérbole. Si las m áscaras sirven m uy bien para
defin ir, en sentido fig u rad o , a las m etáforas, entonces es posible d e c ir que
carn av a l y p o e sía son h erm an o s. P o r fin, siem p re bajo la tu te la d e m aese
Pasquino, se hace presente ser Fedocco, otro académ ico am igo de C aro, para
n a rra r un su eñ o en el q u e la fig u ra de un b u h o es a sim ilad a al ped an te de
C astelvetro, sus calum nias a un encantam iento y la A cadem ia ficticia a una
brigata que, con sus risas, rom pe el hechizo. Según la historia am arilla de la
polém ica, un sirviente de C astelvetro habría m atado a A lberigo L ongo, ínti
m o de C aro, y aquél hubo de h u ir de R o m a para ev itar el castigo. L o cierto
es q u e, en 1558, acu sad o d e lu terano, C astelv etro aban d o n ó Ita lia y v ag a
bu ndeó p or F rancia, A lem an ia y S uiza hasta el año de su m uerte. R idículo,
sátira, v io le n c ia, trag ed ia y ex ilio , una serie de sem e ja n te s y o p u e sto s sin
so lu ció n de continuidad.
5 0 3 En A nnibal C aro, Opere, ed. p o r V itto rio T urri, B ari, L aterza, 1912, vol 1.
5 0 4 Ibidem , p. 188.
5 0 5 Ibidem .
5 0 6 Ibidem , p. 189.
5 0 7 Ibidem , p. 258.
5 0 8 N ic c o ló M a c h ia v e lli, O pere, ed . p o r A n to n io P a n e lla , M ilá n -R o m a ,
R iz z o li, 1938, v o l. 1, p. 5 5 0 .
398 J osé E m il io B urucúa
5 0 9 Ibidem , p. 5 6 1 .
5 1 0 Ibidem , p. 5 8 1 .
511 Ibidem , p. 5 9 3 .
5 1 2 C it. en E m ilio C ec c h i y N a talin o S ap e g n o (d ir.), Storia della letteratura
italiana, M ilá n , G a rz a n ti, 1966, v o l. IV : “ II C in q u e c e n to ” , p. 373.
5 1 3 Ibidem , pp. 3 8 6 -3 8 7 .
5 1 4 V é ase L o ren z in o d e ’ M ed ici, L'Apología e l'Aridosia, pref. p o r M assim o
B o n te m p e lli, M ilá n , Istitu to E d ito ria le Ita lia n o , s.f., pp. 12-13.
5 1 5 E n Ire n e o S a n e si (e d .), op.cit., B ari, L a te rz a , 1912, v o l. 2, p. 128.
5 1 6 L a e sc e n a V I del acto III de la Aridosia es una p refig u ració n casi e sp e c u
la r d el m o n ó lo g o de H a rp a g ó n tras el ro b o de su cofre.
5 1 7 E n Iren e o S a n e si (ed .), op.cit., B ari, L a te rz a , 1912, vol. 2, p. 142.
5 1 8 Ibidem , p. 138.
5 1 9 Ibidem , p p . 1 8 5 -1 8 6 .
5 2 0 L o r e n z in o d e ’ M e d ic i, L ’A p o lo g ía e l'A r id o s ia , p re f. p o r M a s s im o
B o n te m p e lli, M ilá n , Is titu to E d ito ria le Ita lia n o , s.f., pp. 16-17.
521 Ibidem , p. 18.
5 2 2 Ibidem , p p . 3 1 -4 9.
5 23 Ibidem , p. 26.
5 2 4 A n to n io V ig n a li (A r sic c io In tro n a to ), La C a n a r ia , e d . P a s q u a le
S to p e lli, in tro d . N iñ o B o rsellin o , R o m a, E d izio n i d e ll’E le fa n te , 1984.
5 2 5 C it. en la in tro d u c c ió n de B o rs e llin o a La Cazzaria... op.cit., p. 13.
5 2 6 Ibidem , p p . 2 4 -2 5 .
5 2 7 A .V ig n a li, op.cit., p. 49.
5 2 8 Ibidem , p. 50.
5 2 9 Ibidem , p. 54.
5 3 0 Ibidem , p p . 5 6 -5 8 .
531 Ibidem , pp. 6 0 -6 2 .
5 3 2 Ibidem , pp. 6 1 -6 3 .
5 33 Ibidem , p. 82.
5 3 4 Ibidem , p. 92.
535 Ibidem , pp. 9 8 -1 0 0 .
5 3 6 Ibidem , pp. 1 1 3 -11 4 .
5 37 Ibidem , pp. 1 2 2 -12 6 .
5 3 8 P a ra un e stu d io sobre las relacio n es p o lític a y p o rn o g rafía en la Ita lia del
C in q u ecen to , v éase P au la F in d len , “ H u m an ism , P o litics and P o rn o g ra p h y
in R en a issa n c e Ita ly ” , en L y n n H u n t ed ., The Invention o f Pornography.
O bscenity and the Origins o f M odernity, 1500-1800, N u e v a Y o rk , Z o n e
B o o k s, 19 9 6 , p p . 4 9 -1 0 8 .
5 3 9 N u c c io O rd in e , Teoría della novella e teoría del riso nel C inquecento,
Ñ a p ó les, L ig u o ri, 1996, e sp e c ia lm e n te las pp. 4 1 -5 8 , 89-91. D e sta c o de
este lib ro p re c iso e in n o v a d o r la im p o rta n c ia c o n c e d id a a los e fe c to s de
m a ra v illa y de n o v ed ad co m o d e se n c ad e n a n te s d e la ris a en la te o ría re-
C a p ítu lo II: L a r is a . I s a a c y S ile n o ... 399
n a c e n tis ta d e la n o v e la c ó m ic a . M e p re g u n to e n to n c e s si n o d e b e ría y o
c o n sid e ra r e ste c am p o d e lo risib le c o m o un quartum genus q u e , en re la
ció n co n el e sq u e m a trip artito q u e p ro p o n g o en estas p á g in a s, se u b ic a ría
e n tre la sátira , a p lic a d a so b re to d o a d e sv e la r u n a ig n o ra n c ia d el p ro p io
y o y d e la re a lid a d s o cia l in m e d ia ta , y la s fo rm a s c o g n itiv a s d e la ris a
q u e d e sc u b re n lo s p ro d ig io s del m u n d o .
5 4 0 1.c., la h is to ria d e la c a m p e s in a q u e q u ie re c o n v e n c e r al m a rid o d e q u e
h a q u e d ad o e n c in ta p o r ju g a r co n la n ie v e d u ra n te su a u se n c ia , u n re la to
d e te rrib le final (el m arid o en g añ ad o d ice h a b er visto c ó m o B ia n ch in o , el
h ijo d e la n ie v e , se d is o lv ió u n d ía d e c a lo r) c o n ta d o p o r A g n o lo Fi-
re n z u o la e n la P rim era versión de los d iscu rso s de los a n im a les (Le
n ovelle, ed . p o r A d ria n o S e ro n i, M ilá n , B o m p ia n i, 19 43 , pp . 1 3 4 -1 3 5 ;
o tra e d ic ió n m ás re c ie n te p o r E u g e n io R ag n i, R o m a, S a le rn o , 1971). E s
e sa Prima veste , p u b lic a d a en F lo re n c ia en 1548, u n a e x tra o rd in a ria c o
le c c ió n d e fá b u la s, to m a d a d e u n o d e lo s c in c o lib ro s d el Panchatantra ,
la o b ra in d ia q u e G io v a n n i d a C a p u a v e rtió al la tín en el s ig lo X III a
p a rtir d e u n a v e rsió n h e b re a d el te x to . En 1493, fu e p u b lic a d a en Z a ra
go za, y lu eg o m u ch as veces reim presa, la traducción españo la del Pancha
tantra, c o n o c id a c o m o E xem plario contra los eng años y p e lig ro s del
m undo. E n e s a e d ic ió n se b a só F ire n z u o la p a ra e s c rib ir su Prima veste,
c u y as h isto rias se van co n ta n d o a la m a n e ra d e Las m il y una noches, una
d e n tro d e la o tra ; h o m b re s y a n im a le s so n re la to re s y a c to re s al m ism o
tiem p o . D e m a n e ra que el hilo c o n d u cto r e stá dado p o r las c o n versaciones
en tre el rey L u to rcren a d e M eretto y su am ig o filósofo T iab on o, tan bonda
d o so y jo v ia l (no co m o otros d e su m ism a especie, siem p re d u eñ o s d e una
ex p re sió n co lé ric a) q u e n o son n ecesario s los bu fo n es en a q u ella co rte. A
tal co lo q u io hace m u y p ro n to c o n trap u n to el del leó n , rey d e los anim ales,
y su s c h a m b e la n e s, el b u e n o d e l b u e y B io n d o , e l in trig a n te d e l c a rn e ro
C arp ig n a, en tre q u ien es se teje tam bién u n a av en tu ra de celo s y traiciones,
m e c h a d a d e a p ó lo g o s d ich o s p o r eso s m ism o s p e rso n aje s. T ia b o n o e s un
p ro to tip o d el sab io a le g re q u e e n se ñ a la risa y la fe lic id a d . S in e m b a rg o ,
to d a s la s m o ra le ja s d e las h isto ria s c o n flu y e n en el a se rto : “ Ningún mal
ocu rre en la ciud ad que no lo haga el P rín cip e” (e d . R a g n i, 19 7 1 , p.
29 7 ), p a ra d esesp eració n d el p o b re L u to rc re n a q u ien d ecid e, co n el fin de
n o h a c e r e l m a l, “rem itirse a los brazos de A quél que, viendo nuestro
corazón volcado al bien, p o r su clem encia lo ayudará y lo enderezará
hacia medios prósperos y glorioso fines, para honor Suyo, salud del P rín
cipe , p a z y gozo de todo el re in o ”, aq u el D io s q u e e s “ fin sacrosanto y
perfecto de todas las buenas operaciones hum anas” (idem , pp. 2 9 8 -2 9 9 ).
5 4 1 1.e., la s a v e n tu ra s d el p á rro c o d e S an F e lic e a E rn a q u ie n e n g a ñ a y “co
noce” a la M e a p a ra se r b u rla d o fin a lm e n te p o r la m u je r ( I a cena, n° vi)
o el c a s o d el c u ra q u e , re h u y e n d o la s tra m p a s y c a s tig o s p re p a ra d o s p o r
lo s h e rm a n o s d e u n a re n u e n te en am o ra d a, ve a u m e n tar su p re stig io e n tre
lo s fe lig re s e s (2 a cena, n° v iii), a m b a s n a rra c io n e s d e A n tó n F ra n c e sc o
G ra z z in i (L e Cene, e d . E n ric o E m a n u e lli, M ilá n , B o m p ia n i, 19 4 5 , pp .
4 4 -5 0 y 159-166). O bien la h isto ria de F iren zu o la so b re so r A p p e lla g g ia,
q u ie n a c u d ía p re su ro sa a su c e ld a c o n el p re te x to d e o ra r p a ra a h u y e n ta r
la s te n ta c io n e s d e la c a rn e , sie n d o q u e a llí la e sp e ra b a e l jo v e n G io v a n
P a o lo y ju n to s se d iv e rtía n en g ra n d e ; d e sc u b ie rta , la m o n jita re p lic ó a la
a b a d e s a q u e lo s p a d re n u e s tro s y las a v e m a ria s n o h a c ía n m ás q u e a c re
c e n ta r el d e se o en su s h e rm a n a s, n u n c a a m e n g u a rlo , c o m o s í lo lo g ra b a
400 J osé E m il io B urucúa
5 9 0 Ibidem , p. 37.
591 P. A re tin o , L e tte re... o p .c it., n° 315, pp. 3 9 9 -4 0 0
592 N iccoló Franco, Sonetti lussuriosi e satiríci con la Priapea, A lvisopoli, 1850.
59 3 Ib id em , p. 13.
5 9 4 Ibidem , p. 40.
5 95 Ibidem , p. 39.
5 9 6 Ibidem , p. 16.
6 4 0 Ibidem , p. 164.
641 Ibidem , p. 171.
6 4 2 Ibidem , pp . 1 8 0 -1 8 1 .
6 4 3 Ibidem , vol. 1 , 1, vv. 5 -6 3 , pp. 47 -4 8 . V é ase a sim ism o la ed ició n m ás re
c ie n te , c o n tra d u c c ió n ita lia n a al la d o d el te x to m a c a rró n ic o o rig in a l:
T e ó filo F o le n g o , Baldus, ed. E m ilio F a c c io li, T u rín , E in au d i, 1989, pp.
2 -9 . E n a d e la n te , c ita re m o s a m b a s e d ic io n e s c o lo c a n d o el a ñ o d e c a d a
u n a e n tre p a ré n te sis.
6 4 4 Ibidem , I, vv. 4 1 0 -4 1 3 , (1 9 1 1 ), p. 58; (1 9 8 9 ), pp. 2 8 -2 9 .
6 4 5 Ibidem , II, v. 138, (1 9 1 1 ), p. 6 9 ; (1 9 8 9 ), pp. 52 -5 3.
6 4 6 Ibidem , II, vv. 1 7 0 -1 7 2 , (1 9 1 1 ), pp. 6 9 -7 0 ; (1 9 8 9 ), pp. 54-55.
6 47 Ibidem , II, vv. 2 3 0 -2 3 2 , (1 911), p. 71; (1 9 8 9 ), pp. 5 8-59. El m a c arró n ic o
e stá v o lc a d o a su v e rsió n en c a ste lla n o .
6 4 8 Ibidem , II, vv. 2 6 2 -2 6 3 , (1 9 1 1 ), p. 7 2 ; (1 9 8 9 ), pp. 6 0 -6 1 .
6 4 9 Ibidem , II. v v . 2 7 7 -2 8 1 , (1 9 1 1 ), p. 72; (1 9 8 9 ), p p. 60-61 .
6 5 0 Ibidem , III, v. 9 9 , (1 9 1 1 ), p. 83; (1 9 8 9 ), pp. 8 2-83.
651 Ibidem , III, vv. 5 0 4 -5 0 5 y 5 3 3 , (1 9 1 1 ), pp. 9 5 -9 6 ; (1 9 8 9 ), pp. 1 0 8-109.
6 5 2 Ibidem , IV , vv. 2 7 -3 6 , (1 9 1 1 ), pp. 9 9 -1 0 0 ; (1 9 8 9 ), pp. 114-117. In te n te
m o s n u e v am en te u n a v e rsió n m ac arró n ic a a la esp añ o la: "Solo de Baldo
tota fa b la tu r in urbe, / qui sm isuratis asustat fo rzib u s omnes, / nilque
déos cuidat, nil sonetos, nilque diablos. / Non illum spadae, non illum
m ille la n za e, non sb irri et m a lfe to re s a terra re, n ec ipse G a io fu s /
c o m is sa r iu s in urbe p o te s t anim um d o m ita re su p erb u m . / Ip siu s ad
grandem fa m a m , nom enque cagandum , / non est tam validua brazzus,
tam dura gigantis / spalda, vel O rlandi mirata, vel m ille R inaldi, / qui
non caguent nim ia fo rm id in e bragas".
6 5 3 Ibidem , IV , vv. 5 1 -1 4 6 , (1 9 1 1 ), pp. 1 0 0 -1 0 3 ; (1 9 8 9 ), pp. 1 1 6 -1 2 3 .
6 5 4 D ice E m ilio F a c cio li, en la in tro d u cc ió n a la e d ició n E in au d i d el Baldus
(1 9 8 9 ), q u e to d o el p o e m a se d e b ate sin d e sc a n so e n tre los e x tre m o s de
la p ie d a d y d e la bu rla, de la p a rtic ip a ció n a fe ctiv a y d e la a v ersió n v io
le n ta h a c ia el m u n d o c a m p esin o (pp. X II-X I1I).
6 5 5 T. F o le n g o , Baldus..., IV , vv. 16 0 -2 3 2 , (1 9 1 1 ), pp. 103 -1 05, (1 9 8 9 ), pp.
1 2 4 -1 2 9 .
6 5 6 Ibidem , IV , v. 2 4 4 , (1 9 1 1 ), p. 106; (1 9 8 9 ), pp. 128 -1 29 .
6 5 7 Ibidem , V , v v . 3 2 0 -3 2 8 , (1 9 1 1 ), p. 124; (1 9 8 9 ), pp. 166 -167.
6 5 8 Ibidem , V , vv. 4 6 1 -4 6 2 , (1 9 1 1 ), p. 130; (1 9 8 9 ), pp. 1 7 4 -175.
6 5 9 Ibidem , V II, v. 3 3 3 , (1 9 1 1 ), p. 154, (1 9 8 9 ), pp. 2 3 0 -2 3 1 .
6 6 0 Ibidem , V II, vv. 4 3 1 -7 5 2 , (1 9 1 1 ), pp. 1 5 8 -1 6 6 ; (1 9 8 9 ), pp. 2 3 6 -2 5 5 .
661 Ibidem , V III, vv. 3 5 3 -7 3 4 , (1 9 1 1 ), pp. 1 7 7 -1 8 7 ; (1 9 8 9 ), pp. 2 7 4 -2 9 7 .
6 6 2 Ibidem , X I, v. 4 2 1 , (1 9 1 1 ), p. 2 3 2 ; (1 9 8 9 ), pp. 3 8 6 -3 8 7 .
6 63 Ibidem , X IV , vv. 3 7 -4 3 , (1 9 1 1 ), p. 2 7 4 ; (1 9 8 9 ), pp. 4 6 6 -4 6 7 .
6 6 4 Ib id em , X IV , v v . 6 9 - 4 1 1 , (1 9 1 1 ), p p . 2 7 5 -2 8 4 ; (1 9 8 9 ), pp . 4 6 8 -4 8 9 ;
X V , vv. 1 7 6 -3 8 8 , (1 9 8 9 ), p p . 5 0 0 -5 1 3 .
6 6 5 Ibidem , X V I, vv. 5 2 5 -5 3 4 , (1 9 ) 1), pp. 3 1 1 -3 1 2 ; (1 9 8 9 ), pp. 5 4 2 -5 4 3 .
< a p ít u l o II: L a r is a . I sa a c y S il e n o . 407
711 Ib id e m , p p . 1 3 2 -1 3 4 .
7 1 2 E n 15 5 3 , D o n i p u b lic ó u n a s rim a s d el B u rc h ie llo co n c o m e n ta rio s y d e
d ic ó la e d ic ió n al T in to re tto (in tro d . a I m o n d i p. L X X X I).
7 1 3 A . F . D o n i, I m o n d i ..., p. 353.
1 1 4 Ib id e m , p . 35 4 .
7 1 5 Ib id e m , p p . 2 2 5 -2 2 6 .
7 1 6 V é ase el cap ítu lo I de este libro. L a d escrip ció n nos re c u erd a el d em onio-
p á ja ro q u e e n g u lle co n d en a d o s en el Jard ín d e las d e lic ias d e J. B osch.
7 1 7 E n V enecia, en 1548, D oni ed itó la traducción italiana, h e ch a p o r O rtensio
L a n d o , d e la U to p ía d e T o m á s M o ro
7 1 8 A .F . D o n i, I m o n d i p. 161.
7 1 9 I b id e m , p . 162.
7 2 0 Ib id e m , p. 165.
7 2 1 Ib id e m , p. 168.
7 2 2 Ib id e m , p . 170.
7 2 3 Ib id e m .
7 2 4 A n tó n F ran c e sc o D o n i, I M a rm i. ed . E zio C h io rb oli, B ari, L a te rz a , 1928,
v o l. 1, p. 3.
7 2 5 F e d o n , 8 2 b.
7 2 6 A . F . D o n i, I M a r m i ..., p. 3.
7 2 7 Ib id e m , p. 6. “ El P e rd id o ” , un a c a d é m ic o c o le g a a q u ie n D o n i o to rg a la
p a la b ra , p re c isa rá m ás a d elan te q u e a llí se reú n en p o e ta s, m ú sic o s, locos
y sa b io s (Ib ., p. 35).
7 2 8 Ib id e m , p . 5.
7 2 9 Ib id e m , p . 51.
7 3 0 Ib id e m , p . 5 9 .
7 31 Ib id e m , p p . 1 5 4 -1 5 7 . L a re fe re n c ia e x p líc ita a la p o lia n te a se e n c u e n tra
e n la p á g in a 156.
7 3 2 Ib id e m , p p . 1 6 0 -1 6 4 .
7 3 3 Ib id e m , pp . 2 0 3 -2 0 5 . D o s c u en to s so b re el “ alm a cé n ” d e las m u jeres y el
c u id a d o q u e le re se rv a n su s p ro p ie ta rio s.
7 3 4 Ib id e m , v o l. 2, p p . 8 0 -8 5 .
7 3 5 Ib id e m , p p . 8 5 -8 8 .
7 3 6 Ib id e m , p p . 8 9 -9 2 .
7 3 7 Ib id e m , v o l. 1, p p . 6 1 -6 2 . N u e stra tra d u c c ió n n o p u e d e s e r lite ra l, p e ro
tra ta d e re p ro d u c ir lo c ó m ic o d e la s d isto rsio n e s d e le n g u a je q u e re a liz a
G h e tto . E l e je m p lo d e la c é le b re C a tita d e N in í M a rsh a ll n o s h a serv id o
p a ra e llo . L a c o n fu s ió n d el “ h o riz o n te ” y e l “ b is o n te ” p o d ría d a r lugar,
en b o c a d e C atita, a u n fin a l p o r el e stilo de: “ e l b is o n te q u e v ie n e a s e r
lo m e sm o q u e e se a n im a lito co n e l q u e se fa b r ic a n lo ta p a d o d e la g e n
te rica, ¿ v io ?n.
7 3 8 Ib id e m , p p . 16 -1 9 .
7 3 9 Ib id e m , p p . 1 0 0 -1 0 1 .
410 J osé E m il io B urucúa
7 4 0 Ib id e m , v ol. 2, p p . 10-11.
741 Ib id e m , p p . 2 0 -2 1 .
7 4 2 Ib id e m , v o l. 1, pp. 5 5 -5 7 .
7 4 3 Ib id e m , v o l. 2, p p . 17 8 -1 8 0 .
7 4 4 Ib id e m , p p . 2 0 5 -2 1 1 .
7 4 5 Ib id e m , p p . 1 9 2 -1 9 3 .
7 4 6 G ia m b a ttista G elli, S critti. L a C irce e I C a p ric c i d e l B otta io , con un e s
tu d io in tro d u c to rio de M assim o B o n te m p e lli, M ilán , Is titu to E d ito ria le
Ita lia n o , s.f.
7 47 Ib id e m , p p . 2 0 0 -2 0 1 .
7 4 8 Ib id e m , p. 2 2 1 .
7 4 9 Ib id e m , p. 2 5 4 .
7 5 0 Ib id e m , p p . 2 5 5 y ss.
7 51 Ib id e m , pp. 2 9 3 -2 9 4 . ¿ A ca so e sta v e cin d ad de G e lli con las ideas lu te ra
n a s p o d ría s e rv ir p a ra su m a r u n a p ru e b a m ás a la p re su n c ió n de un sen
tim ien to p a re cid o en P o n to rm o el p in to r, y a q u e G elli trazó un elo g io no
tab le del a rtista en el c o n te x to de su s a lu sio n es a la d o c trin a de la sa lv a
ció n p o r la so la fe? (Ib id e m , p. 2 9 1 ).
7 5 2 L a c a rta d e G e lli, e n v ia d a en m ay o d e 1562, se e n c u e n tra en los S c ritti,
p p . 18 -2 0 .
753 G elli cita a B u rch iello en el cuarto razonam iento, Scritti... C apricci, p. 227.
7 5 4 Ib id e m , pp. 2 3 8 -2 4 4 .
7 5 5 Ib id e m , p . 24 7 .
1 5 6 Ib id e m , p. 22 4 .
7 5 7 G e lli tu v o en u n a o b ra m o ral d e P lu ta rc o , el S i lo s a n im a le s b r u to s p o
s e e n u so d e la ra zó n (P lu ta rc h i S c rip ta M o ra lia , ed. Fr. D iibner, g ra ec e
et la tin e , P a rís, A . F irm in -D id o t, 1877, vol. 2, pp. 1 20 6-1 2 1 4 ), el m o d e
lo d e su C irce. L a m aga, U lises y un g rillo co m p a ra n a llí los info rtu n io s
d e la v id a a n im a l y de la v id a h u m a n a . El in se c to d e sb a ra ta u n o a uno
los arg u m e n to s de U lises, p ru e b a la su p erio rid a d de los an im ales re sp e c
to d el e je rc ic io d e las v irtu d es, a firm a q u e el in stin to n atu ral p ro d u c e en
a q u é llo s e l s u rg im ie n to d e la v irtu d a d e c u a d a a su s c o n te x tu ra s y sus
a m b ie n te s , y a s ig n a f in a lm e n te a s u s c o m p a ñ e r o s u n a in te lig e n c ia
“ín s ita " . El g rillo c re e q u e hay m en o s d ife re n c ia s de in te lig e n c ia, ra c io
c in io y m e m o ria e n tre las b e stias q u e d e un h o m b re a o tro. U lises e sg ri
m e q u e n o es p o s ib le a trib u ir c a p a c id a d ra c io n a l a q u ie n e s c a re c e n de
n o tic ia a lg u n a so b re D ios. El g rillo re c u erd a q u e su ele a trib u irse a S ísifo
la p a te rn id a d del m ism o U lises, es d e cir, al h o m b re q u e fu e tan im p ío y
te m e ra rio an te los d io ses c o m o p a ra a ta r a la m u erte, e sc a p arse del reino
d e P lu tó n y p re te n d e r h u ir del d estin o asig n a d o a los m o rtale s (p. 1214).
7 5 8 Ib id e m , p . 37.
1 5 9 Ib id e m , p p . 4 2 -4 3 , 5 9 -6 0 , 6 4 -6 6 , 8 1 -8 5 .
7 6 0 Ib id e m , p. 4 3 .
761 Ib id e m , p p . 9 3 -1 0 3 .
1 6 2 I b id e m , p p . 1 0 7 -1 1 0 .
1 a p ít u l o II: L a r is a . Isa a c y S i l e n o .. 411
76 3 Ib id e m , p p . 1 1 9 -12 2 , 1 3 0 -1 3 3 , 142-144.
7 6 4 Ib id e m , p. 138.
7 6 5 Ib id e m , p p . 14 9 -1 5 0 .
7 6 6 Ib id e m , p p . 17 0 -1 7 1 .
7 6 7 Ib id e m , p. 174.
7 6 8 F ran c é s A. Y ates, G io rd a n o B ru n o y la tra d ic ió n h e rm é tic a , B arce lo n a ,
A rie l, 1983, e sp e c ia lm e n te p p . 2 4 6 -2 7 1 .
7 6 9 A lfo n so In g e g n o , C o sm o lo g ía e filo s o fía n e l p e n sie ro d i G io rd a n o B r u
n o , F lo ren c ia , L a N u o v a Ita lia , 1978; L a so m m e rsa n a v e d e lla religione.
S tu d io su lla p o lé m ic a a n ticristia n a d e l B ru n o , N ápoles, B ibliopolis, 1985.
7 7 0 M ic h e le C ilib e rto , L a m o ta d e l tem po. In te rp re ta zio n e d i G io rd a n o B ru
n o , R o m a, E d ito ri R iu n iti, 1992; G io rd a n o B ru n o , B ari, L a te rz a , 1992.
771 G io rd a n o B ru n o . In tr is titia h ila r is , in h ila r ita te tr istis, “ C la s s ic i del
R id e re ” , R o m a, F o rm ig g in i, 1922.
7 7 2 A g reg u em o s en este lu g ar q u e p ro b ab lem en te ex ista algo m ás que un eco
del asn o cilén ico , a sp iran te a in g re sar en u n a acad em ia, en el inform e del
s im io p a ra u n a c o rp o ra c ió n d e ese tip o q u e e sc rib ió F ran z K afka. R isas,
a m b a s, q u e u n en los m u n d o s h u m a n o y an im a l, p e ro la de B ru n o o c u rre
cam in o a las estrellas y la de K afka en la ruta del u niverso concentraciona-
rio (F. K afka, A m érica . R e la to s b reves, H yspam érica, 1985, pp. 378-388).
7 73 G io rd a n o B ru n o , O p e re ita lia n e , II. D ia lo g h i m o ra li, e d . p o r G io v a n n i
G e n tile , B ari, L a te rz a , 1927, p. 36.
7 7 4 Ib id e m , p. 38.
7 7 5 Ib id e m , p. 39.
7 7 6 Ib id e m , p. 32.
7 7 7 Ib id e m , pp . 5 5 -5 6 .
7 7 8 Ib id e m , p. 101.
7 7 9 Ib id e m , pp . 1 0 2 -1 0 3 .
7 8 0 G io r d a n o B ru n o , C a n d e la io , e d . G io rg io B a r b e r i S q u a r o tti, T u r ín ,
E in a u d i, 1964.
7 81 Ib id e m , a c to I, e sc e n a 8, p. 48
7 8 2 Ib id e m , p. 23.
7 8 3 Ib id e m , a c to I, e sc e n a 12, p p . 5 4 -5 5 ; a cto III, e sc e n a 1, pp. 7 1 -7 2 .
7 8 4 Ib id e m , a cto III, e sc e n a 12, p. 87.
7 8 5 Ib id e m , D e d ic a to ria , p. 21 ( “P o r m i fe , no h a y p r ín c ip e o ca rd en a l, rey,
e m p e r a d o r o p a p a q u e m e q u ita r á e sta c a n d e la d e la m a n o , en e ste
s o le m n ís im o o fe r to r io " } ', a c to IV , e s c e n a 8, p. 102 (e n b o c a de
B o n ifa c io : “E n a lta r a r ru in a d o n o s e e n c ie n d e la vela ”) (los d o s e je m
p lo s ú ltim o s refu erzan el sen tid o algo en ig m ático del no m bre de la co m e
d ia , p u e s el “c a n d e la b ro ” -n o m b r e q u e c u ad ra b a a B o n ifa c io en el p a sa
d o - a lu d iría al re c e p tá c u lo d e la “c a n d ela ")', a c to IV , e sc e n a 9, p. 104
(M a rta a ñ o ra las d iv e rtid a s “d e v o c io n e s ” q u e , n o c h e y d ía , p ra c tic a b a
co n B a rto lo m e o c u a n d o la a lq u im ia aú n no h a b ía so rb id o el seso de su
m a rid o ) ; a c to IV , e s c e n a 12, p. 109 (C a ru b in a p la n e a s o r p re n d e r in
fr a g a n ti a B o n ifa c io h a c ié n d o s e p a s a r p o r la c o rte s a n a V itto r ia y u sa
412 José E m il io B urucúa
8 2 6 1 5 6 1 -1 6 3 4 .
8 27 M arc ia l, E p ig ra m m a ta , lib ro V III, n° 3, v v . 19-20.
8 2 8 F u e e l B e a to R e n a n o (1 4 8 5 -1 5 4 7 ) un se g u id o r d e E ra sm o , h u m a n ista y
filó lo g o . A p e sa r d e su s p rim eras s im p a tías p o r la R e fo rm a y d e sus in
te rv e n c io n es p a ra c o n ciliar las p o stu ra s d e L u tero y Z w in g lio , se d e claró
fin a lm e n te p a rtid a rio d e un ire n ism o d e fu e rte c o n te n id o e ra sm ian o .
8 29 P ín d a ro lla m ó P h y lirid es al cen tau ro Q uirón, hijo de C ron os y d e P hyliris,
u n a h ija d el O c éa n o ( P ítica s, III, I). A l lla m a r d e e ste m o d o a G o ld ast, el
p o e ta q u iso a lu d ir tal v e z a su o fic io d e m a e stro del d e re ch o , o q u iz á s se
tra ta d e un n u e v o o x ím o ro n , p o r c u an to Q uirón e ra un ser b ifo rm e y c o n
tra d ic to rio , c o n el c u al se re fu e rz a la id e a d e la a m b ig ü e d a d a x io ló g ic a
ra d ic a l d e l S a tir ic ó n y se la e x tie n d e a su c o m e n ta rista .
8 3 0 S a ty r ic o n , 16 2 1 , p p. 2 6 -3 4 .
831 Ib id em , p. 4. V éase E p ísto la C X X X d e San Jerónim o en P L , X X II, c. 1122.
8 3 2 E p ig ra m m a ta , lib ro II, n° 12, v. 4.
8 3 3 Ib id e m , pp . 9 -1 1 .
8 3 4 L a s c ita s d e D u ra n t, lla m a d o Jac o p u s D u ra n tiu s C ase llu s en los P ro le g ó
m e n o s d e G o ld a st, e stá n to m a d a s d e su s V a ria ru m le c tio n u m lib r i I I in
< quibus p r a e te r v eteru m ritu s ..., P a rís, 1582, I, c a p ítu lo 5.
8 35 S a ty ric o n , 1621, p. 17. “(...) q u i cu m sin e te n tig in e a c p ru rig in e P etro n io
d a ré o p eram non p o ssen t, illi la scivien ti e t lu xu ria nti p e n e m su stu le ru n t. ”
8 3 6 P a s s e r a t y P ith o u (1 5 3 9 -1 5 9 6 ) se c o n ta ro n e n tre lo s re d a c to re s d e la S á
tir a m e n ip e a c o n tra lo s c a tó lic o s d e la L ig a . V ide in fr a . P ie rr e P ith o u
(1 5 3 9 -1 5 9 6 ), lla m a d o el “sa g e a r b itre ” p or su in m e n sa s a b id u ría en j u
risp ru d e n c ia , se salv ó m ila g ro sa m e n te d e la m a ta n za d e San B arto lo m é;
m á s ta rd e , c o m o fe rv ie n te p a rtid a rio d e E n riq u e IV y d e su p o lític a de
re c o n c ilia c ió n re lig io s a , a b ju ró del p ro te s ta n tism o y se p a só a la c o n fe
sió n c a tó lic a .
8 3 7 S a ty r ic o n , 16 2 1 , p p . 1 8-19.
8 3 8 Ib id e m , p. 2 0 .
8 3 9 I b id e m , p p . 2 4 - 2 5 . H e n ri D u p u y o v a n d e P u tt e e s lla m a d o E r ic io
P u te a n u s e n n u e stro s P ro le g ó m en o s.
8 4 0 Ib id e m , p. 24. I. R. B ata v o “e stu d io so d e l d e r e c h o ” fu e e l p seu d ó n im o ,
fo r m a d o a p a r tir d e la s in ic ia le s d e su a lu m n o Io h a n n e s R u tg e rs , q u e
a d o p tó el eru d ito y filó lo g o Jo sé Ju sto E scalíg ero en 1608, c u an d o p u b li
c ó en L e id e n su C o n fu ta d o a la “e stu p id ísim a f á b u l a ” q u e so b re él h a
b ía e sc rito y d a d o a la im p re n ta G a sp a r S c h o p p , tra tá n d o lo c o m o ate o y
p e rv e rtid o (S c a lig e r h y p o b o lim a e u s, “ E s c a líg e ro in fe rio r-a l-e s tié rc o l” ,
1 6 0 7 ). S c h o p p o S c io p p iu s (1 5 7 4 -1 6 4 9 ) e s un p e rs o n a je tra g ic ó m ic o ;
rid ic u liz a d o p o r H e in sio p u e s se d e c ía d e lin a je n o b le y e ra en realid ad
h ijo d e c a m p e s in o s lu te ra n o s , a b ju ró d el p ro te s ta n tis m o e n R o m a en
1598, fu e e n n o b le cid o p o r el p ap a y se c o n v irtió lu eg o en un p e rseguidor
e n a rd e c id o d e su s a n tig u o s c o m p a ñ ero s re fo rm ad o s. T a l fu e la v io le n c ia
d e su s a ta q u es y lib e lo s c o n tra Jac o b o I q u e, en co n trán d o se en M ad rid en
1619, fu e a ta ca d o y a p alea d o p o r u n o s sicario s q u e c o n tra tó el e m b a jad o r
in g lé s an te la c o rte d e C astilla . P a só su s ú ltim o s años re c lu id o en su casa
d e P adua, p o r tem o r a las represalias de sus enem igos reales e im aginarios.
416 J osé E m il io B urucúa
841 Ib id e m , p. 34.
8 4 2 Ib id e m , pp . 3 9 -4 1 .
8 43 Ib id e m , pp . 4 1 -4 4 .
8 4 4 A . C o llig n o n , o p .c it., pp. 3 5 -3 6 , 4 6 -5 1 y 9 6 -9 8 .
8 45 Ib id e m , p p . 4 2 -4 3 , 8 8 -8 9 .
8 4 6 A le x a n d r ia n , H is to ir e d e la litté r a tu r e é ro tiq u e , P a rís , S e g h e rs , 1989,
p a s sim .
8 4 7 P u b lic a d a s ju n to co n el S a tir ic ó n en L e id e n en 1596.
8 48 S a ty ric o n , 1621, pp. 3 7 2 -3 7 3 .
8 4 9 Ib id e m , p. 3 7 4 .
8 5 0 Ib id e m , p. 3 7 5 .
851 P e tr o n io , S a ty r ic o n q u a e s u p e r s u n t c u m in te g r is D o c to r u m V iro r u m
C o m m e n ta riis',... C u ra n te P e tr o B u r m a n n o , U tre c h t, W . V a n d e W a te r,
1709, p re fa c io al le c to r, s.n.
8 5 2 Ib id e m , p. 2 1 3 . N o ta al c a p ítu lo 4 4 d el S a tiric ó n .
85 3 L e S a ty ric o n , B e lle s L e ttres, c ap . LI, p. 48.
8 5 4 Ib id e m , c ap . X X X IX , pp. 35 -3 6 .
85 5 E rw in P a n o fs k y , S tu d ie s in Ic o n o lo g y . H u m a n istic T h e m e s in the A r t o f
th e R e n a is sa n c e , N u e v a Y o rk . H a rp e r & R o w , 1967, pp. 8 6 -9 1 .
8 56 Le S a ty ric o n , B elles L e ttre s, cap . X X X IV in fin e , pp. 3 0 -3 1 .
8 5 7 Ib id e m , cap . C X X X II, pp. 15 9 -1 6 1 .
8 58 S a ty ric o n , 1621, pp. 6 1 1 -6 1 2 .
8 5 9 Ib id e m , p p . 6 1 2 -6 1 3 .
8 6 0 Ib id e m , p. 614.
861 Ib id e m , p. 7 4 6 .
8 6 2 L e S a ty ric o n , B elles L e ttre s, c ap . C X X X II in f in e , p. 161.
863 S a ty ric o n , 16 2 1 , pp. 7 4 9 -7 5 0 .
8 6 4 Ib id e m , p. 184. A c larem o s q u e la le c tu ra “te lo s " es d iscu tid a y a ce p ta d a
p o r F ra n ^ o is P ith o u (1 5 4 3 -1 6 2 1 ), h e rm a n o d el a n te rio r y a b o g a d o del
P a rla m e n to d e P a rís , en su s C o IIe c ta n e a so b re el S a tir ic ó n (S a ty r ic o n ,
1 6 2 1 , p. 1 8 1 ), p e ro d e s c a rta d a en fa v o r d e “D é o s " p o r J e a n v a n d e r
D o e s en las “p rim icia s” su y as q u e a co m p añ aro n al P e tro n io p u b lic a d o en
L e id e n en 1575 (S a ty r ic o n , 1621, p. 372).
865 S a ty ric o n , 16 2 1 , p. 750.
8 6 6 N o r b e r t E lia s , L a s o c ié té d e c o u r , e s tu d io in tr o d u c to r io p o r R o g e r
C h artie r, P arís, F lam m ario n , 1985. El film de A rian n e M n o u ch k in e y los
tra b a jo s re c ie n tes d e C h a rtie r so b re M o lie re (el “G e o rg e D a n d ir í’ y a c i
tad o , p o r su p u esto , y su lib ro P lu m a d e g anso, libro de letras, o jo v ia je
ro, M éx ic o , U n iv e rsid ad Ib e ro a m e ric a n a, 1997, pp. 2 1 -4 5 ) p e rm ite n v is
lu m b ra r u n a p e rsiste n c ia te n a z d e los o tro s sig n ific a d o s de la risa en las
c o m e d ia s d e P o q u e lin .
8 6 7 P ie tro A re tin o , T ea tro , L a n c ia n o , C a ra b b a , 1914, v ol. 2, p. 180.
868 A nnibal C aro, O pere, ed. p o r V ittorio Turri, Barí, Laterza, 1912, vol 1, p. 258.
| a p í tu lo II : L a r is a . I s a a c y S ile n o . 417
8 8 5 V e n e c ia , 1650.
8 8 6 D . P . A ., L ’A lcibiade fa n c iu llo a scola, O ra n g e s, Iu a n n W a rt, 1652, p.
41. A c erca del lib ertin ism o , to d a v ía es im p rescin d ib le la le c tu ra de R ené
P in ta rd , Le libertinage érudit dans la prem iére m oitié du X VIIe. siécle
(P arís, 1943; re im p reso p o r S latk in e, G in eb ra-P arís, 1988) a la que h a de
a g r e g a r s e la c o n s u lt a d e G . S p in i, R ic erca d e i lib e rtin i. La teo ría
d e ll’im postura delle religioni nel Seicento italiano , R o m a, 1950 y fu n
d a m e n talm en te d e S erg io B ertelli (ed .), II libertinismo in Europa , M ilán-
N á p o les, R ic cia rd i, 1980, sobre to d o la p re sen ta c ió n del p ro b le m a en las
p á g in a s 3 a 24, y d e T u llio G re g o ry (e d .), R icerche su letteratura liber
tina e letteratura clandestina nel Seicento , F lo re n c ia , L a N u o v a Ita lia ,
19 8 1 , s o b re to d o la c o n trib u c ió n d el e d ito r en las p á g in a s 3 a 48 . U n a
d e fe n sa m u y in g e n io s a y risu e ñ a d e la h o m o se x u a lid a d , p u e sta en b o c a
de L e o n a rd o d a V in c i, a p arec e en un lib ro m a n u sc rito casi d e sc o n o c id o
de la s e g u n d a m ita d del s ig lo X V I, Los Sueños y R azonam ientos del a r
tista y e sc rito r m ila n é s G ian P a o lo L o m az z o , e d ita d o p o r R o b e rto P a o lo
C iard i en 1975 (G ian P ao lo L o m azzo , Scritti sulle arti , F lo ren c ia , M archi
& B e rto lli y C en tro D i, 1975, v o lu m en 2, pp. 2 -240). En el q u in to R a zo
na m ien to o d iá lo g o im a g in a rio m a n te n id o e n tre F id ia s y el V in c ia n o
a c e rc a d e la d ig n id a d d e la p in tu ra , L e o n a rd o h a c e un p a ré n te s is p a ra
e x p lic a r q u e, a s í co m o las artes lib erales ag reg aro n el goce al tra b a jo del
h o m b re c u y as a rte s m e c án ic a s só lo satisfa c ía n du ras n e c e sid a d e s, el c o
m ercio a m o ro so y “filosófico ” e n tre h o m b re s sum a un dele ite p ro p o rcio
nal al e ro tism o co rrien te entre el varón y la m ujer, una form a del am or que
só lo está d e stin ad a a c u m p lir con la n ecesid ad de la p ro creació n en la e s
p ecie (pp. 104-106). L os Sueños d e L om azzo m erecerían un estudio global
d e sd e la p e rsp ec tiv a q u e h a in te n ta d o fu n d a m e n ta r e ste c ap ítu lo .
8 8 7 E l c am in o h a sid o d e sb ro zad o , en este sentido, p or E u g e n io B a ttisti en el
c ap ítu lo d é cim o de su o b ra L ’A ntirinascim ento, libro q u e y a h em o s c ita
d o a p ro p ó sito de la Coena Cypriani ( op.cit ., “D al ‘c o m ic o ’ al ‘g e n e re ’” ,
p p . 2 7 8 -3 1 3 ).
8 8 8 M i c o le g a M aría del R o sa rio M ac ri m e ha su g erid o re a liz a r u n a in v e sti
gació n so b re los a p u n tes fiso n ó m ico s, re fe rid o s a la risa, q u e d e ja ro n p o r
e sc rito y en im á g e n es los a rtista s ita lia n o s a p a rtir de L e o n a rd o . M e se
ñ a ló p a ra c o m e n z a r la b ella p á g in a del Tratado d e L o m az z o en la q u e el
p in to r c ie g o e x p lic a b a la fo rm a d e c o m p o n e r “risas y a leg ría s" (G .P .
L o m az z o , op.cit., v o lu m e n 1, pp. 3 1 4 -3 1 6 ). El te m a q u e d a en su sp e n so
p a ra un tra b a jo fu tu ro .
8 8 9 C e s a re R ip a , Iconología, M ad rid , A k al, 1987.
8 9 0 Ibidem , to m o I, pp. 7 5 -7 6 .
891 Ibidem , p. 7 7 .
8 9 2 Ibidem , p. 7 6 .
8 9 3 Ibidem , p. 77.
8 9 4 Ibidem , p. 194.
8 9 5 Ibidem , p. 2 2 9 .
8 9 6 Ibidem , p. 228.
8 97 Ibidem , to m o II, p. 92.
8 98 Ibidem , p. 2 7 7 .
C a p ít u l o II: L a r is a . I sa a c y S il e n o . 419
m ie n to v io le n to del p e n e lo s a n te o jo s d e la su p e rio ra ), 86 (d e la m u je r
q u e a v e rig u ó el n ú m e ro c o n v e n ie n te de c o ito s p o r n o c h e o b s e rv a n d o la
c o n d u c ta d e sus g a llo s y g a llin a s), pp. 16 8 -1 7 0 , 2 1 8 -2 1 9 .
9 35 Ibidem , nouvelles 12 (sobre los p ro y ecto s de los alq u im istas y los sueños
d e la le c h e ra q u e a cu d e al m e rc a d o p a ra v e n d e r su le c h e), 13 (d e cóm o
S a lo m ó n , p a d re d e lo s a lq u im is ta s , e n c e rró a to d o s lo s d e m o n io s del
m u n d o en u n a v a sija y de có m o é sto s fueron m ás tarde lib e ra d o s y a rru i
n a ro n to d o s lo s tra b a jo s de a lq u im ia en el m u n d o ), pp . 4 3 -4 4 , 45-50.
9 3 6 Ib id em , n o u v e lle s 7 , 14 (d e l a b o g a d o q u e " la tin iza b a el fr a n c é s y
fra n c iza b a el la tín ”), 20, 2 1 , 2 2 , p p . 2 9 -3 1 , 5 0 -5 4 , 7 1 -7 8 .
9 37 Ibidem , no u v elles 33, 34, 35 (d e có m o el cu ra e sc o n d ió v iv a en su re g a
zo u n a c arp a y sus fe lig resa s cre y ero n q u e a llí se m o v ía el m ie m b ro del
p á rro c o ), 36, p p . 110 -1 1 9 .
9 38 Ibidem , nouvelle 19, p p . 6 9 -7 1 .
9 3 9 Ibidem , nouvelle 5, p. 23.
9 4 0 Ibidem , p. 4. E n 1558, F ra n c ia se e n co n tra b a en las v ísp eras d e las g u e
rras de re lig ió n .
941 Ibidem , nouvelle 89, p. 2 2 5 .
9 4 2 Ibidem , pp . 6-7.
9 4 3 El a b ad fu e c o rte sa n o b a jo C arlo s IX y tam b ién c o n sp ic u o m ilita r en el
Á fric a al serv icio de D o n S e b a stián , rey d e P o rtu g al, q u ien le o to rg ó el
“ h á b ito de C ris to ” en señ al de a g ra d ec im ie n to .
9 4 4 B ra n to m e , Les dam es galantes, P a rís, F la m m a rio n , s.f., p. 4.
9 45 Ibidem, pp. 6 y ss., 9 7 -9 8 (so b re el v iejo sabio, im p o ten te, que d io lib e r
tad sex u a l a su e sp o sa jo v e n y b ella).
9 4 6 Ibidem, pp. 155 (las treinta h erm osuras ex plicadas en un po e m a toledano),
1 61-166 (los p ech o s y el cunnus), 183 y ss. (las p iern as y sus virtudes).
9 4 7 Ibidem , pp. 2 0 1 -2 3 0 (so b re el a p etito d e las viejas y la im p o te n c ia de los
v iejo s).
9 4 8 Ibidem , pp . 5 8 -5 9 (B ra n to m e d e sc u b re en lo s a cto s de d e sflo ra c ió n los
m o m e n to s m ás h u m illa n te s y tra u m á tic o s en la v id a de las m u je re s).
9 4 9 Ibidem , p. 142.
9 5 0 Ibidem , p p . 3 3 -3 4 (c o n tra el m ulier super viriun, m ore canino), 4 3 -4 4
(s o b re e l v o y e u ris m o ), 110 (d e la s o d o m ía d el m a rid o c o n su m u je r),
12 3 -1 2 4 (de lo s godem ichi o a rtificio s e in stru m e n to s p la c e n te ro s), 124-
126 (d el le sb ian ism o ).
9 51 Ibidem , p. 28. B ra n tó m e alu d e a lo s Sonetos lujuriosos y a los g rab ad o s
de M a rca n to n io R a im o n d i. E l A retin o v u elv e a se r cita d o a p ro p ó sito de
u n a c o p a d e p la ta b u rila d a co n e sc e n a s in s p ira d a s en a q u e llo s m ism o s
so n e to s ( Ibidem , pp. 3 0 -3 2 ).
9 5 2 Ibidem , p. 25.
9 53 Ibidem , pp. 9 8 -1 0 4 .
9 5 4 Ibidem , p. 139.
9 5 5 J. A . d e B a if , L es m im es, e n se ig n e m e n ts et p ro v e rb e s , e d . P r o s p e r
B la n ch e m a in , P arís, L é o n W illem , 1880. C ab e re c o rd a r que B a if a n h ela
422 J osé E m il io B urucúa
971 C it. en M lle. M o u flard (ed.), La comedie au XVIe. Siécle, París, L arousse,
1948, p. 5.
912 Ibidem , p. 25.
9 7 3 M arg u erite d e N avarre, Théáíre p ro fa n e, ed. V .L . S auln ier, D ro z-M in ard ,
1978.
9 7 4 Ibidem , p p . 174 -1 7 6 .
9 7 5 Ibidem , pp. 305 y 316.
9 7 6 C orneille, L'illusion comique, París, Larousse, 1937, acto II, escena II, p. 22.
9 7 7 S carro n , Le Román comique, ed. p o r E m ile M ag ne. P arís, G a rn ie r, 1967.
9 7 8 V é a s e M a rc S o ria n o , Los cuentos de Perrault. E rudición y tradiciones
populares, M ad rid , Si¡;lo X X I, 1975, pp. 24 3 -2 5 4 , d o nd e no sólo se trata
d e S c a rro n sin o d e los e x p erim e n to s b u rle sco s d e los h erm a n o s P e rrau lt
a lre d e d o r d e 1650. S c a rro n , Le Virgile travestí, ed. J e a n S e rro y , P a rís,
1988; en la p á g in a 68, se e n c u e n tra un p o e m a la u d a to rio al libro b u rle s
co , re d a ctad o p o r C h arle s F e rram u s, en el cu al se co m p a ra n los defectos
y d o lo re s fís ic o s d e S c a rro n co n la b e lle z a y el in g e n io de su s v e rso s,
p a ra c o n c lu ir de la sig u ie n te m an era: "Tan bien ju eg a m ientras, langui
deciente, todo el cuerpo / le fa lla y m ales innum erables lo sepultan, / o
bien Scarron es D ios bajo im agen hum ana, / o bien p o se e un ingenio
pro p io de D ios".
9 7 9 S c a rro n , op.cit., pp. I-X X II.
9 8 0 Ibidem , p p . 2 6 -4 2 , 1 3 2 -1 5 2 , 2 2 2 -2 5 3 , 2 7 3 -2 9 7 .
981 C la ro q u e los p a d re s d e D e stin no se salv a n d e la sá tira c o n tra su a v a ri
c ia , p u e sta en b o ca del p ro p io hijo: el p ad re, in v e n to r d e la in sp iració n a
la h o ra d e to m arse las m ed id as d e un traje p a ra a h o rra r a lg u n o s c en tím e
tro s de tela; la m ad re, q u ien ap ro v e ch ó la é p o ca del a m a m an ta m ie n to de
D e stin p a ra a lim e n ta r tam b ién al m a rid o co n su leche y e v ita r los gasto s
d e las c o m id a s ( Ibidem , pp. 5 7 -5 8 ).
9 8 2 Ibidem , p p . 4-5.
9 8 3 Ibidem , p. 130.
9 8 4 Ibidem , p. 13.
9 8 5 Ib id e m , pp. 5, 1 0 -1 1 , |2 17 -2 2 1 , 2 5 3 -2 5 6 .
9 8 6 Ibidem , p p . 4 4 -4 5 , 4 7 , 127, 1 8 9 -1 9 1 , 2 9 8 -3 0 1 .
9 8 7 Ibidem , p. 51.
9 8 8 E l p a re n te sc o co n las p in tu ras n eg ras de G o y a re su lta aso m b ro so .
9 8 9 E n la Iconología de R ip a {op.cit., to m o I, pp. 1 8 9-190) en co n tra m o s una
fig u ra sem e ja n te a la del d e sn u d o d e la fu en te: la jo v e n d e sn u d a , con un
sol so b re su m ano, q u e rep resen ta a la C larid ad . ¿ P o d ría se r entonces que
el d ib u jo d e la p o rta d a d e la N ovela se re firie s e a las c la rid a d e s d e la
h is to ria y d e la le n g u a de S c a rro n ?
9 9 0 S p in o za, Oeuvres... ed. cit., vol. 3: E thique, parte IV (D e la serv id u m b re
d el h o m b re o d e las fu e rz a s d e los a fe cto s), e sc o lio seg u n d o a la p ro p o
sició n X L V , p. 2 6 3 .
9 91 C itado p o r R obert D arnton en una entrevista realizada por Jerem y A delm an
en P rin c e to n , N e w J e rse y , el 15 d e d ic ie m b re d e 199 5, y p u b lic a d a en
Entrepasados. R evista de H istoria, B u en o s A ires, n° 10, p. 119, 1996.
424 J o s é E m il io B urucúa
“P o r m í elegido,
p o r m í perdido.
N oble y puro.
A udaz y cobarde.
C abeza consagrada a la muerte.
C orazón consagrado a la m uerte ”23,
Nuestra primera serie del capítulo podría cerrarse con las dos
óperas que com puso Alban Berg: W ozzeck, sobre el texto y la
pieza de Georg Büchner, estrenada en Berlín a fines de 1925, y
L ulú, ópera incon clu sa realizada sobre dos dramas de Franz
W edekind que fusionó el propio Berg. En la primera, María es la
mujer del personaje central, un soldado pobre y neurótico; su
adulterio con el Tambor M ayor del regim iento precipita al mari
do en el colap so psíquico y lo convierte en un hom icida, pues
María muere acuchillada por W ozzeck. La segunda ópera, entre
tanto, pone en escena la historia de una ramera, personificación
de la Serpiente, según las palabras del Dom ador que la presenta
en el prólogo de la tragedia. Lulú com ete e incita el crim en a su
alrededor y muere a manos de un sádico asesino, pero así com o
la vida de M aría era un triste resultado de la pobreza, de la
446 J osé E m il io B urucúa
“(...) haya una am istad siem pre fecu n da p o r este acu erdo y
acabem os ya con las taim adas zorras. ¡Oh aquí, oh ven aquí,
oh virgen cazadora! Ea, recoge la ca b ellera con la m ano y
sa lta con los p ie s com o una cierva, y m arca el ritm o que
hace cre c e r la danza, y a la muy p o d e ro sa gu errera, a la
C alcieco, c a n ta ”45.
“C am inarem os
p o r la fu erza de la música,
alegres, a través d e la noche
tenebrosa de la m uerte ”M.
“El bribón
está de centinela.
D ivirtám on os tam bién nosotras,
dém osle el prem io
de sus dudas.
L legó al fin
C a p ít u l o I I I : P o s t l u d io f e m in is t a 457
“¡A prontém onos ya! ¡Ahora veo todo con otros ojos! ¡Las
profundidades de la existencia son inconmensurables! Q ueri
do am igo, hay p o c a s cosas en el mundo que no se p u ed a d e
c ir con p a la b ra s. Los p o e ta s desp lieg a n muy buenas p a la
bras, muy buenas, y más, y más, y más, y más. Hay coraje en
mí, ¡coraje, am igo mío! El mundo es digno de am or y el va
liente no debe tem erle. ¿Q ué es la m úsica entonces?
"La m úsica es un a rte sagrado, que reúne a todos los hom
bres de co ra je com o a querubines a lre d e d o r d el tron o res
plandeciente, y p o r eso es la más santa de las artes. ¡La san
ta m ú sica!" 116.
Notas
5 Ib id e m , p p . 6 -1 1 .
6 R u th P a d e l, A q u ie n u n d io s q u ie r e d e str u ir , a n te s lo e n lo q u e c e . E le
m e n to s d e la lo c u ra g r ie g a y tr á g ic a , B u en o s A ire s, M a n a n tia l, 1997.
7 Ib id e m , p p . 6 5 -8 5 .
8 In a n d o u t... o p .c it., p p . 7 0 -7 3 .
9 A q u ie n u n d io s ... o p .c it., p. 160.
10 L a D ra . P a d e l e x p u s o e sto s a rg u m e n to s en un s e m in a rio d ic ta d o e n la
U n iv e rs id a d d e B u e n o s A ire s en m ay o d e 1995. N o h e m o s p o d id o le e r
aú n la o b ra a n u n ciad a e n to n c es, la cu al d e b ería d e e x p lic a r el n u evo giro
en la in v e stig ac ió n d e n u estra au to ra: T h e A ria d n e F ile: M a le vo ic in g s o f
fe m a le D e sire .
11 P a d e l, s in e m b a rg o , n o d e ja d e lla m a r la a te n c ió n s o b re lo s o ríg e n e s
h o m é ric o s d e u n a b u e n a p a rte d e la s n o c io n e s d e d o lo r, d e s a s o s ie g o y
lo c u ra q u e d e sa rro lló el te a tro a te n ie n s e d el s ig lo V . M e p re g u n to si un
o rig e n p o sib le , a u n q u e m u y a m b ig u o , d el d e sb o rd e fe m e n in o c o m o c a u
sal del p a d ec im ie n to c o le c tiv o no p o d ría situ a rse en el ju ic io d e P arís, el
ra p to d e H e le n a y la d e stru c c ió n d e T ro y a.
12 L o p rin c ip a l d e e sta id e a ta m b ié n p e rte n e ce a R u th P ad el y fu e ex p u esto
e n la s c o n fe re n c ia s d e B u e n o s A ire s y a m e n c io n ad a s.
13 A l c o n tra rio d e lo u su a l h a s ta a h o ra en e ste lib ro , lo s títu lo s d e a ria s y
o tro s fra g m e n to s d el te a tro c a n ta d o irán en id io m a o rig in a l en el te x to
p u e s a s í so n fá c ilm e n te re c o n o c ib le s p o r el m eló m an o lecto r. En el c aso
de c ita s in e x te n s o d e lo s lib re to s o p e rís tic o s, se ha d e v o lv e r al c rite rio
d e tra n s c rib ir la tra d u c c ió n s ie m p re q u e e llo s e a p o sib le .
14 G u s ta ve R ee se, M u s ic in th e R e n a is sa n c e , N u e v a Y o rk , W . W . N o rto n ,
1959, p p . 4 4 1 -4 4 2 .
15 A b y W a r b u rg , L a R in a s c ita d e l P a g a n e s im o A n tic o . C o n tr ib u ti a lia
s to ria d e lla c u ltu ra , F lo ren c ia , L a N u o v a Ita lia , 1966. E s tu d io in tro d u c
to rio p o r G e rtru d B in g . C a r io G in z b u rg , “ D a A . W a r b u rg a E. H .
G o m b ric h (N o te su un p ro b le m a di m é to d o )” , e n S tu d i m e d ie v a li, año
V II, fase. II, pp. 1 0 1 5 -1 0 6 5 , d ic ie m b re d e 1966. J o sé E m ilio B u ru c ú a et
a l , H isto ria d e la s im á g e n e s e h is to ria d e la s id eas. L a e sc u e la d e A b y
W a rb u rg , B u e n o s A ire s, C en tro E d ito r d e A m érica L atin a, 1992. E ste li
b ro c o n tie n e d o s en say o s d e A by y cap ítu lo s escrito s p o r E m st G om brich,
H en ry F ran k fo rt, F ran c é s Y a tes y H é c to r C io c ch in i, y c o n trib u c io n e s a d
h o c d e G a b rie la S irac u san o , L a u ra M alo setti y A n d rea Jáuregui.
16 V é ase al re sp e c to n u estro a p én d ice 4: “C o n sid e ra c io n e s so b re la h isto ria
m o d e rn a d e la to n a lid a d en la m ú sic a e u ro p e a ” .
17 R e c u é rd e se q u e, d e sp u é s d e h a b e r p ro v o c a d o la m u erte d e C re u sa p o r el
fu e g o y d e m a ta r a sus h ijo s h a b id o s co n J asó n , M ed e a h u y ó de C o rin to
h a c ia A te n a s e n u n c a rro re g a la d o p o r su a b u e lo , el S o l. En el A tic a , la
m a g a s e u n ió a l re y E g e o , d e q u ie n tu v o un h ijo , M e d o s . O b lig a d a a
a b a n d o n a r A te n a s p o r su a te n ta d o c o n tr a T e s e o , M e d e a v o lv ió a la
C ó lq u id e y a llí, c o n su s a rte s , re p u s o a su p a d re A e té s en e l tro n o d el
c u a l lo h a b ía d e s p o ja d o P e rs é s. S e d e c ía q u e M ed e a n o h a b ría m u e rto
sin o q u e , tra s la d a d a v iv a a lo s C am p o s E líse o s, h a b ría sid o la a m a n te de
A q u ile s en e se lu g a r (v id e P ie rre G rim a l, D ic tio n n a ire d e la m y th o lo g ie
g r e c q u e e t ro m a in e , P a rís , P .U .F ., 1951, pp. 2 7 8 -2 7 9 ).
474 J osé E m il io B urucúa
71 Ib id e m , c o m p á s 13 d e la c a va tin a .
12 Ib id e m . p p . 2 9 7 -3 0 5 .
73 Ib id e m , e n tre los c o m p a se s 53 y 6 0 en el aria.
74 Ib id e m , a p a rtir d el c o m p á s 77 en el aria.
75 Ib id e m , e n el c o m p á s 2 4 d el r e c ita tiv o se re a liz a la m o d u la c ió n al fa
m a y o r q u e p e rm a n e ce c o m o to n a lid a d d e to d a el aria.
76 Ib id e m , p p . 3 7 3 -3 7 4 .
77 Ib id e m , pp. 3 7 9 -4 3 5 , c o m p á s 4 3 0 .
78 Ib id e m , c o m p a se s 4 3 0 -4 4 5 .
79 Ib id e m , c o m p á s 44 8 .
8 0 Ib id e m , pp. 3 3 9 -3 4 0 .
81 Ib id e m , p p . 3 6 4 y ss.
82 D a P o n te -M o z a r t, II D is s o lu to P u n ito o s sia il D o n G io v a n n i, K. 5 2 7 ,
L o n d re s -Z u ric h -S u ttg a rt-N u e v a Y o rk , E u len b u rg , s.f.
83 Ib id e m , pp. 6 7 -7 9 , c o m p á s 63.
84 Ib id e m , c o m p á s 222.
85 Ib id e m , pp. 2 3 0 -3 4 1 , c o m p a se s 170 -21 7.
86 Ib id e m , pp. 5 2 1 -5 4 0 , c o m p a se s 31 -5 0.
87 Ib id e m , pp. 5 4 1 -6 5 8 , c o m p a se s 4 3 7 -6 0 2 .
88 Ib id e m , c o m p á s 49 6 .
89 Ib id e m , c o m p á s 512.
90 Ib id e m , c o m p á s 590.
91 Ib id e m , c o m p a se s 5 9 4 y ss.
92 M o z a r t’s W e rke , n° 4 2 1 , C o sí f a n tu tte , K a lm u s M in ia tu re O rc h e s tr a
S c o re s, N u e v a Y o rk , E d w in F. K alm u s, s.f.
93 Ib id e m , p p . 2 4 -2 7 .
94 Ib id e m , p p . 4 6 -4 7 .
95 Ib id e m , pp. 9 6 -1 0 3 .
96 Ib id e m , pp. 134-143. N o c o m p a rto la o p in ió n d e N e w m an a c e rc a del c a
rá c te r g ro te s c o d e e sta aria d e co lo ra tu ra . ¿ P o r q ué no a trib u ir e n to n c es
e s e m is m o to n o d e fa rs a a las p ie z a s h o m o lo g a s en L a s b o d a s o en el
D o n G io v a n n i, i.e., D o v e so n o , M í tr a d i q u e l l ’a lm a in g r a ta o N o n m i
dir, b e ll'id o l m ió (v. E rn st N e w m an , o p .c it., p. 2 0 3).
97 Ib id e m , p p . 3 6 5 -3 6 6 .
98 Ib id e m , pp. 4 2 2 -4 3 2 .
99 K o n ra d K ü s te r, e n su lib ro M o z a rt. E in e m u s ik a lis c h e B io g r a p h ie
(S tu ttg a rt, D e u tsc h e V e rla g s-A n sta lt, 1990), a rrib a a u n a c o n c lu sió n s e
m e ja n te (p p . 3 7 0 -3 7 1 ), re c h a z a c u a lq u ie r “e n v ile c im ie n to d e la s m u je
r e s " p re te n d id a m e n te e x p líc ito e n la c o m p o s ic ió n p o é tic o -m u s ic a l de
C o.ú f a n tu tte e in siste, p o r el c o n tra rio , en la le c ció n re c ib id a p o r tod o s
los a m a n tes a ce rc a de la in h u m a n id a d de las p ru eb as rid icu la s a las c u a
les han sid o so m etid o s (R e cu é rd e se en tal sen tid o el su b títu lo que L o re n
zo D a P o n te le p u so a su lib reto : L a sco la d e g li a m a n ti).
C a p ít u l o I I I : P o s t l u d io f e m in is t a 477
Apéndice 1:
Apuntes sobre magia, religión y escepticismo
“G allina, gallinaza,
un vasito de vino y una hogaza,
que p o r mi gargan ta arrojes,
A p é n d ic e s 485
“Súbete a un p a lo
y serás muy alto;
si alcanzarm e puedes,
el culo m e m ueles"24.
bro de D aniel M énager que hace, una y otra vez, los honores de
Erasmo52, o bien a la obra tan atractiva de Peter Berger, quien
considera al Roterodamense el hito fundamental del devenir de la
risa en occidente53. Berger coloca el E logio de la locura en la cús
pide de la creación cóm ica, porque resulta posible descubrir en ese
texto todas las funciones que asume la risa en la experiencia hu
mana: diversión, consuelo, ju ego de ingenio, sátira y, finalmente,
redención. La locura ríe desde el acto m ism o que encierra el co
m ienzo de la vida: “Las que pro p a g a n el género humano son esas
p artes, d e tal suerte locas y ridiculas, que solam ente su nom bre
excita la risa. E llas constituyen el m anantial sa g ra d o d e donde
p ro ced e la vida, y no el cuaterno d e P itá g o ra s La locura transita
a carcajadas entre las situaciones y los personajes de la sociedad, y
se encarga de presentar, en el final del recorrido, la sabiduría m áxi
ma del cristianismo, la aceptación del misterio de la cruz, cuando
la enajenación personificada recuerda que San Pablo se llam ó “ton
tísim o” a sí m ism o, igual que un bufón, para transmitir aquella
paradoja salvadora a los fieles de Corinto. Pero, claro, yo no qui
siera insistir en una obra tantas veces y tan bien com entada com o
el E logio, sino apenas explorar los A dagia, rendir con ello un ho
menaje al pensador que form uló la mejor síntesis del humanismo
renacentista y descubrir también, en la colectánea monumental de
los proverbios, algunas coincidencias con las clasificaciones que
en este libro he formulado.
El estudio de los proverbios fue una de las pasiones m ayores
de Erasmo, quien veía en esas frases sintéticas y densas de senti
do, llegadas a su época desde los tiem pos más rem otos, la con
densación estéticam ente perfecta del saber de los antiguos. Ha
bía en ellas algo hasta cierto punto m ilagroso, un chispazo de
verdad y eternidad que las preservaba de la destrucción del tiem
po tan voraz, en cam bio, con los m onum entos de piedra y de
bronce. Erasmo decía: “C reyó sela s em an adas d e l cielo : tanta
era la a u to rid a d que se les concedía. (...) Se las g ra b a b a en el
m árm ol, se la s in scribía en los fro n to n es d e lo s tem plos, p o rq u e
se lo s ju z g a b a m erecedores d e una m em oria p erdu rable. (...) Hay
en e sta s pa rem ia s, sin duda, una n ativa y genuina fu erza d e v e r
d ad; p o rq u e si no fu e ra así, ¿cóm o se exp lica ría que m uchas
veces una so la sen ten cia haya p a sa d o a cien p u e b lo s y que no
haya m uerto, ni siq u iera en vejecido, a tra vés d e tan la rg o d is
cu rso d e siglos, que ni las m ism as P irá m id es p u d iero n resis
ti r ? ”54. La primera edición de los A d a g ia , publicada en París en
el año 1500, contenía 818 proverbios; la impresa en V enecia, en
494 J osé E m il io B urucúa
“(...) O s reís y burláis de las cosas de las que hay que tener
piedad; y aquello de lo cual habría que alegrarse, os reís del
m ism o m odo; de ta l m anera que no hay ninguna d istin ción
entre el bien y el m al en vo s" 11.
“(...) La Risa pu ede a sí ser llam ada una fa lsa alegría, con f a l
so disgusto, como participante de am bos y sin retener lo inge
nuo, ni del uno ni del otro. P o r eso ella recrea al hombre, p o r
que le es dada como gran placer: porque está lejos de los ex
trem os y la naturaleza se com place en la m ediocridad"" '.
únicas aptas para los propósitos del filósofo: la primera con vie
ne a la nota o acento del hombre valiente que enfrenta la adver
sidad y la muerte sin abandonarse a la desesperación; la segun
da caracteriza tam bién a ese hombre pero en tiem pos de paz y
de libertad cuando, alejado del imperio de la necesidad, él trata
de persuadir a los dioses con ruegos y a los hombres con admo
niciones y enseñanzas.
tiene en s í una g ra ta severid a d , m ezclada con una cie rta a leg ría
y du lce su a vid a d ex ce p c io n a l” 1*1. A pesar de que el m odo undé
cim o parece aquí servir para representar m uchos estados de áni
mo, incluso contrapuestos, Zarlino ha de insistir en la necesidad
de respetar la correspondencia entre el ethos, el m odo y el ritmo
a lo largo del capítulo 32:
“D igo tam bién que si cada uno de esos tonos** tiene la vir
tud particu lar de m over en el oyente este y aquel afectos dife
rentes, (...) ¿de dónde sale que, debiendo p o n e r m úsica a un
soneto que trate, p o r ejem plo, de cosas tristes, cantarán [los
contrapuntistas modernos] sus cuartetos en el segundo tono y
* E l ritm o.
** H a d e e n te n d e r se “m o d o s" .
A p é n d ic e s 521
“(...) N ótese que no separam os el térm ino m odo del térm ino
clave cuando encontram os un cam bio entre m a yo r y m enor
en la m ism a nota tónica, pu es p o d em o s cam biar el m odo de
m ayor a m enor o de m enor a m ayor sin cam biar la tónica o
nota prin cipal del modo. P or ejemplo, cuando pasam os de un
tem a a leg re a un tem a triste, o de uno triste a uno alegre,
com o sucede en muchas Chaconas o Passacaglie o a menudo
en dos arias sucesivas del m ism o tipo, podem os d ecir que la
cla ve no cam bia p a ra n ada aunque el m odo cam bie. Si la
nota D o es la tónica en el m odo mayor, entonces tam bién lo
es en el m enor. Con el fin de no confundir esto s térm inos,
decim os simplemente clave m ayor o clave menor. La m odula
ción de la clave p u ed e cam biar só lo de m ayor a m enor o de
m enor a m ayor. La nota tónica, sin em bargo, p u ed e se r to
m ada de cu alqu iera de las 24 n otas d iferen tes d el sistem a
c ro m á tico ”20*.
Notas
esp iritu al-so b ren atu ral. V éase en e ste libro e l trab ajo d e F ab ián C am p ag n e
so b re el s en tid o d e lo im p o sib le .
4 P h ilip p e A rie s , L ’hom m e deva n t la m ort, P a rís , S e u il, 1 9 7 7 ; G a b y &
M ic h e l V o v e lle , Vision de la m ort et de Vau delá en P rovence du XVe.
au X Xe. siécle, d ’a p ré s le s a u tels d e s am es du P u rg a to ire, P a rís , A .
C o lin , 1970; M ic h e l V o v e lle , M ourir autrefois, P a rís , G a llim a rd , 1974.
5 P a ra u n a exp o sició n m u y a ccesib le y a m en a d e lo s p rin c ip io s de la lógica
b o rro s a , v é a s e A rtu ro J. B ig n o li, D ivagaciones , B u e n o s A ire s , S ig m a ,
1994. E l in g e n ie ro B ig n o li h a e n sa y a d o u n a fo rm aliza c ió n m u y atra c tiv a
d e la té c n ic a d e las a trib u c io n e s a rtístic as en té rm in o s d e a q u ella lógica.
6 L as o b ra s d e B ro n isla w G e re m ek so n clav es en este tem a: La piedad y la
horca. Historia de la miseria y de la caridad en Europa , M a d rid , A lian
za, 1989; La estirpe de Caín. La imagen de los vagabundos y de los p o
b re s en la s lite ra tu r a s eu ro p e a s de lo s sig lo s X V a l X V II, M a d r id ,
M o n d a d o r i E s p a ñ a , 1 9 9 1 . A s im is m o in te re s a n m u c h o lo s a p o rte s d e
P ie ro C a m p o re si, ta n to los lib ro s p ro p io s ( // pane selvaggio, B o lo n ia , II
M u lin o , 1 9 8 3 ; II p aese della fa m e , B o lo n ia , II M u lin o , 1 985) c u a n to su
e d ic ió n m u y c u id a d a d e la s f u e n te s e n II L ib ro d e i V a gabondi. Lo
“S p ecu lu m cerreta n o ru m >>di T eseo Pini, “11 V agabondo” d i R afaele
Frianoro e altri testi di “fu rfa n te ria ”, T u rín , E in au d i, 1973 (en a d elan te
C a m p o re si, Vagabondi...).
7 U n a c rític a s a g a z d e l u so d e e sto s lib ro s c o m o fu e n te s h is tó ric a s se e n
c u en tra en P e te r B u rke, The historical anthropology o f early modern Italy.
E ssa ys on percep tio n a n d com m unication , C a m b rid g e , C a m b rid g e
U niversity P ress, 1987. D ebo esta referencia al profesor Fabián C am pagne.
8 B. G e re m e k , La estirpe... op.cit., p p . 9 9 -1 0 4 .
9 P. B u rk e , o p . c i t pp . 6 3 -7 5 .
10 R o g e r C c h a rtie r (e d .), F igures de la gueuserie, P a rís , M o n ta lb a , 1982,
pp. 7 6 -7 7 y 9 5 -1 0 6 .
11 C a rio G in z b u rg , I benandanti. Sregoneria e culti agrari tra Cinquecento
e Seicento, T u rín , E in au d i, 1966; Storia notturna. Una decifrazione del
sa b b a , T u rín , E in a u d i, 1989.
12 S e tra ta d e II giudice crim inalista. V é a s e C a m p o re si, Vagabondi..., pp.
3 9 0 -3 9 9 .
13 C am p o re si e x tra jo los frag m e n to s q u e p u b lic ó en Vagabondi d e u n a e d i
c ió n v e n e c ia n a d e II giudice d e 1681.
14 C a m p o re si, Vagabondi..., p p . 3 -6 9 .
15 Ib id em , p p . 75 y ss.
16 Ibidem , p p . 17 -2 1 .
17 Ibidem , p p . 2 1 -2 4 .
18 Ib id em , p p . 4 8 -5 0 .
19 Ibidem , p p . 5 2 -5 3 .
20 C ita d o e n C a m p o re si, op.cit ., p p . 3 5 9 -3 6 0 .
21 C ita d o e n C a m p o re si, op.cit ., p. 3 2 5 .
22 F ra n c o S a c c h e tti, II L ibro delle T recento N ovelle , e d . E tto re L i G o tti,
M ilá n , B o m p ia n i, 19 4 6 , n o v . C L I, p p . 3 8 5 -3 8 7 .
J osé E m il io B urucúa
23 Ib id e m , p . 6 1 6 .
24 Ib id e m , p . 6 1 9 .
25 P o g g io F lo re n tin o , F a c e zie, R o m a , F o rm ig g in i, 1927. T ra d u c c ió n al ita
lian o , in tro d u cc ió n y n o ta s d e F. C az z a m in i M u ssi. F a c. n° 232, pp . 148-
1 4 9 . H a y u n a e d ic ió n b ilin g ü e re c ie n te d e la s F a c e zie (te x to s la tin o e
ita lia n o ), p u b lic a d a en M ilá n p o r R iz z o li, 1994, co n un e stu d io y n o ta s
p o r M a rc e llo C ic cu to y un en sa y o d e E u g e n io G a rin ; la h isto ria llev a a llí
e l n ú m e ro 2 3 3 , p p . 3 6 4 -3 6 5 . A c e rc a d e P o g g io y e s ta o b ra , v é a s e m ás
a d e la n te e l c a p ítu lo so b re la risa.
26 A n to n io C a m m e lli, I s o n e tti fa c e ti, s e c o n d o V A u tó g r a fo A m b r o s ia n o ,
E d . E ra s m o P e rc o p o , Ñ a p ó le s, Jo v e n e , 1908, p p . 7 -8.
27 Ib id e m , p . 16.
28 Ib id e m , p p . 2 0 -2 2 .
29 Ib id e m , p p . 2 9 -3 1 .
30 Ib id e m , p . 3 8 .
31 Ib id e m , p p . 4 3 -4 4 .
32 P a ra e s te c a s o p a rtic u la r, v é a s e el c a p ítu lo 4 so b re la ris a s a g ra d a en la
c u ltu ra d e l R e n a c im ie n to .
33 L u d o v ic o A rio s to , O p e re m in o r i, e d . p o r C e s a re S e g re , M ilá n -N á p o le s ,
R ic c ia rd i, 1 9 5 4 , p p . 4 3 8 -4 3 9 .
34 S a b e m o s q u e D e lla P o rta p u b lic ó e n 1558 la p rim e ra e d ic ió n d e la M a
g ia n a tu r a lis e n c u a tro lib ro s, un te x to q u e , n o o b s ta n te h a b e r v a lid o un
ju ic io in q u isito ria l a su a u to r, tu v o en 1589 u n a seg u n d a e d ic ió n a m p lia
d a en v e in te lib ro s. D e lla P o rta fu n d ó en N á p o les u n a c o rp o ra c ió n d e sti
n a d a al e stu d io d e lo s fe n ó m e n o s n a tu ra le s, d e sus sim p atías y antip atías,
la lla m a d a A c c a d e m ia d e ' se g re ti. E sc rib ió tam b ién un tra ta d o d e fiso n o
m ía h u m a n a , e d ita d o en 1586, m u y c éleb re y d e la rg a v ig e n c ia (el g e n e
ra l B e lg ra n o p o s e y ó u n e je m p la r d e la e d ic ió n d e 1 58 6 q u e d o n ó a la
B ib lio te c a P ú b lic a d e B u e n o s A ire s en 1812 d o n d e to d a v ía se e n c u e n
tra); e se lib ro e x p lo ró las sem e ja n z as e n tre las c aras d e los an im a les y las
d e lo s h o m b re s b u s c a n d o e x tra e r c o n c lu s io n e s re s p e c to d e l c o m p o rta
m ie n to y d e l p siq u ism o , re la c io n es a n aló g icas q u e só lo fu e ro n a b an d o n a
d as p o r la o b ra d e L a v a te r a fin es d el sig lo X V III. D e lla P o rta p u b lic ó en
1593 u n tra ta d o d e ó p tic a , en 1 6 0 2 un a rte d e la m e m o ria y un tra ta d o
d e m á q u in a s p n e u m á tica s, en 1603 un tra b a jo so b re la “fis o n o m ía c e le s
te ” en c o n tr a d e la a s tr o lo g ía ju d ic ia r ia , y d e jó m a n u s c rito u n a rte d e
c o m p o n e r c o m e d ias.
35 G ia m b a ttis ta D e lla P o rta, L e c o m m e d ie , ed . p o r V in c e n z o S p a m p a n a to ,
B a ri, L a te rz a , 1 9 1 0 -1 9 1 1 , v o l. 2 , p . 3 0 6 .
36 Ib id e m , p . 3 3 8 .
37 Ib id e m , p p . 3 1 2 -3 1 4 .
38 Ib id e m , p . 3 1 1 .
39 Ib id e m , p. 3 0 6 .
40 Ib id e m , p . 3 0 7 .
41 R u z a n te , T e a tr o , ed . L u d o v ic o Z o rz i, T u rín , E in a u d i, 1967, p. 1489.
42 Ib id e m , p. 1594.
A p é n d ic e s 535
82 Ibidem , p p . 17-19.
83 Ibidem, pp. 21-23. E ste es el "otro Timón, el misántropo”, el filósofo escép
tico de quien D iógenes L aercio cu en ta cóm o o btenía discípulos huyendo de
ellos. V éase D io g en es L aerzio, op.cit., libro IX , 112-115, pp. 476-477.
84 Ibidem , pp . 2 6 -2 7 .
85 Ibidem , pp . 2 9 -3 1 .
86 Ibidem , p. 33.
87 Ibidem , pp . 3 6 -4 0 .
88 Ibidem , p p . 4 1 -4 2 .
89 Ibidem , p p . 4 5 -4 6 .
90 Ibidem , p. 39.
91 L ’Opera completa di Bramantino e Bramante pittore, p res. p o r G ian A l
berto D e ll’ A cq u a, ap. crítico -filo ló g ico p o r G erm ano M u llazzani, M ilán,
R iz z o li, 19 7 8 , pp. 84 -8 5 .
92 V é a se c ita supra. El títu lo c o m p le to del libro es Tratado de la Risa, que
contiene su esencia, sus causas, y m aravillosos efectos, curiosam ente
investigados, razonados y observados. Item, la causa m oral de la risa
de Democrito, explicada y atestiguada p o r Hipocrás. Más, un Diálogo
sobre la C acografía francesa, con anotaciones sobre la ortografía. E l
Jo u b ert m éd ico no ha de ser c o n fu n d id o con o tro Joubert, bufón, llam ado
“E n g u lla v ie n to s” , a q u ien E n riq u e IV h a b ría n o m b rad o su valet y c o n fir
m ad o en el títu lo de “p rín c ip e d e los to n to s” , al fin de u n a q u e re lla en la
c u al e ste J o u b e rt re iv in d ic ó la “ p ro p ie d a d e x c lu siv a ” del p rin c ip a d o en
c o n tra de las p re te n sio n e s d e los c o m e d ia n te s del H otel d e B o rg o ñ a .
93 L a u re n t J o u b e r t, La m édecine et le régim e de sanie. D es erreurs
p o p u la ires et p ro p o s vulgaires. Livre I refuté et expliqué p a r..., P a rís-
M o n tré a l, L 'H a r m a tta n , 1997, to m o 1.
94 N ic a n d e r J o s s iu s , Tractatus novus. utilis et iucundus, de voluptate et
dolare, de risu et fletu, som no et vigilia, deque fa m e et siti..., F ran c fu rt,
J .T .S c h ó n w e tte re i, 1603.
95 R o d o lfo G o c le n iu s , P hysiologia de R isu et L acrum is, M a r b u rg o , P.
E g m o lp h u s, 1597.
96 P h ysio lo g ia crep itus ventris, item risus et ridiculi, et elogium nihili,
F ra n c fu rt, 1607.
97 De peste, M arb u rg o , 1607.
98 D e vita p ro pa ga nda, id est anim i et corporis vigore co nservando et
sa lu b riter producendo, F ra n c fu rt, 1608.
99 Tractatus de portentosis, luxuriosis et monstrosis nostri saeculi convivís,
M a rb u rg o , 1609.
100 U ranoscopio, chiroscopia, m eloposcopia, ophtalm oscopia, F ra n c fu rt,
1608.
101 T ra cta tu s de m a gnética cu ra tio n e vulnerum , citra ullum dolorem et
rem edii applicationem , M a rb u rg o , 1608.
102 A n to n io L o re n z o P o liz ia n o , D ialogus pulcherrim us et utilissim us... De
R isu..., en N . J o ss iu s, op.cit., p p . 3 0 1 -4 4 5 .
538 J osé E m il io B urucúa
139 Ibidem , c o l. 2 2 1 2 .
140 Ibidem , col. 22 1 1 .
141 B e rre tta ri, op.cit., f. 7 v.
142 Ibidem , f. 2 6 r.
143 P a ra v ic in o , o p .cit ., p p . 30 -3 1 .
144 Ibidem , p. 24.
145 F e rra ri, op.cit., p p . 23 y 38.
1 46 Ef. 5, 4.
147 G o c le n iu s, op.cit,. pp. 4 1 -4 4 .
148 A .L . P o liz ia n o , op.cit., pp. 4 3 5 -4 3 6 .
149 N a n c e l, op.cit., co l. 22 1 1 .
1 50 A .L . P o liz ia n o , op.cit., p. 44 2 .
151 Ibidem , p p . 4 4 5 -4 4 6 .
1 52 N a n c e l, op .cit ., co l. 2 2 1 0 .
153 G . F e rra ri, op.cit., p. 25.
154 J o u b e rt, op.cit., pp. 2 5 5 -2 5 9 .
155 Ibidem , p p . 1 4 2 -1 43 .
1 5 6 Ibidem , p. 156.
157 Ibidem , s.n.
158 Ibidem , s.n.
159 P o r e je m p lo , Las m iserias de la m ujer casada, puestas en fo rm a de E s
tancias y la Apología para las m ujeres en contra de quienes hablan mal
de ellas.
160 J o u b e rt, op.cit., s.n.
161 D e sc a rte s, O euvres et Lettres, ed . A n d ré B rid o u x , P a rís, G a llim a rd (L a
P lé ia d e ), 1953.
162 Ibidem , art. 124, p. 75 2 .
163 Ibidem , art. 126, p. 75 3 .
164 Ibidem , art. 125, p. 75 2 .
165 Ibidem , a rt. 91. p. 738.
1 6 6 Ibidem , art. 126, p. 75 3 .
167 Ibidem , art. 2 1 2 , p. 79 5 .
168 P la tó n , La R epública, III, 399 b.
1 69 P a ra un e stu d io d e la a p lic ac ió n d e la te o ría a rm ó n ic a d e cu ñ o p la tó n ic o
al c aso d e la a rq u ite c tu ra y de las re la c io n es e n tre este a rte y la m ú sica,
v é a s e e sp e c ia lm e n te el c lá sic o R u d o lf W ittk o w e r, La arquitectura en la
edad del H um anism o, B u en o s A ire s, N u e v a V isió n , 1968, pp. 1 0 3-107,
118-126, y D ieg o H . F ein stein , Der H arm oniebegriff in der Kunstliteratur
und M usiktheorie der italienischen R enaissance (d is e rta c ió n d o c to ra l),
F re ib u rg i. B r„ 1977, p p . 1 3 5 -1 3 9 .
1 7 0 A le x a n d re K o y ré, “G a lile o y P la tó n ” , en Estudios de historia del p ensa
m iento científico, M ad rid , S ig lo X X I, 1978, pp. 15 0-1 79 .
540 J osé E m il io B urucúa
2 0 4 M a rtin Z e n c k , op.cit., p p . 7 0 -7 4 .
2 0 5 Ibidem .
2 0 6 U tiliz a re m o s la tra d u c c ió n in g le s a , co n n o ta s y c o m e n ta rio s, re a liz a d a
p o r P h ilip G o sse tt: J e a n -P h ilip p e R am ea u , Treatise on harm ony , N u e v a
Y o rk , D o v e r, 1971,
2 0 7 J. P. R a m e a u , op.cit., lib ro II, c a p ítu lo 19, p. 152.
2 0 8 Ibidem , II, 2 2 , pp. 162 -1 6 2 .
2 0 9 Ibidem , II, 2 3 , p. 164.
2 1 0 Ibidem , II, 2 7 , p. 178.
2 1 1 Ibidem , p p . 1 7 7 -1 7 8 .
2 1 2 Ibidem , p. 3 0 2 .
2 1 3 J e a n -J a c q u e s R o u ss e a u , D ictionnaire de m usique, G in e b ra , 1781, 2 v o
lú m e n e s.
2 1 4 Ibidem , sub voce “Unité de m élo d ie”, v o l. 2 , p. 35 1.
2 1 5 Ibidem , sub voce “M o d e ” , vol. 1, p. 4 7 3 .
2 1 6 Ib id em , p p . 4 7 4 -4 7 5 . D ’A le m b e rt e x p lic a e l d e s a rr o llo d e la e s c a la
d ia tó n ic a m a y o r p o r la p ro g resió n d e los a rm ó n ic o s a p a rtir d e la tó n ic a ,
p o r e je m p lo , e l d o fu n d am en tal del to n o d e d o m ay o r g e n e ra e l sol co m o
p rim e r a rm ó n ic o d e sp u é s d e la p rim e ra o c ta v a y e l m i c o m o p rim e r a r
m ó n ic o d e sp u é s d e la seg u n d a o ctav a, co n lo cu al q u e d a a rm a d o el a co r
d e p e rfe c to d e l d o m a y o r. D ’A le m b e rt o b s e r v a q u e la e s c a la re la tiv a
m e n o r n o p re s e n ta p rim a fa c ie u n a re la c ió n e x p líc ita con los a rm ó n ic o s
c o m o la y a e x p lic a d a p a ra la e sc a la m ay o r, p e ro d e sc u b re , a p o c o an d ar,
q u e la d o m in a n te d e l m o d o m e n o r es ta m b ié n e l q u in to a rm ó n ic o d e la
m e d ia n te to m a d a co m o fu n d am en tal, p o r ejem p lo , el acorde d e d o m en o r
e stá fo rm a d o p o r el d o , e l m i b em o l y el sol, d o n d e el sol e s el te rc e r a r
m ó n ic o d e d o y el q u in to a rm ó n ic o d e l mi b e m o l. D ’A le m b e rt c re e a sí
q u e e x iste ta m b ié n u n a “ n a tu ra lid a d ” a cú stic a del m o do m enor. E s n o ta
b le c o m p ro b a r c ó m o , m u y a v a n z a d o el s ig lo X IX , to d a v ía se b u sc a b a n
e x p lic ac io n e s a cú sticas d e las c o rre sp o n d en c ia s e x p resiv as d e los m odos;
ta l el c a s o d e l p s ic ó lo g o F e rra n d q u ie n , en su Es sa i de psychologie su r
la m u siq u e (P a rís , M a s so n , 1 8 8 6 ), a firm a b a : “L a diferen cia entre los
d o s tonos, m a yo r y m enor, es m ín im a desde e l p u n to de vista físic o ,
p u e s se reduce a un sem itono m en o r aplicado a la tercia (sic), p ero es
muy sensible desde el punto de vista estético . L as piezas en tono m ayor
tienen un cará cter fra n co , alegre, brillante, m ientras que las p iezas en
tono m enor son indecisas, melancólicas, sombrías. A sí las gam as m ayor
y m enor constituyen el esqueleto de dos organism os m usicales de carác
ter bien distinto. Las cifras que he mencionado m uestran que la diferen
cia que los separa no es debida solam ente a un desplazam iento de los
intervalos, que existen entre los tonos, en cada uno de esos modos; esas
cifra s m uestran que esa diferencia se debe tam bién a una m ayor com
p lejid a d de las relaciones que reúnen su s diversos elem entos sim ples.
En efecto, p ara fo rm u la r en cifras las notas del modo m enor es necesa
rio em plear una serie de núm eros seis veces m ás elevados que los nece
sa rio s p a ra exp resar la gam a del m odo m ayor. La serie de esta gam a
va d e 24 a 48, m ientras que la m enor se extiende desde 120 a 240. En
eso h a y algo co m parable a las fó rm u la s de la quím ica orgánica, las
542 J osé E m il io B urucúa
Jo sé E m ilio Burucúa
“Quantum praesumptione animorum”.
El hombre rebelde en el discurso
antisupersticioso español
(siglos XV a XVIII) 1
p o r F abián A lejan dro C am pagn e
una reacción inm ediata cada v ez que se enfrenta con las adversi
dades de la vida diaria: pero esa reacción, producto del en cu en
tro entre un h abitus y un cam po, refleja una disp osición radical
m ente contraria a la providencia divina, un espacio íntim o de
subjetividad que se resiste a aceptar el cristianism o en plenitud,
hasta sus últimas consecuencias. N o se trata de una ruptura radi
cal: los desafíos cotidianos a la dom inación sim bólica suelen ser
puntos de resistencia m óv iles y transitorios21; pero revelan, a
m enudo, los lím ites objetivos de la penetración hegem ónica.
El objetivo del m odelo cristiano de superstición es am bicio
so: la cristianización del fuero íntim o, de las d isp osicion es pri
marias, de las reacciones iniciales frente a las grandes carencias
o a las pequeñas adversidades del mundo cotidiano. La institu
ción eclesiástica se propone la creación de una nueva subjetivi
dad, que instituya lo normal -prácticas y creencias co tid ia n a s-
com o desviaciones, com o invenciones del dem onio: se propone,
en definitiva, la construcción de un habitus ca th o licu s, de una
manera genuinam ente cristiana de m over las piezas del ju eg o , de
la internalización de una manera legítim a de reaccionar frente a
los lím ites que la naturaleza im pone al hombre y a su voluntad,
de la asunción de p red isp o sicio n es favorables a la so lu ció n
providencialista de la persistencia del mal. En definitiva, el m o
delo cristiano de superstición no pretende im poner a la masas
tan sólo una ortodoxia: pretende im poner fundam entalm ente una
ortopraxis22. La Iglesia cristiana demanda así el m onopolio de la
reproducción del habitus religioso21. La construcción de una he-
' gem onía sim bólica en estos térm inos im plicaba una saturación
de la vida en su totalidad, a una profundidad tal que las presiones
y lím ites de lo que no es sino un sistem a cultural, terminarían
pareciendo presiones y lím ites de la sim ple experiencia cotidia
na, del sentido com ún24.
La caracterización del hom o su p erstitio su s com o hombre re
belde -in d iv id u o soberbio que discute con la divinidad, que no
acepta los lím ites de su condición, que pierde la paciencia y d es
confía de la P rovid en cia-, satura el discurso antisupersticioso
español de los sig lo s X V a XVIII.
El m ás céle b r e tratado a n tisu p ersticio so del p eríod o, la
R eprobación d e la s su p ersticio n es y h ech izerias de Pedro Cirue
lo (A lcalá de Henares, 1530), reproduce el razonam iento típico
que el m odelo cristiano atribuye al hom o su perstitiosu s:
Notas
1 U n a v e rsió n a m p lia d a de este tex to fu e p re sen ta d a en las IX J o rn a d a s de
H is to ria d e E u ro p a “R e lig ió n y p o d e r a tra vé s d e la h is to r i a ”, o rg a n i
zad as p o r la A so ciació n A rg e n tin a d e P ro feso res U n iv e rsita rio s d e H isto
ria de E u ro p a (A P U H E ), F a c u lta d d e H u m a n id a d es, U n iv e rsid ad N a c io
nal de S alta, 2 2 al 2 4 de sep tiem b re de 1999. L a versión d e fin itiv a form a
p a rte de la tesis d o c to ra l d e fe n d id a en d ic ie m b re de 1999 en la Facultad
d e F ilo s o f ía y L e tr a s , d e la U n iv e rs id a d de B u e n o s A ire s : H o m o
C a th o lic u s , H o m o S u p e r s titio s u s . E l d is c u r s o a n tis u p e r s tic io s o en ¡a
E sp a ñ a d e lo s sig lo s X V a X V III. A p ro v e c h o e sta o p o rtu n id ad p a ra a g ra
d e c e r lo s c o m e n ta rio s y c rític a s d e lo s in te g ra n te s del ju ra d o : D r. Josó
« Q u a n tu m p ra e s u m p tio n e a n im o ru m » 553
m ovim iento cam pesin o (...) y com prende cuan profundo sig n ifi
cad o p o d ría h a b er tenido la ruptura de su secu la r aislam ien-
t o ”\ Pero veam os ahora cuáles fueron esos mundos, ora m anco
m unados, ora enfrentados y en qué medida nuestro autor se rela
cionará con ellos.
De Beolco a Ruzante
Notas
las cosas y descubrió su ley: la m etem p sico sis que hace estar en
com u n icación a todos los seres vivos.
A sí, la vida atormentada del glob o sujeto a los cam bios pro
ducto de las ign icion es en su interior, de las erosiones marinas,
de los terrem otos, hallan su correlato en la historia de los pue
blos, desde Troya hasta Roma: todos se hallan determ inados por
un m ism o design io. La cosm o lo g ía de Leonardo se relaciona con
a sp ectos ese n cia les de la teoría de las “m etam orfosis” . D ice
Leonardo: “C ol tem po ogn i co sa va varian do” (Arundel, 57 rto.).
Pero hay m uchísim os indicios que permiten relacionar las
teorías de Leonardo con el pitagorism o com o, por ejem plo, su
denuncia de la crueldad de los hombres que se alimentan de la
carne de los anim ales y concluye: “¿N o p rodu ce la n atu raleza
b a sta n tes alim en tos sim p les p a ra sa c ia rse d e e llo s ? ” (A n at. Qu.
1, 14 rto vto). Por lo dem ás cuenta Vasari que Leonardo al pasar
por un m ercado de pájaros los sacaba de su jaula, pagaba el pre
cio pedido y los dejaba alzar en vuelo para d evolverles la liber
tad perdida11.
Ocurre curiosam ente que ésta es también una anécdota atri
buida a Pitágoras tal y com o se ve en Plutarco, D e inim icorum
u tilita te, 91b. Y en el C odex A tlan ticu s, debajo del dibujo de un
pájaro en una jaula se lee: “lo s pen sa m ien to s vuelven hacia la
e sp e r a n za ” (C .A . 68 v.b.).
Todas estas citas nos permiten dar cuenta de las diferencias
que Leonardo mantenía con la cosm olo g ía platónica. C om o se
ñala André Chastel, tanto para Leonardo com o para F icino, la
vida en la tierra se m anifiesta a través de la diversidad de las
esp ecies y por el ju eg o incesante de los elem entos, ello s m ism os
potencias anim adas, cuyas com binaciones y rupturas dan cuenta
de la diversidad de los fenóm enos.
Pero donde F icino percibe un orden m ajestuoso y un eq u ili
brio bajo los desórdenes, la percepción de Leonardo descubre
crisis y con vu lsion es ininterrumpidas (cataclism os del agua y
del fuego). Su percepción oscila entre la visión de la ruina terro
rífica del cosm os y la de su orden arm ónico12.
Toda esta filo so fía se traslucía sin duda en un esfuerzo con s
ciente de Leonardo por la presentación de sí m ism o com o un
sabio antiguo. A sí por ejem plo L om azzo en su Idea d e l Tempio
d ella P ittu ra , dice que Leonardo tenía “los c a b ello s largos, las
ceja s y la b a rb a tan la rg a s que d a b a verdaderam en te la id ea de
la n obleza m ism a d el saber, com o antaño H erm es T rism egisto y
el antigu o P ro m e teo " . Leonardo entonces, en sus ejercicios e s
L e o n a r d o D a V in c i y l a a s c e s is d e l s a b io r e n a c e n ti s t a 575
"Eso p ru eba que los teó lo g o s han tom ado los an tros com o
sím bolos del mundo y de las fu erza s que encierra y tam bién
p o r sím bolo de la esencia inteligible (...) pu es los antros re
presen tan el mundo sen sible p o rq u e son oscuros, rocosos y
húm edos (...) p e ro sim bolizan tam bién el mundo in teligible
porqu e la esencia es invisible, perm anente y fija ( ...) ”.
Notas
llegar dem asiado lejos, porque le basta con echar mano de A ris
tóteles, o de su maestro, Platón, o del maestro de éste, Pitágoras,
los cuales, perfectam ente coherentes con la tradición griega, cla
sifican a los seres anim ados en tres órdenes jerárquicos: dioses,
hom bres y anim ales. La naturaleza humana se com p on e de e le
m entos d ivin os y bestiales, articula a ambos en una existen cia
que procura el equilibrio en esas constituciones contrapuestas.
A sí, el C ym balum presenta el perfecto recorrido de Mercurio entre
el O lim po y la jauría de Gargilius, entre los caprichos de los
dioses y tropelías de las bestias, que con las ilusiones y locuras
de los hom bres vienen a repartirse en partes proporcionales los
papeles en la comparsa del U niverso olím pico. El D iá lo g o I se
inicia con la cóm ica lista de las divinas com ision es de M ercurio,
“el m ensajero de los d io ses” y termina entre los truhanes de la
H ostería del Carbón Blanco; el D iálogo II sigue entre los filó so
fos delirantes; en el D iálogo III los hombres apenas aparecen
co m o m arionetas de lo s d io se s y, en cam b io, adquiere una
sorpresiva grandeza dramática Phlegón, el caballo orador; en el
D iálogo IV, no podía ser de otro m odo, la palabra corresponde
por entero a las bestias, a las que los d ioses, sin em bargo, no
dejan de asistir desde lejos. Para exponer los principales aspec
tos de este tratado, seguirem os el tránsito de M ercurio, a quien
D es Périers supo conducir con tanta maestría por los distintos
peldaños de la existen cia y de la con cien cia
E ste es el argum ento basal que logra exp licar tod os los
com portam ientos de los dioses clásicos del Cymbalum. En efecto,
Mercurio puede ser robado y engañado por Byrphanes y Curtalius
en la Hostería del Carbón Blanco porque antes ha sido reconocido
por ellos, com o se repite varias veces. “ Yo sé quien sois" le con
fiesa Curtalius a Mercurio mientras lo amenaza con la cárcel y el
tormento. “ Una vez que m e hubiesen p u esto la m ano encim a, me
hubiesen infam ado a m í y a to d o m i lin aje celestial" , se queja el
dios entre dientes mientras deja la Hostería del Carbón B lanco.
Y porque a él y al Libro de Júpiter le han reconocido eso s m alva
dos su origen celestial es que el padre de los dioses no se decide
a obrar contra ellos. Lycaón com etió un pecado m ucho más gra
ve porque dudó de la naturaleza y de los poderes de Júpiter pere
grino y se atrevió a p o n erlo s a p r u e b a ; Byrphanes y Curtalius,
en cam bio, se han burlado del dios precisamente porque lo han
recon ocido y de ese m odo han puesto de m anifiesto su condición
de mortales. Todas las acciones divinas narradas en el Cym balum
parecen estar dirigidas a procurar ese m ezquino reconocim iento
M it o l o g í a e im p i e d a d 595
dos, desm ontar a los jinetes, obligar a pedir a los que daban...
M ás aún, se jacta Rhetulus: si quisiera podría poner precio a la
cabeza de sus adversarios, porque gracias a la Piedra, en toda
G recia no se habla de otra cosa que de él y su fam a le permite
conseguir todo lo que desea. Perfectamente sincero bajo su dis
fraz de impostor (?), Mercurio repite con otras palabras lo que
había dicho cara a cara a Byrphanes y a Curtalius en el D iálogo I:
“— Y bien, señ or ¿qué n oticias traéis?; — P o r mi alm a que no sé
de ninguna -d ic e el d io s - he venido hasta a q u í p ara p ro cu rá rm e
la s ”. C om o no hay ni noticias de lo alto, ni Piedra Filosofal, ni
ninguna otra forma de R evelación, la voluntad de los dioses sigue
siendo algo opaco para los hombres, cuando no un mero recurso
para el entretenimiento divino. Da trabajo pensar que detrás de
tanta dureza en la descripción de la naturaleza de los dioses anti
guos haya podido atisbarse siquiera alguna forma de m isticism o o
de silenciosa esperanza en una revelación futura o presente. Pero
no por esto D es Périers puede ser señalado com o ateo, ni siquiera
com o escéptico: el suyo es un tratado en “cuatro D iá lo g o s p o é ti
cos muy antiguos ” sobre la religión de Homero y de Ovidio; cual
quier deslizam iento sobre el Evangelio no debe derivarse de otra
cosa que de la habilidad artística del autor para inducirlo en este
discurso sobre Mercurio y su naturaleza deportiva.
Rhetulus insiste: la suya es la Piedra; ha observado experien
cias ¿Cuáles son ellas? interroga Mercurio. ¿A caso ha servido
para que todos los pobres, o al m enos una parte de e llo s, co n si
guiera los m edios necesarios para vivir? Rhetulus contesta que
los pobres son necesarios para que los ricos puedan mostrarse
liberales. E ntonces, propone el dios, seguram ente ha sid o utili
zada para que la verdad y la justicia se impongan en todos los
pleitos y las disputas. D e ninguna manera, replica Rhetulus: ¿qué
dirían los ju eces, los abogados, lo s inquisidores, que han hecho
to d o s sus có d ig o s y p a n d e c ta s ...? ”. A l m enos, alega M ercurio,
la Piedra podría ser usada con los enferm os para d evolverles su
salud. Si así fuera, responde Rhetulus “¿ d e qu é serviría n los
m éd ico s y lo s a p o tica rio s, y su s h erm osos lib ro s d e G aleno,
A vicena, H ip ó cra tes y E g in e ta ? ”, además, y lo que es peor, “na
die qu erría morir, lo que se ría en extrem o ir ra c io n a l”. A lgunos
autores han querido ver aquí a un D es Périers que denuncia la
función “id eológica” de la religión, anticipándose a Marx en más
de tres siglos. Sin embargo, parece más legítim o afirmar que lo
que Mercurio trata de preguntar, y Rhetulus no com prende o afecta
no comprender, es en qué m edida la Piedra puede liberar al hom
(><H) R ogelio C laudio P aredes
p recisó n cru el la dista n cia que los segu ía separan do: una
distancia infinita que no se pu ede colmar... P o r eso los g rie
gos tuvieron clara la im potencia del sacrificio. Toda cerem o
nia en la que se m ataba un se r viviente era un m odo de re
co rd a r la condición p ro m etid a a la m uerte de to d o s los
sacrifican tes. Y esta b a claro que el humo que d ed ica b a n a
los d io ses no servía p a ra alim en tarles. Los d io ses só lo se
nutren de n éc ta r y am brosía. A qu el perfum e de fu e g o y de
sangre era un m ensaje de la tierra, un don inútil que re c o r
daba a los O lím picos el estado preca rio , y consciente d e la
p rec a rie d a d común a todos a qu ellos habitantes de la tierra
que en todo lo dem ás eran iguales a ellos. Y de los hombres,
los dioses am aban precisam ente esa diferencia, esa p reca rie
d a d que sólo a través de ellos podían c o n o cer”35.
Notas
b) Un comprador
c) La mariposa y la lumbre
Notas
p e r c h é p o tr á s c a c c ia r e d a s é la c o s e in u tile e r i( c ie tta r e )s e r v a r e le
b u o n e . P e r c h é n e ss u n a c o sa s i p ú o a m a re n é o d ia re, s e p r im a n o n s i a
c o g n izio n d i q u e l l a A l t . 2 2 6 v.b.
16 A rc h ip e s tre d e H ita , L ib r o d e B u e n A m o r , o p . c it., lín e a s 7 6 c d , p. 18.
P a rá fra s is d e San P ab lo : T esal. /, 5 , 2 1 .
17 “L a fa r f o l l a e il lu m e . -A n d a n d o il d ip in to p a r p a g io n e v a g a b u n d o , e
d is c o r r e n d o p e r la o s cu ra ta aria, li v e n n e v isto u n lum e, a l q u a le sú b ito
s i d ir izz o , e c o n v a ri c ir c u li q u e llo a tto r n ia n d o , fo r te s i m a r a v ig lio d i
ta n ta sp len d id a bellezza, e n o n ista n d o c o n te n to so la m e n te a l vederlo, si
m ise in n a n z i p e r f a r e d i q u e llo c o m o d e lli o d o r ife r i f i o r i f a r e s o lia , e
d r izz a to suo vu o lo , c o n a rd ito a n im o p a s so p e e r e ss o lum e, e l q u a le g li
c o n su m o l i s tr e m i d e lle a lie e g a m b e e a ltr i o rn a m e n ti. E c a d u to a p ie
d i q u e llo , c o n a m m ir a z io n e c o n s id e r a v a e s s o c a s o d o n d e in te r v e n u to
fu s s i , n o n li p o te n d o e n tr a r e n e ll *a n im o c h e d a s i b e lla c o s a m a le o
d a n n o a lc u n o in te r v e n ir e p o te s s i, e, r e s ta u r a to a lq u a n to le m a n c a te
fo r z e , rip re se un a ltro volo, e, p a s sa to a ttra v erso d e l c o rp o d ’e ss o lum e,
c a d d e sú b ito b ru cia to n e ll'o lio oh*esso lu m e n o tria , e r e sto g li so la m en te
ta n ta v ita c h e p o t é c o n s id e r a r e la c a g io n d e l s u o d a n n o , d ic e n d o a
q u e llo : -O m a la d e tta luce, io m i c re d e v o a v e r e in te tr o v a to la m ia f e l i
c ita , io p ia n g o in d a r n o il m ió m a tto d e s id e r io , e c o n m ió d a n n o ho
c o n o s c iu to la tu a c o n s u m a tr ic e e d a n n o s a n a tu r a . -A lia q u a le il lu m e
risp ó se: - C o s ifo io a c h i ben n o n m i sa u s a re ”. A tl. 61 r.a. C o n fró n te se
c o n lo s ig u ie n te : “F a v o la . - N o n s i c o n te n ta n d o il v a n o e v a g a b u n d o
p a r p a g io n e d i p o te re c ó m o d a m e n te v o la r e p e r V a r ia , v in to d a lla
d ile tte v o le fia m m a d e lla c a n d e la , d ilib e r o v o la r e in q u e lla ; e 7 su o
g ia c o n d o m o v im e n to f u c a g io n e d i sú b ita tr istizia , im p e ro c h e 'n d e tto
lu m e s i c o n s u m o r o n o le s o ttili a lie , e 7 p a r p a g io n e m is e r o , tu tto
b r u s a to a p i e d e l c a n d e llie r i, d o p o m o lto p ia n to e p e n tim e n to , s i
r a sc iu g o le la g rim e d a i b a g n a ti o c ch i, e lé v a lo il viso in a lto d is se : - 0
f a l s a lu c e , q u a n ti c o m e m e d e b b i tu a v e r e n e ’ p a s s a ti te m p i
m is e r a b ilm e n te in g a n n ti. 0 s i p u r v o le v o v e d e re la luce, n o n d o v e v ’ io
c o n o sc e re il s o lé d a l fa ls o lu m e d e llo s p u rc o s e v o ? ” A tl. 67 r.a. E n c o n
s o n a n c ia ta m b ié n co n e ste p o em a: “la c ie g a ig n o ra n cia a s í n o s c o n d u ce
c o n /e fe c to s d e la s c iv a s fie s ta s /p o r n o c o n o c e r la v e r d a d e ra lu z /p o r n o
c o n o c e r c u á l s e a la v e r d a d e ra lu z /y e l v a n o e s p le n d o r n o s r o b a e l s e r /
ve q u e p o r lo e sp lé n d id o en e l fu e g o /a n d a m o s , c o m o c ie g a ig n o r a n c ia
n o s c o n d u c e /o h m is e r a b le s m o r ta le s a b r a n lo s o j o s “L a c ie c c a
ig n io rá za c o si c i c ó d u c e c ó /e ffetto d e 'la s c iv i s o lla zz i/p e r n ó c o n sc ie re la
u e ra lu c e /p e r n ó c o n o sc ie re q u a l sia la u e ra lu c e /E 'l u a n o s p le n d o r c i
to g lie V e s se r .../v e d i c h e p e r lo sp le n d o r n e l fu o c o /a n d ia m o , c o m e c iecca
jg n o r á z a c i c o d u c e J O m ise ri m o rta li a p rite li o c c h i” R 1182 ( T R N 17b).
18 P a ra d o s p o s tu ra s re s p e c to d e la s r e la c io n e s e n tre el p e n s a m ie n to d e
F ic in o y L e o n a rd o , p u e d e v e rse F u m a g a lli, o p . c it., e sp e c ia lm e n te el c a
p ítu lo M u o v e s i 1’a m a n te ; tam b ién C h a s te l, A n d ré : A r te e u m a n e sim o a
F ir e n z e a l te m p o d i L o r e n z o il M a g n ific o , T o r m o , G iu lio E in a u d i
e d ito re , 19 6 4 , P a r te te r z a : I m aestri e le c itta , S e zio n e Terza: L e o n a rd o
da V in ci e il N eo p lato n ism o . En la p. 41 9 , C h astel en tre g a una c la sific a
c ió n d e las d iv e rs a s o p in io n e s re s p e c to d e L e o n a rd o (el p o s itiv is ta , el
h e rm é tic o y e l p la tó n ic o a p e sa r su y o ). A llí p u e d e e n c o n tra rs e m á s b i
b lio g ra fía so b re e l tem a.
636 M a r t ín C io r d ia
19 M a r s ilio F ic in o : C o m e n ta r y o n P l a to 's S y m p o s iu m , C o lu m b ia ,
U n iv e rsity o f M isso u ri, 1944; E l lib ro d e lV a m o re (trad u c c ió n d e F ic in o ,
a c u ra di S a n d ra N icco li), F iren z e L eo O lsch ri, Istitu to N a zio n a le di studi
sul R in a sc im e n to -stu d i e te sti X V I, 1987. En v ista d e q u e e sta m o s tra b a
ja n d o c o n lo s e sc rito s d e L e o n a rd o , s ó lo se c ita rá en no ta la v e rsió n ita
lia n a d e F ic in o y n o e l o rig in al la tin o . L a v e rsió n e sp a ñ o la en e l c u e rp o
d e l te x to p e rte n e c e a R o cío de la V illa A rd u ra y e stá h e ch a so b re el o ri
g in a l la tin o ; F ic in o , M a rsilio : D e A m o re . C o m en ta rio a E l B a n q u e te d e
P la tó n , M a d rid , T e c n o s , 1989.
20 F ic in o : D e A m o r e , op . c it., p .p . 4 7 -4 8 . “M a c h e c erc a n o c o sto ro q u a n d o
s c a m b ie v o lm e n te s 'a m a n o ? C erc a n o la p u lc h ritu d in e : p e r c h é V a m o r e é
d e s id e r io d i f r u i r é p u lc r itu d in e , c io é b e lle zz a . L a b e lle z z a é u n c e rto
s p le n d o r e c h e l \a n im o h u m a n o a d s é ra p isce. L a b e lle zza d e l c o rp o non
é a ltr o c h e s p le n d o r e n e W o r n a m e n to d i c o lo r í e lin e e , la b e lle z z a
d e ir a n i m o é fu l g o r e n e lla c o n s o n a n tia d i s c ie n tie e c o s tu m i. Q u e lla
lu c e d e l c o rp o , n o n é c o n s c iu ta d a g li o r e c c h i, n a so , g u s to o ta c to , m a
d a lV o cc h io . S e V o c c h io fr u is c e la c o rp o ra le bellezza, e e sse n d o V a m o re
d e s id e r io d i f r u i r é b e lle z z a e q u e s ta c o n o s c e n d o s i d a g li o c c h i s o li,
r a m a t o r e d e l c o r p o é s o lo d e l v e d e re c o n te n to , s i c h e la lib íd in e d e l
to c c a r e n o n é p a r te d ’a m o re n é a ffe c to d ’a m a n te , m a s p e tie d i la s c iv ia
e p e r tu r b a tio n e d ’u o m o serv ile . A n c o r a q u e lla lu c e d e ll’a n im o s o lo con
la m e n te c o m p re n d ía n lo , o n d e c h i a m a la b e lle z z a d e l l ’a n im o s o lo s i
c o n te n ta d i c o n s id e r a tio n e m e n ta le . F in a lm e n te la b e lle z z a tr a g li
a m a n ti p e r b e lle z z a s i c a m b ia : e l p iú a n tic o c o n g li o c c h i f r u i s c e la
b e lle z z a d e l p iú g io v a n e , e l il p iú g io v a n e f r u is c e c o n la m e n te la
b e lle zza d e l p iü a n tico ... L ’o n e sta in a m e n d u e é p arí, p e r c h é e q u a lm en te
é o n e s to lo ‘m p a r a r e e lo * n s e g n a r e '\ F ic in o , E l lib r o d e l l ’a m o r e , op.
c it., d is c u rs o II, c a p ítu lo IX , p.p. 44 -4 5 .
21 D a n te A lig h ie ri: L a D iv in a C o m ed ia en O b ra s c o m p leta s, M ad rid , B A C ,
1956, P a ra ís o , C a n to X X X II, v .v . 3 1 -3 3 .
22 D a n te A lig h ie ri: L a D iv in a C o m e d ia , o p . c it., In fiern o , C an to X III, v.v.
1 4 3 -1 4 4 .
23 C f. F u m a g a lli, o p .c it., p p . 9 7 y ss.
24 C f. C h a s te l, o p . c it., p. 41 8 .
25 C f. F ic in o , o p . c it., d is c u rso V I, c a p ítu lo X IV .
26 C f. C h a s te l, o p . c it., p. 4 5 0 .
27 F ic in o : D e A m o r e , o p . c it., p .p . 181. “A m ic o m ió , q u a n to é e g li p e r o
q u e llo c h e tu a m i? E lla é u n a s u p e r fic ie d ifu o r i, a n z i é un p o c o d i c o
lo r o q u e llo c h e ti ra p isce, a n z i é u n a c e rta le v ísim a r e fle x io n e d i lu m i e
d ’o m b re . E f o r z e p iú to s to u n a v a n a im a g in a tio n e t ’a b b a g lia , in m o d o
c h e tu a m i q u e llo c h e tu s o g n i p iú to s to c h e q u e llo c h e tu v e g g a y\
F ic in o , E l lib ro d e ll'a m o re , o p .cit., d isc u rso V I, c a p ítu lo X V III, p. 170.
28 “L a p ittu r a ti ra p p re se n ta in u n s ú b ito la s u a e sse n za n e lla v irtú visiva,
e p e r il p r o p r io m e zz o , d ’o n d e la im p r e s s iv a r ic e ve g li o b b ie tti
n a tu r a l i” , T r a tta to n° 19.
Cultura popular y diálogo en los
orígenes del Hasidismo, 1700-1760.
Una lectura bajtiniana del Baal Shem Tov1
p o r F ederico F inchelstein
Esta extensa exp licación de las razones por las cuales toda
vía hoy p odem os ver gente rezando en la forma que se denuncia;
fue para D avid B iale una estrategia de desplazamiento de la sexua
lidad que vacío la búsqueda del placer en el acto sexual y trasla
dó el placer al acto del rezo, en el que el Hasid se com unica con
la em anación fem enina de D ios. E l autor plantea la paradoja de
que esta práctica al desarrollarse en el tiem po fue derivando en
un ascetism o sexual extrem o, e s decir el Hasid tendió a privile
giar la relación sexual con D io s en detrimento de la que m ante
nía con su esposa. Para B iale debe enfatizarse el hecho de que
esta actitud de ascetism o sexual no predom inó en la ép oca del
B escht, en la que para el autor, sin em bargo el elem en to sexual
era m uy im portante18.
El Bescht
Los relatos
a éste que tom ase a su hija por esposa. Efraim muere sin avisar a
su hijo cuál es la situación real; por lo tanto en éste y en otros
relatos Gershon m enosprecia y se burla del B escht, cuando en
realidad él es el que se encuentra en una posición ridicula... su
saber oficial es degradado de forma am bivalente, no se lo des
precia abiertamente pero sin embargo se hace figurar com o una
obviedad que este saber no le alcanza para ver quien es el e le g i
do de D io s para guiar al pueblo de Israel: el B esch t un hombre
que aparece vestido de cam pesino y que es portador de una sabi
duría distinta a la de la cultura oficial representada en su cufiado
Gershon.
Cuando el B escht revela su sabiduría, lu ego de cumplir 36
años y de que el cie lo le haga saber que el tiem po del secreto ha
terminado; es un discípulo de su cufiado uno de los primeros en
hacerse su seguidor. E sté se había quedado a dormir en la posada
de un cam pesino ignorante (el B escht) y al levantarse en la mitad
de la noche ve una gran luz que asocia con los leños del hogar:
Conclusiones
Notas
" O n c e a g a in , c ir c u m c is io n s ta n d s f o r th e e x c is ió n o f s e x u a l p le a s u r e ,
b u l e ve n m ore, it rep re se n ts g e n ita l pa in , p e rh a p s, i f o n e m a y speculate,
c a s tr a tio n f e a r " . V e r B ia le , D a v id , E r o s a u th e J e w s , B e r k e le y ,
C a lifo rn ia U n iv e rsity P re s s, 1997.
39 N a ta n , R ab i b e n N a fta li H e rtz d e N e m iro v , A la b a n za d e l T z a d ik ..., pp.
2 0 , 2 3 -2 4 .
40 B a jtin , M ija il, L a C u ltu ra P o p u la r ..., p. 112.
41 B u b e r, M artin , C u en to s H a s id ic o s . .. , p. 92.