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Introdução
Nosso estudo em Microeconomia já avançou bastante. Agora, entraremos
no ambiente das unidades de produção – as quais Introdução à Economia
- UVB Faculdade On-line UVB 2 denominamos firmas ou empresas,
independentemente de sua estrutura formal. Veremos os princípios
básicos do processo produtivo e da formação dos custos de produção, e
extrairemos algumas conclusões iniciais desses processos.
Aula 06 - Teoria da Firma
Desenvolvimento
Macroeconomia
Conceitos Fundamentais
Firma ou empresa: a unidade básica de produção de bens ou prestação
de serviços.
produto.
Macroeconomia
Por definição, os lucros são obtidos pela diferença entre a Receita Total
da empresa e seus Custos Totais. No caso da receita, basta multiplicar a
quantidade total de produtos vendidos por período de tempo (mês, ano)
por seus preços. Assim, RT = Q x P.
Ele deve ser acrescentado aos custos explícitos (aluguel, compra de materiais
etc.) para obter-se o custo total.
tabela abaixo:
Macroeconomia
Produto Marginal é uma regra geral. Essa regra leva o nome de Lei dos
Rendimentos Decrescentes, ou Lei do Produto Marginal Decrescente.
Macroeconomia
Antes disso, vamos observar mais alguns detalhes. Você notou que o Produto
Médio começa a cair depois de ser alcançado pelo Produto Marginal? Isso
fica visível no gráfico. O PMg corta o PMe no ponto de máximo deste último.
Podemos ver isso nos gráficos abaixo( ) (ignore as curvas CFM e CVM, que
serão mencionadas mais à frente; CTM é o que chamamos aqui de CMe).
Observe o comportamento das três curvas em comparação com as de PT,
PMe e PMg. Elas são simetricamente opostas: CT começa convexo e passa a
côncavo (o que significa que seu crescimento inicial é as taxas decrescentes,
passando depois a crescer cada vez mais). As outras duas curvas começam
caindo e passam a crescer. Custos crescentes são o resultado de produtividade
decrescente, ou Produto Marginal decrescente (Lei dos Rendimentos
Decrescentes). Quando a produção por trabalhador (ou por unidade do
fator variável) começa a declinar, o custo de produzir uma nova unidade
sobe, pois teremos que adicionar quantidades crescentes do fator variável
para aumentar a produção no mesmo volume.
custo médio para cima. O exemplo do aluno, sua média e a próxima nota,
também se aplica neste caso.
Macroeconomia
terão que ser ampliados). Essa situação caracteriza o longo prazo - não o
curto prazo, no qual um ou alguns fatores são fixos.
CT
Cme = -----
q
CF + CV
Cme = ------------
q
CF CV
Cme = ------ + -----
q q
CF
----- é o custo fixo médio (CFme), que é obtido dividindo-se o custo fixo
q pela quantidade produzida.
CV
----- é o Custo variável médio (CVme), que resulta da divisão do custo
q variável pela respectiva quantidade produzida.
O custo médio corresponde a soma do custo fixo médio (CFme) com o custo
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Se a empresa nada produzir, ela terá $ 15,00 de custo fixo. Se ela fabricar
uma unidade do produto, seu custo total será de $ 17,00 correspondente à
soma de $ 15,00 do custo fixo com o custo variável de $ 2,00. Caso a empresa
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produza duas unidades, o custo total aumenta para $ 18,50 pois, embora o
custo fixo permaneça em $ 15,00, o custo variável da fabricação aumenta
Macroeconomia
O Custo Fixo médio (CFme) resulta da divisão do Custo Fixo (CF) pelos
possíveis volumes de produção. À medida que a produção aumenta, o CFme
diminui, pois o valor constante de $ 15,00 é dividido por uma quantidade
produzida cada vez maior. Se colocarmos os valores de CFme num gráfico, a
curva que seria obtida (supondo-se que a produção seja variável contínua)
é decrescente da esquerda para a direita:
da produção.
Macroeconomia
(...) o raciocínio pode ser ilustrado com um exemplo numérico simples, que
será exposto a seguir (...).
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$ 500,00
Custo médio: -------------- = $ 25,00 por par
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$ 500,00
Custo médio: -------------- = $ 20,00 por par
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Observe o que ocorre com o CmeCP à medida que a empresa vai ampliando
sua escala de produção, ou seja, aumentando todos os seus fatores
de produção (inclusive o terreno, as instalações, o maquinário etc.). A
observação fica mais fácil com o uso do gráfico abaixo( ):
Cada uma apresentará sua curva de custo médio de curto prazo (CmeCP).
O menor tamanho refere-se a CmeCP1 e o maior, a CmeCP3. No eixo das
quantidades, percebemos que Q1 é o ponto de mínimo de CmeCP1: essa
quantidade representa o menor custo médio possível para esse tamanho
de empresa, no curto prazo. Aumentando a quantidade produzida, o custo
(tente estender as duas outras curvas de custo médio até a altura de Q1 para
observar qual seria o custo médio de curto prazo para essa quantidade, se a
escala da empresa fosse uma das duas maiores).
Isto nos indica que existe sempre um tamanho ideal de empresa para uma
determinada faixa de volume produzido. Caso essa faixa seja pequena para
o tamanho da empresa, os custos fixos (lembre-se de que estamos falando
do curto prazo) serão divididos por um volume relativamente pequeno
de produção. Assim, CFMe será grande e puxará Cme para cima. Isso,
claramente, é o que ocorre no ponto b do gráfico, em relação a CmeCP3:
Q2 ainda é uma quantidade pequena demais para diluir os custos fixos
existentes numa empresa com essa escala de produção (ou porte). Só tem
sentido ampliar a empresa até esse tamanho caso se pretenda aumentar a
produção além de Q2.
RT = P x Q
LT = 0 --> RT – CT = 0 --> RT = CT
1- RT = P x Q
2- CT = CF + CV
CV
3- CVMe = ------ , de onde: CV = CVMe x Q
Q
Vamos substituir essas relações na equação acima do lucro zero:
Q = ------------
P – CVMe
Síntese
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Total, mas esses aumentos logo passarão a decrescer, até se anularem. Caso
prossiga o emprego adicional do fator variável, o Produto Marginal será
negativo, reduzindo o Produto Total.
Você ficou sabendo que esse processo reflete-se nos custos da empresa
através de Custos Marginais crescentes (depois de um curto intervalo em
que eles decrescem), aumentando assim o Custo Total a cada nova unidade
produzida. Observou a divisão do Custo Total (no curto prazo) em Fixo e
Variável: este último é o responsável pela elevação do Custo Marginal. O
Custo Médio, o Custo Marginal e o Custo Variável médio apresentam a típica
forma de um U, refletindo a ação da Lei dos Rendimentos Decrescentes.
Aprendeu que, de um lado, o PMg cruza o PMe no ponto de máximo
deste, enquanto o CMg cruza o Cme no ponto de mínimo deste. E viu a
diferença no comportamento dos custos médio de curto e de longo prazos,
através da “curva envelope” (CmeL) – que indica a duração mais longa dos
rendimentos crescentes de escala, devidos às economias de escala. No final,
como vimos, a empresa acaba sofrendo rendimentos decrescentes também
no longo prazo, o que faz a curva de CmeL assumir também a forma de U,
embora mais largo.
Até lá!
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