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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

Profª MSc. Nadia Maria Bentes

2016.2
UNIDADE III - JURISDIÇÃO NACIONAL E
COMPETÊNCIA INTERNA:

DA FUNÇÃO JURISDICIONAL:

Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes


e pelos tribunais em todo o território nacional,
conforme as disposições deste Código.

 É o exercício da função jurisdicional.

 O poder jurisdicional não é fracionado, é para todos


os juízes. O que se reparte é a competência.

 Jurisdição é poder, competência é capacidade para


exercer o poder.
CARACTERISTICAS DA JURISDIÇÃO:

a) Unidade => Poder Judiciário.

b) Secudariedade => Só atua quando esgotadas


possibilidades de resolução do conflito.

c) Substitutividade => O Estado ao exercer a


jurisdição substitui os envolvidos no conflito.

d) Imparcialidade => Estado-juiz imparcial.


Jurisdição é atividade imparcial do Estado.

e) Criatividade => A sentença criará uma norma


individual que irá regular o caso concreto.
f) Inércia => O juiz só atua se provocado. É
desinteressado do conflito.

g) Definitividade => É a coisa julgada.

PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO:

a) Princípio do Juiz Natural => É a inércia da


jurisdição, que garante a imparcialidade do
juiz.

b) Princípio da improrrogabilidade => Limites de


atuação do órgão jurisdicional.
c) Princípio da Indeclinabilidade ou
Inafastabilidade => Se o órgão jurisdicional for
provocado não pode recursar-se e nem delegar
a função de dirimir conflitos.

d) Princípio da Inevitabilidade => A decisão


transitada em julgado, se impõe independente
da vontade das partes.

e) Princípio da Indelegabilidade => Não se pode


prorrogar a atividade de um julgador fora dos
limites traçados pelas regras de competência.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O DIREITO DE AÇÃO:

=> Surgimento do ser social.

=>Necessidade de regular direitos na sociedade.

 DIREITO DE AÇÃO - É o direito público


subjetivo de exigir do Estado a tutela jurisdicional,
rompendo a inércia do Poder Judiciário.

 AÇÃO é um ato jurídico, também chamado de


DEMANDA.

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=> O procedimento é um conjunto de atos
organizados tendentes a produção de um ato
final.

=> A ação instaura o procedimento.

=> O direito de ação agrupa as situações


jurídicas decorrentes do princípio do devido
processo legal.

=> Os elementos da AÇÃO: Causa de pedir e


pedido; as partes.
DIREITO DE AÇÃO COMO DIREITO

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem


distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(....)

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do


Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
TEORIAS SOBRE A AÇÃO

1) TEORIA CONCRETISTA => Condicionava a


existência do direito de ação como direito concreto
(ter razão).

2) TEORIAS ABSTRATIVISTAS PURAS => Nesta


teoria não há diferença entre o direito de ação e o
direito de acesso à justiça.

3) TEORIA ECLÉTICA => Defendida por Liebman,


considera o direito de ação como o direito a uma
resposta de mérito, isto é, uma decisão positiva ou
negativa, a respeito da pretensão formulada .
AS CONDIÇÕES DA AÇÃO

CPC/1973

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de


mérito:
(...)

VI - quando não concorrer qualquer das condições


da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade
das partes e o interesse processual;

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a) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
=> Pedido possível no mundo jurídico.

b)LEGITIMIDADE DAS PARTES =>


Legitimidade de agir.

c) INTERESSE PROCESSUAL => Interesse


de agir, é a necessidade de se postular
em juízo.
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NOVO CPC/2015

Art. 17. Para POSTULAR EM JUÍZO é


necessário ter interesse e legitimidade.

=> Interesse de agir – Absorveu a possibilidade


jurídica do pedido. É a necessidade de se
postular em juízo. Binômio – NECESSIDADE X
UTILIDADE.

=> Legitimidade para agir – São os polos da


relação controvertida.

=> Não explicita mais as Condições da Ação.


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SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito


alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição
processual, o substituído poderá intervir
como assistente litisconsorcial.

=> É a legitimação extraordinária, quando


ocorre a substituição processual. Ex: Ação
popular; Ação Civil Pública.
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DESTACAMOS.......

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

(...)

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse


processual;

=> O artigo autoriza a extinção do processo sem


resolução do mérito pela ausência de “legitimidade
ou de interesse processual”.

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RELEMBRANDO .............

AÇÃO COMO
DIREITO DE
DIREITO
AÇÃO FUNDAMENTAL
CONCRETISTA

TEORIAS ABSTRATIVISTAS
SOBRE A PURA
AÇÃO
ECLÉTICA

Possibilidade Jurídica,
CPC/73 legitimidade das partes e
interesse processual
CONDIÇÕES
DA
AÇÃO
Interesse
CPC/15 e
Legitimidade
SITUAÇÃO PROBLEMA

Lauro conta na presente data com 24 (vinte quatro) anos,


entretanto, é portador de esquizofrenia e foi interditado por
seu pai, que é seu representante legal. Tendo em vista o
falecimento de sua genitora, Lauro possui um vasto
patrimônio, mas acabou sendo enganado por Geraldo, na
venda de um carro de sua propriedade, que prevalecendo-
se da saúde mental do vendedor, aplicou-lhe um golpe.
Após tal situação Lauro, não informando seu pai do
ocorrido, procurou um advogado para tentar recuperar o
automóvel, ajuizando a competente ação.
Ao ser citado, Geraldo alegou em sua contestação que
Lauro era interditado, logo, não tinha legitimidade para
agir.

Diante de tal questão, você enquanto juiz da ação, como


agiria?
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RESOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

Art. 17. Para POSTULAR EM JUÍZO é


necessário ter interesse e legitimidade.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:


(...)

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse


processual;
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DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL:

 Casos que o Poder Judiciário tem jurisdição


para dirimir conflitos.

 A sentença estrangeira tem que ser


homologada no STJ para ter valor no Brasil.

 Os art. 21 e 22 do CPC enumeram as ações


que a lei atribui à justiça brasileira, sem afastar
a eventual jurisdição CONCORRENTE da
justiça estrangeira.
COMPETÊNCIA CONCORRENTE DA AUTORIDADE BRASILEIRA
(Art. 21 e 22 CPC):

a) Ações em que o réu, qualquer que seja sua nacionalidade,


estiver domiciliado no Brasil;

b) Ações em que no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;

c) Ações em que o fundamento seja o fato ocorrido ou ato


praticado no Brasil.

d) Ações de alimentos quando o credor tiver domicílio ou


residência no Brasil ou o réu mantiver vínculos no Brasil, tais
como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou
obtenção de benefícios econômicos.

e) Ações decorrentes de relações de consumo, quando o


consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil.

f) Ações em que as partes, expressa ou tacitamente, se


submeterem à jurisdição nacional (eleição de foro).
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA AUTORIDADE
BRASILEIRA (Art. 23 CPC):

a) As ações relativas a imóveis situados no Brasil.

b) Ações em matéria de sucessão hereditária, para


proceder à confirmação de testamento particular e ao
inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda
que o autor da herança seja estrangeiro ou tenha
domicílio fora do território nacional.

c) Ações de divórcio, separação judicial ou dissolução


de união estável, para proceder à partilha de bens
situados no Brasil, ainda que o titular seja estrangeiro
ou tenha domicílio fora do território nacional.
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL:

 Questão da globalização e relações


internacionais.

 Visam conceder eficácia extraterritorial as


medidas processuais provenientes de acordos ou
tratados.

 No Brasil tais regras estão dispostas em acordos


multilaterais, e bilaterais de cooperação jurídica, em
resoluções do STJ e portarias do Ministério da
Justiça; em algumas disposições da Lei de
Introdução ao direito brasileiro (LINDB) e na
Constituição Federal.
 A cooperação jurídica internacional será regida
por tratado de que o Brasil faz parte ou, na falta
destes, por meio da reciprocidade, manifestada
pela via diplomática.

 A competência para celebração de tratados


internacionais é da União.

 Depois eles são ratificados pelo poder executivo


e aprovados pelo poder legislativo.

 Na cooperação jurídica internacional não será


admitida a prática de atos que contrariem ou que
produzam resultados incompatíveis com as normas
fundamentais que regem o Estado brasileiro.
A Cooperação Jurídica Internacional observará:

a) O respeito às garantias do devido processo legal.

b) A igualdade de tratamento entre nacionais e


estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação
ao acesso à justiça e à tramitação dos processos,
assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;

c) A publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo


previstas na legislação brasileira ou na do Estado
requerente;

d) A existência de autoridade central para recepção e


transmissão dos pedidos de cooperação;

e) A espontaneidade na transmissão de informações a


autoridades estrangeiras.
OBJETO DA COOPERAÇÃO JURÍDICA
INTERNACIONAL:

a) Citação, intimação e notificação judicial e


extrajudicial;

b) Colheita de provas e obtenção de informações;

c) Homologação e cumprimento de decisão;

d) Concessão de medida judicial de urgência;

e) Assistência jurídica internacional;

f) Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial


não proibida pela lei brasileira.
MEIOS DE COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA
INTERNACIONAL:

a) Auxílio Direto (art. 28 a 34 do CPC):

 É técnica de cooperação internacional , que dispensa a


prévia homologação pelo STJ para ser eficaz no território
nacional.

 É menos formal que a carta rogatória e por isso vem se


disseminando no direito internacional. Mas é admitido
excepcionalmente.

 Os pedidos são feitos para a Autoridade Central


brasileira (conduzem a cooperação entre os Estados. É
designada em Tratado ou Ministro da Justiça).
Matérias de Auxílio Direto:

 Só podem ser matérias de auxílio direto,matérias que


não exijam prévio juízo de deliberação perante o TJ.

a) Obtenção e prestação de informações sobre o


ordenamento jurídico e sobre processos administrativos
ou jurisdicionais findos ou em curso;

b) Colheita de provas, salvo se a medida for adotada em


processo, em curso no estrangeiro, de competência
exclusiva de autoridade judiciária brasileira;

c) Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não


proibida pela lei brasileira.
b) Carta Rogatória (art. 35 e 36 CPC):

 É um instrumento por meio do qual um juízo


estrangeiro solicita a realização de alguma diligência
processual em juízo não nacional.

 É um mecanismo de comunicação internacional que


tem por objeto qualquer ato processual que deva ser
executado no Brasil, de conteúdo decisório ou não.

 A carta rogatória é objeto de homologação


(exequatur) perante o STJ.

 Exequatur é uma autorização concedida pelo STJ


para que as diligências solicitadas possam ser
realizadas no Brasil.
 Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do
mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela
autoridade judiciária brasileira.

c) Homologação de Sentença Estrangeira (Art. 40


CPC)

 É o mecanismo que reconhecerá uma decisão


judicial definitiva proferida por autoridade
estrangeira.

 É homologado no STJ e não pode contrariar os


princípios fundamentais existentes em nosso
ordenamento jurídico.
Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à
homologação da decisão:

I - ser proferida por autoridade competente;

II - ser precedida de citação regular, ainda que


verificada a revelia;

III - ser eficaz no país em que foi proferida;

IV - não ofender a coisa julgada brasileira;

V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo


disposição que a dispense prevista em tratado;

VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.


EXERCÍCIOS:

1) Quanto à ação e à jurisdição no direito processual


civil, é correto afirmar:

a) Preenchidas ou não as condições da ação, o juiz


sempre deverá dizer quem tem razão, ao proferir uma
sentença de procedência ou improcedência.
b) A jurisdição é inerte, precisando que o autor ou
interessado tome a iniciativa de movimentá-la, o que se
faz por meio do direito de ação, exercido contra o
Estado, em face da parte adversa.
c) A jurisdição, entre nós, exercida por meio da ação, é
um direito subjetivo privado exercido contra o adversário
e coordenado pelo Estado.
d) A existência do direito de ação é condicionada à
ocorrência do próprio direito material postulado.
2) A respeito da ação e da jurisdição, considere:

I.O direito de ação depende do direito material ou da


eventual relação jurídica entre as partes.

II.O direito de ação é o direito subjetivo público de pleitear


ao Poder Judiciário uma decisão sobre uma pretensão.

III. A jurisdição é o poder, função e atividade de aplicar o


direito a um fato concreto pelos órgãos públicos destinados
a tal, obtendo-se a justa composição da lide.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) II e III
b) I e II
c) II
d) I
3) A jurisdição representa uma atividade estatal voltada à
composição dos conflitos de interesses. No Brasil, uma das
características fundamentais da jurisdição é a:

a) Inércia
b) Eleição direta
c) Dualidade
d) Formalidade

4) A Jurisdição é uma das funções do Estado, que visa a resolver


um litígio posto à sua apreciação, a partir da aplicação da vontade
objetiva do direito. No que tange aos princípios inerentes à
jurisdição, aquele segundo o qual ninguém será processado nem
sentenciado, senão pela autoridade competente, sendo proibida a
criação de juízo ou tribunal de exceção, chama-se Princípio:

a) da Indelegabilidade
b) da Investidura
c) do Juiz natural
d) da Inevitabilidade
COMPETÊNCIA INTERNA (ART. 42 A 66 CPC):

 Competência é a demarcação dos limites em que


cada juízo pode atuar.

 São os limites em que cada órgão pode exercer


legitimamente a função jurisdicional. É a fixação de
limites.

 A distribuição de competências é regida por


normas, regras e princípios.

 Quando se instaura um processo é perante um


juízo terá que se verificar se o juízo é competente
ou incompetente para a causa.
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e
decididas pelo juiz nos limites de sua competência,
ressalvado às partes o direito de instituir juízo
arbitral, na forma da lei.

Art. 43. Determina-se a competência no momento


do registro ou da distribuição da petição inicial,
sendo irrelevantes as modificações do estado de
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo
quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta.

=> A competência é determinada no momento da


propositura da demanda.
 A competência é verificada pelas normas ao tempo
do ajuizamento da demanda que sejam aplicáveis ao
caso concreto.

PRINCÍPIOS NORTEDORES DA COMPETÊNCIA


JURISDICIONAL:

1) Princípio do Juízo Natural => Proibição de juízo de


exceção e o respeito a regras de competência
(perspectiva objetiva), bem como a garantia da
imparcialidade (perspectiva subjetiva).

2) Princípio da Competência sobre a competência


=> Todo juiz tem competência para julgar sua própria
competência ou incompetência. Tendo competência,
para dizer que é incompetente.
3) Princípio da Perpetuação da Competência
=> Fixada no art. 43 CPC, onde a competência
permanecerá a mesma até a prolação da
sentença.

Exceções (parte final do art. 43):

1) Supressão do órgão judiciário => Extinção


de Vara ou Comarca.

2) Alteração superveniente da competência


absoluta => Alteração da competência em
razão da matéria ou em razão da pessoa.
COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO:

 Onde houver mais de um juiz os processos


devem ser distribuídos de modo alternado e
aleatório.

 A distribuição foi criada para valer o Princípio do


Juiz Natural, com a prévia fixação de regras e
divisão onde tem mais de um juiz.

 As regras de distribuição são cogentes, são


regras de competência absoluta.

 Se houver frade à distribuição significa violação


ao princípio do juiz natural e as normas relativas à
distribuição, levando a incompetência absoluta.
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA:

1) Competência do foro (territorial) e


competência do Juízo:

 Foro é a unidade territorial sobre a qual e


exercido o poder jurisdicional. E podem ter vários
juízes.

 Tem que se verificar o foro competente e o juízo


(vara).

 A competência do juízo é matéria pertinente às


leis de organização judiciária.

 A competência do foro é regulada pelo CPC.


2) Competência Originária e Derivada:

ORIGINÁRIA=> É aquela atribuída ao órgão


jurisdicional para conhecer a causa em 1º lugar.

 A regra é a atribuição para o juiz singular em 1º


grau.

 Excepcionalmente pode ser distribuída ao


Tribunal, no caso de ação rescisória e mandado de
segurança.

DERIVADA => Chamada também de recursal, pois


vai rever decisão já proferida. Pode ser pelo juiz
como pelo Tribunal.
3) Competência Relativa e Competência Absoluta:

 Competência absoluta são regras para atender o


interesse público. Pode ser apreciada de ofício e
questionada a qualquer tempo. São normas cogentes.
Não cumprimento => Incompetência Absoluta.

 Competência Relativa são regras para atender


preponderantemente ao interesse particular. Está sujeita
a modificações (eleição de foro). Tem que ser
manifestada pela vontade do réu, pois não pode ser
apreciada de ofício. Não cumprimento =>
Incompetência Relativa.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação.
MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O JUIZO
COMPETENTE:

 Itinerário proposto por Ada Pellegrini, Cândido


Dinamarco e Antônio Carlos Araújo Cintra:

a) Verificar qual a justiça competente;


b) Verificar se a competência é de tribunal ou juízo
monocrático;
c) Verificar a competência de foro (Comarca,
Distrito).
d) Verificar juízo competente (Vara);
e) Verificar o juiz competente, a competência
interna da vara ou no órgão colegiado;
f) Verificar a competência recursal para a referida
causa.
CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DE
DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA:

 A doutrina dividiu-o e, 3 espécies: o critério


objetivo; o critério territorial e o critério funcional.

a) CRITÉRIO OBJETIVO:

=> É realizado em razão da pessoa, em razão da


matéria e em razão do valor da causa.

 Em razão da pessoa diz respeito as partes


envolvidas. Ex: Vara Privativa da Fazenda Pública;
Presidente da República.
 Em razão da Matéria é determinada pela
natureza da relação jurídica controvertida. Ex: Varas
de família, penal, cível, etc.

 Em relação ao valor da causa é definido a partir


do valor do pedido. Ex: Competência dos juizados
especiais.

b) CRITÉRIO TERRITORIAL:

 Os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos


limites de suas circunscrições territoriais.

 Distribui a competência em razão do lugar.


c) CRITÉRIO FUNCIONAL:

=> Leva em conta a função de cada órgão


jurisdicional para praticar atos do processo ou o
grau de jurisdição.

Ex: Ação de Execução em curso em uma


Comarca e que incide sobre bens situados em
outra.
REGRAS DE COMPETÊNCIA TERRITORIAL:

 Discriminadas nos art. 45 a 53 CPC.

MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA (art. 54 a 63


CPC):

=> Quando a atribuição da competência é determinada


pelo interesse privado, em geral, pode ser modificada.
Há modificação legal (conexão e continência) e
Voluntária (foro de eleição e não alegação de
incompetência relativa).

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se


pela conexão ou pela continência, observado o
disposto nesta Seção.
CONEXÃO => Quando em duas ou mais ações
for comum o objeto ou a causa de pedir.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais


ações quando lhes for comum o pedido ou a
causa de pedir.

Ex: Vários herdeiros, em ações distintas,


pleiteiam a nulidade do testamento (objeto
comum).

Ex: Vários passageiros, em ações distintas,


acionam a empresa de ônibus com fundamento
no mesmo acidente (causa de pedir comum).
CONTINÊNCIA => Ocorre entre 2 (duas) ou
mais ações quando houver identidade quanto às
partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma,
por ser mais amplo, abrange o das demais.

Ex: A propõe contra B ação declaratória para


reconhecimento de dívida. Em ação distinta, A
pleiteia a condenação de B no pagamento da
mesma dívida.

=> As partes e a causa de pedir são idênticas,


mas o objeto da ação condenatória é mais
amplo, abrangendo a ação declaratória.
ELEIÇÃO DE FORO => Dá-se por meio de
cláusula constante de instrumento escrito
celebrado entre as partes, relativo a determinado
negócio jurídico.

Art. 63. As partes podem modificar a


competência em razão do valor e do território,
elegendo foro onde será proposta ação oriunda
de direitos e obrigações.

=> A cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode


ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro
de domicílio do réu.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA:

 É o fato de dois ou mais juízes se darem por


competentes (conflito positivo – art. 66, I) ou
incompetentes (conflito negativo – art. 66, II) para
o julgamento da mesma causa ou de mais de uma
causa (em caso de reunião por conexão - art. 66,
III CPC).

Art. 66. Há conflito de competência quando:


I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram
incompetentes, atribuindo um ao outro a
competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia
acerca da reunião ou separação de processos.
 O conflito deve ser dirimido para que apenas
um seja declarado competente e possa julgar a
causa.

 O julgamento do conflito compete a uma turma


ou câmara, conforme regimento interno de cada
tribunal.

COOPERAÇÃO NACIONAL:

=> São os mecanismos utilizados pelos juízes para


viabilizar a rápida solução do conflito.

=> A cooperação entre órgãos do poder judiciário


já era prevista em resolução do CNJ.
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou
federal, especializado ou comum, em todas as
instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos
tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca
cooperação, por meio de seus magistrados e
servidores.

 Os juízos poderão formular entre si pedido de


cooperação para prática de qualquer ato processual.

MEIOS DE COOPERAÇÃO NACIONAL:

a) Auxílio direto => Intercâmbio direito entre


magistrados e servidores. Ex: ato que seria por carta
precatória pode ser requerido por auxilio direto. Vai
depender do entrosamento.
b) Reunião de Processos => Ocorre na
conexão, como também no apensamento, que é
a reunião de processos pra tramitação em
conjunto.

=> Apensar é anexar um processo aos autos de


outra ação que com ele tenha relação.

Tal medida tem que ser tomada por juízes da


mesma competência.

c) Prestação de Informações => Não existe


maiores formalidades. É a própria utilização de
meios eletrônicos para prática de atos
processuais.
d) Atos Concertados => São definidos de
comum acordo entre os juízes cooperantes na
tentativa de estabelecer procedimentos para:

I - a prática de citação, intimação ou notificação


de ato;
II - a obtenção e apresentação de provas e a
coleta de depoimentos;
III - a efetivação de tutela provisória;
IV - a efetivação de medidas e providências para
recuperação e preservação de empresas;
V - a facilitação de habilitação de créditos na
falência e na recuperação judicial;
VI - a centralização de processos repetitivos;
VII - a execução de decisão jurisdicional.
EXERCÍCIOS

1) A respeito de competência absoluta e relativa, segundo


legislação vigente,

a) a incompetência relativa não pode ser conhecida de ofício


pelo Magistrado, pois deve ser alegada pelo réu em exceção
de incompetência, em peça apartada, no mesmo prazo da
contestação.
b) a competência prevista em lei para a execução fiscal, é de
natureza funcional e, assim, absoluta, de modo que pode ser
declinada de ofício pelo Magistrado.
c) a incompetência, seja absoluta ou relativa, deve ser alegada
pelo réu em preliminar de contestação; todavia, caso não o
faça no prazo legal, somente esta última se prorroga.
d) o Código prevê que é possível a reunião de duas ações
conexas no juízo prevento, ainda que se trate de competência
em razão da matéria, desde que haja interesse público que
justifique a união das demandas para único julgamento.
2) De acordo com o Código de Processo Civil, há conexão
quando duas ou mais ações tiverem em comum:

a) as partes, a causa de pedir e o pedido. Neste caso, o


juiz, desde que a requerimento das partes, ordenará a
reunião das ações, a fim de que sejam decididas
simultaneamente.
b) o objeto ou a causa de pedir. Neste caso, o juiz, de
ofício ou a requerimento das partes, ordenará a reunião
das ações, a fim de que sejam decididas
simultaneamente.
c) o objeto ou a causa de pedir. Neste caso, o juiz,
exclusivamente a requerimento das partes, ordenará a
reunião das ações, a fim de que sejam decididas
simultaneamente.
d) as partes, a causa de pedir e o pedido. Neste caso, o
juiz extinguirá, de ofício ou a requerimento das partes, o
processo que houver despachado em último lugar.
3) Acerca da competência regida pelo Código
Processual Civil, assinale a alternativa correta.

a) Determina–se a competência no momento da


sentença.
b) São relevantes, em qualquer caso, as modificações
do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente ao ajuizamento da ação.
c) As causas cíveis serão processadas e decididas, ou
simplesmente decididas, pelos órgãos jurisdicionais,
nos limites de sua competência, ressalvada às
partes a faculdade de instituírem juízo arbitral.
d) A autoridade judiciária estrangeira é competente
quando o réu estrangeiro estiver domiciliado no
Brasil.
4) Sobre o instituto processual da continência, que ocorre
em relação a duas ou mais ações, é correto afirmar que:

a) Este ocorre em duas hipóteses: quando lhes for comum o


objeto ou a causa de pedir, ou sempre que houver
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o
objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.
b) É inderrogável por convenção das partes, mas estas
podem modificar a competência em razão do valor e do
território, elegendo foro onde serão propostas as ações
oriundas de direitos e obrigações.
c) O juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em
separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente.
d) Correndo perante juízes que têm a mesma competência
territorial, considera-se prevento aquele que despachou
em primeiro lugar.

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