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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO


DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL

ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIA

SAFRA 2007/08

ALGODÃO

Elaboração: Eng. Agr. Mauricio Tadeu Lunardon


Data: setembro de 2007

O algodão é uma fibra natural, de origem vegetal, de comprimento variando


entre 24 e 38 mm e é considerada a mais importante das fibras têxteis.
Comparativamente às fibras artificiais e sintéticas, sua principal vantagem é o
conforto dos itens confeccionados. Além da fibra, o algodoeiro também produz óleo
e proteína, esta podendo ser utilizada como suplemento protéico na alimentação
animal e humana.

HISTÓRIA DO ALGODÃO

Existem divergências sobre a origem do algodão. Alguns autores a situam no


continente americano, enquanto outros afirmam ser originário da África Central, do
Paquistão ou então da Índia.

As referências históricas vêm de muitos séculos antes de Cristo. Os árabes


foram os primeiros que fiaram e teceram a fibra de algodão, embora de forma
rudimentar.

A partir da descoberta do caminho marítimo para as Índias, o algodão


começou a ganhar importância na Europa, onde, até o século XVII, o uso da lã
predominava.

O algodão teve um papel fundamental na Revolução Industrial. A primeira


indústria motriz foi têxtil, a qual inicialmente trabalhava com lã, que mais tarde foi
substituída pelo algodão. O Brasil, e principalmente os Estados Unidos, forneciam
algodão para as indústrias inglesas. A exportação americana de algodão para a
Inglaterra, durante a Revolução Industrial, foi o principal fator de desenvolvimento da
economia americana.
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Nos Estados Unidos, o algodão apareceu como cultura comercial por volta de
1785. Até então, os únicos descaroçadores conhecidos eram os de “rolo” e seu
pequeno rendimento restringia a produção de fibra. Em 1792, um professor
chamado Eli Whitney, baseado no princípio do uso do pente, inventou o
descaroçador-de-serra, muito mais rendoso que o descaroçador-de-rolo, e que
permitiu o grande desenvolvimento da cultura nos EUA.

No Brasil, pela época do descobrimento, os indígenas já cultivavam o algodão


e convertiam-no em fios e tecidos. Em 1576, Gandavo informava que as camas dos
índios eram redes tecidas com fios de algodão. Em São Paulo, Serafim Leite conta
que os jesuítas do Padre Anchieta introduziram e desenvolveram a cultura do
algodão para satisfazer suas necessidades de roupas e vestir aos índios. Foi só por
meados do Século XVIII, com a Revolução Industrial, que o algodão foi transformado
na principal fibra têxtil e no mais importante produto das Américas.

No Brasil, o Maranhão despontou como o primeiro grande produtor. Ao


Maranhão seguiu-se todo o Nordeste que apareceu como a grande região
algodoeira do país.

Em São Paulo, a primeira fábrica de tecidos começou a funcionar em 1813,


com 10 teares. O primeiro descaroçador-de-serra no Brasil foi instalado em Limoeiro
(Pernambuco), em 1820. No Estado de São Paulo, foi em Sorocaba, no ano de
1851.

No século XIX, os Estados Unidos já se projetavam como grandes produtores


de algodão. Nessa mesma época, no Brasil, a cultura entrou em decadência. O café
monopolizava a atenção dos agricultores, principalmente em São Paulo.

Em 1860, a Guerra da Secessão nos Estados Unidos, paralisou em parte a


exportação da fibra deste país à Europa. Este fato desencadeou um novo impulso
algodoeiro no Brasil, que durou pouco mais de 10 anos.

No Brasil se cultivava o algodão arbóreo, de ciclo perene. No século XIX, foi


introduzido o algodão herbáceo, de ciclo anual e fibra curta. Imigrantes norte-
americanos que se estabeleceram em Santa Bárbara, município do interior de São
Paulo, orientaram os agricultores brasileiros que não tinham experiência com a nova
planta.

Com a restauração da produção nos Estados Unidos, a cultura do algodão


regrediu consideravelmente no Brasil, mas não se extinguiu. Somente por ocasião
da 1ª Guerra Mundial, que coincidiu com a forte geada de 1918, a qual devastou os
cafezais, o algodão teve outro avanço em São Paulo.

A indústria têxtil, nascente no país, utilizava, num primeiro momento, matéria


prima proveniente do Nordeste, em seguida, do próprio estado de São Paulo e,
posteriormente, também do Paraná.

No Estado do Paraná, o cultivo do algodão começou pelo município de


Sengés. Em 1931, ainda na região do Norte Pioneiro, imigrantes japoneses iniciaram
o plantio de algodão e ajudaram na formação dos municípios de Assaí e Uraí, cuja
base econômica era a cultura do algodão.

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No início do século XX, a cultura já havia assumido grande importância
econômica e por isso despertou o interesse da pesquisa agronômica.

Atualmente, no cultivo do algodão utilizam-se as mais modernas técnicas


agrícolas, com destaque para a biotecnologia, da qual o uso ainda é limitado no
Brasil e somente uma cultivar de algodão geneticamente modificada está autorizada
para plantio comercial. A autorização foi dada em março de 2005, pela Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio -.

PANORAMA MUNDIAL

ALGODÃO - QUADRO MUNDIAL DE OFERTA E DEMANDA - Safra 2004/05 a 2006/07 (em 1000 t)
SAFRA 2004/05 SAFRA 2005/06 SAFRA 2006/07 VARIAÇÃO (%)
A B C A/B B/C
PRODUÇÃO 26.381 25.197 25.942 -4,5 3,0
IMPORTAÇÕES 7.279 9.594 8.000 31,8 -16,6
CONSUMO 23.710 25.334 26.828 6,8 5,9
EXPORTAÇÕES 7.614 9.730 8.145 27,8 -16,3
ESTOQUES
FINAIS 12.239 12.573 12.366 2,7 -1,6
Fonte: USDA/FAS - Cotton: World Markets and Trade (Set/2007)

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA -,


durante os últimos 10 anos, a área cultivada com algodão no mundo oscilou entre
30,447 e 35,628 milhões de hectares. No mesmo período, a produção mundial
variou de 18,739 a 26,381 milhões de toneladas.

A maior safra da história foi colhida na temporada 2004/05, quando foram


produzidos 26,381 milhões de toneladas de pluma.

Um fator que esta influenciando o aumento da oferta mundial é o uso de


novas tecnologias, com destaque para a engenharia genética. Variedades
desenvolvidas com esta técnica têm sido rapidamente difundidas em razão do ganho
de produtividade e redução de custo.

Na temporada 2006/07, o consumo mundial de algodão teve um incremento


de quase 1,5 milhões de toneladas. Este aumento ocorreu principalmente pelo
crescimento forte da economia mundial. Outro fator que influi nessa dinâmica é o
preço do petróleo, matéria prima para a fabricação das fibras sintéticas, que
competem diretamente com a fibra de algodão.

O algodão é cultivado em mais de 60 países. Os três maiores produtores são:


China, Índia e Estados Unidos que, juntos, produzem 64% da produção mundial. A
Índia, apesar de possuir área plantada maior, produz um volume de fibra quase igual
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ao dos Estados Unidos, isso em razão do baixo rendimento de suas lavouras.
Completam a lista dos cinco maiores produtores, o Paquistão e o Brasil.

ALGODÃO EM PLUMA - PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES - SAFRAS 2001/02 a 2006/07 (em 1000 t)
PAÍS/SAFRA 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07
CHINA 5.313 4.921 4.855 6.532 5.987 7.076
ÍNDIA 2.678 2.308 3.048 4.137 4.148 4.746
ESTADOS UNIDOS 4.421 3.747 3.975 5.062 5.201 4.700
PAQUISTÃO 1.807 1.698 1.708 2.425 2.213 2.155
BRASIL 766 847 1.310 1.285 1.023 1.524
UZBEQUISTÃO 1.067 1.002 893 1.132 1.208 1.176
TURQUIA 865 910 893 904 773 875
OUTROS 4.584 3.782 4.080 4.905 4.642 3.688
TOTAL 21.501 19.215 20.761 26.381 25.197 25.942
Fonte: USDA/FAS - Cotton: World Markets and Trade (Setembro 2007)

Nos últimos anos, o Brasil melhorou sua colocação no ranking dos países
produtores. Atualmente, somos o quinto maior produtor mundial.

Na última temporada (2006/07), os sete principais países produtores de


algodão cultivaram 77% da área e contribuíram com 86% da produção mundial.

Tendo em vista a lista dos países importadores, chama a atenção, a liderança


da China. Mesmo sendo o maior produtor, é também o maior importador da fibra,
isto porque, o consumo (10,886 milhões de t) supera em muito a produção (7,076
milhões de toneladas).

Em 2000, o Brasil ainda constava da lista dos principais países importadores.


Nas últimas safras, o Brasil vem gradativamente voltando aos níveis normais de
produção e, consequentemente, a cada ano vem reduzindo as importações e mais
que isso, voltou a ser um dos principais exportadores da fibra.

Na safra 2006/07, segundo a CONAB, as importações somaram 115.000


toneladas, que vieram majoritariamente dos Estados Unidos. Nesta mesma safra, o
volume exportado de algodão foi recorde, totalizando 450.000 toneladas de pluma.
Estes valores por enquanto diferem dos apresentados pelo USDA, que regularmente
promove ajustes. Vale lembrar que em 1996 o volume das importações brasileiras
atingiu 568.169 toneladas de pluma, cuja aquisição custou US$ 859.696.000,00 ao
país.

Entre os países dos quais o Brasil importa algodão, nossos parceiros do


Mercosul merecem destaque. Até 1999, a Argentina era o nosso principal fornecedor
de algodão. Em 2000, os Estados Unidos assumiram esta posição.

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ALGODÃO - PRINCIPAIS PAÍSES IMPORTADORES - SAFRA 2001/02 a 2006/07 (em 1000 t)
PAÍS/SAFRA 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07
CHINA 98 681 1.923 1.390 4.199 2.305
TURQUIA 648 493 516 743 737 855
BANGLADESH 261 348 370 403 482 523
PAKISTÃO 218 185 393 382 352 500
INDONESIA 513 485 468 479 479 479
TAILÂNDIA 410 423 365 497 412 425
RUSSIA 392 359 321 316 310 310
MÉXICO 381 403 405 394 380 283
TAIWAN 267 256 220 291 247 256
KOREIA 294 305 277 292 220 233
OUTROS 2.928 2.612 2.147 2.092 1.777 1.831
TOTAL 6.410 6.551 7.406 7.279 9.594 8.000
Fonte: USDA/FAS - Cotton: World Markets and Trade (Set/2007, Jun/2006, Dez/2002, Dez/2001)

O impulso nas exportações foi devido à taxa de câmbio vigente no país e


também à boa qualidade do algodão produzido no Centro Oeste. A recente
valorização do Real frente ao Dólar criou expectativa sobre o impacto na
rentabilidade das exportações.

ALGODÃO – PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES - SAFRA 2001/02 a 2006/07 (em 1000 t)


PAÍS/SAFRA 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07
ESTADOS UNIDOS 2.395 2.591 2.995 3.143 3.928 2.830
ÍNDIA 13 12 152 144 751 1.067
UZBEQUISTÃO 762 740 675 860 1.045 1.002
AUSTRÁLIA 681 578 470 435 628 464
BURKINA 142 158 207 212 305 294
BRASIL 147 106 210 339 429 283
GRÉCIA 218 250 267 255 294 272
MALI 196 191 256 207 223 191
TURQUEMENISTÃO 109 87 120 82 120 152
CAZAQUISTÃO 98 98 114 136 136 126
OUTROS 1.556 1.790 1.767 1.802 1.871 1.465
TOTAL 6.316 6.603 7.233 7.614 9.730 8.145
Fonte: USDA/FAS - Cotton: World Markets and Trade (Set/2007, Jun/2006, Dez/2002, Dez/2001)

PREÇOS – MERCADO INTERNACIONAL

O Índice A del Cotlook é a principal referência quando se quer acompanhar a


evolução dos preços do algodão no mercado internacional e representa uma média
das cinco menores cotações de algodão para entrega nos portos do norte da
Europa. É escolhido para compor este índice apenas algodão de qualidade superior.

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PREÇOS MÉDIOS - ÍNDICE A DEL COTLOOK

100
90
US$/libra peso
80
70
60
50
40
30
20
10
0
4

7
/9

/9

/9

/9

/9

/9

/0

/0

/0

/0

/0

/0

/0

/0
3

6
9

0
0

0
9

0
1

2
SAFRAS

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA -,


o índice A del Cotlook médio, na temporada 2006/07, foi de US$ 60,53 centavos por
libra peso, o que corresponde a um aumento de 6,1% em relação à temporada
anterior. No entanto, ainda é 33,5% menor que o Índice médio da temporada
1994/95, quando atingiu US$ 91,08 centavos por libra peso.

Analisando o quadro de oferta e demanda mundial, nota-se que nas duas


últimas safras o consumo de algodão foi maior que a produção, provocando uma
redução gradativa nos estoques. Esta situação explica a elevação do Índice A na
última temporada. O estoque mundial, segundo dados do USDA, passou de 12,239
milhões de toneladas em 2005, para 12,366 milhões, em 2007.

PANORAMA NACIONAL

Na década de 70, a área cultivada com algodão no Brasil chegou a


ultrapassar 4,0 milhões de hectares e a produção girava em torno de 560.000
toneladas de pluma. Este volume era superior ao consumo e o excedente destinava-
se à exportação. O algodão era um produto importante na pauta de exportações do
país.

Na safra 1996/97, a área cultivada com algodão foi de apenas 657.000


hectares, a menor das últimas quatro décadas. A produção foi de 306.000 toneladas
de pluma, volume insuficiente para atender a demanda interna. Sendo assim, foi
necessária a importação de 470.800 toneladas de algodão em pluma, a um custo de
US$811.752.000,00. Tal volume de importações colocou o país entre os principais
importadores.

Na época, o declínio da cotonicultura se deu por questões macroeconômicas.


Com a abertura da economia, principalmente após a criação do Mercosul, o algodão
brasileiro passou a competir com o produto importado, cuja aquisição é vinculada a
financiamentos com prazos superiores a um ano e taxas de juros inferiores às
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praticadas internamente, além de ser subsidiado na origem. Com isso, o Brasil, que
foi grande exportador, passou a ser um dos principais importadores de pluma no
mundo. A taxa de câmbio vigente em nosso país até janeiro de 1999 também
contribuiu para que houvesse essa inversão.

Na última safra (2006/07) foram cultivados 1.096.900 hectares com a cultura do


algodão. Esta área supera em 28,1% a safra anterior. O aumento na produção foi
ainda mais significativo, passando de 1.037.900 t de pluma, em 2005/06, para
1.524.200 t, em 2006/07. Tamanho crescimento é atribuído à melhor perspectiva de
preço, na época, em relação às alternativas de plantio, especialmente da soja e do
milho, que fez aumentar a área plantada em 27,8%. Outro fator que contribuiu foi o
clima favorável, que permitiu a obtenção de um excelente nível de produtividade,
principalmente nas lavouras do Centro Oeste, onde se colheu 3.700 kg/ha.

ALGODÃO - BRASIL - BALANÇO DE OFERTA E DEMANDA - SAFRA 2001/02 a 2006/07 (em mil toneladas)
SAFRA ESTOQUE PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO CONSUMO EXPORTAÇÃO ESTOQUE
INICIAL FINAL
2001/02 326,4 766,2 67,6 1.160,2 815,0 109,6 235,6
2002/03 235,6 847,5 118,9 1.202,0 812,0 175,4 214,6
2003/04 214,6 1.309,4 105,2 1.629,2 918,5 331,0 379,7
2004/05 379,7 1.298,7 37,6 1.716,0 952,5 391,0 372,5
2005/06 372,5 1.037,8 81,6 1.491,9 981,3 304,5 206,1
2006/07 206,1 1.524,2 115,0 1.845,3 1.005,8 450,0 389,5
Fonte: CONAB - Levantamento: Set/2007

O algodão, na última safra, foi cultivado em 18 estados da Federação, com


destaque para os da Região Centro-Oeste, que assumiram o lugar de São Paulo e
Paraná, tradicionais produtores de algodão. Também merece destaque o Estado da
Bahia, que hoje é o segundo maior produtor.

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Na safra 1999/00, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal,
juntos, produziram 470.200 toneladas de pluma, o que correspondeu a 67% da
produção nacional. Na última safra, a representação da região Centro Oeste no
âmbito nacional reduziu para 63%, isto porque a região Nordeste vem ganhando
espaço. Além da Bahia, a produção de algodão é crescente também no Maranhão e
no Piauí. Fazendo a mesma comparação, a participação da região Nordeste passou
de 13,2 para 31,4%.

No Centro-Oeste, o algodão é cultivado em grandes áreas, o clima é regular e


a colheita é feita com máquinas. Além dessas vantagens, os governos do Mato
Grosso e de Goiás criaram programas para incentivar o plantio, através dos quais os
produtores recebem, de acordo com a qualidade da fibra, um incentivo fiscal de até
75% do ICMS incidente sobre o valor de comercialização do algodão.

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PRODUÇÃO DE ALGODÃO EM PLUMA - COMPARATIVO ENTRE PARANÁ E MATO GROSSO (em 1000 t)

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SAFRA BRASIL PARANÁ % COLOCAÇÃO MATO GROSSO % COLOCAÇÃO
PR/BR PR/BR MT/BR MT/BR
1995/96 410 119,5 29,1 1º 33,1 8,1 5º
1996/97 305,8 40,4 13,2 3º 34,8 11,4 4º
1997/98 411,0 64,5 15,7 4º 94,2 22,9 1º
1998/99 520,1 38,8 7,4 5º 226,4 42,6 1º
1999/00 700,3 43 6,1 6º 335,8 48,0 1º
2000/01 938,8 58,2 6,2 6º 533,9 56,9 1º
2001/02 766,2 31,0 4,0 6º 391,3 51,1 1º
2002/03 847,5 24,5 2,9 7º 412,6 48,7 1º
2003/04 1.309,4 32,5 2,5 7º 613,3 46,8 1º
2004/05 1.298,7 27,7 2,1 8º 582,3 44,8 1º
2005/06 1.037,9 10,6 1,0 8º 503,3 48,5 1º
2006/07 1.520,9 10,0 0,7 7º 783,7 51,5 1º
Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB

Nos últimos anos a cotonicultura brasileira apresentou um forte avanço tecnológico.


Haja vista os níveis de produtividade alcançados na última safra, nos diversos
estados da Federação. A produtividade média nacional foi de 3.563 kg/ha, com
destaque para as lavouras do Mato Grosso do Sul que produziram 3.930 kg/ha. No
entanto, Paraná e São Paulo apresentam os menores rendimentos em função de
que nesses estados o cultivo é realizado por pequenos produtores e com baixo nível
tecnológico. Nesse aspecto, o Brasil é destaque mundial, só sendo superado pela
Austrália.

Gráfico - Comparativo de Produtividade - Safra


2006/07

5.000

4.000
kg/ha

3.000
2.000

1.000

0
PR SP MT GO MS MG

ESTADOS

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PANORAMA ESTADUAL

Devido às condições de clima e solo favoráveis, o cultivo de algodão no


Paraná ocorre na Região Norte. Apesar de toda infra-estrutura instalada no Estado,
o cultivo do algodão vem caindo ano a ano e hoje é realizado por pequenos
agricultores e com nível baixo de tecnologia.

No início da década de 90, o Paraná era responsável por mais da metade da


produção nacional de algodão e, até meados da mesma, ocupava a primeira
colocação entre os estados produtores.

Na safra 1991/92, a área no Estado foi de 704.000 hectares, que produziram


quase um milhão de toneladas de algodão em caroço. Naquele ano, as lavouras de
algodão empregaram 235.000 trabalhadores rurais.

Na safra 2006/07 tivemos a menor área já registrada, foram apenas 12.868


hectares que produziram 27.586 toneladas de algodão em caroço e empregaram
4.290 trabalhadores, ou seja, foram eliminados cerca de 230.000 empregos.

No início da década de 90 existiam mais de 100 usinas de beneficiamento de


algodão no Paraná. Atualmente, apenas 21 usinas estão em funcionamento.
Portanto, os postos de trabalho tiveram que migrar para os demais elos da cadeia
produtiva.

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Analisando esses números, constata-se que a atividade foi reduzida a menos
de 2% do que era no início da década de 90.

Na safra 97/98, foram cultivados 115.200 hectares. Naquela safra, o Governo


do Estado implementou o Programa de Revitalização da Cotonicultura Paranaense,
através do qual, os pequenos agricultores receberam, a fundo perdido, R$116,16 por
hectare, até 6 hectares por produtor, para serem aplicados na aquisição de calcário,
sementes e no preparo do solo.

Na safra 2006/07, a área de algodão no Paraná foi de 12.868 hectares, que


produziram 27.587 toneladas de algodão em caroço.

No passado, no auge da cotonicultura paranaense, a região de Campo


Mourão se destacava como maior produtora. Atualmente, a produção está
concentrada na região de Cornélio Procópio.

ALGODÃO - PARANÁ - PRODUÇÃO POR NÚCLEO REGIONAL

Outros
Jacarezinho 8%
4%
Maringá Cornélio
7% Procópio
37%

Ivaiporã
11%

Umuarama
16% Campo Mourão
17%

Fonte: SEAB/DERAL

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PERSPECTIVAS PARA A SAFRA 2007/08

MUNDO

Segundo o USDA, na atual temporada, que teve início em 1º de agosto, a


produção mundial será de 25,514 milhões de toneladas. Em se confirmando esta
produção, haverá uma redução de 1,6 % em relação à temporada anterior.

O mesmo Departamento estima que o consumo mundial será de 27,820


milhões de toneladas de pluma o que corresponde a um crescimento de 3,7% em
relação à temporada anterior.

Sendo assim, no final da temporada é prevista uma redução nos estoques e


isto é um fator preponderante para que o USDA esteja prevendo que o preço da
pluma no mercado internacional será melhor. A previsão do Índice A del Cotlook
para a safra 2007/08 é de US$ 67,75 centavos por libra peso, contra US$ 60,53 da
temporada anterior.

A sustentação dos preços é garantida pelo crescimento da economia mundial


e pela China, que deverá aumentar as transações com outros países, uma vez que
não há território disponível no país para expansão do cultivo de algodão.

BRASIL

Na safra 2007/08, que está em início de plantio, a perspectiva é de redução


de área. A Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB - ainda não divulgou
suas estimativas, mas a percepção de produtores e técnicos que trabalham com a
cultura é de que haverá uma redução de área e consequentemente de produção.

Embora a última safra de algodão tenha sido recorde, o mercado de grãos


melhorou significativamente, assim como a cultura da cana-de-açúcar tornou-se uma
alternativa atraente de plantio, principalmente para os Estados do Paraná e São
Paulo.

O mundo inteiro está vendo a necessidade de buscar fontes renováveis de


energia e isto promoveu um aumento na demanda de alguns produtos,
especialmente soja, milho e cana-de-açúcar, utilizados na produção de
biocombustíveis, Embora o óleo de algodão também possa ser usado para esta
finalidade. Além disso, o alto custo de produção e a valorização do Real frente ao
Dólar influem na rentabilidade das exportações.

PARANÁ

De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria da


Agricultura, na safra 2006/07 a área de algodão no Paraná foi de 12.868 hectares
que produziram 27.586 toneladas de algodão em caroço ou 9.655 toneladas de
algodão em pluma. Este volume de produção não é suficiente para atender a

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demanda das indústrias de fiação instaladas no Estado, estimada em torno de
100.000 toneladas de pluma.

Para a safra 2007/08 o mesmo Departamento estima uma área de 7.137


hectares e um volume de produção de 15.858 toneladas de algodão em caroço.
Portanto, mais uma vez reduz a área de algodão no Paraná e isto porque, além do
interesse por outras culturas, que no momento se mostram mais rentáveis (milho,
soja e cana-de-açúcar), o cultivo de algodão no Paraná é realizado por pequenos
agricultores e com baixo nível tecnológico, resultando em baixa produtividade o que
dificulta competir com produtores de outros estados que além de alta produtividade
ainda se beneficiam de programas de incentivo fiscal.

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