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PROGRAMA

Overture to “Candide”

Leonard Bernstein (1918-1990) - transcrição de Clare Grundman

Capriccio Espagnol​, op. 34

Nicolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908)

I -​Alborada​ II – ​Variazione
III – ​Alborada​ IV – ​Scena e Canto Gitano
V – ​Fandango Asturiano

dir. Pedro Santos

Jeanne d’Arc

Alex Poelman (n. 1981)

Solista: André Maximino

INTERVALO
Lincolnshire Posy

Percy A. Grainger (1882-1961)

1. ​Lisbon​ (Sailor’s Song)


2. ​Horkstow Grange (​ The Miser and his Man: A local tragedy)
4. ​The Brisk Young Sailor ​(who returned to wed his True Love)
5. ​Lord Melbourne ​(War Song)
6. ​The Lost Lady Found ​(Dance Song)

Shakata – Singing the World Into Existence

Dana Wilson (n. 1946)

West Side Story

Leonard Bernstein - arranjo de Naohiro Iwai (1923-2014)

Navegar, Navegar

Fausto Bordalo Dias - arranjo de Jorge Salgueiro (n. 1969)


dir. Tiago Alves

Overture to “Candide”

Leonard Bernstein, transcrição de Clare Grundman

Leonard Bernstein, compositor americano, foi um dos músicos mais reconhecidos do seu tempo.
Para além de ser um dos maestros mais proeminestes do século XX, foi pedagogo, pianista, compositor e
escritor. A sua escrita musical reúne todo o ecletísmo presente na sua vida artística e o seu catálogo abrage
obras diversificadas, desde música pop e música para filmes passando por espetáculos da Broadway, até
repertório de concerto como sinfonias e obras corais.

Em 1956 a colaboração de Bernstein com o escritor Lilian Hellman resultou numa adaptação de
Candide​, um romance satírico de Voltaire, publicado no ano de 1759. Porém, apesar de ter sido encenada
cerca de 70 vezes na Broadway, acabou por ficar imortalizada não pela sua versão de espetáculo mas sim
pela sua abertura, que rapidamente se tornou numa obra de concerto bastante apreciada. Nela
encontram-se reunidas algumas das canções integrantes da obra: ​The Best of All Possible Worlds, Battle
Music, Oh Happy We e ​Glitter and Be Gay​. A adaptação para orquestra de sopros que será interpretada esta
noite foi concebida em 1991 por Clare Grundmann.

Capriccio Espagnol​, op. 34


Nicolai Rimsky-Korsakov

No centro do exotismo presente no imaginário do período romântico encontra-se a inspiração na


cultura da Península Ibérica tornando comum o recurso a elementos pitorescos da música popular espanhola
e cigana na música de compositores não espanhóis. O compositor russo Nicolai Rimsky-Korsakov concluíu o
“Capricho Espanhol” no verão de 1887 tendo apenas escassos conhecimentos do ​Alhambra​: apesar de na
sua juventude ter viajado pelo mundo ao serviço da Marinha Russa e de ter passado pelas águas do
Mediterrâneo, o seu único contacto direto com terras ibéricas terá sido uma breve paragem em Espanha,
cerca de duas décadas antes da conceção desta obra.

Segundo a autobiografia do compositor, o Capricho deveria reluzir com uma impressionante cor
orquestral​, para além das secções solistas nas quais brilham o clarinete, a flauta e o violino, que nesta versão
foi substituido pelos saxofones. Na obra conseguem-se distinguir cinco secções contrastantes: a jovial
Alborada,​ que surge por duas ocasiões, a tranquila ​Variazoni, a​ quente e heróica ​Scena e Canto Gitano e​ o
final festivo ​Fandango Asturiano​.

Jeanne d’Arc
Alex Poelman

Nascido em 1981, o jovem compositor e trompista holandês Alex Poelman iniciou os seus estudos
musicais na banda da cidade de Arnhem. Ao longo da sua carreira tem-se mantido um músico ativo em
várias orquestras de sopro nacionais para além de ter escrito um generoso número de obras para esta
formação.
Jeanne d’Arc,​ peça para trompa solo e orquestra de sopros, consiste numa peça descritiva sobre a
vida da mártir francesa que lutou juntamente com o exercito do seu país contra Inglaterra, no século XIV.
Guiada pela voz divina, liderou exércitos no campo de batalha, porém, apesar da sua valentia, após algumas
derrotas França acabou por se revoltar contra ela, entregando-a a Inglaterra onde foi julgada e condenada à
fogueira. Banida durante cerca de 500 anos, Jeanne foi canonizada pelo Papa Bento XV apenas em 1920.

A escolha da trompa enquanto voz da heroína não terá sido inocente: instrumento de caça e dos
campos de batalha desde épocas remotas, o seu uso orquestral é símbolo de guerra, heroísmo, valentia e
triúnfo. Esta obra teve a sua estreia em 2006.

Lincolnshire Posy
Percy A. Grainger

Lincolnshire Posy​, peça orinical escrita por Percy Grainger em 1937 para a American Bandmasters
Association, é considerada a sua obra-prima. Os seus seis andamentos foram concebidos a partir de canções
populares inglesas que o compositor reuniu numa viagem à província inglesa de Lincolshire, em 1905-06. O
contrário de outros compositores que receberam a mesma inspiração, Grainger pretendeu manter o mesmo
sentido estilístico do canto que gravou, o que faz de cada andamento um retrato da personalidade de cada
cantor pintado visão do compositor.

A obra inicia-se com a fresca e dançante canção de marinheiro ​Lisbon​, seguida pelo brilho de
Horkstow Grange​, canção que tem a sua voz no trompete. À semelhança da noite da estreia, o sinuoso e
misterioso terceiro andamento, ​Rufford Park Poachers,​ não será executado esta noite. O espirituoso e fugaz
quarto andamento, ​The Brisk Young Sailor​, dá-nos a imagem reunião de dois jovens apaixonados, seguido de
Lord Melbourn​, uma feroz e pesante canção de guerra. A dança ​The Lost Lady Found encerra e compõe o
ramalhete. Apesar da aparente simplicidade da obra, por ser constituida por melodias populares, a
genialidade do compositor reside na forma como conseguiu conferir a cada repetição da melodia um
pormenor novo e inesperado. Grainger dedicou o seu “ramalhete de flores silvestres” aos ​cantores anciãos
que tão docemente me ​[lhe]​ cantaram.​

Shakata
Dana Wilson

A obra mais ousada deste concerto, reflete a formação e multidiscipinariedade do seu compositor,
Dana Wilson: americano de nacionalidade, é formado em composição e em jazz. Encomendada por Phi Mu
Alpha foi estreada na Universidade do Texas pelo Austen Wind Ensemble, em 1989, e nela encontram-se
reminescências de ​folk, ​jazz, ​música tradicional e elementos populares. ​Shakata​, excerto do poema ​Creation
Myth da autoria de Linda Loomis, está na base da concepção da obra. A palavra em si, apesar de não ter
significado aparente, deriva da fase aborígene “as coisas não existem até serem cantadas para existir”. Para
Wilson, a palavra reune a energia do canto de muitas culturas e tem em si qualidades translinguais.
West Side Story
Leonard Bernstein - arranjo de Naohiro Iwai

​West Side Story foi adaptado pelo japonês Naohiro Iwai a partir do musical com ​libretto de Arthur
Laurents e música de Leonard Bernstein, estreado no ano de 1957. Juntamente com ​Candide é considerada
uma das suas obras mais reconhecidas. Narra a história de um amor proibido entre Tony e Maria, membros
de dois ​gangs novaiorquinos rivais. O enredo obscuro, as questões sociais tratadas na obra, familiares ao
público juntamente com a música sofisticada pincelada por frequentes quadros de dança fizeram do musical
um ponto de viragem na história da Broadway. Neste arranjo estão coligidos três temas: ​America, Tonight ​e
Mambo.

Navegar, Navegar
Fausto Bordalo Dias - arranjo de Jorge Salgueiro

Possívelmente devido ao aumento da atividade de bandas filarmónicas ou orquestras de sopro e da


disseminação do ensino musical em Portugal nas últimas décadas do século passado, assiste-se a um
acrecimento do interesse pela escrita para esta formação. Grande parte da obra de Jorge Salgueiro a ela se
destina, quer atravez de arranjos quer obras originais, acabando por se tornar num dos pioneiros de um
vasto número de compositores que se dedicaram à escrita para orquestra de sopros em Portugal.

Navegar, Navegar foi concebida por ocasião do desafio de João Almeida, director da Antena 2 da
RDP que desejava um “extra” de concerto que pudesse incluir a participação do público. Jorge Salgueiro
adaptou o tema de Fausto Bordalo Dias e a obra foi estreada no Festival da Primavera 2006 da Antena 2 da
RDP, no CCB (Lisboa). Na partitura, Salgueiro deixa a seguinte dedicatória: ​Viva a música popular
portuguesa! Viva a festa, viva a vida!

Ana Lúcia Carvalho


Licenciada em Música – Interpretação e Musicologia – pela Universidade de Évora

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