Uso Interno
Isabel Lopes
Bacharel em Ciências Econômicas e Pós-graduada em Administração Financeira e
Contábil pela FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado. MBA Executivo pela BSP –
Business School São Paulo. Mestranda em Ciências Contábeis pela FECAP – Fundação
Escola de Comércio Alvares Penteado.
Instrutora da FBM Escola de Negócios.
Experiência de mais de 20 anos em instituições financeiras de grande porte, nas áreas de
políticas contábeis e demonstrações financeiras e na condução de grandes projetos da
área contábil e financeira (USGAAP, IFRS e SOX).
Consultora nas áreas contábeis e financeiras.
Uso Interno
Agenda
• Contextualização, histórico e objetivos do Hedge Accounting
• Instrumentos de Hedge
• Objetos de Hedge
• Tipos de Hedge Accounting e registros contábeis
• Registro contábil da inefetividade
• Descontinuidade do Hedge accounting e registros contábeis
• Tipos de teste de efetividade – prospectivos e retrospectivo
• Documentação
• Divulgações
Uso Interno
CONTEXTUALIZAÇÃO, HISTÓRICO E
OBJETIVOS DO HEDGE ACCOUNTING
Uso Interno
Contextualização
Uso Interno
Histórico do Hedge Accounting
SFAS 133 –
Contabilização
IAS 39 – CPC 38 –
para
Instrumentos Instrumentos IFRS 9:
Instrumentos Circular BACEN
Financeiros: Financeiros: Instrumentos
Financeiros 3082/02
Reconhecimento Reconhecimento Financeiros
Derivativos e
e Mensuração e Mensuração
Atividade de
Hedge
Uso Interno
Abordagem desse Curso
Uso Interno
O que é Hedge Accounting?
Uso Interno
Condição básica para um designação de um
instrumento de hedge
• Identificado
No início do
relacionamento de
Hedge • Designado
Com terceiros
Uso Interno
Instrumentos Financeiros Derivativos
Opções vendidas
A maioria dos Não podem ser
não podem ser
derivativos pode intercompany
instrumentos de
ser designado (internos)
hedge
Non-zero fair
value
Uso Interno
Análise de caso envolvendo exclusões de pontos futuros em um
contrato futuro e valor do dinheiro no tempo de opções
A empresa G usa contratos futuros de moeda e opções de moeda para fazer o hedge de fluxos de caixa
altamente prováveis de vendas em dólar. A fim de aumentar a efetividade, a administração quer designar
para o relacionamento de hedge somente as mudanças na taxa de câmbio à vista (spot) para os contratos
futuros e somente as variações no valor intrínseco para as opções.
O valor justo do contrato futuro é afetado pelas mudanças na taxa de câmbio à vista (spot) e pelas
mudanças nos pontos futuros. Esse último elemento deriva do diferencial de taxa de juros entre as moedas
especificadas no contrato de futuro. Essas mudanças, portanto, podem dar origem à inefetividades, pois, de
modo geral, o item objeto de hedge não será afetado pelos diferenciais de taxas de juros.
O valor justo de uma opção também pode ser dividido em dois elementos: o valor intrínseco, que é
geralmente determinado como a diferença entre o preço de exercício da opção e o preço de mercado atual
do ativo de referência (o underlying); e o valor do dinheiro no tempo, que é valor remanescente da opção e
depende da expectativa de volatilidade do preço do ativo de referência, da taxa de juros e do prazo
remanescente até o vencimento da opção. De modo geral, as mudanças no valor do dinheiro no tempo da
opção não serão compensadas pelo variação no valor justo do objeto de hedge, pois o risco deste está
baseado no valor intrínseco.
Essa exclusão poderá aumentar a efetividade do hedge contábil, mas levará a uma
certa volatilidade no resultado, pois esses efeitos serão reconhecidos no resultado
ao longo da vida dos instrumentos.
Uso Interno
Análise de caso envolvendo um derivativo non zero fair value
Uma entidade E tem uma carteira de derivativos com risco de moeda estrangeira
que ela classifica como “mantido para negociação”.
Uso Interno
Solução da análise de caso
Uso Interno
Instrumentos Financeiros Não - Derivativos
Contraparte
Riscos
tem que ser
cambiais
um terceiro
Uso Interno
Análise de casos envolvendo instrumentos de hedge não-
derivativos
A empresa A, que é a matriz francesa de um grupo que prepara as suas demonstrações
financeiras em Euros, também tem como moeda funcional o próprio Euro. A administração da
empresa A deseja designar os seguintes instrumentos financeiros não-derivativos emitidos pela
própria matriz como instrumentos de hedge no seu balanço consolidado:
Uso Interno
Solução da análise de caso
No caso (a), a captação cria uma exposição à moeda de apresentação do grupo (que é o
euro), a qual se compensa com a exposição à moeda estrangeira do investimento na
subsidiária norte-americana.
No caso (b), a captação cria uma exposição à moeda funcional da subsidiária alemã (que é o
euro), que se compensa com a exposição à variação cambial do fluxo de receita altamente
provável em franco suíço.
A administração da empresa A não pode designar o bond da situação (c) como instrumento de
hedge, porque o risco protegido não é risco de variação cambial.
Uso Interno
OBJETOS DE HEDGE
Uso Interno
Condição básica para um designação de um
item objeto de hedge
• Identificado
No início do
relacionamento de
Hedge
• Designado
Uso Interno
Tipos de objeto de hedge
Compromisso Firme
Ativo Passivo
não reconhecido
Para ativos e
Para hedge de
passivos financeiros
carteira de taxa de
– porção de seus
juros – parte de uma
fluxos de caixa ou
carteira
valores justos
Uso Interno
Riscos que podem ser designados
Risco de Variação
crédito cambial
Preço de Taxa de
commodities juros
Preço de
ações
Uso Interno
Riscos x objetos que não podem ser designados
Riscos Gerais do
Riscos líquidos
Negócio
(ativos e passivos)
Uso Interno
Exemplos comuns de objetos de hedge x riscos protegidos
Uso Interno
Compromissos Firmes
Uso Interno
Transações futuras altamente prováveis
Uso Interno
Ativos e passivos Financeiros
Podem ser englobados todos ou parte dos riscos que afetarão os seus fluxos
de caixa ou o seu valor justo, desde que a efetividade possa ser mensurada
Uso Interno
Ativos e passivos Não-Financeiros
Riscos cambiais
Uso Interno
Investimento Líquido em Operações no Exterior
Uso Interno
Análise de um caso de investimento líquido em
operações no exterior
A empresa W, cuja moeda funcional é o euro, tem uma subsidiária nos EUA, a subsidiária D, cuja
moeda funcional é o USD.
Adicionalmente, a subsidiária D tem uma captação pré-fixada intercompany de USD 10 milhões com a
empresa W, a qual não se espera seja liquidada no futuro próximo.
Uso Interno
Solução da análise de caso
O valor previsto do lucro da subsidiária D (USD 8 milhões) e o valor do dividendo que espera-se
ser pagar à entidade W (USD 5 milhões) não se qualificam como itens objeto de hedge.
Uso Interno
Itens que não podem ser designados como objeto de hedge
Instrumentos de capital
Posições líquidas
próprio
Investimentos Investimentos em
mantidos até o controladas e
vencimento coligadas
Uso Interno
TIPOS DE RELACIONAMENTO DE HEDGE
Uso Interno
Tipos de Relacionamento de Hedge Contábil
Hedge de Investimento
Hedge de Fluxo de Líquido em Operações
Hedge de Valor Justo Caixa do Exterior
Uso Interno
Hedge de Valor Justo
Exemplos:
Uso Interno
Modelo de Contabilização x Hedge Valor Justo
DESCASAMENTO CONTÁBIL
.
VALOR JUSTO Elimina o descasamento contábil
Uso Interno
Hedge de Fluxo de Caixa
.
VALOR JUSTO NO PL
Uso Interno
Hedge de Investimento Líquido de Operações no Exterior
Uso Interno
Modelo de Contabilização x Hedge de Investimento Líquido
em Operações no Exterior
DESCASAMENTO CONTÁBIL
.
EFEITO VC NO PL VALOR JUSTO NO PL
DESCASAMENTO CONTÁBIL
Uso Interno
Registro contábil da inefetividade
Hedge de Reconhecida
imediatamente no
Valor Justo resultado
Hedge de
Investimento Similar ao fluxo
Líquido no de caixa
Exterior
Uso Interno
DESCONTINUIDADE DO HEDGE
ACCOUNTING E REGISTROS CONTÁBEIS
Uso Interno
Descontinuidade do Hedge Accounting
Uso Interno
Teste de efetividade não é mais atendido
Uso Interno
Efeitos contábeis x descontinuidade
O objeto de hedge volta a ter o seu tratamento normal, para fins de valor
Hedge de Valor Justo
justo
Uso Interno
Tratamentos dos ganhos e perdas represados
Uso Interno
Hedge de Valor Justo x Tratamento dos ganhos e perdas
Uso Interno
Hedge de Fluxo de Caixa x Tratamento dos ganhos e perdas
Uso Interno
Análise de caso quando o hedge é descontinuado pela
transação prevista não ser mais altamente provável
A empresa D, uma empresa sueca, cuja moeda funcional é a coroa sueca (SEK), constrói barcos luxuosos, os quais são
vendidos, principalmente, para clientes norte-americanos.
Em abril de um certo ano, a empresa D determina que é altamente provável que ela faça uma venda futura de um barco
por USD 1 milhão, para um cliente americano, cujas negociações estão altamente avançadas.
O barco deverá ser entregue em outubro do mesmo ano e pago totalmente em novembro.
A empresa D entra então em um contrato à termo de moeda, para vender USD 1 milhão por SEK 8 milhões, em
novembro, e designa o contrato à termo como o hedge de uma transação altamente provável de venda ao cliente norte-
americano.
Porém, a empresa é informada pelo cliente, em junho, que ele está com dificuldades para conseguir os recursos para
financiar o pagamento do barco. O cliente acredita que conseguirá resolver todos os problemas em dezembro.
Por conta disso, a empresa D conclui que a transação não é mais altamente provável, mas ainda espera que a transação
venha a ocorrer. Porém, como a transação deixou de ser altamente provável, a empresa tem que descontinuar o hedge
contábil.
Uso Interno
Solução da análise de caso
Como o item objeto de hedge é uma transação prevista, os ganhos e perdas que
foram previamente reconhecidos no patrimônio líquido continuarão lá registrados
até que a transação de venda ocorra efetivamente.
Uso Interno
Hedge de Investimento Líquido de Operações no Exterior x
Tratamento dos ganhos e perdas
Uso Interno
TIPOS DE TESTE DE EFETIVIDADE –
PROSPECTIVOS E RESPECTIVOS
Uso Interno
Testes de efetividade
Uso Interno
Solução da análise de caso
O IAS 39 não proíbe que uma entidade faça a designação do mesmo derivativo e
do mesmo objeto de hedge para períodos subsequentes, desde que o hedge
atenda todos os critérios de Hedge accounting, inclusive a efetividade nos períodos
subsequentes.
Uso Interno
Hedge altamente efetivo
Preços de commodities em
Ativos de referência diferentes
mercados diferentes
Instrumento de hedge não é zero
Contrapartes diferentes
Uso Interno fair value
Formas de melhorar a efetividade do Hedge
Uso Interno
Métodos para apuração da efetividade
Uso Interno
Comparação de termos críticos
Esse método consiste em comparar os termos críticos do instrumento de
hedge com o objeto de hedge.
Exemplo de termos:
• Valor de referência
• Valor de principal
• Risco de crédito (AA)
• Prazos e vencimentos
• Precificação e data de reprecificação
• Projeção de fluxos de caixa
• Moeda
• Inexistência de opcionalidades
A empresa C tem entra em um contrato de captação pré-fixada de cinco anos. Na mesmo dia, ela
entra em um contrato de swap de taxa de juros que recebe taxa de juros pré-fixada e paga taxa
de juros pós-fixada. A perna pós-fixada é reprecificada a cada três meses.
Os principais termos do swap e da dívida são iguais (data de início, data de vencimento, datas de
pagamentos fixos, base de calendário, taxa de juros pré-fixada) e não existem condições de
opcionalidade que poderiam invalidar a presunção de que é um hedge perfeito.
Nessas condições, a empresa C terá que fazer algum teste quantitativo para se apurar a
efetividade prospectiva desse hedge?
Uso Interno
Solução da análise de caso
Não, desde que a entidade possa demonstrar que a perna pós-fixada do swap não
resultará em inefetividades materiais.
Uso Interno
Método do Dollar Offset
Cumulativa
Período a período
Uso Interno
Abordagem taxa de juros de referência
(benchmark interest rate)
Uso Interno
Análise de caso de um teste de efetividade usando o método
da benchmark interest rate
A empresa H emite um bond de renda variável. Na mesma data, a empresa entra em um swap de taxa
de juros onde ela irá receber taxa variável e pagar uma taxa de juros fixa. Um instrumento similar, com
o mesmo vencimento, poderia ter sido emitido por uma taxa de juros pré-fixada de 8%.
a. Do valor presente acumulado pela mudança nos fluxos de caixa futuros esperados do swap; com
b. O valor presente acumulado das mudanças nos fluxos de caixa de juros esperados oriundos da
perna pós-fixada do swap menos a taxa fixa de 8% (que é a taxa de juros pré-fixada de um
instrumento similar ao bond emitido pela empresa H).
Uso Interno
Solução da análise de caso
Esse método reflete o objetivo de gerenciamento de risco nesse relacionamento de hedge, que é,
modificar um série de fluxos de caixa pós-fixados futuros para uma taxa pré-fixada.
A empresa H deve definir, em sua documentação de hedge, que o risco que está sendo protegido é
a mudança no valor justo dos fluxos de caixa variáveis menos a mudança no valor justo da taxa pré-
fixada, que poderia ter sido obtida, se a dívida tivesse sido emitida como uma dívida de taxa fixa
(8%). Sendo assim, o hedge somente protegerá a variabilidade o redor de uma taxa pré-fixada
especificada.
O teste de efetividade deverá ser executado com base na habilidade do instrumento de hedge de
entregar os fluxos de caixa especificados, e devem somente medir a variabilidade em relação à taxa
de juros pré-fixada.
Uso Interno
Abordagem da análise de sensibilidade
Uso Interno
Análise de Regressão
Fornece uma maneira de expressar como uma variável “dependente” irá variar
por conta das mudanças na outra variável, a variável “independente”.
No entanto, não existe mercado de derivativos para combustível de avião de longo prazo. Por conta disso,
a administração adquire contratos de aviação de óleo para aquecimento para fazer o hedge dessas
compras futuras.
A empresa de aviação B quer utilizar a análise de regressão para avaliar a efetividade retrospectiva desse
hedge.
O IAS 39 detalha quais características são aceitáveis em testes prospectivos e retrospectivos. Para o teste
prospectivo, são mencionadas, especificamente, metodologias estatísticas para se apurar a efetividade.
Porém, para o teste retrospectivo, a norma determina que os valores efetivos deverão estar dentro do
intervalo de 80% a 125% de efetividade.
Isso significa que métodos estatísticos não podem ser utilizado para testes retrospectivos e somente o
método do Dollar Offset é aceitável?
Uso Interno
Solução da análise de caso
A análise de regressão é um método aceitável para teste de efetividade retrospectivo. O IAS 39 não
especifica um método único para acessar a efetividade de um Hedge Contábil.
Quando se usa a análise de regressão, a efetividade é apurada pela utilização de uma série de
medidas estatísticas. A curva de regressão deve estar entre -0,8 e -1,25. A correlação também
dever estar suportada por altos valores de R2s e F- estatísticos ou medidas similares.
Porém, a análise de regressão não irá gerar os números necessário para efetuar-se os
lançamentos contábeis, portanto, cálculos adicionais serão necessários.
Para Hedges de fluxo de caixa, o IAS 39 exige que o valor que estará no patrimônio líquido tem que
ser o menor entre (i) o valor dos ganhos ou perdas acumulados do instrumento de hedge desde o
início do hedge e (ii) o valor acumulado das variações no valor justo (valor presente) dos fluxos de
caixa futuros do item objeto de hedge desde do início do hedge.
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DOCUMENTAÇÃO
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Documentação do Hedge Accounting
O IAS 39 exige uma documentação formal bastante extensa, para cada estratégia de
hedge contábil de uma entidade.
• O objetivo e a estratégia de gestão de risco da entidade para ter optado pelo hedge econômico e também
contábil.
• Identificação do item objeto de hedge (é necessário ser bem específico, incluindo até mesmo números de
contratos e outras informações relevantes, como datas de início, vencimento, taxas, etc). Se for uma transação
prevista, descrever os critérios para avaliação da transação
• Identificação dos instrumentos de hedge (é necessário ser bem específico, incluindo números de contratos, datas
de início, taxas, vencimentos, se está se usando um derivativo que estava na carteira, etc)
• Uma descrição da natureza do risco que está sendo protegido e como o instrumento de hedge é adequado à
essa proteção
• Uma descrição detalhada de como serão feitos os testes de efetividade
• Uma descrição detalhada de como a efetividade e a inefetividade serão apuradas e a periocidade desses testes
(mensal, trimestral, anual, etc)
• Os roteiros contábeis que afetarão as demonstrações financeiras para aquela estratégia de hedge
Uso Interno
Política de Gerenciamento de Risco
Uso Interno
Controles Internos
Uso Interno
DIVULGAÇÕES
Uso Interno
Divulgações
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