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Informativo 602-STJ (RESUMIDO)


Márcio André Lopes Cavalcante

DIREITO ADMINISTRATIVO

LICITAÇÃO
Proibição do art. 9º, III, da Lei 8.666/93 permanece mesmo que o servidor esteja licenciado

Se um servidor público for sócio ou funcionário de uma empresa, ela não poderá participar de
licitações realizadas pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado este servidor público
(art. 9º, III, da Lei nº 8.666/93).
O fato de o servidor estar licenciado do cargo não afasta a referida proibição, considerando
que, mesmo de licença, ele não deixa possuir vínculo com a Administração Pública.
Assim, o fato de o servidor estar licenciado não afasta o entendimento segundo o qual não
pode participar de procedimento licitatório a empresa que possuir em seu quadro de pessoal
servidor ou dirigente do órgão contratante ou responsável pela licitação.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.607.715-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 7/3/2017 (Info 602).

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR


Aplicação de crime continuado no PAD

Há fatos ilícitos administrativos que, se cometidos de forma continuada pelo servidor público,
não se sujeitam à sanção com aumento do quantum sancionatório previsto no art. 71, caput,
do CP.
STJ. 1ª Seção. REsp 1.471.760-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 22/2/2017 (Info 602).

CONSELHOS PROFISSIONAIS
Lojas que vendam animais vivos e medicamentos veterinários
não precisam se inscrever no Conselho Regional de Medicina Veterinária

Não estão sujeitas a registro perante o respectivo Conselho Regional de Medicina Veterinária,
nem à contratação de profissionais nele inscritos como responsáveis técnicos, as pessoas
jurídicas que explorem as atividades de comercialização de animais vivos e a venda de
medicamentos veterinários, pois não são atividades reservadas à atuação privativa do médico
veterinário.
STJ. 1ª Seção. REsp 1.338.942-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 26/4/2017 (recurso repetitivo)
(Info 602).

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DIREITO CIVIL

ASSOCIAÇÕES
O art. 1.023 do CC, que trata da responsabilidade subsidiária dos
sócios da sociedade simples, não se aplica às associações civis

O Código Civil, ao tratar sobre a responsabilidade das sociedades simples, estabelece o


seguinte:
Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo
saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade
solidária.
Esse dispositivo NÃO se aplica às associações civis.
As associações civis são caracterizadas pela união de pessoas que se organizam para a
execução de atividades sem fins lucrativos.
Sociedades simples são formas de execução de atividade empresária, com finalidade lucrativa.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.398.438-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/4/2017 (Info 602).

JUROS
O termo inicial em caso de abuso de mandato é a data da citação

Reconhecido o abuso de mandato por desacerto contratual, em razão de o advogado ter


repassado valores a menor para seu mandatário, o marco inicial dos juros moratórios é a data
da citação.
O termo inicial dos juros moratórios deve ser determinado a partir da natureza da relação jurídica
mantida entre as partes. No caso, tratando-se de mandato, a relação jurídica tem natureza
contratual, sendo o termo inicial dos juros moratórios a data da citação (art. 405 do CC).
STJ. 3ª Turma. REsp 1.403.005-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 6/4/2017 (Info 602).

FIANÇA
A interrupção do prazo prescricional operada contra o devedor principal prejudica o fiador
A interrupção do prazo prescricional operada contra o fiador não prejudica o devedor afiançado,
salvo nas hipóteses em que os devedores sejam solidários

A interrupção do prazo prescricional operada contra o devedor principal prejudica o fiador


Em regra, o ato interruptivo da prescrição apresenta caráter pessoal e somente aproveitará a
quem o promover ou prejudicará aquele contra quem for dirigido (persona ad personam non
fit interruptio). Isso está previsto no art. 204 do CC.
Exceção a esta regra: interrompida a prescrição contra o devedor afiançado, por via de
consequência, estará interrompida a prescrição contra o fiador em razão do princípio da
gravitação jurídica (o acessório segue o principal), nos termos do art. 204, § 3º, do CC:
§ 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.

A interrupção do prazo prescricional operada contra o fiador não prejudica o devedor


afiançado, salvo nas hipóteses em que os devedores sejam solidários
Como regra, a interrupção operada contra o fiador não prejudica o devedor afiançado. Isso
porque o principal não segue a sorte do acessório.

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Existe, no entanto, uma exceção: a interrupção em face do fiador poderá, sim,


excepcionalmente, acabar prejudicando o devedor principal nas hipóteses em que a referida
relação for reconhecida como de devedores solidários, ou seja, caso o fiador tenha renunciado
ao benefício ou se obrigue como principal pagador ou devedor solidário.
STJ. 4ª Turma. STJ. 4ª Turma. REsp 1.276.778-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
28/3/2017 (Info 602).

CONTRATO DE LOCAÇÃO
Se o locatário foi à falência, mas não houve denúncia do contrato de locação,
o fiador permanece vinculado à obrigação

A decretação de falência do locatário, sem a denúncia da locação, nos termos do art. 119, VII,
da Lei nº 11.101/2005, não altera a responsabilidade dos fiadores junto ao locador.
Art. 119. Nas relações contratuais a seguir mencionadas prevalecerão as seguintes regras:
VII – a falência do locador não resolve o contrato de locação e, na falência do locatário, o
administrador judicial pode, a qualquer tempo, denunciar o contrato;
STJ. 3ª Turma. REsp 1.634.048-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 28/3/2017 (Info 602).

DIREITO DO CONSUMIDOR

BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES


O valor do empréstimo que o consumidor não conseguiu obter pelo fato de seu nome ter sido
indevidamente negativado não pode servir como parâmetro para a fixação da indenização

O valor que seria objeto de mútuo, negado por força de inscrição indevida em cadastro de
inadimplentes, não pode ser ressarcido a título de dano emergente.
Não há perda material efetiva pelo fato de ter sido negado crédito ao consumidor. Dessa forma,
o ressarcimento por dano emergente, neste caso, seria destituído de suporte fático,
consistindo a condenação, nessas condições, em verdadeira hipótese de enriquecimento
ilícito.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.369.039-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 4/4/2017 (Info 602).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Sentença proferida após o CPC/2015 deverá observar as suas regras quanto aos honorários,
ainda a ação tenha sido proposta antes da sua entrada em vigor

Os honorários advocatícios nascem contemporaneamente à sentença e não preexistem à


propositura da demanda.
Assim sendo, nos casos de sentença proferida a partir do dia 18/3/2016, deverão ser aplicadas
as normas do CPC/2015.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.636.124-AL, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 6/12/2016 (Info 602).

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DIREITO PENAL

LEI DE CRIMES AMBIENTAIS


Pesca de um único peixe que é devolvido, ainda vivo,
ao rio em que foi pescado: princípio da insignificância

Não se configura o crime previsto no art. 34 da Lei nº 9.605/98 na hipótese em que há a


devolução do único peixe – ainda vivo – ao rio em que foi pescado.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.409.051-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 20/4/2017 (Info 602).

TRÁFICO PRIVILEGIADO
É possível aplicar o § 4º do art. 33 da lei de drogas às “mulas”

É possível aplicar o § 4º do art. 33 da LD às “mulas”.


O fato de o agente transportar droga, por si só, não é suficiente para afirmar que ele integre a
organização criminosa.
A simples condição de “mula” não induz automaticamente à conclusão de que o agente integre
organização criminosa, sendo imprescindível, para tanto, prova inequívoca do seu
envolvimento estável e permanente com o grupo criminoso.
Portanto, a exclusão da causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº
11.343/2006 somente se justifica quando indicados expressamente os fatos concretos que
comprovem que a “mula” integra a organização criminosa.
STF. 1ª Turma. HC 124107, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 04/11/2014.
STF. 2ª Turma. HC 131795, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 03/05/2016.
STJ. 5ª Turma. HC 387.077-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 6/4/2017 (Info 602).

DIREITO TRIBUTÁRIO

REPETIÇÃO DE INDÉBITO
ECT tem direito à repetição do indébito relativo ao ISS sem necessidade de prova de ter
assumido o encargo pelo tributo e sem autorização dos tomadores dos serviços

Os Correios gozam de imunidade tributária recíproca, razão pela qual os Municípios não
podem cobrar ISS sobre a prestação dos serviços postais.
Ocorre que, durante muitos anos, alguns Municípios cobravam o imposto porque ainda não se
tinha uma certeza, na jurisprudência, acerca da imunidade dos Correios.
A ECT pode pleitear à repetição do indébito relativo ao ISS cobrado sobre os serviços postais.
Para isso, os Correios não precisam provar que assumiram o encargo pelo tributo nem
precisam estar expressamente autorizados pelos tomadores dos serviços.
Presume-se que os Correios não repassaram o custo do ISS nas tarifas postais cobradas dos
tomadores dos serviços. Isso porque a empresa pública sempre entendeu e defendeu que não
estava sujeita ao pagamento desse imposto.
Não havendo repasse do custo do ISS ao consumidor final, os Correios podem pleitear a
restituição sem necessidade de autorização do tomador dos serviços.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.642.250-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 16/3/2017 (Info 602).

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