Especiais/Primeiros
Socorros
Profa. Eliza Damiane Woloszyn Batista
Profa. Lindamir Pozzo Arbigaus
Profa. Tathyane Lucas Simão
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profa. Eliza Damiane Woloszyn Batista
Profa. Lindamir Pozzo Arbigaus
Profa. Tathyane Lucas Simão
616.0252
B333p Batista, Eliza Damiane Woloszyn
Programas para grupos especiais – primeiros socorros / Eliza
Damiane Woloszyn Batista; Lindamir Pozzo Arbigaus; Tathyane Lucas
Simão. Indaial: UNIASSELVI, 2018.
207 p. : il.
ISBN 978-85-515-0143-6
1.Primeiros Socorros.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
É com satisfação que apresentamos o livro Programas para Grupos
Especiais/Primeiros Socorros. Convidamos você a fazer uma leitura simples
e prática, obtendo informações que o acompanharão para toda sua vida
profissional.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA
GRUPOS ESPECIAIS.................................................................................................... 1
VII
21.2 CUIDADOS NA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO PARA GESTANTES................................. 51
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 54
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 55
VIII
5 FUNDAMENTOS DO SOCORRO: FRATURAS E TRAUMAS................................................. 90
5.1 LESÃO DE TÓRAX E MEMBROS................................................................................................ 90
5.2 FRATURA NAS COSTELAS......................................................................................................... 91
5.3 TÓRAX INSTÁVEL........................................................................................................................ 92
5.3.1 Contusão pulmonar............................................................................................................... 92
5.3.2 Pneumotórax hipertensivo................................................................................................... 92
5.3.3 Pneumotórax aberto.............................................................................................................. 92
5.3.4 Contusão cardíaca................................................................................................................. 93
5.4 EXAME DA VÍTIMA INCONSCIENTE . ................................................................................... 93
5.4.1 Respiração artificial............................................................................................................... 93
6 O CORPO HUMANO EM EMERGÊNCIAS BÁSICAS............................................................... 95
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 96
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 97
IX
2.2 POSICIONAR A VÍTIMA..............................................................................................................116
2.3 VERIFICAR SE A VÍTIMA ESTÁ RESPIRANDO......................................................................116
2.4 REALIZAR A RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL................................................................................117
3 PARADA CARDÍACA........................................................................................................................117
3.1 INSTRUÇÕES PARA O SOCORRISTA.......................................................................................118
3.2 TÉCNICA DE COMPRESSÃO TORÁCICA...............................................................................118
3.3 COMPRESSÃO TORÁXICA EXTERNA.....................................................................................120
3.4 POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO...................................................................................................120
3.5 COMPLICAÇÕES POR REALIZAÇÃO DE MANOBRAS INADEQUADAS...................... 121
4 HEMORRAGIAS................................................................................................................................ 122
4.1 TIPOS DE HEMORRAGIAS......................................................................................................... 123
4.1.1 Anatomia das hemorragias ................................................................................................ 123
4.1.2 Hemorragia nasal (epistaxe)............................................................................................... 123
4.1.3 Hemorragia do conduto auditivo externo (otorragia).................................................... 123
4.1.4 Hemorragia dos pulmões (hemoptise).............................................................................. 124
4.1.5 Hemorragia do sistema digestivo (hematêmese)............................................................. 124
4.1.6 Hemorragia intracraniana................................................................................................... 125
4.1.7 Hemorragia interna.............................................................................................................. 126
4.1.8 Melena.................................................................................................................................... 126
4.2 MEDIDAS DE SOCORRO............................................................................................................ 126
4.3 TÉCNICAS PARA CONTROLES DA HEMORRAGIA........................................................... 127
4.3.1 Técnica de compressão direta sobre o ferimento............................................................. 127
4.3.2 Técnica da elevação do ponto de sangramento................................................................ 127
4.3.3 Técnica da compressão sobre os pontos arteriais.............................................................127
4.3.4Técnica de torniquete............................................................................................................ 128
5 ESTADO DE CHOQUE .................................................................................................................... 129
5.1 CAUSAS DO ESTADO DE CHOQUE........................................................................................ 129
5.2 TRATAMENTO PARA O ESTADO DE CHOQUE................................................................... 130
6 CHOQUE ANAFILÁTICO................................................................................................................ 131
RESUMO DO TÓPICO 5..................................................................................................................... 132
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 133
X
TÓPICO 2 – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS....................................................................... 155
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 155
2 CÓLICA RENAL................................................................................................................................ 155
3 DIABETES: COMA DIABÉTICO E HIPOGLICEMIA............................................................... 157
4 INSOLAÇÃO...................................................................................................................................... 159
5 EXAUSTÃO PELO CALOR............................................................................................................. 160
6 CÃIBRAS DE CALOR....................................................................................................................... 160
7 DIARREIA........................................................................................................................................... 161
8 DESMAIO........................................................................................................................................... 162
RESUMO DO TÓPICO 2.................................................................................................................... 164
AUTOATIVIDADE.............................................................................................................................. 165
XI
XII
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em três tópicos. Ao final de cada um deles,
você encontrará o resumo e a atividade, que darão maior compreensão dos
temas abordados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
GRUPOS ESPECIAIS
1 INTRODUÇÃO
As pessoas são muito diferentes umas das outras. As definições para
separar populações foram feitas para organizar grandes grupos com as mesmas
características. Como exemplo de populações parecidas, temos a definição de
homens e mulheres, crianças, adolescentes e adultos e assim por diante. Grupos
ou populações especiais são as pessoas que compõem uma parcela da população
com necessidades específicas e que exigem atenção, sejam elas passageiras ou
não. Segundo Farlex (2011), populações especiais são consideradas as pessoas que
poderiam ser mais sensíveis ou suscetíveis à exposição a substâncias ou situações
perigosas, por causa de fatores como idade, ocupação, sexo ou comportamentos.
Atualmente, os grupos especiais são divididos em hipertensos, idosos, obesos,
cardiopatas, diabéticos, grávidas e portadores de necessidades especiais. No
ramo da atividade física, entendemos que crianças, gestantes, adolescentes
e mulheres também podem ser considerados grupos especiais, pois requerem
uma série de recomendações exclusivas para a prática de exercícios físicos.
Outros grupos, como transplantados, portadores de câncer, deficientes visuais,
deficientes auditivos, portadores de síndromes, portadores de AIDS, amputados,
portadores de lesões graves de coluna também são considerados populações
especiais, mas com limitações únicas e necessitam de um tratamento exclusivo,
não podendo ser acompanhados em grupo, pela necessidade de singularidade de
cada caso. A definição de Sena (2010) é:
Designa-se por populações especiais todas as situações nas quais uma
determinada doença ou condição, de caráter irreversível ou não, requerem
um cuidado e atenção redobrada em termos de prática de exercício
físico”. São exemplos de Populações Especiais: diabéticos, hipertensos,
ateroscleróticos, crianças, obesos, tabagistas, cardiopatas, grávidas etc.
3
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
4
TÓPICO 1 | GRUPOS ESPECIAIS
UNI
5
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
6
TÓPICO 1 | GRUPOS ESPECIAIS
exercício aeróbio vigoroso num mínimo de 20 minutos, três vezes por semana
(HASKELL et al., 2007).
UNI
7
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
8
TÓPICO 1 | GRUPOS ESPECIAIS
9
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
UNI
Você pode consultar equipes de saúde próximas de sua casa através do site:
<http://dab.saude.gov.br/portaldab/historico_cobertura_sf.php>.
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou que:
11
AUTOATIVIDADE
12
a) ( ) O tratamento convencional para perda de peso tem como base a redução
na ingestão calórica, aumento do gasto energético com atividade física,
modificação comportamental do indivíduo e dos membros que o cercam.
b) ( ) O tratamento convencional para perda de peso é a dieta com restrição
calórica, acompanhamento nutricional e ingestão de fármacos para controle
da vontade de comer doces.
c) ( ) O tratamento convencional é baseado em acompanhamento de
profissional de educação física, sem restrição calórica.
d) ( ) O tratamento convencional para perda de peso é a dieta com restrição
calórica, acompanhamento nutricional sem relacionar doenças associadas.
13
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prescrever atividade física para grupos especiais requer uma base
teórica aprofundada, com conhecimento fisiológico, cinesiológico e patológico,
para pesquisa e programação de treinos, promovendo atividades físicas para
indivíduos com necessidades particulares, que favoreçam a redução do consumo
de medicamentos, objetivando a prevenção e promoção da saúde por meio de
práticas corporais, visando à aquisição de um estilo de vida mais saudável, dentro
das condições de cada grupo.
15
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
16
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
UNI
Pessoas ativas fisicamente tendem a sofrer menos com a dor, pois os exercícios
oferecem uma ação analgésica natural através da produção de endorfinas.
17
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
3 A INTENSIDADE DO EXERCÍCIO
Desde 1986, as diretrizes sobre frequência, intensidade e duração do
exercício são difundidas. Uma das maiores entidades em atividade física e
esportes, a NSCA (National Strengt and Conditioning Association Foundation), relata
que a prescrição do exercício físico deve ser composta de:
18
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
19
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
Dados Pessoais
Data: / / Idade
Nome:
Sexo:
Endereço:
Data Nasc:
Bairro: Cidade:
CEP:
Fones: Res: Comercial:
Profissão:
Etnia: Est. Civil:
Indicação:
E-mail:
Motivo da Visita:
Em caso de emergência avisar:
Nome: Telefone:
Médico: Telefone:
Convênio Méd: Cart: Hospital:
20
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
Histórico
Costuma permanecer muito tempo sentada ? S N
Antecedentes cirúrgicos ? S N Quais?
Trat. estético anterior ? S N Quais?
Antecedentes alérgicos ? S N Quais?
Funcionamento intestinal regular ? S N Obs.:
Pratica atividade física ? S N Quais?
É fumante? S N
Alimentação balanceada ? S N Tipo?
Ingere líquidos com frequência ? S N Quanto?
É gestante ? S N Filhos? S N Quantos?
Tem algum problema ortopédico ? S N Qual?
Faz algum tratamento médico ? S N Qual?
Usa ou já usou ácidos na pele? S N Quais?
Já fez algum tratamento ortomelecular ? S N Qual?
Cuidados Diários e produtos em uso: S N Qual?
Portador de Marcapasso ? S N Qual?
Presença de metais ? S N Local?
Antecedentes oncológicos ? S N Qual?
Ciclo menstrual regular ? S N Obs.:
Usa método anticoncepcional ? S N Qual?
Varizes ? S N Grau:
Lesões ? S N Quais?
Hipertensão ? S N Hipotensão? S N
Epilepsia ? S N Diabetes? S N
Termo de Responsabilidade
Estou ciente e de acordo com todas as informações acima relacionadas.
____________________________________ ___________________________________
Local e Data Assinatura Cliente
Como você percebe, a avaliação pode ser simples e clara, a fim de obter os
dados necessários para a prescrição de exercícios com segurança.
21
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
- Retinopatia proliferativa.
- Nefropatia (inclusive microalbuminúria).
- Doença vascular periférica.
- Neuropatia autonômica.
- Suspeita ou diagnóstico de doença cardiovascular.
Devemos pensar que o teste ergométrico pode realmente ser uma barreira
que impede um indivíduo a iniciar a prática de atividades físicas. Este indivíduo
deve ser orientado que, caso o profissional veja a necessidade de solicitar um
teste ergométrico, ele traz outras vantagens além do rastreamento de doença
isquêmica silenciosa, mas também pode:
24
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
25
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
26
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
UNI
27
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
FONTE: <http://direitodoidoso.braslink.com/05/estatuto_integral.
html>. Acesso em: 30 nov. 2017.
• Modalidade.
• Duração.
• Frequência.
• Intensidade.
• Modo de progressão.
28
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
29
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
30
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
• Interagir com o médico, uma vez que nesta fase o beneficiário pode estar em
acompanhamento médico contínuo e eventualmente pode ter sua medicação
alterada, modificando suas respostas cardiovasculares durante a prática do
exercício físico ou mesmo o nível de glicemia no caso de aluno com diabetes
mellitus.
• Atentar para o fato de que alguns pacientes poderão ser indicados para a
realização de exercício físico supervisionado e tal recomendação deverá vir do
médico.
• Possuir o encaminhamento médico (por escrito) da liberação do beneficiário
para a prática regular do exercício físico. Em muitos casos, o profissional de
Educação Física orientará e acompanhará beneficiários sem o hábito da prática
regular do exercício físico ou mesmo sem nenhuma experiência com a referida
prática. Assim, é de fundamental importância o entendimento do profissional
sobre as consequências das doenças e da ação do exercício físico no organismo,
melhorando o quadro de saúde previamente encontrado.
UNI
31
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
tecnológica passou a influenciar cada vez mais a vida do homem, o que provocou o
aumento drástico do sedentarismo e o aparecimento das consequências de vários
fatores associados: sedentarismo, alimentação desequilibrada com aumento das
gorduras, açúcares e substâncias químicas, estresse, redução do período de sono,
aumento das demandas de trabalho, gerando tensão, ansiedade e impactando na
qualidade de vida do trabalhador (SOARES et al., 1992).
32
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
Causas:
33
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
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TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
Redução aproximada
Modificação Recomendação
na PAS**
Manter o peso corporal na faixa normal 5 a 20 mmHg para cada
Controle de peso
(índice de massa corporal entre 18,5 a 24,9 kg/m2) 10 kg de peso reduzido
Consumir dieta rica em frutas e vegetais e
alimentos com baixa densidade calórica e baixo
Padrão alimentar 8 a 14 mmHg
teor de gorduras saturadas e totais.
Adotar dieta DASH
Reduzir a ingestão de sódio para não mais que 2 g
Redução (5 g de saVdia) = no máximo 3 colheres de
2 a 8 mmHg
do consumo de sal café rasas de sal = 3 g + 2 g de sal dos próprios
alimentos
Moderação no Limitar o consumo a 30 g/dia de etanol para os
2 a 4 mmHg
consumo de álcool homens e 15 g/dia para mulheres
Habituar-se à prática regular de atividade física
aeróbica, como caminhadas por pelo menos 30
Exercício físico minutos por dia, 3 vezes/semana, para 4 a 9 mmHg
prevenção e
diariamente para tratamento
* Associar abandono do tabagismo para reduzir o naco cardiovascular.
** Pode haver efeito aditivo para algumas das medidas adotadas.
35
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
36
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
UNI
O tratamento para diabetes tipo 2 pode ser feito com a ingestão de remédios
hipoglicemiantes que ajudam a controlar a produção e a secreção de insulina pelo pâncreas.
Exemplos: sulfonilureias, glinidas e inibidores da alfa-glicosidase.
LEITURA COMPLEMENTAR
EDUCAÇÃO EM DIABETES
37
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
16 O AUTOCUIDADO E O EXERCÍCIO
No caso específico da educação de pessoas com diabetes tipo 1 e,
em especial, da criança com diabetes, o foco principal deve ser o alcance da
independência e autonomia necessárias, ou seja, ensinar o autocuidado, próprio
para cada faixa de idade. Novos comportamentos e atitudes precisarão ser
aprendidos, visando sempre ao autocontrole da glicemia, à aplicação da insulina
e à adaptação nutricional para as atividades diárias (SBD, 2015).
38
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
Uma boa orientação de exercício físico para a saúde contempla pelo menos
três tipos de exercício: aeróbico, de fortalecimento muscular e de flexibilidade.
Você pode visitar a Unidade 2 deste livro de estudos, que fala sobre
hipoglicemia e como agir nestes casos.
39
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
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TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
UNI
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UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
• Corrida. • Remo.
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TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
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UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
UNI
IMC em IMC em
Condição
Mulheres Homens
abaixo do peso < 19,1 < 20,7
no peso normal 19,1 – 25,8 20,7 – 26,4
marginalmente acima do peso 25,8 – 27,3 26,4 – 27,8
acima do peso ideal 27,3 – 32,3 27,8 – 31,1
obeso > 32,3 >31,1
FONTE: Disponível em: <http://www.calcule,net/imc_calc_massa.php>. Acesso em: 30
nov. 2017.
44
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
QUADRO 7 – TABELA DE PESO PARA IDADE – ALTURA PARA IDADE – MASCULINO E FEMININO
IDADE PESO ALTURA
ANO/MÊS Percentil 3 Percentil 10 Percentil 97 Percentil 3 Percentil 10 Percentil 07
Masc Fem.. Masc Fem.. Masc Fem.. Masc Fem.. Masc Fem.. Masc Fem..
1 3.0 2.9 3.4 3.2 5.5 5.0 49.9 49.2 51.4 50.6 59.2 57.9,
2 3.6 3.4 4.1 3.8 6.7 6.0 53.2 52.2 54.8 53.7 62.9 61.3
3 4.2 4.0 4.8 4.4 7.6 6.9 56.1 54.9 57.7 56.4 66.1 64.2
4 4.8 4.6 5.4, 5.0 8.4 7.6 58.6 57.2 60.3 58.7 68.7 66.8
5 5.4 5.1 6.0 5.6 9.1 8.3 60.8 59.2 62.5 60.7 71.0 69.0
6 6,0 5.6 6.6 6.1 9.7 8.9 62.8 61.0 64.4 62.5 72.9 70.9
7 6.5 6.0 7.1 6.5 10.2 9.5 64.5 62.5 66.1 64.1 74.5 72.6
8 7,0 6,4 7.5 7.0 10.7 10.0 66.0 64.0 67.6 65.6 76.0 74.2
9 7.4 6.7 7.9 7.3 11.1 10.4 67.4 65.3 68.9 66.9 77.3 75.6
10 7.7 7.0 8.3 7.6 11.5 10.8 68.7 66.6 70.2 68.2 78.6 77.0
11 8.0 7.3 8.6 7.9 11.9 11.2 69.9 67.8 71.5 69.5 79.9 78.3
12 8.2 7.6 8.8 8.2 12.2 11.5 71.0 69.0 72.6 70.7 81.2 79.6
1 1 8.5 7.8 9.1 8.4 12.5 11.8 72.1 70.1 73.7 71.8 82.4 80.9
1 2 8.7 8.0 9.3 8.6 12.8 12.0 73.1 71.2 74.8 72.9 83.6 82.1
1 3 8.8 8.1 9.5 8.8 13.1 12.3 74.1 72.2 75.8 74.0 84.8 83.3
1 4 9.0 8.3 9.6 9.0 13.3 12.5 75.0 73.2 76.7 75.0 85.9 84.5
1 5 9.1 8.5 9.8 9.2 13.6 12.7 75.9 74.2 77.6 76.0 87.0 85.6
1 6 9.3 8.6 10.0 9.3 13.8 13.0 76.7 75.1 78.5 77.0 88.1 86.7
1 7 9.4 8.8 10.1 9.5 14.0 13.2 77.5 76.1 79.4 77.9 89.2 87.8
1 8 9.5 8.9 10.3 9.7 14.2 13.4 78.3 77.0 80.2 78.8 90.2 88.8
1 9 9.7 9.1 10.4 9.8 14.4 13.6 79.1 77.8 81.0 79.7 91.2 89.8
1 10 9.8 9.3 10.6 10.0 14.6 13.9 79.8 78.7 81.8 80.6 92.2 90.8
1 11 9.9 9.4 10.7 10.2 14.8 14.1 80.6 79.5 82.6 81.4 93.1 91.7
2 0 10.2 9.6 10.9 10.3 15.5 14.4 81.3 80.3 83.3 82.3 94.0 92.6
2 1 10.3 9.7 11.0 10.5 15.7 14.8 80.3 79.2 82.3 81.2 92.5 91.5
2 2 10.5 9.9 11.2 10.6 15.9 15.1 81.0 80.0 83.0 82.0 93.5 92.4
2 3 10.6 10.1 11.3 10.8 16.1 15.4 81.7 80.7 83.9 82.7 94.4 93.4
2 4 10.7 10.2 11.5 11.0 16.4 15.7 82.4 81.4 84.5 83.5 95.3 94.3
2 5 10.8 10.4 11.6 11.1 16.6 15.9 83.1 82.2 85.2 84.2 96.2 95.2
2 6 10.9 10.5 11.7 11.3 16.8 16.2 83.8 82.9 85.9 85.0 97.1 96.0
2 7 11.0 10.7 11.9 11.5 17.0 16.5 84.5 83.6 86.6 85.7 97.9 96.9
2 8 11.1 10.8 12.0 11.6 17.2 16.8 85.2 84.3 87.3 86.4 98.8 97.7
2 9 11.3 10.9 12.2 11.8 17.4 17.0 85.8 84.9 88.0 87.1 99.6 98.6
2 10 11.4 11.1 12.3 11.9 17.6 17.3 86.5 85.6 88.7 87.8 100.5 99.4
2 11 11.5 11.2 12.4 12.1 17.8 17.5 87.1 86.3 89.4 88.5 101.3 100.1
3 0 11.6 11.3 12.6 12.2 18.0 17.8 87.8 86.9 90.0 89.1 102.1 100.9
3 1 11.7 11.5 12.7 12.4 18.2 18.0 88.4 87.6 90.7 98.8 102.9 101.7
3 2 11.9 11.6 12.9 12.5 18.5 18.2 89.0 88.2 91.3 90.4 103.7 102.4
3 3 12.0 11.7 13.0 12.6 18.7 18.5 89.6 88.8 92.0 91.1 104.4 103.1
3 4 12.1 11.8 13.1 12.8 18.9 18.7 90.2 89.4 92.6 97.7 105.2 103.9
3 5 12.2 12.0 13.3 12.9 19.1 18.9 90.9 90.0 93.3 92.3 106.0 104.6
45
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
Com a prática dos exercícios, que deve ser iniciada com intensidade leve,
evoluindo à medida que a criança adquira condicionamento, notam-se alguns
efeitos, como:
46
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
• a diminuição do apetite;
• o aumento da ação da insulina;
• a melhora do perfil das gorduras;
• a melhora da sensação de bem-estar e autoestima, que vai refletir na vida da
criança como um todo (Disponível em: <www.abcdasaude.com.br>. Acesso
em: 30 nov. 2017).
Segundo Cunha (2000), algumas atitudes vindas dos pais contribuem com
o sucesso do tratamento da criança. O professor deve encorajá-los para:
47
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
48
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
49
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
Na avaliação deve-se entender quais são seus gostos, suas aptidões, rotinas
e criar um programa com atividades que o envolvam, associando, por exemplo,
exercícios ao ar livre e em ambientes preparados. Pode-se incluir passeios com
seu animal de estimação, atividades com os amigos ou exercícios na praia, para
que tenha efeito positivo e duradouro.
21 GESTANTES
A gestação é um momento único e indescritível na vida da mulher. A
associação da atividade física, neste período, deve ser pensada para fazer bem
não só para a gestante, mas para o feto que está se formando. O primeiro trimestre
é marcado de alterações hormonais, fixação do feto no endométrio, formação
estrutural do bebê e adaptação do corpo com as proporções que permitirão o
crescimento saudável do bebê. O segundo e terceiro trimestres são marcados
pelo aumento considerável da barriga, pelo crescimento do bebê e preparação
do corpo da mãe para o parto. Um programa de atividade física deve levar todos
esses aspectos em consideração, a fim de promover bem-estar para a mãe, mas
também para o feto.
50
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
UNI
51
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
52
TÓPICO 2 | QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR FÍSICO?
53
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cada grupo apresenta suas peculiaridades e limitações, não existindo uma receita
completa e pronta. Cabe ao profissional avaliar, investigar e acompanhar os
melhores exercícios e de acordo com a realidade biopsicossocial de cada grupo.
54
AUTOATIVIDADE
55
I – Antes do início do desenvolvimento do programa de exercícios, de atividades
físicas e/ou desportivas, faz-se necessária a realização de avaliação física, para
identificar indivíduos sintomáticos ou com fatores de risco para doenças
cardiovasculares, metabólicas, pulmonares e do sistema locomotor, que
podem ser agravadas pela atividade física, deverá solicitar avaliação médica
especializada objetivando identificar restrições e estabelecer linhas de orientação
para prescrições de exercícios apropriados pelo profissional de Educação Física.
II – Na aplicação de avaliação física, o profissional de Educação Física utilizará
conhecimentos sobre: protocolos de testes, suas indicações e contraindicações;
fisiologia do exercício e das respostas hemodinâmicas e respiratórias ao exercício
físico; princípios e detalhes da avaliação, inclusive o preparo do beneficiário e
mecanismos de funcionamento dos equipamentos, bem como suas limitações;
indicações de interrupção dos testes.
III – O profissional de Educação Física coleta dados e interpreta informações
relacionadas com prontidão para a atividade física, fatores de risco, qualidade de
vida e nível de atividade física; afere e avalia pressão arterial e frequência cardíaca;
aplica escalas de percepção do esforço; utiliza ergômetros (esteira, cicloergômetro
etc.) e outros equipamentos utilizados em programas de atividade física.
IV – Conhece, aplica e interpreta testes de laboratório e campo utilizados em
avaliação física; realiza e interpreta avaliação de medidas antropométricas;
prescreve atividades físicas baseadas em testes ergoespirométricos; prescreve
atividades físicas baseadas em limiares metabólicos, frequência cardíaca e
percepção de esforço.
56
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Em Educação Física e esportes, os testes são instrumentos de avaliação,
contudo possuem um sentido mais amplo, com uma enorme diversidade de
variáveis a serem avaliadas, das quais algumas podem ser quantificadas através
de medidas. Um teste, segundo Tritschler (2003, s.p.), é ''um instrumento ou
procedimento que traz à tona uma resposta observável, a fim de fornecer
informações sobre um atributo específico de uma ou mais pessoas". E, para
o mesmo autor, em esportes os testes "avaliam a aptidão física, habilidades
esportivas, estresse do exercício e lesões esportivas" Já Pitanga (2004, p. 13) define
teste como "um instrumento utilizado para obter medidas".
57
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
UNI
Antigamente não existia uma lei que protegesse as pessoas que comprassem
um produto ou contratassem qualquer serviço. Em março de 1991 entrou em vigor a Lei nº
8.078/90, que é mais conhecida como Código de Defesa do Consumidor, para proteger as
pessoas que fazem compras ou contratam algum serviço.
É interessante lembrar que o educador físico precisa ter não somente uma
lista de dados para montagem de um programa de exercícios, mas sim, a cada
avaliação, deve-se conhecer o contexto social, psicológico, neurológico e fisiológico
e, com estes dados, buscar um programa que resulte em ações positivas sobre a
saúde de cada grupo especial. A intensidade e a duração vão progredir à medida
que o participante tenha ganhos no seu condicionamento físico.
58
TÓPICO 3 | MEIOS DE AVALIAÇÃO PARA GRUPOS ESPECIAIS
a) Massa corporal total: é a medida que traduz a massa corporal, sendo esta
componente registrada em quilogramas (kg).
b) Estatura: Registrada em metros ou centímetros.
c) Índice de massa corporal (IMC): é um cálculo para a determinação da
porcentagem da massa gorda do corpo humano.
d) Envergadura: o comprimento total dos braços.
e) Perímetros: São as medidas de circunferência do corpo.
f) Dobras cutâneas: medidas do tamanho das dobras cutâneas.
59
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
Cabe ao profissional escolher quais dos testes deseja utilizar para obter
dados e indicadores, lembrando que, quanto maior o número de dados sobre o
indivíduo, melhor será a prescrição do programa de exercícios, e mais seguros
serão os resultados (UNESCO, 2013).
5. Pedir para que a resposta seja o mais honesta possível, sem pensar sobre a
carga física real, não a superestime, mas também não a subestime.
6. Responder a todas as questões formuladas.
Efeitos do sexo.
Efeitos da idade.
Efeitos decorrentes da capacidade cognitiva.
Fatores psicológicos.
61
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
62
TÓPICO 3 | MEIOS DE AVALIAÇÃO PARA GRUPOS ESPECIAIS
63
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
FONTE: Brasil – Atestado médico – prática e ética. Coordenação de Gabriel Oselka. São Paulo:
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). 2013.
64
TÓPICO 3 | MEIOS DE AVALIAÇÃO PARA GRUPOS ESPECIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
65
UNIDADE 1 | POR QUE SABER PRESCREVER ATIVIDADE FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-
ministerio/671-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/doencas-cronicas-nao-transmissiveis/14125-
vigilancia-das-doencas-cronicas-nao-transmissiveis
67
AUTOATIVIDADE
68
3 Em academias, escolas, empresas e instituições relacionadas à prática de
atividades físicas, nem sempre o participante apresenta o atestado médico.
Nestes casos, um instrumento básico de triagem quando não há o atestado
médico trazido pelo participante, que busca substituir ou localizar pessoas
para quem um aumento da atividade física poderia ser contraindicado é o:
a) ( ) PAR-Q.
b) ( ) Escala de Borg.
c) ( ) Teste de capacidade aeróbia.
d) ( ) Teste de Cooper.
69
70
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. Em cada um deles, você encon-
trará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
71
72
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Esta unidade tem como objetivo apresentar um conhecimento geral de
primeiros socorros, as técnicas e os procedimentos descritos foram pesquisados
em materiais atualizados e coerentes com a medicina brasileira.
2 PRIMEIROS SOCORROS
A definição de primeiros socorros é determinada por um conjunto de
procedimentos de emergência, que são aplicados às vítimas no momento em que
sofreram um acidente, mal-estar ou quando se encontram em perigo de vida.
75
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
76
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
77
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
78
TÓPICO 1 | SOCORROS DE URGÊNCIA E SUPORTE DA VIDA
• Manter a calma: pare e pense, não faça nada por instinto ou por impulso.
• Garantir a segurança.
• Pedir socorro, conforme necessidade de atendimento especializado.
• Controlar a situação e isolar a área.
• Fazer uma análise da situação das vítimas, avaliando a gravidade geral do
acidente.
• Realizar algumas intervenções de apoio às vítimas.
79
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
80
AUTOATIVIDADE
81
82
UNIDADE 2 TÓPICO 2
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
1 INTRODUÇÃO
Para prestar atendimento e serviço especializado em primeiros socorros,
existem instituições e setores governamentais especializados em cuidar das
vítimas em situações de emergência. Em caso de acidentes, esses setores devem
ser acionados, mesmo que os primeiros socorros estejam sendo realizados.
83
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Uma das ações a ser realizada para manter a ordem do fluxo do trânsito
e dos indivíduos que estão analisando o acidente, é o de investigar o cenário do
acidente e, conforme as circunstâncias, realizar o transporte das vítimas.
84
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
85
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
86
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
• Caso a vítima já estiver deitada, mantenha-a nesta posição, pois é confortável para
repouso, até que o socorrista possa constatar que o ferimento não tem gravidade.
• Apurar detalhadamente a existência de hemorragia, se o caso é de envenenamento,
se houve parada respiratória, ferimentos, queimaduras ou fraturas.
• Procure dar prioridade para os casos em que há hemorragia excessiva; quando
a vítima estiver inconsciente; com parada cardiorrespiratória; se estiver em
estado de choque, pois, nestes casos, é necessário socorro imediato.
• Examinar e analisar se há lesão na cabeça, principalmente se a vítima estiver
inconsciente ou semiconsciente, caso houver hemorragia por um ou ambos os
ouvidos, nariz e olhos, há possibilidade de ter sofrido fratura no crânio.
• Não deve dar líquidos ao acidentado que tiver inconsciente.
• Nos casos em que tiver amputação de algum membro da pessoa, o socorrista
deve recolher a parte que foi decapitada, deve ser envolvida em um pano
limpo, para posteriormente ser entregue ao médico.
• Assegure-se que todos os procedimentos a serem tomados não tenham
consequências que possam agravar o estado da vítima.
• Quando o atendimento especializado chegar, forneça as seguintes informações:
local do acidente, horário e estado em que a vítima foi encontrada e quais
procedimentos de primeiros socorros foram prestados até o momento.
Para Fernandes e Silva (2007, p. 113) “outra regra básica para garantir a
qualidade no atendimento, o socorrista deve iniciar o socorro à vítima, através do seu
contato com ela, com base em quatro fases: informar, ouvir, aceitar e ser solidário”.
• Informar à vítima o que está fazendo, para ajudá-la. Desta forma, o acidentado
será mais receptivo aos seus cuidados.
• Ouvir e aceitar as queixas e a expressão de ansiedade da vítima, respondendo
87
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
89
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
90
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
Pulmão normal
Pulmão
colapsado
Pneumotórax
Ar a entrar pelo
ferimento
Hemotórax
FONTE: Disponível em: <http://clubemontanhismodebraga.blogspot.com.
br/2013/02/socorro-em-montanha-13-parte.html>. Acesso em: 10 jun.
2016.
91
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
92
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
• Fala e comunica-se.
• Responde ao estímulo de toque.
• Atende à dor.
93
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Respiração boca a boca: coloca-se uma das mãos abaixo da mandíbula da pessoa
e com a outra mão apertar as narinas com o polegar e o indicador, exercer uma
pressão na região frontal, para obter a extensão da cabeça e a abertura da boca.
Fazer a inspiração profunda e adaptar firmemente a sua boca a boca da vítima
e soprar, injetando ar nas vias aéreas.
• Manobras para liberação das vias aéreas obstruídas: quatro manobras manuais
são recomendadas para remover a obstrução das vias aéreas por corpos
estranhos: palmadas nas costas, compressão manual do abdômen, compressão
manual do tórax e remoção com os dedos.
94
TÓPICO 2 | TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
95
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, aprendemos que:
• Para que seja possível realizar um atendimento específico para cada tipo de
atendimento, existem equipes de pronto atendimento e serviços especializados.
96
AUTOATIVIDADE
1 Quais são os tipos mais comuns de trauma torácico, que acontece em mais de
60% dos pacientes com diagnóstico de lesão fechada de tórax?
97
98
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
As pessoas próximas ao local do acidente não são legalmente obrigadas
a realizar os procedimentos de primeiros socorros, porém, quando o fizerem,
devem ter conhecimento de como agir para que não aconteçam futuros processos
judiciais.
99
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Não é indicado discutir com a vítima sobre qualquer que seja o motivo.
• Não faça interrogações, sobre os motivos pelo qual levam o acidentado a não
querer que seja prestado os primeiros socorros.
• A orientação é que a vítima não seja tocada sem o seu consentimento, isto pode
ser considerado como ofensa aos seus direitos.
100
TÓPICO 3 | ASPECTOS LEGAIS DE PRIMEIROS SOCORROS
O caso do acidentado não deverá ser exposto, a vítima não pode ser
identificada, senão pelo atendimento especializado, caso assim for de sua
vontade. O que for falado pela vítima deverá ficar em sigilo, assim como seu
comportamento ou aparência pessoal.
Este percentual varia de 1% para risco leve, 2% para risco médio e de 3% para
risco grave, porém, não foram definidas as definições de risco leve, médio e grave.
102
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, aprendemos que:
103
AUTOATIVIDADE
1 Com relação à lei do Código Penal Brasileiro, descrita no Artigo 135 a respeito
de omissão de primeiros socorros, assinale a alternativa CORRETA:
104
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Toda lesão ou doença tem formas e características de se manifestar e isso
poderá ajudar o socorrista a diagnosticar a vítima. Essas indicações são divididas
em dois grupos: sinais e sintomas.
Os sinais são detalhes que você poderá detectar, fazendo o uso dos sentidos
da visão, tato, audição e olfato durante a avaliação das vítimas. Sinais comuns de
lesão incluem sangramento, inchaço, aumento de sensibilidade ou deformação.
105
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
2.1 RINS
Contribuem para o controle hidroeletrolítico do corpo e na eliminação
espontânea de substâncias tóxicas do metabolismo, como a ureia e creatina,
eliminando-as através da bexiga.
2.3 FÍGADO
É a maior glândula e o segundo maior órgão do corpo humano, tendo a
capacidade de armazenar substâncias essenciais, assim como destruir substâncias
tóxicas. Tem a função de condensar e transformar a composição do sangue.
106
TÓPICO 4 | FUNÇÕES E SINAIS VITAIS DO CORPO HUMANO
2.4 PULMÃO
Produz oxigênio e retira a ventosidade resultante da respiração, é o
principal órgão do sistema respiratório, tendo como missão absorver o oxigênio e
transferir para o sangue, além de retirar o dióxido de carbono através da expiração.
2.5 CORAÇÃO
É o principal órgão do sistema circulatório, pois tem a função de receber,
filtrar e bombear o sangue para todo o corpo. Desta forma, transporta nutriente e
oxigênio para outros órgãos e células do corpo humano.
3 SINAIS VITAIS
Os sinais vitais fornecem informações importantes sobre as funções básicas
do corpo: pressão arterial, pulso (frequência cardíaca), respiração (presença
respiratória) e temperatura corporal.
Uma pele fria e úmida, geralmente de cor pálida, é uma indicação de uma
reação do sistema nervoso, predisposto a um traumatismo ou perda sanguínea
(estado de choque).
107
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
A intensa exposição ao frio produz uma pele fria e seca, em casos de uma
pele quente e seca, pode originar febre, ou ser o resultado de uma exposição
excessiva ao calor, como caso de insolação.
3.2 PULSO
O pulso é uma intensidade de sangue gerada pelos batimentos cardíacos
e difundido no decorrer das artérias. A frequência comum de pulsos em adultos
é de 60 a 100 batimentos por minuto, a frequência de pulso nas crianças em geral
é superior a 80 batimentos por minuto.
3.3 RESPIRAÇÃO
A respiração normal é identificada quando for fácil, sem esforço aparente
e sem dor, sendo que a frequência pode variar. Uma pessoa adulta respira
normalmente de 12 a 20 vezes por minuto.
3.5 PUPILAS
As pupilas, quando em estado normal, são do mesmo diâmetro e possuem
contornos regulares. Quando as pupilas estiverem contraídas pode dignificar que
a vítima é viciada em drogas.
4 PRINCÍPIOS DE REANIMAÇÃO
Para que a vida possa ser preservada, é necessário que se mantenha um
fluxo constante de oxigenação no cérebro. O oxigênio é transportado para os
tecidos cerebrais através da circulação sanguínea.
110
TÓPICO 4 | FUNÇÕES E SINAIS VITAIS DO CORPO HUMANO
111
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, vimos que:
• As funções do cérebro e do coração são vitais para que o ser humano permaneça
vivo.
112
AUTOATIVIDADE
4 Quais são as funções básicas do corpo avaliadas, através dos sinais vitais?
113
114
UNIDADE 2
TÓPICO 5
ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Os socorros de urgência e emergência são as atitudes que uma pessoa
treinada deverá realizar com relação à pessoa acidentada ou que tenha sofrido
um mal súbito, antes da chegada do atendimento especializado.
Estas normas são importantes, pois fornecem uma orientação com relação
às condições que precisam ser identificadas e tratadas com prioridade, conforme
a gravidade, analisando os riscos de vida imediata.
2 PARADA RESPIRATÓRIA
A parada respiratória pode ser definida como uma supressão imediata dos
movimentos respiratórios, podendo ser ou não acompanhada de parada cardíaca.
Em caso de um diagnóstico de parada respiratória, siga as instruções descritas.
115
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
116
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
3 PARADA CARDÍACA
A parada cardíaca é determinada como uma cessação instantânea e
inesperada na duração dos batimentos cardíacos. Segundo Oliveira (1998), o
coração para de bombear o sangue para o organismo e os tecidos começam a
sentir os efeitos da falta de oxigênio.
1ª o coração está situado entre o osso esterno (que é móvel) e a coluna vertebral
(que é fixa); e
2ª porque o coração, quando na postura de relaxamento, fica sobrecarregado de
sangue.
117
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
118
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
O socorrista deve avaliar o pulso após o primeiro minuto que realizar o RPC,
e assim a cada minuto depois. É indicado não demorar mais de cinco segundos
para verificar a pulsação, para não comprometer o ritmo das compressões.
119
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
No caso de uma vítima criança, a massagem cardíaca deve ser feita com
apenas uma das mãos, posicionada sobre o meio do peito da vítima, no terço
inferior do osso esterno.
120
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
121
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
4 HEMORRAGIAS
A hemorragia ou o sangramento representam o mesmo caso, isto é, quando
o sangue vaza das artérias, veias ou vasos capilares. As hemorragias podem ser
especificadas como um excesso de perda no volume sanguíneo circulante no
corpo do ser humano.
O seu quadro inicial aparenta palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza,
pulso fraco e rápido, baixa pressão arterial e sede excessiva. Desta forma, caso não
forem controladas imediatamente o estado da vítima pode se agravar.
122
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
• Sentar a vítima em uma cadeira, em local fresco e arejado, com a parte do tórax
recostado e a cabeça elevada, tentado acalmá-la.
• Desapertar as roupas, que estejam apertando o pescoço e o tórax da vítima.
• Apertar a narina que está sangrando com os dedos, fazendo uma ativa pressão
sobre a lateral do orifício nasal onde há fluxo de sangue, para que suas paredes
estejam em contato e, por pressão direta, controlar o sangramento.
• Utilizar uma bucha de algodão ou gazes para tapar a narina que está sangrando.
• Aplicar compressa de pano frio ou bolsa de gelo no nariz e no rosto.
• Não girar a cabeça para trás.
• Conduzir a vítima para o hospital mais próximo.
123
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Acalmar a vítima.
• Posicionar a vítima em repouso, em decúbito lateral, com a cabeça mais baixa
que o corpo.
• Não oferecer líquidos à vítima, por via oral.
• Colocar uma bolsa de gelo no tórax.
• Conduzir a vítima para o hospital mais próximo.
124
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
125
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
• Estender a vítima com a cabeça em um nível mais baixo que o corpo, mantendo-o
mais imobilizado possível.
• Pôr uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do ferimento.
• Conduzir a vítima para o hospital mais próximo.
4.1.8 Melena
Melena é a perda de sangue, pelo orifício anal, eliminado com as fezes,
que se apresentam no estado pastoso, de cor escura e de cheiro fétido. É sinal de
sangramento baixo, porém lento o suficiente para possibilitar a oxidação do sangue.
• Sentar a vítima em uma cadeira, em local fresco e arejado, com a parte do tórax
recostado e a cabeça elevada, buscando acalmá-la.
• Afrouxar a roupa que esteja comprimindo o pescoço e o tórax da vítima.
• Comprimir a narina que estiver sangrando com o auxílio dos dedos, fazendo
ligeira compressão sobre o ferimento de onde flui o sangue, de forma que suas
paredes se toquem, e por compressão direta, contenha o sangue.
126
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
Este método deverá ser utilizado como uma última opção e somente para
controle do sangramento provocado por ferimentos graves nas extremidades,
apenas quando todos os outros procedimentos de controle não forem suficientes.
• Uma faixa larga deve ser dobrada até que fique com aproximadamente 10
centímetros de largura, após amarrar esta faixa larga, duas vezes ao redor da
extremidade lesada.
• Faça um nó bem firme na faixa, coloque um bastão de madeira ou outro material
similar sólido sobre o nó e amarre novamente com uma segunda amarração.
• Aproveite o bastão de madeira para fazer uma manivela para rodar e apertar a faixa.
• Pressione o torniquete até o sangramento interromper, uma vez controlada a
hemorragia pare de apertar o bastão e o mantenha firme no lugar.
128
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
• Nunca deve ser utilizado qualquer material cortante para aplicar a técnica, use
ataduras largas de panos leves.
• Não desaperte ou afrouxe a atadura depois da finalização do procedimento.
• Após a aplicação do torniquete, identifique com as letras “TQ” e a hora em que
foi aplicado, em um local visível, próximo à vítima.
5 ESTADO DE CHOQUE
O estado de choque é um quadro grave, de origem imprevista e caracteriza-
se por uma falência no sistema circulatório, que tem a função de compartilhar
sangue com oxigênio e nutrientes para as partes do corpo.
Em caso de, por qualquer causa, começar a faltar oxigênio nos tecidos
corporais, acontece o que é determinado estado de choque, ou seja, as células
começam a entrar em sofrimento e, se esta situação não for revertida, as células
do corpo morrerão.
129
UNIDADE 2 | ASPECTOS GERAIS DO PRIMEIRO SOCORRO
Este tipo de caso de emergência também pode ter outras causas, como:
130
TÓPICO 5 | ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
6 CHOQUE ANAFILÁTICO
Este tipo de choque pode ser definido como uma intensa reação alérgica,
com potencial de morte, que poderá acontecer em pessoas mais sensíveis, após a
ingestão de certos alimentos, a injeção de medicamentos específicos ou picada de
alguns insetos.
Este tipo de reação alérgica faz com que determinadas substâncias sejam
liberadas na corrente sanguínea da vítima, gerando uma dilatação nas veias e
uma obstrução respiratória na altura do pescoço, que como consequência poderá
originar uma asfixia.
131
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, vimos que:
132
AUTOATIVIDADE
133
134
UNIDADE 3
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. Em cada um deles você encon-
trará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
135
136
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
ATENCAO
Lembre-se:
Em cada fase é importante:
Avaliar ------> Classificar ------> Decidir -------> Agir
Propiciando atendimento e abordagem adequados ao paciente.
137
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
2 EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS
Em casos de emergências respiratórias, o socorrista deve identificar os
sintomas e sinais da complicação respiratória, podendo a respiração estar mais
lenta ou mais rápida. Neste caso, os primeiros socorros têm como propósito
conservar as vias respiratórias desobstruídas, posicionando a vítima em uma
posição que contribua para a respiração.
2.1 HIPERVENTILAÇÃO
A hiperventilação se caracteriza pela respiração muito rápida, acarretando
uma instabilidade entre as concentrações de oxigênio e dióxido de carbono no sangue.
138
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
Ainda seguindo o que diz Brunet et al. (2014, p. 93, grifo do original), a
sequência a ser seguida é:
1. Sente a vítima numa posição o mais confortável possível.
2. Tranquilize-a quanto ao seu estado físico, para que a ansiedade não
aumente ainda mais sua frequência respiratória.
3. Incentive a vítima a abrandar a frequência respiratória retendo a
respiração, mesmo que isso seja difícil no início. Peça-lhe para respirar
ao mesmo tempo que você.
Se estas intervenções forem ineficazes:
4. Faça a vítima respirar (inspirar e expirar) num espaço confinado,
por exemplo, para as mãos (fechadas em torno da boca e do nariz),
por baixo de um colete, para uma manga ou por baixo de cobertores.
Quanto mais ela expirar, mais aumenta a percentagem de dióxido de
carbono em cada inspiração, equilibrando assim as trocas gasosas.
Interrompa esta manobra logo que a respiração retome a frequência
normal.
5. Em seguida, coloque a vítima em repouso, pois sentir-se-á cansada
e atordoada.
2.2 ASMA
A crise de asma ocorre devido ao estreitamento dos brônquios decorrente
de espasmos musculares, normalmente associados a processos inflamatórios ou
irritação pulmonar. A crise asmática pode ocorrer devido a:
• Alergias, pólens, pó, pelos de animais, medicamentos, picadas de
insetos.
• Fumo dos cigarros.
• Vapores tóxicos, gases irritantes, odores fortes e poluição atmosférica.
• Estresse, emoções fortes e fadiga.
• Vento, o abaixamento brusco e acentuado de temperatura, atividades
ao ar livre com o tempo frio.
• Esforços violentos e exercícios em certos casos.
• Infecções virais (BRUNET et al., 2014, p. 92).
139
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
E
IMPORTANT
A reação inflamatória deve ser tratada juntamente com a crise asmática. Caso,
após medicado, os sintomas permaneçam, significa que apenas o bronquiodilatador não é
suficiente, sendo necessário ministrar medicação para a inflamação.
140
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
Para Fortes et al. (2010, p. 74), ainda existem os motivos indiretos para
manifestação da insuficiência respiratória, que podem ser:
• Obstrução da via aérea: Obstrução por corpo estranho,
broncoaspiração, asma, bronquiolite, bronquite crônica, enfisema,
bronquiectasia, fibrose cística.
• Dificuldade respiratória: Apneia do sono, obesidade, intoxicação por
substâncias tóxicas ou medicamentos.
• Debilidade da musculatura respiratória/acessória: Lesão da medula
espinhal, miastenia, distrofia muscular, poliomielite, esclerose lateral
amiotrófica, síndrome de Guillain-Barré.
• Alteração do tecido pulmonar: Reação a fármacos, tumores,
queimaduras, radiação, fibrose pulmonar, doença pulmonar de
origem ocupacional.
• Alteração da caixa torácica: Ferida aberta no tórax (trauma
penetrante).
141
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
142
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
• Dispneia.
• Cianose.
• Ansiedade e agitação.
• Expectoração rosada e espumosa.
• Sensação de afogamento.
• Aumento da frequência respiratória.
• Aumento da frequência cardíaca.
• Aumento da pressão arterial (na maioria dos casos).
• Palidez e sudorese.
• Respiração ruidosa tipo farfalheira, comparável ao som provocado por uma
panela de água a ferver.
Ainda de acordo com Valente et al. (2012, p. 19), os primeiros socorros são:
143
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
3 EMERGÊNCIAS CIRCULATÓRIAS
Enquanto as emergências respiratórias impedem a passagem de oxigênio
e, consequentemente, a sua absorção pelos pulmões, as emergências circulatórias
interferem na distribuição de oxigênio no sangue, afetando coração, cérebro e
vasos sanguíneos.
144
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
145
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
146
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
E
IMPORTANT
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UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
148
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
149
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
150
TÓPICO 1 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E CIRCULATÓRIAS
151
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
152
RESUMO DO TÓPICO 1
• A avaliação dos sintomas e sinais é relevante para que você consiga definir
como irá agir em determinada situação. A partir disso, para que seja realizado
um atendimento adequado, a pessoa que for socorrer já necessita de algum tipo
de treinamento para aplicar as técnicas cabíveis para cada caso. As empresas
devem possuir pessoas capazes de realizar esse atendimento, a fim de salvar
vidas.
153
AUTOATIVIDADE
154
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Este tópico traz uma contextualização sobre os primeiros
socorros que devem ser prestados às vítimas de emergências clínicas gerais.
2 CÓLICA RENAL
“A cólica renal é uma síndrome extremamente dolorosa, de caráter
espasmódico, que aparece subitamente” (BRASIL, 2003, p. 92).
“Na maioria das vezes essas crises dolorosas são provocadas por distúrbios
renais ligados à presença de concreções ou cálculos urinários e processos
puramente nervosos; existem outras patologias que podem levar à cólica renal,
como infecções” (BRASIL, 2003, p. 92).
155
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Caso o paciente já tenha algum remédio para cólica renal, pode tomar.
Quando não possui, não se deve oferecer remédios para o paciente. Lembrando
que o quanto antes for possível, o paciente deve receber atendimento médico.
156
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
157
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
158
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
4 INSOLAÇÃO
É causada pela ação direta e prolongada dos raios de Sol sobre
o indivíduo. É uma emergência médica caracterizada pela perda súbita
de consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura
do organismo. Este tipo de incidente afeta, geralmente, as pessoas que
trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que sofrem
exposição demorada e direta aos raios solares (BRASIL, 2003).
Devemos sempre ficar atentos aos primeiros sintomas e logo após iniciar
os primeiros socorros, que segundo o Manual da Fiocruz são:
• O objetivo inicial é baixar a temperatura corporal, lenta e
gradativamente.
• Remover o acidentado para um local fresco, à sombra e ventilado.
• Remover o máximo de peças de roupa do acidentado.
• Se estiver consciente, deverá ser mantido em repouso e recostado
(cabeça elevada).
• Pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido
não alcoólico para ser bebido.
• Se possível, deve-se borrifar água fria em todo o corpo do
acidentado, delicadamente.
• Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço,
axilas e virilhas. Tão logo seja possível, o acidentado deverá ser imerso
em banho frio ou envolto em panos ou roupas encharcadas (BRASIL,
2003, p. 98).
159
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Devemos sempre ficar atentos aos primeiros sintomas e logo após iniciar
os primeiros socorros, que segundo o Manual da Fiocruz são:
• Remover o acidentado para um local fresco e ventilado, longe da
fonte de calor.
• Deve ser colocado em repouso, recostado.
• Afrouxar as roupas do acidentado.
• Oferecer líquido em pequenas quantidades, repetidas vezes, se
possível com uma pitada de sal. Se o acidentado não
conseguir tomar líquidos oralmente, não insistir para não piorar suas
condições.
• Providenciar para que o acidentado, neste caso, tenha atendimento
especializado, pois a ele terá de ser administrada solução salina
fisiológica ou glicose isotônica, por via intravenosa.
• Observar os sinais vitais para a necessidade de ressuscitação
cardiorrespiratória, e remoção para atendimento especializado, se
os primeiros socorros não melhorarem o estado geral do acidentado
(BRASIL, 2003, p. 99).
6 CÃIBRAS DE CALOR
Estas cãibras são provocadas por uma perda excessiva de líquidos e de
sais (eletrólitos) como o sódio, o potássio e o magnésio, devido a uma
sudação intensa, tal como acontece durante a prática de uma atividade
física extenuante. [...]
As cãibras provocadas pelo calor são muito comuns entre os
trabalhadores manuais, como o pessoal das casas das máquinas, os
ferreiros e os mineiros. O excesso de proteção, como o vestuário que os
alpinistas ou os esquiadores usam, pode ocultar uma grande sudação.
[...]
As cãibras musculares se caracterizam por uma contratura dolorosa
repentina, por exemplo, após um esforço físico (durante a prática de
um esporte) ou durante o sono, à noite (CRIA SAÚDE, 2016, s.p.).
160
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
A dor causada por uma crise de cãibra é muito forte. As cãibras são
passageiras e não apresentam quadros de consequências complicadas.
Devemos sempre ficar atentos aos primeiros sintomas e logo após iniciar
os primeiros socorros, que segundo o Manual da Fiocruz são:
• A vítima de cãibras deve ser colocada em repouso, confortavelmente
em local fresco e arejado.
• Pode-se tentar massagear suavemente os músculos atingidos para
promover alívio localizado.
• Pode-se dar à vítima água com uma pitada de sal, que muitas
vezes faz o acidentado melhorar quase que imediatamente.
• Pode-se oferecer alimento salgado.
Dependendo da gravidade do ataque, a vítima precisará ser mantida
em repouso por vários dias (BRASIL, 2003, p. 100).
7 DIARREIA
“O que caracteriza a diarreia é o número excessivo de evacuações e a
mudança de consistência das fezes. Ir ao banheiro muitas vezes e apresentar fezes
muito amolecidas ou praticamente líquidas são sinais de diarreia” (CONTE, 2016,
s.p.). “O funcionamento normal dos intestinos varia de pessoa para pessoa. A própria
definição precisa de diarreia deverá levar em conta este dado” (BRASIL, 2003, p. 101).
161
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
E
IMPORTANT
Adultos são mais resistentes, mas bebês, crianças e idosos desidratam-se com
facilidade. Boca seca, lábios rachados, letargia, confusão mental e diminuição da urina são
sintomas de desidratação que, além de diminuir as reservas de água do corpo humano,
constituído por cerca de 75% de água, reduzem os níveis de dois importantes minerais: sódio
e potássio (VARELLA, 2011, s.p.).
8 DESMAIO
“É a perda súbita, temporária e repentina da consciência, devido à
diminuição de sangue e oxigênio no cérebro” (BRASIL, 2003, p. 105). Varella
(2012, s.p.) descreve as principais causas e sintomas do desmaio como:
Causas
O desmaio em si não é uma doença, mas pode ser manifestação de
inúmeras alterações orgânicas, tais como:
- Doenças cardiovasculares: arritmias, distúrbios hemodinâmicos,
paradas cardiorrespiratórias, porque comprometem o fluxo normal
do sangue para os tecidos, em especial para o cérebro.
- Distúrbios metabólicos: hipoglicemia (falta de açúcar no sangue
causada por jejum prolongado ou diabetes descompensado), anemia
intensa, hemorragias, desidratação e desequilíbrio na composição dos
sais minerais da corrente sanguínea.
- Uso de medicações: diversos medicamentos, entre eles os diuréticos,
podem provocar desmaios, quando usados em doses mais altas.
- Hipotensão ortostática: a queda brusca da pressão arterial provocada
pela mudança repentina de posição (a pessoa estava sentada ou deitada
e fica em pé de repente). A hipotensão ortostática frequentemente
está associada à desidratação, ao uso de diuréticos e aos distúrbios
cardiovasculares.
- Outras causas: cansaço extremo, emoções súbitas, nervosismo
intenso, dores fortes e permanência prolongada em lugares fechados
e quentes.
Sintomas
Existem alguns sintomas que prenunciam a perda da consciência e do
tônus postural. Os mais indicativos são palidez, fraqueza, suor frio,
náusea e ânsia de vômito, pulso fraco, tontura, visão turva, pressão
arterial baixa e respiração lenta.
162
TÓPICO 2 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS GERAIS
• A insolação é causada pela ação direta e prolongada dos raios de Sol sobre o
indivíduo. É uma emergência médica caracterizada pela perda súbita de
consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do
organismo. Este tipo de incidente afeta, geralmente, as pessoas que
trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que
sofrem exposição demorada e direta aos raios solares (BRASIL, 2003).
164
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Rim.
b) ( ) Fígado.
c) ( ) Pulmão.
d) ( ) Pâncreas.
165
166
UNIDADE 3
TÓPICO 3
ALTERAÇÕES MENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Este tópico traz uma contextualização sobre os primeiros
socorros que devem ser prestados às vítimas que apresentam algum tipo de
alteração mental.
2 CONVULSÃO
A convulsão é uma alteração que é apresentada por a pessoa expor
retraimento muscular involuntário. Sobre as convulsões, Brunet et al. (2014, p.
247) dizem que:
As convulsões podem ter origem cerebral ou medular (epilepsia,
tumor, traumatismo cerebral devido a um acidente rodoviário,
acidente vascular cerebral, febre, insolação), anóxica (síncope),
tóxica (medicamentos, tétano, raiva, privação de drogas, diabetes) ou
psíquica (histeria).
167
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Sinais Sintomas
- A vítima fica atordoada, confusa e irritada.
- Vê pontos negros e ouve tinidos.
- Faz gestos descoordenados, bizarros e
incongruentes.
A pessoa epilética pode ficar ligeiramente - Brinca com as peças de roupa ou mexe os braços e as
inconsciente sem cair para o chão. Trata- pernas de um lado para o outro sem objetivo preciso.
se de uma crise parcial complexa, mais - Pode ocorrer igualmente uma deformação do rosto.
frequente nos adultos. - Não tem consciência dos seus atos nem do meio
envolvente.
- A crise dura em média entre dois a cinco minutos.
Terminada a crise, a vítima não se lembra, muitas
das vezes, de nada.
- Habitualmente a vítima não cai para o chão.
- Tem o olhar fixo durante os segundos da crise, como
se estivesse a sonhar.
- Para ela, a realidade deforma-se momentaneamente.
Pode ocorrer igualmente, sobretudo nas - Pode ter alucinações visuais ou auditivas, sentir
crianças e nos adolescentes, uma crise a medo, tristeza, cólera ou uma alegria inexplicável.
que chamamos ausência epilética. Esta crise - Pode ter igualmente náuseas, sentir odores
faz-se acompanhar por uma breve perda de estranhos e experimentar uma estranha sensação
consciência. A sua duração é de tal modo no estômago.
curta que passa, por vezes, despercebida: - Os seus olhos podem parecer estar revirados (piscar
dura em média 5 a 15 segundos. dos olhos).
- Em seguida, recomeça o que estava a fazer.
- Não há movimentos bruscos dos braços ou das
pernas, mas existe a possibilidade de ligeira perda
do controle muscular.
- A vítima perde repentinamente a consciência e
desmaia.
- O corpo torna-se rígido durante alguns segundos
e o rosto e o pescoço ficam azulados.
A pessoa epilética pode sofrer igualmente
- Em seguida surgem as convulsões: tremores
uma crise generalizada, precedida de um
generalizados durante cerca de dois a três minutos,
pressentimento, de uma sensação particular
acompanhados por uma respiração ruidosa e saliva
ou de um grito a que chamamos de aura.
espumosa a sair pela boca.
- Pode acontecer de a vítima deixar de respirar
durante alguns instantes ou tornar-se pálida e
azulada de forma temporária.
Estes sinais não constituem perigo. São fases normais de uma crise. No final da crise, ocorre um
relaxamento muscular, por vezes acompanhado de incontinência urinária. A vítima readquire
gradualmente a consciência e pode apresentar-se desorientada quando acorda. Não se lembra da
crise e não compreende por que está deitada no chão. Tem uma sensação de esgotamento e pode
ter necessidade de dormir. Poderá retomar as suas atividades depois de repousar.
Quando nos depararmos com uma pessoa que está passando por uma
crise de convulsão, devemos manter a calma e nunca deixar a pessoa sozinha,
enquanto ela não melhorar e receber atendimento médico. Conforme Fernandes
e Silva (2012, p. 146), os primeiros socorros para vítimas de convulsão são:
168
TÓPICO 3 | ALTERAÇÕES MENTAIS
A vítima que acabou de passar por uma crise de convulsão não pode
fazer grandes esforços e atividades de atenção, como: trabalhos com máquinas
ou equipamentos, dirigir veículos, entre outras, antes de passar por uma
avaliação médica.
3 NEUROSE HISTÉRICA
“A neurose histérica, ou crise de ansiedade, é uma síndrome psiconeurótica
caracterizada por estados de expectativa, apreensão, muita tensão e nervosismo”
(BRASIL, 2003, p. 110).
169
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
• Gritos estridentes
• Olhar observador
• Mãos em garra.
- Todos os sintomas de neurose histérica podem ser modificados por
sugestão. O ataque histérico é um desequilíbrio da vontade, ou uma
ausência de vontade. A calma e a persuasão são fundamentais como
primeiros socorros.
- Durante a crise, a vítima de neurose histérica não perde a consciência,
mantém o olhar atento, especialmente observador da reação das
pessoas à sua volta. A vítima também se autopreserva para não ser
presa, agarrada, cair ou se machucar.
- Deve-se agir com tranquilidade, demonstrando não dar muita
importância ao estado aparente do acidentado. Afastá-la da presença
de outras pessoas, conversando amigavelmente. Afrouxar-lhe as
roupas e fazer com que se sente ou deite, demonstrando solidariedade
e segurança.
- Não se deve discutir com a vítima de histeria. Pode-se deixá-la chorar
à vontade, se for o caso, ficando sempre por perto em sinal de apoio e
compreensão. Não se deve dar medicamentos, especialmente calmantes
e tranquilizantes, mesmo que o acidentado peça. Pode ser oferecida
água, ou água com açúcar para ser bebida devagar e com calma.
- Com estes cuidados a vítima histérica geralmente volta ao seu estado
normal, se acalma e se contém. Todavia, se o descontrole emocional
persistir, não desaparecer totalmente ou retornar na forma de uma
segunda crise, deve-se procurar auxílio especializado (BRASIL, 2003,
p. 111).
4 ALCOOLISMO AGUDO
Quando uma pessoa ingere uma quantidade excessiva de bebida
alcoólica, seu corpo sofre grandes consequências e ter o que podemos chamar
de alcoolismo agudo.
170
RESUMO DO TÓPICO 3
• Quando uma pessoa ingere uma quantidade excessiva de bebida alcoólica, seu
corpo sofre grandes consequências e ter o que podemos chamar de alcoolismo
agudo.
171
AUTOATIVIDADE
1 Sabemos que as convulsões podem ter várias fontes de origem. Após o estudo
deste tópico, quais são os sinais de convulsão?
2 Quando nos deparamos com uma vítima que está com sintomas de alcoolismo
agudo, qual a primeira atitude que deve ser tomada?
a) ( ) Crise de dores.
b) ( ) Crise de ansiedade.
c) ( ) Crise de nervosismo.
d) ( ) Crise de pânico.
172
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Este tópico traz uma contextualização sobre os primeiros
socorros que devem ser prestados às vítimas de acidentes que apresentam lesões
traumáticas nas articulações, nos ossos e nos músculos.
173
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
174
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
ATENCAO
E
IMPORTANT
175
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
176
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
177
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Tipos de lesões
Nas articulações
Tratamento Luxação Fratura
Ruptura Entorse
Imobilização
Imobilização
Imobilização – e vigilância Imobilização e
ou
membro superior Estabilização do estado vigilância do estado
impedimento
(MS) circulatório (sinais circulatório
do movimento
neurovasculares)
Imobilização
Imobilização – e vigilância Imobilização e
membro inferior Não Estabilização do estado vigilância do estado
(MI) circulatório (sinais circulatório
neurovasculares)
Compressão com
Não Sim Não Não
ligadura elástica
30 a 60 cm
Elevação Sim Sim Sim
(pernas)
Repouso Sim Sim Sim Sim
Frio (15 minutos
Sim Sim Sim Sim
de hora a hora)
Cuidados
Sim Sim Sim Sim
médicos
178
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
a b
a b
Fratura de antebraço
Fratura de cotovelo
179
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Fratura do braço
Fratura de tornozelo
ou pé
b d c a
Fratura da perna
Fratura da coxa ou
fêmur
2.1 AMPUTAÇÕES
A amputação pode ser de todo o membro ou de parte dele. Ela pode ser
criminosa ou ser consequência de acidentes variados, como os de trabalho. A
prevenção desse grave traumatismo está no manuseio correto das máquinas e
das ferramentas potencialmente mutiladoras, na utilização dos equipamentos de
proteção e na máxima cautela do trabalhador.
180
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
181
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
4.1 AS ENTORSES
Uma entorse é uma “lesão traumática de uma articulação resultante da sua
distorção brusca com alongamento (distensão), uma contusão ou arrancamento
dos ligamentos, mas sem deslocamento permanente das superfícies articulares”
(GARNIER; DELAMARE, 2010 apud BRUNET et al., 2014, p. 177). Segundo o
Manual de Primeiro Socorros da Fiocruz, as entorses e luxações:
São lesões dos ligamentos das articulações, onde estes esticam além
de sua amplitude normal, rompendo-se. Quando ocorre entorse há
uma distensão dos ligamentos, mas não há o deslocamento completo
dos ossos da articulação. As formas graves produzem perda da
estabilidade da articulação às vezes acompanhada por luxação. As
causas mais frequentes da entorse são violências como puxões ou
rotações, que forçam a articulação. No ambiente de trabalho a entorse
pode ocorrer em qualquer ramo de atividade (BRASIL, 2003, p. 153).
182
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
E
IMPORTANT
4.2 AS LUXAÇÕES
Uma luxação é o “deslocamento permanente de duas superfícies
articulares que perdem completamente o contato normal que mantinham entre
si” (GARNIER; DELAMARE, 2010 apud BRUNET et al., 2014, p. 177).
A luxação é frequentemente o resultado de uma torção excessiva da
articulação e a consequência de uma força direta ou indireta causada por
uma queda. As articulações mais vulneráveis às luxações são as do ombro,
do cotovelo, do polegar, dos dedos e do joelho. Por vezes, a contração
súbita de um músculo causa uma luxação, por exemplo, a luxação do
maxilar inferior durante um bocejo (BRUNET et al., 2014, p. 178).
183
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
Um traumatismo no olho, por mais insignificante que possa ser, pode causar
muita ansiedade na vítima; o socorrista deverá, portanto, tranquilizá-la. Deverá
explicar-lhe bem o que se passa e manter um contato verbal constante, mas também
um contato não verbal, como segurar-lhe a mão, para tranquilizá-la ainda mais.
185
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
186
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
DICAS
187
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
188
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Lesão
Sinais e sintomas
Cerebral
• Perda de memória passageira relativamente às circunstâncias do acidente.
• Tonturas, vertigens, perturbações do equilíbrio.
• Dores de cabeça e zumbidos nos ouvidos.
• Repetição de perguntas sobre o que se passou.
No caso de agravamento da comoção cerebral:
• Incapacidade de responder às questões colocadas ou de obedecer
corretamente às ordens.
• Alterações do comportamento: violência verbal, agitação, agressividade.
Comoção • Sonolência.
cerebral • Estado de semiconsciência ou de inconsciência intermitente com a duração
de alguns minutos.
• Estado de inconsciência progressivo que se pode prolongar por um longo
período.
• Náuseas e vômitos, por vezes em jato, que se manifestam quando a vítima
readquire a consciência.
• Pele fria e úmida.
• Palidez no rosto.
• Pulsação fraca e rápida.
• Confusão, discurso incoerente.
• Vômitos em jato, em especial no adulto.
• Variação do estado de consciência, que vai de uma tendência crescente
para adormecer cada vez mais profundamente até ao estado de inconsciência
profunda.
• Sobressaltos ou espasticidade dos membros.
Compressão • Pupilas com espessura desigual ao serem examinadas com o auxílio de
cerebral uma luz.
• Respiração irregular e ruidosa e, por vezes, paragem respiratória.
• Pulsação lenta, que habitualmente assinala uma hemorragia intracraniana.
• Subida ou diminuição da temperatura corporal.
• Rosto azulado ou avermelhado.
• Redução da motricidade e sensibilidade e, por vezes, paralisia total ou de
um lado do corpo.
• Pupilas desiguais e possível estado de inconsciência.
• Edema, ferida ou contusão no couro cabeludo, no rosto ou nos maxilares.
• Dor intensa ou forte pressão na cabeça.
• Afundamento ou deformação do osso.
No caso de fratura na base do crânio, a vítima apresenta:
• Escoamento de sangue ou de líquido cefalorraquidiano (ou dos dois em
simultâneo) pelo ouvido ou pelo nariz.
Fratura
• Coloração anormal e azulada da pele debaixo dos olhos e atrás das orelhas.
craniana
No caso de fratura perto da órbita, verificamos os seguintes sinais:
• Olho injetado de sangue.
• Respiração rápida, difícil, com excesso de saliva, por vezes sanguinolenta
(o reflexo da tosse pode estar ausente e a vítima pode sufocar com suas
secreções).
• Náuseas e vômitos em jato.
• Dificuldade em falar.
189
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
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190
TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Brunet et al. (2014, p. 168) ainda citam que “as duas regiões mais
vulneráveis da coluna vertebral são a cervical e a lombar. É, portanto, nestas
regiões que ocorre a maioria das lesões”.
191
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
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TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
193
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
DICAS
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TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
195
UNIDADE 3 | EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
A primeira coisa a ser feita é providenciar para que seja encontrado socorro
médico ou remoção especializada o mais rápido possível. Em seguida, colocar
o acidentado em local confortável, em decúbito dorsal, colocando uma manta
ou cobertor enrolado sob seus joelhos, para diminuir a pressão sobre o ventre e
impedir o afastamento muscular (BRASIL, 2003). Observe a figura a seguir.
LEITURA COMPLEMENTAR
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TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
Já a NR-7 estabelece:
A obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
- PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do
conjunto dos seus trabalhadores.
trabalhadores. Logo, deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à
saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas
nas demais NRs.
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TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
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RESUMO DO TÓPICO 4
• São diversas as situações que podem conduzir a uma lesão na coluna vertebral.
Um choque direto ou indireto força a coluna a curvar-se para além dos seus
limites anteriores ou posteriores.
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• Qualquer objeto suficientemente comprido, largo e sólido para sustentar a
região lesionada pode servir de tala. Utilize talas prontas a usar, se as tiver
à disposição, caso contrário pode improvisá-las com a ajuda de materiais
apropriados: peças de vestuário, almofadas, travesseiros, cobertor enrolado,
jornais, revistas, pranchas de madeira estreitas, ramos de árvore, cartão rígido
dobrado etc. (BRUNET et al., 2014).
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AUTOATIVIDADE
a) ( ) Colocar gelo no local e não imobilizar, uma vez que a fratura está
desalinhada.
b) ( ) Realinhar a fratura bem lentamente e imobilizar o local atingindo a
articulação acima e abaixo da lesão.
c) ( ) Colocar gelo sobre a área em desalinho e fazer curativo compressivo
antes de imobilizar apenas o local da fratura.
d) ( ) Imobilizar o local, atingindo a articulação acima e abaixo da lesão, sem
realinhar a fratura.
202
REFERÊNCIAS
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e sua prescrição, 2014.
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