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Empoderamento para denunciar – Isaias 1.

10-17

De tudo o que foi dito até o momento sobre empoderamento que vem do Espírito Santo, eu
quero acreditar que todos nós estamos na condição de pessoas que na caminhada cristã estão
buscando colocar todas estas coisas em pratica. E nesta noite encerro, com mais um desafio
para todos nós ao dizer que no Espírito Santo, somos também empoderados para denunciar!

A palavra denuncia carrega em si, algo de pesado! Em nosso tempo, os diferentes órgãos
públicos, tem cada dia mais disponibilizado canais para que os cidadãos possam realizar
denuncias: Denuncias contra a violência domestica que causa o feminicídio; denuncia contra o
assedio sexual; denuncia contra os maus tratos de animais; denuncia contra o desmatamento
ilegal; denuncia contra criminosos procurados. Os anúncios que nos vemos pelas diferentes
mídias nos incentivam a denunciar e algo presente em quase todos estes anúncios nos chama a
atenção, é que para denunciar, nós não precisamos nos identificar!

Em outras palavras, você não precisa aparecer e com isso, correr o risco de ter a sua
integridade física comprometida! Apesar desta segurança, ainda assim, as pessoas e muitos de
nós temos medo de denunciar. Porque de alguma forma tememos ser descobertos ou na pior das
hipóteses não consideramos o problema do outro como nosso próprio problema, na pior das
hipóteses falta-nos empatia!

Os profetas foram chamados por Deus para denunciar! Na época dos profetas não existia
os mecanismos de defesa que existem hoje, não existia o 181 que preservasse as suas
identidades e integridade física. Mas lendo a Bíblia a gente aprende que o profeta não tem muita
autonomia para decidir se deve denunciar ou não, pois afinal de contas, receberam uma
intimação do próprio Deus. Por exemplo, no livro do profeta Amós ele mesmo diz o seguinte a seu
respeito: “Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros. Mas o
Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: vai e profetiza ao meu povo de Israel”7. 14-15.

Assim agem os profetas de Deus compelidos por um chamado ao qual não se pode
renunciar eles vão e profetizam e geralmente suas profecias são recheadas de denuncias. Para
esta difícil missão eles foram e são empoderados pelo próprio Deus. Tendo isso em mente
algumas perguntas irão nortear a nossa reflexão nesta noite:

1) Os profetas são empoderados para denunciar a quem?

A primeira coisa que se pode dizer a respeito dos profetas é que eles não eram pessoas muito
queridas, não é sem motivo que o próprio Jesus denunciou a postura dos religiosos de sua época
que edificavam os túmulos dos profetas que os pais deles haviam assassinado.
Portanto, ao receber a incumbência de denunciar o que quer que seja, os profetas sabiam que
correriam risco de vida. Alguns teólogos afirmam que Isaias teria sido cerrado ao meio durante o
reinado de Manassés. Mas importa a nós neste momento refletir que apesar dos perigos os
profetas falavam diretamente às pessoas que haviam de denunciar.

No verso 10, o profeta Isaias dirige a sua denuncia contra os príncipes e contra o próprio povo
de Israel. E a estes ele considera como autoridades e cidadãos de Sodoma e Gomorra! Ao se
referir aos denunciados como moradores destas cidades que já não existiam a tempo, o profeta
Isaias estava os igualando aos moradores daquelas antigas cidades que haviam sido destruídas
por Deus, pelo fato de não encontrar ali pessoas justas! Imaginemos a reação daqueles que
foram assim intitulados pelo profeta!

Tudo o que o profeta tem para dizer não é de sua própria autoria, ele não se apresenta diante
dos poderosos e do povo em seu próprio nome, mas inicia o seu discurso afirmando em nome de
quem havia sido enviado: “ouvi a palavra do Senhor” é a primeira expressão do profeta!

Essa palavra inicial presente no inicio dos oráculos de todos os profetas já ensina algo a todos
nós, profetas atuais. Na medida em que temos convicção de que a denuncia que temos de
proferir brota da vontade de Deus, somos pelo próprio Deus empoderados para falar a diferentes
pessoas tanto a grandes como a pequenos, tanto a pessoas poderosas como a pessoas
símplices (Jesus para os discípulos sobre o E.S) que de igual modo desvirtuam a vontade de
Deus para a vida humana!

2) Os profetas são empoderados para denunciar o que?

Para tentar responder a esta pergunta quero lembrá-los do dialogo entre o profeta Natã e o
Rei Davi. O rei Davi ouvia atenciosamente a parábola criada pelo profeta e se indignou contra o
homem que possuindo vários cordeiros matou a única cordeirinha que um homem pobre possuia

Este episódio da vida de Davi nos ensina que temos condições de enxergar com maior
facilidade o erro e o pecado na vida dos outros e menor capacidade de enxergar o erro e o
pecado em nossas próprias vidas. Imagino que Davi levou um banho de água fria quando o
profeta Natã afirmou ser ele o homem rico que havia tomado a única cordeirinha do homem
pobre.

O profeta é empoderado para denunciar o pecado que já está sedimentado em nosso ser a
ponto de não conseguirmos mais enxergá-lo e confrontá-lo. Assim vivia o povo de Israel quando
recebeu a palavra de Deus por meio do profeta Isaias! Eles se apresentavam diante de Deus com
sacrifícios que não evidenciavam arrependimento sincero! Com festas e cultos solenes que
disfarçam e mascaravam o ser interior corrompido pelos mais variados pecados!
E diante destes, diz-nos o profeta, Deus virava o rosto enquanto eles erguiam as mãos em
adoração e Deus tapava os ouvidos enquanto eles faziam orações. O profeta é empoderado para
denunciar que o culto solene só faz sentido se de igual modo a vida do adorador for uma vida
solene, uma vida que testemunhe a vida de Deus em seu ser!

Neste ponto da mensagem é preciso dizer da nossa responsabilidade como profetas que
denunciam uma falsa espiritualidade por estar desvinculada da vida, mas ao mesmo tempo que
sejamos vigilantes de nós mesmos, para não incorrermos no erro de separarmos a adoração
dominical do culto cotidiano e não termos assim, toda a nossa liturgia rejeitada por Deus!

Por isso, é importante que reflitamos sobre esta terceira pergunta:

3) Com qual propósito somos empoderados para denunciar?

As denuncias que ocorrem em nosso contexto tem por objetivo condenar o culpado. A
sentença que os culpados atuais ouvem por meio do juiz, contem a sua punição de forma
minuciosa, constando para o criminoso, os anos, os meses e os dias que deverão ficar reclusos
para quitar a divida com a sociedade.

O texto bíblico, no entanto, nos ensina que o propósito da denuncia profética é a restauração
do denunciado. O propósito da denuncia é gerar relacionamento sincero entre Deus e o povo,
relacionamento este que se constitui de dois movimentos importantes, o movimento vertical
(Deus) e o movimento horizontal (próximo).

“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos diante dos meus olhos; cessai de
fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei a justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito
do órfão, pleiteai a causa da viúva”.

O propósito da denuncia não é o de estabelecer a paz por meio da punição do denunciado,


mas por meio da conscientização que o leve a enxergar o próximo diante de si, como um ser igual
que precisa ser amparado e não como um ser diferente a ser explorado e maltratado.

Na qualidade de profetas da atualidade, somos empoderados para denunciar o erro com o


propósito de restaurar o que erra. Como refletimos pela manhã, não somos empoderados para
expressar a nossa força e a fraqueza do outro, mas para ajudar o outro a ser mais parecidos com
o seu criador na mesma proporção em que buscamos isso.

Conclusão

Encerramos hoje mais uma serie de mensagens! Durante todo o mês procuramos falar a
respeito do empoderamento que o Espírito Santo nos dá, e claro, a convicção deste
empoderamento implica em ações que demonstrem a nossa fé.
Crendo que somos empoderados para servir, amar, anunciar, renunciar e denunciar, nós
devemos partir para ações concretas, buscando em nossa vida cotidiana expressar aquilo que
dizemos crer!

É preciso que quando entoamos canções que falam do preenchimento do Espírito Santo,
tenhamos consciência de que ser cheio do Espírito Santo não diz respeito apenas a fenômenos
extáticos dentro do culto, mas, sobretudo, a um estilo de vida, no culto cotidiano!

No que diz respeito a esta ultima forma de empoderamento, entendamos a denuncia como
exortação responsável que tem o objetivo de restaurar o denunciado e não massacrá-lo.
Empoderado para tal devemos ir aos grandes e pequenos, aos fortes e fracos, mas devemos ir
sob a autoridade do Senhor, com a Palavra do Senhor!

Empoderados para denunciar devemos fazê-lo com o propósito de fazer com que os
denunciados enxerguem-se a si mesmo como são, para que o culto que prestam não seja um
culto superficial, mas verdadeiro a medida, em que se reconhece o mal e o erro no coração!
Empoderados para denunciar devemos fazê-lo como o propósito de restaurar a relação do
pecador com Deus e com o seu semelhante.

Mas é preciso que irmãos e irmãs, como profetas nunca nos esqueçamos que somos
também parte do povo, e como parte do povo que tende ao pecado, nos deixarmos exortar
constantemente pelo profeta maior que é Jesus. Só transformados por Ele teremos condições de
ir aos outros, sem temer o que temos de fazer e de dizer, pois estamos convictos que o fazemos
em “Nome do Senhor” e para a gloria do Senhor!

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