Referências:
DNIT. Manual de estudos de tráfego. Ministério dos Transportes. Publicação IPR 723.
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. 2006.
DNIT. Manual de pavimentação. Ministério dos Transportes. Publicação IPR 719.
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. 2006.
DNIT. Manual de restauração de pavimentos asfálticos. Publicação IPR 720. Ministério
dos Transportes. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. 2006.
MEDINA, J. MOTTA, L.M.G. Mecânica dos pavimentos. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ,
2005.
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– o tráfego dos diferentes tipos de veículos pode ser expresso em termos do
número equivalente de solicitações do eixo padrão
– eixo padrão = eixo simples com rodas duplas de 8,2 tf
Problemas para estimativa do tráfego:
– falta de controle da pressão de inflação de pneus dos veículos comerciais
– pressão de inflação vigente = 80 psi = 5,62 Kgf/cm2
– pressão de inflação utilizada na prática = em torno de 100 psi = 7,03 Kgf/cm2
– a conseqüência é a alteração da distribuição de tensão, causada pelo aumento da
pressão de contato, que é admitida como igual à pressão de inflação do pneu
No entanto, é preferível que a classificação seja mais detalhada, pois podem ocorrer
expressivas variações na capacidade de carga entre caminhões de uma determinada
subclasse, em função do tipo de veículo. Assim, os semi-reboques poderiam ser
classificados da seguinte maneira: 2S1; 2S2; 3S2 e 3S3.
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Tabela1 – Classificação de veículos adotada pelo DNER
Carregamento da frota
Além da classificação dos veículos, também é importante classificar os tipos de eixos,
estabelecendo-se limites de peso para cada tipo de eixo e verificando-se a distribuição da
carga por eixo, para cada caminhão.
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As dimensões autorizadas para veículos, com ou sem carga, são as seguintes:
I - largura máxima: 2,60m;
II - altura máxima: 4,40m;
III - comprimento total:
a) veículos não-articulados: máximo de 14,00 metros;
b) veículos não-articulados de transporte coletivo urbano de passageiros que
possuam 3º eixo de apoio direcional: máximo de 15 metros;
c) veículos articulados de transporte coletivo de passageiros: máximo 18,60
metros;
d) veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e semi-
reboque: máximo de 18,60 metros;
e) veículos articulados com duas unidades do tipo caminhão ou ônibus e reboque:
máximo de 19,80;
f) veículos articulados com mais de duas unidades: máximo de 19,80 metros.
Os limites máximos de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículo, nas
superfícies das vias públicas, são os seguintes:
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i) para a combinação de veículos de carga – CVC, com mais de duas unidades,
incluída a unidade tratora, o peso bruto total poderá ser de até 57 toneladas, desde que cumpridos
os seguintes requisitos:
1 – máximo de 7 (sete) eixos;
2 – comprimento máximo de 19,80 metros e mínimo de 17,50 metros;
3 – unidade tratora do tipo caminhão trator;
4 – estar equipado com sistema de freios conjugados entre si e com a unidade
tratora atendendo ao estabelecido pelo CONTRAN;
5 –o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser do tipo automático conforme
NBR 11410/11411 e estar reforçado com correntes ou cabos de aço de segurança;
6 – o acoplamento dos veículos articulados com pino-rei e quinta roda deverão
obedecer ao disposto na NBR NM ISO337.
Peso bruto por conjunto de dois eixos direcionais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20
metros, dotados de dois pneumáticos cada: 12 t;
Peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem, quando à distância entre os dois planos
verticais, que contenham os centros das rodas, for superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m:
17 t;
Peso bruto por conjunto de dois eixos não em tandem, quando à distância entre os dois planos
verticais, que contenham os centros das rodas, for superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m:
15 t;
Peso bruto por conjunto de três eixos em tandem, aplicável somente a semi-reboque, quando à
distância entre os três planos verticais, que contenham os centros das rodas, for superior a 1,20m
e inferior ou igual a 2,40m: 25,5t;
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Peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo um dotado de quatro pneumáticos e outro de dois
pneumáticos interligados por suspensão especial, quando à distância entre os dois planos
verticais que contenham os centros das rodas for:
a) inferior ou igual a 1,20m; 9 t;
b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5 t.
Os limites de peso bruto por eixo e por conjunto de eixos estabelecidos só prevalecem se todos
os pneumáticos, de um mesmo conjunto de eixos, forem da mesma rodagem e calçarem rodas no
mesmo diâmetro.
Considerar-se-ão eixos em tandem dois ou mais eixos que constituam um conjunto integral de
suspensão, podendo qualquer deles ser ou não motriz.
Quando, em um conjunto de dois ou mais eixos, a distância entre os dois planos verticais
paralelos, que contenham os centros das rodas for superior a 2,40m, cada eixo será considerado
como se fosse distanciado.
Em qualquer par de eixos ou conjunto de três eixos em tandem, com quatro pneumáticos em
cada, com os respectivos limites legais de 17 t e 25,5t, a diferença de peso bruto total entre os
eixos mais próximos não deverá exceder a 1.700kg.
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RESUMINDO:
Tandem duplo
Ex.: caminhões pesados
17,0 t
Tandem triplo
Ex.: semi-reboque
25,5 t
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Características dos Veículos
Classificação segundo o grau de divisibilidade
Veículo unitário
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Nomenclatura do Peso de Veículos Rodo-Ferroviários
Exemplos
Tara = 8t
Caminhão Unitário –
Lotação = 15t
Trucado
Tara = 15t
Tara = 15,5t
Lotação = 33 t
Semi-reboque
25,5t 17t 6t
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Tara = 32t
Lotação = 42t
Rodotrem
Tara = 23t
Lotação = 34t
Bi-trem
Tara = 28t
Lotação = 46t
Bi-trem
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Exemplo: para um período de projeto de 10 anos, considerar o tráfego do 5º ano, com os
acréscimos anuais
Classificação do tráfego
Tráfego leve: menos de 50 veículos comerciais por dia
Tráfego médio: entre 50 e 300 veículos comerciais por dia
Tráfego pesado: mais de 300 veículos comerciais por dia
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Tabela 2 – Expressões matemáticas para obtenção dos fatores de equivalência de
operações, para diferentes tipos de eixos (USACE)
Tipos de Eixos Faixas de Cargas Equações (P em tf)
(tf)
Eixo simples 0–8 FEO = 2,0782×10−4 × P 4,0175
≥8 FEO = 1,8320×10 −6 × P 6, 2542
Eixo tandem duplo 0 – 11 FEO = 1,5920 ×10−4 × P 3, 4720
≥ 11 FEO = 1,5280 ×10−6 × P 5, 4840
Eixo tandem triplo 0 – 18 FEO = 8,0359 ×10−5 × P 3,3549
≥ 18 FEO = 1,3229 ×10−7 × P 5,5789
P = Peso bruto total sobre o eixo
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Fatores de Equivalência de Operações:
N = 365 VDM m p FC FE FR
Onde:
N = número de solicitações do eixo padrão
VDMm= volume diário médio de tráfego, no ano médio do período de projeto, em
veículos/dia
p = período de projeto, em anos
FC = fator de carga
FE = fator de eixo
FR = fator climático regional
FEO
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Cálculo do Tráfego (VDM)
Crescimento linear
O cálculo do número de operações do eixo padrão (N), para o período de projeto, deve ser
feito multiplicando-se Vt pelos fatores de eixo (FE), de carga (FC) e pelo fator climático
regional (FR).
O FC é um número que multiplicado pelo número de eixos que operam, fornece o número
de eixos equivalentes ao eixo padrão.
FV = FE × FC
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FV é o fator de veículo, isto é, é um número que multiplicado pelo número de veículos que
operam fornece diretamente o número de eixos equivalentes ao eixo padrão.
Quando não existem dados pluviométricos, podem-se adotar valores médios para cada
região.
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