REGIONAL CATALÃO
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIAL DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS
CATALÃO/GO
NOVEMBRO/2018
HIAGO RODRIGUES FERREIRA
CATALÃO/GO
NOVEMBRO/2018
À minha família, por todo apoio, tanto financeiro,
quanto psicológico, durante todo esse longo caminho
que foi percorrido.
AGRADECIMENTOS
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 9
6. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 27
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
Este trabalho teve como objetivo relatar as atividades que foram acompanhadas durante o
período de estágio.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O mercado da construção civil envolve tanto obras particulares de menor porte quanto obras
federais de grande porte, o desempenho de tal mercado está diretamente ligado a situação
econômica de qualquer país, ou seja, se o país está em recessão o mercado de construções entra
em colapso e vice-versa. O Índice de Confiança da Construção (ICST) brasileiro registrou alta
de 1,5 ponto e foi a 81,8 pontos em outubro, no segundo mês seguido de alta (REUTERS, 2018),
com isso conclui-se da importância dos agregados para construção civil e não apenas em termos
de qualidade mas também da disponibilidade de volume de agregados para suprir a demanda
do mercado que vem se aquecendo.
trata-se inicialmente da remoção de toda cobertura vegetal composta por árvores de diferentes
tamanhos utilizando-se equipamentos de grande porte que normalmente são tratores de esteira,
posteriormente o solo é escavado e todo material é retirado, carregado e transportado para outra
área que não se deseja explorar, o autor ainda complementa que a etapa de decapeamento está
presente em toda vida útil de um empreendimento mineiro e desta forma, este material pode ser
depositado quando possível em zonas já lavradas para que facilite a reconformação e
recuperação ambiental da cava de mina.
Obras de drenagem são estruturas que possuem diversas formas, são executadas com
auxílio de equipamentos de escavação. O objetivo destas obras é o direcionamento e retirada
do excesso de água no solo, são construídas de duas formas: escavação e uso de cimento visando
melhorar as características de resistência e durabilidade das estruturas ou somente escavação
sem uso de cimento, neste último a durabilidade da obra fica restrita as características
mecânicas do solo onde a escavação é executada. Canais de drenagem são construídos para
direcionar o fluxo de água e podem ser: valetas laterais, dreno a céu aberto, sarjetas e valetas
de proteção, já as bacias de contenção ou “piscinas” são estruturas normalmente circulares que
são construídas em locais estratégicos para receber o fluxo de água proveniente dos canais de
drenagem (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), 2015).
Segundo Jaworski (2011), tempo de ciclo trata-se do intervalo de tempo que um
equipamento utiliza para a realização completa de um conjunto de atividades que se repetem
continuamente, considera-se fatores como: capacidade de carga da concha do equipamento de
escavação, número de conchadas necessárias e outros. Equipamentos de escavação como
escavadeira, o seu ciclo seria o somatório de tempo para perfurar o solo e encher a concha,
movimentação do braço e despejo na caçamba do equipamento de transporte, número de
conchas e por fim, o posicionamento inicial. O tempo de ciclo pode ser dividido em fixo e
variável, sendo o primeiro o tempo gasto para carregar e descarregar e posicionamento inicial
para um novo ciclo e o tempo variável aquele necessário para o deslocamento do equipamento
para executar o carregamento.
Segundo Silva (2008), o método de lavra em cava (opent pit minning) (figura1) é o mais
utilizado em minas superficiais. O desenvolvimento dos depósitos localizados, normalmente,
em profundidades menores que 300 metros é realizado em bancadas. É um método de alta taxa
de produção e representa 60% das lavras realizadas em superfície, e em relação aos custo o
autor disserta que estes são interessantes devido a diluição que ocorre em função da alta
produtividade do método, possível com o emprego de grandes equipamentos. Também
apresenta menores relações estéril/minério, flexibilidade, desenvolvimento simples, alta
recuperação e boas condições de segurança em geral. Entretanto, a lavra em cava apresenta
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limitações para profundidades maiores que 300 metros, necessita de altos investimentos
iniciais, áreas livre para deposição de estereis e rejeitos, além da recuperação da área degradada
A lavra em flanco de encosta é uma variação do método de lavra mas que neste caso é mais
utilizado para a mineração de rochas ornamentais devido a maior inclinação das faces de
bancadas, esta forma de extração se assemelha muito com a lavra por bancadas pois há o
desenvolvimento de bancos em diferentes níveis do maciço que se deseja explorar e
particularidade deste método é que normalmente o desenvolvimento da mina é feito
horizontalmente para que sejam construídos longos paíneis nas encostas que se deseja explorar
e que menor quantidade de capeamento seja retirado ao longo da produção da mina
(CAVALCANTI, 2005).
Figura 2 - Lavra em encosta.
O método de lavra por bancadas pode ser de duas formas: bancadas altas e baixas variando
apenas o comprimento vertical dos blocos que são extraidos (figura 5), é muito utilizado para
extração de rochas ornamentais, a lavra neste caso evolue lateralmente e se devide em diferentes
níveis que são função das característica geomorfológicas do maciço rochoso explorado bem
como, da quantidade de material a ser retirado, este tipo de configuração de lavra é realizado
para que se tenha um padrão formológico da extração e assim facilite o desenvolvimento das
operações. Algo limitante deste tipo de método é a grande espessura da camada de esteríl sobre
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o material de interesse e neste caso o planejamento e custo com remoção de estéril são altos
(CETEM, 2010).
Figura 5 - Lavra por bancadas de rocha ornamental.
Na mineração, o material também pode ser extraído por métodos subterrâneos. Curi (2009),
aponta três fatores principais a serem considerados durante a seleção do método de lavra
subterrâneo adequado:
Fragmentação da rocha: facilidade de atingir a granulometria adequada para
movimentação do materiail através de abatimento, desmonte mecânico ou com uso de
explosivos;
Máxima produção: recursos adequados necessários para atingir a máxima produção
homem/turno;
Lavra rápida: extração rápida de uma frente de lavra visando diminuir a necessidade de
estabilidade das aberturas e redução de custos com suportes;
A areia é um agregado muito utilizado na construção civil. Sua extração, de acordo com
Simith e Collis (2001), pode ser realizada por basicamente três métodos: Desmonte Hidráulico,
Desmonte Mecânico ou Dragagem (Tabela 3). A seleção do método adequado depende do local
e natureza do depósito, características intrínsecas e das condições de reabilitação e
planejamento da taxa de produção.
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Figura 7 – Imagem real representativa de uma lavra de areia por desmonte mecânico.
A areia extraída possui granulometria fina, coloração clara (tom rosado) e apresenta ótimos
índices de acabamento. Não há qualquer processo de beneficiamento, apenas o desmonte
mecânico com equipamentos de carregamento e transporte por caminhões sendo o cliente, o
responsável pelo frete. Os principais mercados consumidores são Araxá, Perdizes, Uberaba e
Ibiá, todas cidades em Minas Gerais e num raio menor que 150 km da área de extração.
Os equipamentos de desmonte mecânico e carregamento utilizados são uma pá carregadeira
Komatsu WA320 com peso nominal de 14 toneladas, transmissão hidrostática e possui um
motor turbo de 170 HP a capacidade da concha é da ordem de 1,9 metros cúbicos, e uma
escavadeira Fiatalis FH200 que trata-se de um equipamento robusto apesar de ter sido fabricado
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no ano de 1998, possui concha de 1,5 metros cúbicos de capacidade e peso nominal de 20
toneladas.
Figura 10 – Escavadeira Fiatalis FH 200.
A empresa trabalha de segunda a sexta das 08:00 as 18:00, e aos sábados das 08:00 as
12:00, ao total tem-se quatro funcionários, destes dois são operadores das máquinas, um
engenheiro de minas e um auxiliar geral que neste caso é proprietário do empreendimento bem
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5. ATIVIDADE REALIZADAS
O RAL trata-se de um relatório exigido pelo DNPM para que o orgão controle as produções
dos bens minerais em terrítorio brasileiro, bem como no pagamento da Cefem, é um documento
de responsabilidade do empreendimento e não sendo executado há multas impostas, A figura
12 apresenta a página inicial de acesso ao formulário.
Figura 12 - Página inicial do RalWeb
Na empresa o planejamento de lavra é bem simples, neste caso foi acompanhado em todo
período de estágio o planejamento de remoção de estéril para que fosse possível facilitar a
extração de areia em diferentes frentes de lavra sem compremeter a produção e por
consequência as vendas. As frentes de lavras escolhidas foram aquelas que possuiam menor
quantidade de estéril em suas proximidades para que fosse evitado também contaminação do
produto.
Obras de drenagem foram necessárias devido ao intenso período chuvoso da região naquele
momento, as principais obras foram: construção nas partes periféricas da praça de piscinas de
12 metros (m) de diâmetro e 5m de profundidade e canaletas de dimensões aproximadas
de1,0mx1,0mx25m, importante destacar que o comprimento e profundidade foram variáveis.
Estas obras foram construídas, visando diminuir o volume de água de chuva na praça de
carregamento e manobra para evitar problemas de atolamento dos equipamentos, a figura 14
exemplifica tal ação, foram executadas com uso da escavadeira hidráulica do empreendimento,
bem como, do operador.
A procura de novos mercados consistiu na visita com uso do veículo automotor cedido pela
empresa, junto com o Engenheiro de Minas responsável, a novos depósitos de areia que não
estavam no círculo de comércio da empresa. O propósito de tais visitas era de apresentar
amostras da areia aos proprietários dos depósitos para evidenciar a qualidade do produto, e
desta forma, fechar novos acordos de fornecimento. Foram realizadas no período de estágio, 6
visitas distribuídas igualmente pelas cidades de Uberaba-MG e Ibiá-MG.
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6. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Raquel Olimpia Peláez Ocampo. Revegetação de Áreas Mineradas: Estudo dos
Procedimentos Aplicados em Minerações de Areia. 2002. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Mineral) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, USP, São Paulo.
MACEDO, Alexandre José Buril de, et al. Seleção do método de lavra: arte e ciência. Revista
Escola de Minas - vol.54 nº.3, Ouro Preto, 2001.
PINTO, Claudio Lucio Lopes; DUTRA, José Ildefonso Gusmão. Curso: Introdução ao
Planejamento e Operação de Lavra. 2008. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/FbioFerreiradeOlivei/introducao-a-planejamento-lavra>. Acesso em:
31 out. 2018.
QUARESMA, Luiz Felipe. Agregados para construção civil: Relatório Técnico 31 – Perfil
de Areia para Construção Civil. Brasília: Ministério de Minas e Energia / Secretaria de
Geologia, Mineração e Transformação Mineral-SGM, 2009. 33p.
REIS, Renato Capucho; SOUSA, Wilson Trigueiro de. Métodos de lavra de rochas
ornamentais. - Revista Escola de Minas - v.56 n.3 Ouro Preto jul./set. 2003.
SILVA, Ricardo Alves da. Estudo comparativo de duas alternativas de Decapeamento para
Lavra de Gipsita na região do Araripe-PE. 2013. 143 p. Dissertação de Mestrado (Mestre
em Engenharia)- UFPE, Recife, 2013.
SIMITH, M. R.; COLLIS, L. (2001). Extraction in Aggregates: Sand, Gravel and Crushed
Rock Aggregates for Construction Purposes. M. R. Simith and L. Collis. London, 2001, p.
23 – 105. 3rd Edition. Published by Geological Society.
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