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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FADIR- FACULDADE DE DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II


PROFESSORA: DANIELA DE MELO CROSARA

DA FASE INSTRUTÓRIA

- fase dedicada a realização, de forma precípua, da instrução do processo. Na realidade a


atividade probatória se inicia com a petição inicial. Contudo, o clímax desta atividade
ocorre na fase instrutória, que se inicia com o fim do saneamento e se encerra com a
AIJ.

1) Teoria Geral das Provas

a) Definição: instrumento processual que permite ao juiz formar seu convencimento.

PARA HTJ.: o processo de conhecimento tem por objeto as provas dos fatos alegados
pelos litigantes. Por meio da sua apreciação o juiz deverá definir a solução jurídica para
o litígio.
PARA Scarpinella Bueno: prova é tudo o que pode influenciar, de alguma maneira, na
formação da convicção do juiz.

- por meio das provas o juiz se certifica da verdade dos fatos.

b) FINALIDADE DA PROVA

PARA A DOUTRINA TRADICIONAL: REVELAR A VERDADE DOS FATOS ( em


um primeiro momento histórico uma verdade formal e atualmente uma verdade
substancial ou real)

PARA MARINONI: a prova tem por finalidade servir de peça de argumentação no


diálogo judicial, sendo elemento de convencimento do juiz.

FONTE: MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sergio Cruz. Prova, 2. ed., São
Paulo : Revista dos Tribunais.

Doutrina tradicional segundo Marinoni:

- Objetivo do processo: descobrir a verdade, em especial o processo de conhecimento.


O juiz descobre a verdade dos fatos e faz o juízo de subsunção, revelando a regra ao
caso concreto;
- Verdade seria o elemento legitimador do processo;
- A prova seria um dos institutos ligados à verdade real. Tanto seria verdade que o CPC
prevê o poder de instrução do juiz.
-Antigamente, a doutrina tradicional dividia a verdade em formal e real ou substancial,
esta divisão hoje é superada.
-Dizia-se que a VERDADE FORMAL é a refletida no processo civil, sendo a que
juridicamente está apta a sustentar a decisão judicial.
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-Obedecidas as regras do ônus da prova e finda a fase instrutória, o juiz teria como
completa a reconstrução histórica do processo e consideraria o resultado obtido como
verdade.
- Crítica: A verdade formal seria uma ficção jurídica.
- Hoje, para a doutrina tradicional, o processo civil deve buscar a VERDADE REAL.
Não se pode conceber a antiga convicção de que o processo civil, por tratar de bens
jurídicos menos relevantes do que o processo penal, deva se contentar com a verdade
formal.
- Somente a busca pela verdade real se pode legitimar decisão judicial e se obter uma
decisão justa.
-Crítica: a reconstrução da verdade é sempre influenciada por elementos subjetivos,
como as partes, testemunhas e o próprio juiz, sendo, portanto, uma utopia.
-Existem previsões legais no CPC que contrariam a busca da verdade real.

FINALIIDADE DA PROVA PARA MARINONI:

- ainda que se busque no processo a verdade real com o intuito de legitimar a decisão
do juiz, esta busca é uma utopia, tendo em vista que dificilmente o magistrado
conseguirá saber exatamente o que ocorreu.
- a verdade do processo é uma verdade retórica na medida em que é constituída pela
prova dos fatos argumentados pelas partes.
-afirma, ainda, que existe um conflito entre esta verdade substancial e o direito de
prova, tendo em vista que existem limites ao direito de prova, como a vedação às
provas ilícitas e de presunções absolutas.

-Verossimilhança:

- segundo Marinoni, a prova não é capaz de garantir um juízo de certeza, mas de


probabilidade, ou seja de verossimilhança.
- a prova demonstraria com os fatos provavelmente ocorreram;
-a decisão judicial não revela a verdade dos fatos, como quer a doutrina tradicional,
mas apenas impõe como verdade certos dados que a decisão judicial toma como
pressupostos.

- Teoria do agir comunicativo (Habermas)


- o centro do estudo está no discurso.
- a verdade não se descobre, mas se constrói por meio da argumentação.
-a verdade sobre um fato é um conceito dialético construído com base na argumentação
desenvolvida pelos sujeitos.
- Com base nessa teoria, Marinoni entende que a finalidade da prova não é revelar a
verdade.
- A prova seria apenas um instrumento de argumentação no diálogo judicial, para
convencer o juiz.
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- O que legitima a decisão judicial é o procedimento que precede à prova e que permite
o diálogo. São as formas e as garantias que permitem que a decisão judicial seja
legítima. Quanto maior a participação das partes, mais legítima é a decisão.

b) Objeto da prova

- os fatos litigiosos, pertinentes e relevantes.

- excepcionalmente será objeto de prova a existência e a vigência de lei municipal,


estadual e estrangeira ou direito consuetudinário caso o magistrado determine a sua
comprovação
Art. 376.
A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro
ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se
assim o juiz determinar.

c) Fatos que não precisam de prova (artigo 374)

Art. 374.
Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de
veracidade.

I- notórios: de conhecimento geral inconteste. Ex.: fatos históricos, atos de gestão


política, etc.
 Polêmica: conceito não é unânime na doutrina. Alguns afirmam que são os fatos
de conhecimento geral, outros os restringem à região e época do litígio, outros
dizem que são os fatos que ninguém do litígio possui qualquer dúvida

II- fatos confessados: como no caso do depoimento pessoal


III- fatos incontroversos: não existe discussão das partes quanto a sua existência.
Decorrem do ônus da impugnação especificada.
IV- presunção legal de existência ou veracidade. Ex.: revelia, filiação cujo o nascimento
ocorreu nos 300 dias após à dissolução do casamento (art. 1597, III do CC)
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Presunção absoluta: (juris et de jure): quando ocorre não é necessária nenhuma prova
Presunção relativa: (juris tantum): quem alegou não precisa prová-lo, mas seu
adversário pode fazer prova em contrário.

d) Destinatário da prova

- HTJ: o juiz, já que ele é que irá formar o seu convencimento sobre a ocorrência ou não
do fato, para que então possa aplicar a consequência jurídica cabível
-Nelson Nery: o processo é destinatário da prova

e) Valoração da prova

- Critério legal ou prova tarifada


- Livre convicção ou íntima convicção
Critérios
- Persuasão racional ou da convencimento motivado (Sistema do CPC)

- Critério legal: encontra-se superado


Hierarquia legal com o valor de cada prova
Juiz é um autômato e o resultado surge automaticamente
Sistema da prova tarifada
- Critério da livre convicção: íntima convicção do juiz
Juiz é livre para investigar a verdade e apreciar as
provas
Não precisa motivar sua decisão
Pode decidir com base em provas fora dos autos

- Critério da Persuasão racional: O juiz dá a sua própria valoração das provas


O julgamento deve ser fruto de uma operação
lógica, com base nos elementos de convicção existentes no processo
O exame das provas é livre, sem tarifação, mas
devem estar nos autos e a decisão deve ser motivada
É o sistema do CPC,

Art. 371.
O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente
do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões
da formação de seu convencimento

2)Meios de prova
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Art. 369.
As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem
como os moralmente legítimos, ainda que não especificados
neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda
o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do
juiz.

- Meios legais: os previstos expressamente no CPC, além daqueles moralmente


legítimos, ou seja, que não estão expressos no CPC, mas não ofendem a moral e a lei,
como é o caso da gravação clandestina

- Existe o princípio da atipicidade das provas


- com base nele qualquer meio de prova deve ser admitido, mesmo que não esteja
expressamente previsto e que sendo

a) Prova emprestada

Art. 372.
O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro
processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado,
observado o contraditório.

- é a prova produzida em outro processo e em outro juízo. Ex.: escuta telefônica


autorizada no processo penal e usada no processo cível para a obtenção de uma
indenização.
- a prova emprestada é transportada de um processo para o outro na forma documental,
ainda que se trate de prova oral.
- somente será válida se: tiver sido validamente produzida no juízo de onde veio; a parte
contra a qual será usada também participou do processo de origem, sob o regime do
contraditório; seja submetida ao contraditório no processo para o qual é transportada

b) Classificação da prova quanto aos fatos (objeto): DIRETA OU INDIRETA

- DIRETA: demonstra a existência do próprio fato que se quer provar e narrado nos
autos, ou seja, apresenta relação imediata com o fato probando. EX.: recibo de
pagamento ou o contrato

- INDIRETA: provas que não se relacionam diretamente com o fato probando, mas com
um fato distinto que permite, por meios de raciocínios e induções, concluir pela
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conformidade do fato probando. São os chamados fatos simples. Na prova indireta,


evidencia-se um outro fato, do qual por raciocínio lógico, se chega à conclusão dos
fatos narrados nos autos.

c) Indícios e presunções

-Indício: não é prova, mas um fato que comprova de forma indireta a afirmação do fato
direto.
-Também deve ser objeto de prova;
- O ponto de onde o juiz parte para chegar ao fato direto.

-Presunção:

é um juízo e não uma prova


- Resultado do raciocínio formado a partir do indício, ou seja, é o resultado da dedução
lógica feita a partir de um outro fato.

- Presunção: não é propriamente um meio de prova, mas uma forma de raciocínio, que
permite se chegar a uma noção sobre certo fato, ainda que ela não seja diretamente
demonstrado.
-Por meio da presunção se permite que o juiz forme seu convencimento com base na
prova de fatos que não são diretamente pertinentes ao objeto do conhecimento do juiz.
Tais fatos são chamados de indícios.
- Para isso usa-se a prova indireta (indícios)
- presunção é a conclusão da ocorrência de um fato, a partir de um outro fato conhecido
e provado. Ex.: provado que a arma do crime é de fulano e que na mão dele foram
encontrados resquícios de pólvora, se deduz e presume-se ele ser o autor do crime, ainda
que ninguém tenha visto o tiro. (prova indiciária)
- Logo a presunção dispensa a prova do ato ou de fato ou de sua consequência porque é
legítimo assumi-los como verdadeiros em razão da existência de indícios

- Tipos de presunção:

- Presunções legais: definidas em lei;. Podem ser absolutas ou relativas. Verificada a


ocorrência de determinado fato, o juiz está autorizado a presumir a ocorrência de outro
fato. Ex.: revelia, filiação cujo o nascimento ocorreu nos 300 dias após à dissolução do
casamento (art. 1597, III do CC). Art 232 do CC: a recusa à perícia médica
ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o exame. E o
art. 231 : aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá
aproveitar-se da recusa. Súmula 301 do STJ: em ação de investigação de
paternidade, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz
presunção juris tantum de paternidade.
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- Presunções do homem, comuns ou simples: não decorrem da própria lei, mas


decorrem da observação do que usualmente ocorre, pelo próprio magistrado.

 Previsão: artigo 375, quando trata das chamadas máximas de experiência.


Obviamente são presunções relativas. Ex. carro que estava em alta velocidade
derrapou na curva. A causa da derrapagem foi a alta velocidade, mesmo sem
prova pericial.
 Têm aplicação subsidiária na falta de normas jurídicas particulares que tratem do
assunto

Art. 375.
O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas
pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as
regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o
exame pericial.

d) Poder de instrução do juiz


- Art. 370.
Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar
as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as
diligências inúteis ou meramente protelatórias.

- Em um processo de conhecimento o juiz busca se certificar da ocorrência ou não de


determinados fatos, para que possa definir a norma aplicável e as consequências
jurídicas decorrentes.
- O juiz não é um mero espectador da produção de provas. O juiz pode determinar de
ofício a produção de provas.
- Poder limitado: não pode servir de assessor da parte, ou agir para suprir falta da parte,
em especial em processos de caráter patrimonial, ou onde as partes claramente não
querem produzir determinada prova. NÃO PODE QUEBRAR A IMPARCIALIDADE

e) Prova de fato negativo

É tradicional no direito a afirmação de que fato negativo não se prova. Mas em alguns
casos é possível. Por exemplo, eu posso provar que não possuo imóveis em Uberlândia,
ou que não possuo dívidas com os entes da federação. O que não é possível é provar
fato negativo impreciso, como por exemplo, provar que não possui nenhum imóvel no
Brasil e no exterior.

f) Provas ilícitas
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- a CF, no artigo 5º, LVI, veda a utilização de provas obtidas por meios ilícitos
- artigo 369: as partes podem usar dos meios de prova moralmente legítimos
-ilicitude: obtida de forma ilícita (o meio é ilícito: emprego de violência, tortura) ou o
meio empregado é ilícita (interceptação telefônica, violação do sigilo bancário, violação
do sigilo de correspondência).
- STF: Só podem se admitidas provas ilícitas e as dela derivadas se em legítima defesa
sua ou de terceiro (teoria dos frutos da árvore envenenada) Ex.; se os livros de uma
empresa forem apreendidos de forma ilícita, a perícia neles também será

-Gravação telefônica e interceptação telefônica:


 Gravação é feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro: pode
 Interceptação é feita por terceiro, mesmo que um deles saiba: não pode, pois a
lei 9296/96 permite apenas para caso de crime

g) Produção antecipada de provas


Art. 381.
A produção antecipada da prova será admitida nos casos em
que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou
muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o
ajuizamento de ação.
§ 1º O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção
quando tiver por finalidade apenas a realização de
documentação e não a prática de atos de apreensão.
§ 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo
do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do
réu.
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência
do juízo para a ação que venha a ser proposta.
§ 4º O juízo estadual tem competência para produção antecipada
de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou
de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara
federal.
§ 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender
justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para
simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em
petição circunstanciada, a sua intenção.
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Art. 382.
Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a
necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão
os fatos sobre os quais a prova há de recair.
§ 1º O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a
citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser
provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a
inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências
jurídicas.
§ 3º Os interessados poderão requerer a produção de qualquer
prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao
mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar
excessiva demora.
§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso,
salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da
prova pleiteada pelo requerente originário.

- Uma ação autônoma: pode ser preparatória ou incidental


 Deve indicar a justificativa, os fatos que pretende provar e a prova da
necessidade da antecipação, quando for o caso;
 Art. 381, p. 3º: não previne o juízo, uma vez que sequer exige ação principal
futura, já que uma das hipóteses é para prevenir o ajuizamento;
 Deve ser proposta no juízo do foro onde a prova deva ser produzida ou no
domicílio do réu;
 Se o juiz entender que é o caso de antecipação, vai mandar citar os interessados
para dela participarem
 Não existe defesa no procedimento (art. 382, p. 3º)
 O juiz não se pronunciará sobre a prova colhida, apenas homologará a sua
colheita, se for válida, não cabendo recurso do seu pronunciamento.
 Caberá apelação se ele indeferir totalmente o pedido de produção de provas
 Pode pedir vários tipos de provas
-Perdeu a natureza de cautela, pois apenas uma das hipóteses é fundada no risco;
-Hipóteses:
 Risco de perecimento: testemunha vai mudar-se para local distante, por
exemplo, ou a perícia deve ser feita antes de se tomar as medidas para que o
local não desabe.
 Prova para viabilizar a autocomposição: para que as partes tenham certeza do
que aconteceu e para fornecer maiores elementos ao mediador ou conciliador
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 Prévio conhecimento dos fatos que possa justificar ou evitar o ajuizamento de


ação: provas que sem ela não tem como ajuizar a ação. Precisa saber a extensão
do dano e, portanto, de uma perícia, ou para ajuizar uma ação por um vazamento
em seu apartamento precisa saber de onde vem a causa para saber que será o
legitimado passivo.

3) Espécie de prova

a) DOCUMENTAL

-DEF.:qualquer representação material que sirva para provar ato ou fato.


-EX.: prova escrita, fotos, filmagem, gravação,

- Classificação:

 Quanto à autoria: autógrafo(autor da declaração de vontade) e


heterógrafo ( redigido por outrem)
 Qto ao conteúdo: narrativo (contém a ciência de um fato do qual o
subscritor tem conhecimento) e dispositivo (contém uma declaração de
vontade, que podem criar, modificar ou extinguir relações jurídicas, ex.
contratos)
 Quanto à forma: solene e não solenes

- Força probante: (art. 405 a 429)


 O juiz deve considerar o documento junto com as demais provas,
valorando-a conforme o caso concreto, salvo hipótese do artigo
406, quando a escritura pública faz parte da essência do negócio
jurídico
 Documentos públicos: (art. 405) fazem prova da sua formação,
mas também dos fatos que o escrivão, chefe de secretaria ou outro
servidor presenciou, ou seja, nem sempre fazem prova da
veracidade de seu conteúdo, como por exemplo ocorre com o BO
(STJ)
 Documentos particulares: (art. 408) presumem-se verdadeiras as
declarações em face do signatário, presunção relativa, em razão de
possíveis vícios do consentimento.
- Reproduções: (artigo 425, III) cópias de documentos públicos autenticados ou
conferidos em cartório: mesma coisa que os originais; documentos particulares (art.
424) mesmo valor do original, cabendo o escrivão conferir e atestar ser idêntica a cópia
do original (valendo o mesmo se estiver autenticado); reproduções digitalizadas (425,
VI) mesmo valor do original.
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- Momento da produção: primeira oportunidade que falar no processo.

b) Ato notarial (art. 384)

Art. 384.
A existência e o modo de existir de algum fato podem ser
atestados ou documentados, a requerimento do interessado,
mediante ata lavrada por tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som
gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata
notarial.

- atesta a existência ou o modo de existir de alguma coisa, descrevendo o fato


ou coisa. Ex.: atestar o conteúdo de algo em redes sociais ou mensagens
Documento eletrônico:
Art. 439.
A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá
de sua conversão à forma impressa e da verificação de sua autenticidade, na
forma da lei.

c) PROVA PERICIAL

- quando a apuração do fato depende de conhecimento técnico (art. 156);


- pode recair sobre pessoas ou coisas
- espécies: EXAME- análise e observação de pessoas ou coisas para obter
informação que se deseja. Ex.: saúde, material genético, defeito na coisa.
VISTORIA- bens imóvel

AVALIAÇÃO- atribuir valor de mercado

-Art. 464, p 1º- indeferimento:


 quando não precisar de conhecimento técnico; desnecessária em vista de outras
provas (ex. mais onerosa ou demorada ou existem outros meios de prova);
verificação impraticável: objeto inacessível (pessoa se nega a fazer o exame ou a
coisa pereceu) ou verificação impraticável Ex.: conhecimento técnico não está
disponível, ou a pessoa ou coisa não está disponível
 Recusa de se submeter ao exame ou inspeção: STF entende que ninguém é
obrigado a se submeter a exame físico ou médico, mas em sendo um ônus, a
presunção relativa se opera contra quem se negou (art. 231 e 232 do CC),
valendo para os casos de investigação de paternidade ou maternidade, pois a Lei
nº 8.560/92, indica em seu artigo 2º-A que a recusa em fazer o DNA gera
presunção de filiação a ser apreciada com o conjunto probatório.
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- Perito: pessoa física, auxiliar do juízo, pode recusar e ser recusado (impedimento ou
suspeição)
- Deveres do perito: artigo 157: cumprir no prazo o dever, podendo escusar-se desde
que haja motivo legítimo, no prazo de 15 dias da ciência de sua nomeação, como ocorre
nos casos de impedimento ou suspeição ou outra razão fundamentada, como a falta de
conhecimento técnico para o caso
- Assistente técnico: auxiliar da parte, acompanha a produção da prova e emite um
parecer concordando ou não com o perito, logo não pode ser impedidos ou suspeito. A
parte pode pedir o assistente técnico no prazo de 15 dias após a nomeação do perito.
-momento de requerimento da perícia: quando o juiz determinar a especificação de
provas, que pode ocorrer nas providências preliminares ou no início da fase instrutória,
sob pena de preclusão.
-Nomeação: pessoa de confiança do juízo
Quem pode requer: partes, MP e o juiz pode determinar sua produção de ofício.
-deferimento: no saneamento
-Quesitos: as partes têm 15 dias para formular os quesitos e nomear assistentes técnicos,
contados do deferimento e nomeação do perito;
- Durante a diligência as partes podem apresentar quesitos suplementares
-o juiz e o MP também podem formular quesitos
-STJ entende que o prazo não é preclusivo desde que não iniciados os trabalhos
periciais.
- Prazo para o laudo: fixado pelo juiz, pode ser prorrogado, deve ser entregue antes da
AIJ (20 dias antes)
-Na prática os juízes só marcam a AIJ depois que recebem o laudo
- ESCLARECIMENTOS EM AUDIÊNCIA: pode ser requerido pelas partes, não vira
prova testemunhal.
- o perito só fica obrigado a comparecer em audiência se for intimado com 10 dias de
antecedência (art. 477)
- as partes podem acompanhar a realização da perícia, por isso devem ser intimadas do
dia, local e horário.
- quando o laudo é entregue, as partes são intimadas para se manifestar sobre eles no
prazo de 15 dias (prazo comum)
-Força probante: não tem valor absoluto
Não está vinculado à perícia (livre convencimento motivado)
O juiz pode determinar uma segunda perícia ,que não substitui a 1ª,
podendo o juiz apreciar ambas.
- Perícia simplificada: diante da pequena complexidade do ponto controvertido, o juiz
pode determiná-la, de ofício ou a requerimento das partes. Não tem laudo, apenas
questionamentos dirigidos ao especialista. (464, p2º)
- Despesas: art. 82, p. 2º, o vencido; se os honorários tiverem que ser antecipados o
artigo 95 determina que a parte que requereu o pague, ou que seja rateada quando for
determinada de ofício ou a requerimento das duas partes. O valor dos honorários é
fixado pelo juiz, ouvidas as partes previamente. Se a parte não pagar, a perícia será
considerada prejudicada. No caso dos benefícios da justiça gratuita: pago pelo
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sucumbente, que não é o beneficiário, mas se for, o juiz em geral indica pessoas de
órgãos públicos.

d) INSPEÇÃO JUDICIAL
- Exame feito diretamente pelo juiz na pessoa ou coisa para aclarar fatos que
interessam à causa;
-Art. 481 até 484: de ofício ou a requerimento da parte
- pode ocorrer em qualquer fase do processo, mas em geral ocorre após a
produção de todas as provas e persiste dúvida
- as partes podem acompanhar a inspeção, motivo pelo qual são intimadas para
isso
- a pessoa ou coisa pode ser apresentada ao juiz em juízo ou ele pode ir até o
local
e) TESTEMUNHAL
- inquirição, em audiência, de pessoas sobre os fatos controvertidos e relevantes do
processo.
-a testemunha não é ouvida para dar a sua opinião, mas para confirmar ou não os fatos
narrados pelas partes;
-Não será admitida: artigo 443, 406

Art. 443.
O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão da parte;
II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser
provados.

Art. 406.
Quando a lei exigir instrumento público como da substância do
ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode
suprir-lhe a falta.

- Prova sobre negócio jurídico:

Art. 444.
Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é
admissível a prova testemunhal quando houver começo de prova
por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende produzir
a prova.
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- Pessoas vedadas- incapazes, impedidas ou suspeitas (art. 447)

Art. 447.
Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas.
§ 1º São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em
que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve
depor, não está habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que
lhes faltam.
§ 2º São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau
e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade
ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa
relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o
juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante
legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham
assistido as partes.
§ 3º São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas
menores, impedidas ou suspeitas.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados independentemente de
compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.

- Incapazes: menores de 16 anos (na data da audiência), interditado, enfermo, etc


-Suspeição por amizade ou inimizade: a simples amizade ou inimizade não impede a
pessoa de ser testemunha, mas sim que se verifique que em razão disso o depoimento
perde credibilidade;
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-contradita: momento oportuno: antes do juiz advertir a testemunha do dever de dizer a


verdade.
- a parte deve expor as razões, podendo juntar documentos e ouvir até 3
testemunhas apresentadas no ato, por isso a testemunha deve ser arrolada, mesmo se for
comparecer independentemente de intimação;
Art. 457.
Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou confirmará seus
dados e informará se tem relações de parentesco com a parte ou interesse no
objeto do processo.
§ 1º É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o
impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos
que lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com
testemunhas, até 3 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado.
§ 2º Sendo provados ou confessados os fatos a que se refere o § 1º, o juiz
dispensará a testemunha ou lhe tomará o depoimento como informante.
§ 3º A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando os
motivos previstos neste Código, decidindo o juiz de plano após ouvidas as
partes.

- Deveres e direitos: 1º)comparecer em juízo (salvo incapacidade de locomoção ou nos


casos do art. 453 e do 454-em razão do cargo, e os juízes e promotores)
Art. 453.
As testemunhas depõem, na audiência de instrução e julgamento, perante o
juiz da causa, exceto:
I - as que prestam depoimento antecipadamente;
II - as que são inquiridas por carta.
§ 1º A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção ou subseção
judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser realizada por
meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão e
recepção de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive,
durante a audiência de instrução e julgamento.
§ 2º Os juízos deverão manter equipamento para a transmissão e recepção de
sons e imagens a que se refere o § 1º.
Art. 454.
São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:
I - o presidente e o vice-presidente da República;
II - os ministros de Estado;
III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho
Nacional de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do
Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal
Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional
do Ministério Público;
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V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-


geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-
geral do Estado;
VI - os senadores e os deputados federais;
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII - o prefeito;
IX - os deputados estaduais e distritais;
X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais
Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito
Federal;
XI - o procurador-geral de justiça;
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica
prerrogativa a agente diplomático do Brasil.
§ 1º O juiz solicitará à autoridade que indique dia, hora e local a fim de ser
inquirida, remetendo-lhe cópia da petição inicial ou da defesa oferecida pela
parte que a arrolou como testemunha.
§ 2º Passado 1 (um) mês sem manifestação da autoridade, o juiz designará
dia, hora e local para o depoimento, preferencialmente na sede do juízo.
§ 3º O juiz também designará dia, hora e local para o depoimento, quando a
autoridade não comparecer, injustificadamente, à sessão agendada para a
colheita de seu testemunho no dia, hora e local por ela mesma indicados.

- se não comparecer: condução coercitiva e poderá ser condenada


ao pagamento das custas decorrentes do adiamento para testemunhas intimadas
2º)- prestar depoimento não podendo se recursar a falar: salvo art 448
- não se permite opiniões pessoais ou manifestações de caráter
subjetivo
Art. 448.
A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro
e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Ex.: padre, advogado, psicólogo, médico

3º)-dizer a verdade: antes de ser indagada e após sua qualificação, a


testemunha prestará compromisso de dizer a verdade e é advertida falso testemunho art.
342 do cp,
Art. 458.
Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso de dizer a
verdade do que souber e lhe for perguntado.
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Parágrafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal


quem faz afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.

-Rol: prazo de até 15 dias, deve qualificar a testemunha com nome, estado civil,
profissão, endereço, CPF, e outros dados que permitam sua identificação.
Art. 450.
O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão, o
estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o
número de registro de identidade e o endereço completo da residência e do
local de trabalho.

- Substituição: somente nos casos de falecimento, enfermidade, mudança de residência


ou local de trabalho que impeça de ser localizada (art. 451). Entendimento
jurisprudencial antigo: qualquer testemunha pode ser substituída, desde que dentro do
prazo para arrolá-la.
- Intimação:. A intimação deverá ser promovida pelo advogado que deverá juntar aos
autos comprovante da correspondência e do AR até 3 dias antes da audiência.(art. 453)
Só será intimado judicialmente: frustrada a intimação pelo advogado, a parte demonstrar
sua necessidade, ser servidor público ou militar; testemunha arrolada pelo MP ou
Defensoria, ou as pessoas do artigo 454.
-Inquirição: as perguntas serão feitas diretamente pelas partes, começando pela parte
que arrolou a testemunha, sendo primeiro as do autor e depois as do réu, onde uma não
pode ouvir o depoimento da outra.
Art. 456.
O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do
autor e depois as do réu, e providenciará para que uma não ouça o
depoimento das outras.
Parágrafo único. O juiz poderá alterar a ordem estabelecida no caput se as
partes concordarem.

Art. 459.
As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha,
começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem
induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da
atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida.
§ 1º O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da
inquirição feita pelas partes.
§ 2º As testemunhas devem ser tratadas com urbanidade, não se lhes fazendo
perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias.
§ 3º As perguntas que o juiz indeferir serão transcritas no termo, se a parte o
requerer.
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e) Depoimento pessoal

- declaração de uma das partes, requerida pela outra


-requerido pela parte contrária (a pp parte não pode pedir pois não pode constituir prova
em seu favor)
-objetivo: obter a confissão
- diferente do interrogatório das partes, pois este é de iniciativa do juiz (art, 139,III,
pode acontecer em qualquer momento do processo para complementar a prova)
- o juiz não determina de ofício, o artigo 385 manteve a impropriedade do artigo 343 do
antigo CPC
Art. 385.
Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta
seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do
poder do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e
advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar
a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra
parte.
§ 3º O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou
subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser
colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer,
inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento.

- o MP pode requerer
-pessoa jurídica: representante legal ou preposto com poderes para confessar
-depoimento pessoal de absolutamente incapaz: é prestado por seu representante legal
-depoimento do relativamente incapaz: por ele mesmo
- Pena de Confissão: art. 385, p 1º- a parte se recusa a depor ou não comparece (quando
intimada para depor)
- Aplica-se a pena de confesso a preposto que desconhece os fatos, segundo a
jurisprudência
- Situações em que a parte não precisa depor: art 388, salvo ações de estado ou de
família
Art. 386.
Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for
perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias
e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor .
Art. 388.
A parte não é obrigada a depor sobre fatos:
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
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III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu
cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no
inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de
família.

- o advogado da parte não faz perguntas para ela


- o juiz é que fará as perguntas, depois o advogado da parte contrária (não de forma
direta como para as testemunhas)e depois o MP - primeiro o autor e depois o réu
- o réu não pode presenciar o depoimento do autor

.3) Audiência de Instrução e julgamento

- necessária quando houver prova oral


- nela será tentada novamente a conciliação
- a parte só é obrigada a comparecer se tiver sido requerido seu depoimento pessoal,
caso não tenha sido e o advogado tenha poderes para transigir, a presença da parte é
dispensável
a) Características

- publicidade: inerente a todo ato processual. Qualquer pessoa pode assisti-la, mesmo
sem interesse na causa. Deve ocorrer de portas abertas (art 358). Exceção: causas em
segredo de justiça – artigo 155 ( interesse público, casamento, filiação, separação,
alimentos e guarda de menores)

- direção pelo juiz: quem dirige a audiência é o juiz que conta com poder de polícia, já
que está no exercício de função estatal, podendo determinar a retirada daquele que tiver
comprometendo o bom andamento da AIJ. Além disso, cabe ao juiz dirigir os trabalhos
Art. 360.
O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:
I - manter a ordem e o decoro na audiência;
II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem
inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, força policial;
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do
Ministério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe
do processo;
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em
audiência.

- unicidade e continuidade: a audiência é um só ato com começo e fim. Caso não seja
possível encerrá-la no mesmo dia do seu início, pode ser agendado um outro dia para a
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sua continuidade. Logo, embora fracionada é considerada uma. Tanto é assim, que a
nulidade da primeira sessão, todas as demais, posteriores a ela estarão afetadas.
-oralidade e concentração

b) Fases da AIJ

1º- Pregão

Art. 358.
No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução
e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem
como outras pessoas que dela devam participar.

2º)tentativa de conciliação:
Art. 359.
Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do
emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos,
como a mediação e a arbitragem.

- 3º) Instrução:
-Ordem da produção de provas: esclarecimento dos peritos, depoimento pessoal do
autor, depoimento pessoal do réu (em caso de litisconsórcio, na ordem estabelecida na
inicial), testemunhas do autor e testemunhas do réu.
Art. 361.
As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de
esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não
respondidos anteriormente por escrito;
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as
partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público
intervir ou apartear, sem licença do juiz.

- Perito: esclarecimentos de quesitos já apresentados


-Na oitiva das testemunhas, o juiz primeiro perguntará sobre as situações de
impedimento e suspeição. Neste momento é que a testemunha deve ser contraditada. -
Depois prestará o compromisso de dizer a verdade.

Inquirição de testemunhas: - qualificação


- inquiridas sobre impedimentos e suspeição
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- contradita se for o caso


-compromisso e advertência
-1º pergunta quem arrolou e depois a outra parte, por
último o MP.

- As partes podem dispensar a oitiva de testemunha sem a necessidade de concordância


da parte adversária.
4º) Debates
Art. 364.
Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem
como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção,
sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável
por 10 (dez) minutos, a critério do juiz.
§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará
com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se
não convencionarem de modo diverso.
§ 2º Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o
debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão
apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for
o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias,
assegurada vista dos autos.
- As alegações finais servem para as partes reforçam a tese jurídica que defendem e
demonstram com base na instrução finda a veracidade de suas alegações.
- Substituição por memoriais:
 Nos termos da lei deve ocorrer em razão de certa complexidade fática ou de
direito. Na prática, para que as partes tenham oportunidade de apreciar as provas
como maior cuidado e carrear jurisprudências e etc, mesmo nas causas mais
simples se admite os memoriais.
5º Decisão: pode ser dada imediatamente ou 30 dias depois. Prazo impróprio.

d) Adiamento da audiência

Art. 362.
A audiência poderá ser adiada:
I - por convenção das partes;
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que
dela deva necessariamente participar;
III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta)
minutos do horário marcado.
§ 1º O impedimento deverá ser comprovado até a abertura da audiência, e,
não o sendo, o juiz procederá à instrução.
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§ 2º O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo
advogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-
se a mesma regra ao Ministério Público.
§ 3º Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.
- impossibilidade de comparecimento: das partes, perito, testemunhas. O requerimento
deve ser feito em tempo hábil para o juiz analisar a justificativa. Ausência injustificada
do advogado ou da parte não gera o adiamento da audiência. A prova do impedimento
deve ocorrer até a abertura da AIJ. Se não justificar, a juiz realizará a colheita das
provas dispensando as provas da parte cujo advogado faltou. Faltando os dois
advogados, o juiz pode ouvir as testemunhas.
Em caso imprevisível o juiz pode aceitar a justificativa posterior, anulando-se as
provas colhidas sem a sua presença. . Se não for possível, pode ser feito
posteriormente, como no caso de um mal súbito

 Se a parte não comparecer, em caso de depoimento pessoal, aplica-se a pena de
confesso
 Se a testemunha ou perito não comparecerem, desde que intimados, podem ser
conduzidos coercitivamente, ou pode se adiada se a parte insistir em ouvi-los em
a condução não for possível
 As despesas oriundas do adiamento correm por conta de quem lhe deu causa.
 A ausência do MP não gera o adiamento da audiência, tendo em vista que o CPC
exige para a validade do processo apenas a sua intimação O juiz, mesmo diante
do não comparecimento, pode determinar a realização da AIJ. Por exemplo, se o
perito não comparecer, ouve-se as testemunhas, se uma testemunha não
comparecer, ouve-se as que compareceram bem como as testemunhas da outra
parte.

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