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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

CEM - UFPR

JESSICA ZAGUI
STHEFANY LAMBARDOZI FERREIRA

COMO A TOPOGRAFIA SE RELACIONA COM OS FENÔMENOS DE ENCHENTE


E INUNDAÇÕES

PONTAL DO PARANÁ
2019
JESSICA ZAGUI
STHEFANY LAMBARDOZI FERREIRA

COMO A TOPOGRAFIA SE RELACIONA COM OS FENÔMENOS DE ENCHENTE


E INUNDAÇÕES

Trabalho apresentado ao curso de Graduação em


Engenharia Civil e Costeira, Universidade Federal do
Paraná, Campus Centro de Estudos do Mar - CEM
como requisito para obtenção de nota parcial na
disciplina de Topografia II.

Professora: Prof. Drº. Alexandre Bernadino Lopes.

PONTAL DO PARANÁ
2019
SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3


2.0 DEFINIÇÕES E CAUSA ....................................................................................... 4
2.1 CONSEQUÊNCIAS................................................................................................7
3.0 PREVENÇÕES – MEDIDAS ESTRUTURAIS E NÃO ESTRUTURAIS ................ 7
3.1 MEDIDAS ESTRUTURAIS .................................................................................... 8
3.2 MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS............................................................................9
4.0 INUNDAÇÕES E DRENAGENS URBANAS ...................................................... 10
5.0 MAPEAMENTO DE RISCO ................................................................................ 11
6.0 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 16
1.0 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como obtivo principal mostrar o quanto a topografia


pode ser utilizada como uma grande ferramenta para ajudar no estudo, e
consequentemente, na prevenção de áreas que apresentam riscos de inundações e
enchentes antes que tenha início uma futura construção ou para alerta da
população.
É pertinente abordar neste trabalho definições relacionadas às problemáticas
apresentadas, bem como as suas consequências, medidas para prevenção,
mapeamento de áreas de risco. Para que assim seja de mais fácil compreensão da
onde e quando utilizar a topografia.

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2.0 DEFINIÇÕES E CAUSAS

Para dar inicio ao trabalho é necessário definir enchente e inundação, a


primeira é quando há uma elevação no nível d’água no canal de drenagem
devido o aumento da vazão (atinge a cota máxima, mas não extravasa), a
segunda é quando as águas de um curso d’água transbordam atingindo a
planície de inundação ou área de várzea, e nessa existem três tipos:
1) Inundação fluvial: fortes chuvas causam o transbordamento da água de rios e
lagos;
2) Inundação marítima: de grandes ondas e ressacas;
3) Inundação artificial: causada pelo homem.
Ou ainda,
1) Inundações costeiras: acontece em local específico, ou seja, na zona
costeira;
2) Inundação gradual: a elevação do nível das águas e, consequentemente, o
transbordamento ocorrem lentamente. Segundo Castro (1996), as águas
elevam-se de forma paulatina e previsível, mantém em situação de cheia
durante algum tempo e, a seguir, escoam-se gradualmente; normalmente, as
inundações graduais são cíclicas e nitidamente sazonais. Ou ainda, segundo
Tucci e Bertoni (2003), quando a precipitação é intensa e o solo não tem
capacidade de infiltrar, grande parte do volume escoa para o sistema de
drenagem, superando sua capacidade natural de escoamento, o excesso de
volume que não consegue ser drenado ocupa a várzea inundando de acordo
com a topografia áreas próximas aos rios.
Analisando essas duas definições e muitas outras se pode chegar à
conclusão que esse tipo de inundação acontece nas áreas adjacentes às
margens dos rios que permanecem secas por muito tempo, provocadas por
chuvas intensas, elevando o nível de água gradualmente, por esse motivo a
taxa de morte é menor do que na inundação brusca, mas a quantidade de
danos acaba sendo elevada.
3) Inundação brusca: ocorrem repentinamente, chamadas também de
enxurrada. Tem uma taxa de morte maior, já que acontecem no tempo
próximo ao momento da ocorrência do evento que as causam. Segundo
NWS/NOAA (2005), uma inundação causada pela pesada ou excessiva

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chuva em um curto período de tempo, geralmente menos de 6 horas;
também, às vezes uma quebra de barragem pode causar inundação brusca,
dependendo do tipo de barragem e o período de tempo que ocorre a quebra.
Ou ainda, segundo Castro (2003), são provocadas por chuvas intensas e
concentradas em regiões de relevo acidentado, caracterizando-se por súbitas
e violentas elevações dos caudais, os quais se escoam de forma rápida e
intensa. Analisando essas definições, em terrenos com maior declividade a
água tende a escoar mais rápido para o canal, elevando o nível subitamente;
ou, se ocorrer em áreas planas, é devido à urbanização de lugares
inapropriados. Assim, segundo Kelsch (2002) uma inundação brusca não
pode ser definida apenas pela quantidade de chuva ou pela resposta do
canal, pois ambos variam significativamente de um evento para outro; desta
forma, fatores como precipitação antecedente, tipo de uso do solo,
quantidade de áreas impermeável, taxa de cobertura vegetal, retinilização de
canais e rios, e outros fatores podem determinar a ocorrência ou não de uma
inundação, bem como o seu tipo.

Figura 01: Elevação do nível de um rio provocado pela chuva, do nível normal até a
ocorrência de inundação. Fonte: [1].

As causas para que esses fenômenos ocorram podem ser natural ou


antrópicos (causada pelo homem). Dentre as causas naturais pode-se citar: forma
da bacia hidrográfica, forma do vale, topografia da várzea, presença de
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estrangulamento de drenagem, vegetação na área da bacia hidrográfica,
permeabilidade do solo na área da bacia e o clima.
Podem-se citar também as cheias dos rios – aqueles que formam as planícies
de inundação –, nesses cursos d’água há uma área limite nas suas margens para
que a vazão extravase nos períodos de chuva forte, o problema é que devido à
urbanização algumas dessas áreas estão ocupadas, causando então as inundações.
Assim, é evidente que a interferência humana intensifica as causas e consequências
das enchentes e inundações.
Dentre as causas antrópicas, tem-se: assoreamento do canal de drenagem,
estrangulamento da drenagem (barramentos), desmatamento (a vegetação antes
existente impediria os sedimentos que entram no curso d’água e aumentam o seu
volume), impermeabilização dos terrenos na área da bacia, descarga de águas
servidas e esgoto na drenagem, águas pluviais rapidamente conduzidas para a
drenagem, elevada densidade de edificação (ilha de calor), mau descarte do lixo
(acumula nos bueiros, contendo parte da água que eleva o nível dos rios) e falta de
planejamento urbano.
Nesse último é importante lembrar que muitas famílias não tem condição para
procurar outra região para morar, e acabam em morros e áreas de planícies de
inundação.
Todas essas causas e outras são de extrema importância, mas a de maior
relevância é a impermeabilização do solo. A água pode seguir três direções:
evaporação (pra cima), infiltração (para baixo) e escoamento superficial
(horizontalmente). A pavimentação das ruas e o cimento utilizado nos quintais e
calçadas impedem que a água seja absorvida pelo solo, quando a chuva é muito
intensa e a umidade elevada, praticamente não há evaporação, restando assim só
as enxurradas (escoamento superficial concentrado e com alta energia de
transporte) que intensifica as enchentes.
O mau planejamento e ineficiência dos sistemas de drenagem prejudicam
ainda mais, isso porque a sua função é ajudar a conter e escoar o curso das
enxurradas, levando o excesso de água para outra localidade. Quando esses dutos
são mal construídos e tem excesso de lixo que entope as valas que teriam a função
de acumular água em vez de resíduos sólidos, o nível da água sobe além do
esperado.

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2.1 Consequências

As consequências desses fenômenos são drásticas, causando prejuízos


econômicos e psicológicos, como a destruição de moradias, obras em andamento,
centros urbanos, a fauna e flora (inúmeras espécies somem), doenças e a morte de
animais e pessoas.

3.0 PREVENÇÕES – MEDIDAS ESTRUTURAIS E NÃO ESTRUTURAIS

No Brasil entre os meses de dezembro e janeiro, as elevações dos cursos


d´água estão entre as principais notícias transmitidas pela imprensa, já que o
problema assume proporções gigantescas e desencadeia uma série de tragédias.
Algumas medidas que podem prevenir são as construções e manutenções de
bueiros, diques, barragens de defesa contra inundações, valas, tanques de
contenção (piscinões) ou ainda obras de revitalização de rios, muito utilizadas na
Holanda e na Alemanha.
1) Piscinões: A ideia é armazenar o excesso de água proveniente das chuvas de
verão em um reservatório, que deve exercer, por sua vez, não só a função de
contenção das águas, mas também a missão de reduzir a poluição urbana.
2) Limpeza dos bueiros: É uma medida pública que contribui para a redução do
agravamento das enchentes, de forma em que a água da chuva consiga
passar por essas aberturas sem nenhuma obstrução. É importante lembrar
que esta ação depende da consciência ambiental dos moradores, que devem
sempre jogar seus resíduos no lixo, evitando assim o descarte em via pública
e consequentemente o entupimento dos bueiros.
3) Drenagem: Refere-se à construção de filtros subterrâneos permeáveis que
ajudam a reter o lixo e o volume excessivo das águas das chuvas. Composta
por grama, brita, areia e manta geotêxtil, a estrutura em questão armazena
grandes volumes de água, que podem ser absorvidos pelo solo
posteriormente.
4) Tubos de gravidade: Uma das ramificações da engenharia volta-se para a
construção e manutenção das rodovias e estradas. Dentre as tarefas que
podem ser executadas por esta área encontra-se a construção de tubulações
de aço que retiram, por meio da gravidade, a água das rodovias.

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Na ausência de tais medidas, fatalmente ocorrerão os problemas ocasionados
pela deficiência dos meios tradicionais de escoamento artificial, se estes não têm
capacidade suficiente de prover o escoamento do volume de água, dado que não
existe um sistema de drenagem que suporte um volume de água maior que o nível
previsto para uma máxima pluviométrica.
Essas medidas de correção e prevenção são classificadas, de acordo com
sua natureza, em medidas estruturais e medidas não estruturais.

3.1 Medidas Estruturais

As medidas estruturais correspondem às obras que podem ser implantadas


visando à correção e/ou prevenção dos problemas decorrentes de enchentes, que
podem ser caracterizadas como medidas intensivas e extensivas, atuando sobre as
consequências do aumento das águas superficiais de escoamento.
As medidas intensivas, de acordo com seu objetivo, podem ser de quatro
tipos:
1) Aceleração do escoamento: canalização e obras correlatas;
2) Retardamento do fluxo: reservatórios (bacias de detenção/retenção) e
restauração de calhas naturais;
3) Desvio de escoamento: túneis de derivação e canais de desvio;
4) Introdução de ações individuais visando tornar as edificações a prova de
enchentes.
Por sua vez, as medidas extensivas correspondem aos pequenos
armazenamentos disseminados na bacia, a recomposição de cobertura vegetal e ao
controle de erosão do solo, ao longo da bacia de drenagem. Outros exemplos:
ampliação, aprofundamento e desassoreamento das calhas de drenagem.
Um exemplo de medida estrutural é na Tijuca – Rio de Janeiro, uma região
que sofre de enchentes recorrentes, a obra tenta diminuir os alagamentos na bacia
do canal do Mangue e vai reparar uma série de obras em praças e na calha dos rios.

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Figura 02: Obras na Tijuca – Rio de Janeiro. Fonte: [4].

Figura 03: Construção de galeria de desvio do Rio Joana. Fonte: [10].

3.2 Medidas Não Estruturais

As medidas não estruturais são aquelas em que se procura reduzir os danos


ou as consequências não por meio de obras, mas pela introdução de normas,
regulamentos e programas.
Em contraposição as medidas estruturais, que podem criar uma sensação de
falsa segurança e até induzir a ampliação da ocupação das áreas inundáveis, as
ações não estruturais podem ser eficazes a custos mais baixos e com horizontes
mais longos de atuação. Considerando aquelas mais adotadas, as medidas não
estruturais podem ser agrupadas em:
1) Ações de regulamentação do uso e ocupação do solo;
2) Educação ambiental voltada ao controle da poluição difusa, erosão e lixo;
3) Conscientização da população para a manutenção dos dispositivos de
drenagem;
4) Disciplina da ocupação territorial, do comportamento de consumo e atividades
econômicas;
5) Seguro-enchente;
6) Sistema de alerta e previsão de inundações.
Por meio da delimitação das áreas sujeitas a inundações em função do risco,
é possível estabelecer um zoneamento e a respectiva regulamentação para a
construção, ou ainda para eventuais obras de proteção individuais (como a
instalação de comportas, portas estanques e outras) a serem incluídas nas
construções existentes. Da mesma forma podem-se desapropriar algumas áreas,
destinando as praças, parques, estacionamentos e outros. Por outro lado, o seguro-

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enchente pode ser calculado a partir da determinação dos riscos associados às
cheias.
Aquelas que agem sobre o tecido urbano com o objetivo de reduzir o efeito
das causas do aumento das águas superficiais de escoamento e da redução da
capacidade de vazão da rede de drenagem natural e construída, normalmente
implicam em intervenções disseminadas de pequeno porte e baixo custo, como:
dispositivos e medidas de aumento da capacidade de retenção de águas
superficiais, redução de processos erosivos urbanos.

4.0 INUNDAÇÕES E DRENAGENS URBANAS

A drenagem urbana é uma das medidas mais importantes para minimizar os


riscos das inundações, relembrando, as inundações são fenômenos naturais que
ocorrem em diversas regiões do país, devido à ocupação impropria que desrespeita
os ciclos naturais dos ambientes aquáticos.
Em 2014, por exemplo, as inundações na região Norte do Brasil – devido ao
aumento no nível dos rios da bacia amazônica – foi tão grave (mais de 85 mil
pessoas afetadas) que o mesmo e a Bolívia entraram em um debate assíduo para
saber de quem era a culpa.
Em Porto Velho, capital de Rondônia, as águas do Rio Madeira estavam a
mais de 19 metros acima do seu patamar histórico (a vazão 31 vezes maior que a do
Rio São Francisco); em Rio Branco, que é cortada pelo Rio Acre, o rio estava 16
metros acima do normal. Como a região não tem grandes diferenças de relevo, a
água acertava em cheio as populações das capitais, mas também causava impacto
no interior e nas plantações, que são em grande parte de gêneros da agricultura
familiar, como feijão, mandioca e frutas.
Para a época, nunca, em 110 anos de história de medição em Amazonas, foi
registrado um volume tão alto de água. Levou mais do que 35 para que as águas
voltassem para o seu nível normal.
Esse caso é só um dos milhares exemplos que ocorrem no Brasil e mundo
afora, assim, a drenagem urbana tem como objetivo minimizar os riscos que a
população está sujeita, diminuir os prejuízos causados por inundações e possibilitar
o desenvolvimento urbano de forma harmônica, articulada e sustentável. Ou seja, a
drenagem nada mais é do que o gerenciamento da água da chuva que escoa no
meio urbano.
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O aumento da população, principalmente em polos regionais de crescimento
e a expansão irregular da periferia tem produzido impactos significativos na
infraestrutura de recursos hídricos. E um dos principais impactos que tem ocorrido
na drenagem urbana é a forma de aumento da frequência e magnitude das
inundações e consequentemente a degradação ambiental.
A visão antiga da drenagem urbana tinha como princípios: remover as águas
pluviais para jusante, executar projetos e obras, como medida estrutural para
resolver os problemas e a base de análise era somente econômica. Já a visão
moderna busca a compreensão integrada do meio ambiente: social, legal,
institucional e tecnológica, visando resolver os problemas gerenciais através de
componentes políticos.
Para gerenciamento adequado da drenagem urbana é indispensável o
conhecimento da área, o seu monitoramento, o planejamento das ações visando
minimização dos impactos e principalmente da participação e motivação da
população envolvida.

5.0 MAPEAMENTO DE RISCO

O mapeamento de risco auxilia na visualização das áreas de maior risco e


nas medidas a serem tomadas: desocupação de área, investimentos em obras de
contenção e áreas de maior atenção. Os problemas considerados nesse devem ser
encarados com seriedade, deve incluir todas as esferas, como: monitoramento
ambiental, prevenção, mitigação de impactos e adaptação dos sistemas as novas
necessidades.
A maior vantagem de um mapeamento é o sistema de previsão e alerta,
assim os responsáveis conseguem colocar em prática as ações para proteger as
áreas ocupadas e, se não for suficiente ou a área seja considerada como de alto
risco, a população consegue se preparar e se retirar, levando consigo o mais
importante.
Para Nascimento (1998), um mapa de inundação deve conter informações da
cobertura vegetal; da impermeabilização dos lotes; do solo; da declividade e da
topografia; das redes de drenagem natural e artificial.
Existem duas metodologias para realizar os mapeamentos:
1) Mapas de cheias históricas da região, classificando cada local quanto à
frequência de alagamento e o tempo;
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2) Mapas de inundação, baseados em modelagem topográfica e hidrológica-
hidrodinâmica.
A primeira metodologia é mais difícil de ser aplicada, visto que é preciso um
banco de dados para gerar séries históricas de cheias, considerando o local e
profundidade por um longo período de tempo. Assim, a segunda metodologia é a
mais aplicada, quando o modelo matemático é confiável, a representação do
processo de transformação da chuva em vazão, o comportamento do escoamento
da cheia e a relação com a topografia do lugar, tomando nota também dos efeitos
antrópicos do lugar, segue lado a lado com a realidade.
Com esse modelo matemático gerado dentro de todas as expectativas e
adequado a todas as características que precisam ser abordadas, os resultados
consequentes são os que possibilitam a elaboração de decisões e projetos que
gerenciam os riscos de inundações.
Em relação às inundações, pode-se notar três formas diferentes de
manifestação:
1) Profundidade de alagamento: primeira noção da magnitude dos impactos
potenciais, cruzando a profundidade com as perdas esperadas;

Figura 04: Mapa de alagamento da Bacia do Canal do Mangue, na cidade do Rio de Janeiro.
Fonte: [6].

2) Tempo de permanência alagado: relaciona as perdas econômicas com a


criação de congestionamentos, lucro cessante e aumento na incidência de
doenças;

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Figura 05: Representação do tempo de alagamento para a Bacia do Canal do Mangue, na
cidade do Rio de Janeiro. Fonte: [6].

3) Velocidade de escoamento: quanto mais rápido um escoamento acontece,


maior seu poder de destruição.

Figura 06: Indicador normalizado que representa a velocidade de escoamento da cheia sobre
a superfície, aplicado para a Bacia do Canal do Mangue, na cidade do Rio de Janeiro. Fonte:
[6].

Os primeiros e segundos mapeamentos são mais importantes para lugares


que sofrem de inundações graduais, a cheia ocorre lentamente, portanto a sua
recessão também; as inundações podem atingir áreas inteiras por dias. Já o terceiro
mapeamento é de extrema importância em processos relacionados com a
ocorrência de enxurradas, para avaliar o potencial da destruição, relaciona-se a
velocidade com profundidade.
Para mapeamento de risco de enchentes, deve-se utilizar, para bacias
predominantemente rural, informações de geomorfologia, declividade, uso e
ocupação de solos; em áreas urbanas consideram outras variáveis, como o sistema
de drenagem e a impermeabilização da superfície.
Dando enfoque para o mapeamento das inundações, a confecção deste pode
ser dividida em:
1) Processamento da imagem pelo SRTM, modelo numérico e interpolação das
informações;
2) Elaboração de base geomorfológica: observa as curvas de nível, mapa de
declividade e perfis topográficos; considerando morros, terraços e planícies
fluviais;
3) Elaboração da base de ocupação e impermeabilização: uso e cobertura do
solo, através de imagens de satélite. Ordenação dos tipos de solos presente
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na região estudada de acordo com o grau de impermeabilização, seguindo a
metodologia de Tucci (2001). Para calcular o coeficiente de escoamento e
estimar a impermeabilização, se cruza as camadas vetoriais de uso e
cobertura da superfície e do solo;
4) Elaboração da drenagem urbana;
5) Elaboração do mapa de risco de inundações, a partir do cruzamento de
informações.
Lembrando que risco, segundo a EIRD – Estratégia Internacional para a
Redução de Desastres –, é a probabilidade de consequências prejudiciais ou perdas
esperadas (morte, lesões, atividades econômicas interrompidas ou danos
ambientais) resultantes de interações entre os riscos naturais ou induzidas pelo
homem e as condições vulneráveis.
Dado todos os fatores que enfatizam as consequências das enchentes e
inundações e que a modelagem numérica auxilia na prevenção, alerta e
identificações dessas áreas, o componente essencial para isso é o Sistema de
Informação Geográfica – SIG.
O SIG atua no zoneamento ambiental das áreas suscetíveis a inundações
para determinação de mapas de risco. Como já dito, é difícil (principalmente em
municípios pequenos) o histórico de dados das cheias e seus níveis, portanto,
juntamente com o uso do SIG, tem-se parâmetros topográficos e/ou a modelagem
hidráulica.

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6.0 CONCLUSÃO

O trabalho foi desenvolvido pensando primeiramente na topografia e suas


aplicações, devido as grandes inundações, enchentes e enxurradas que muitos
estados do Brasil sofrem no período de dezembro a março, o tema escolhido foi
relacionar todos esses fatores.
Quando se fala nesses fenômenos parece muito simples, chove demais e
então os mesmos ocorrem, mas nada é como parece; fatores como apropriação de
terrenos indevidos (na beira de rios), falta de conhecimento e até educação por parte
da população, isso porque os lixos entopem as valas e dutos, impermeabilização do
solo e muitos outros influenciam e enfatizam as consequências e a força/energia
com que os fenômenos se sucedem.
Como são episódios que quando acontecem, mudam a vida de muitos, o
trabalho tomou esse rumo, analisar os fatores, as medidas de prevenção e como
modelos numéricos topográficos podem fazer a diferença.

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REFERÊNCIAS

[1] GOERL, R. F.; KOBIYAMA, M. Considerações sobre inundações no Brasil.


Disponível em: http://www.labhidro.ufsc.br/Artigos/ABRH2005_inundacoes.pdf

[2] OLIVEIRA, G. G.; GUASSELLI, L. A. Comparação de métodos para


elaboração do mapa de suscetibilidade a inundações – Sub-bacia do Arroio da
Areia, Porto Alegre/RS. Disponível em: http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/7/0160.pdf

[3] SILVA, P. V. R. M.; JUNIOR, R. A. F. C.; NORONHA, G. C. Mapeamento e


análise de risco de inundação da bacia do rio Paraíba/AL: Estudo de caso.
Disponível em: http://www.revistasg.uff.br/index.php/sg/article/viewFile/1143/528

[4] AQUAFLUXUS. Inundações na Tijuca tem solução?. Disponível em:


https://www.aquafluxus.com.br/inundacoes-na-tijuca-tem-solucao/?lang=en

[5] AQUAFLUXUS. O modelo de células de escoamento. Disponível em:


https://www.aquafluxus.com.br/o-modelo-de-celulas-de-escoamento/

[6] AQUAFLUXUS. O perigo no mapeamento de riscos de inundações.


Disponível em: https://www.aquafluxus.com.br/o-perigo-no-mapeamento-de-riscos-
de-inundacoes/

[7] AQUAFLUXUS. Os piscinões da Tijuca. Disponível em:


https://www.aquafluxus.com.br/os-piscinoes-da-tijuca/?lang=en

[8] BRASIL ESCOLA. Geografia - Enchentes. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/enchentes.htm

[9] COMITÊ PARDO. Boletim Informativo N.° 05/ Ano VI – Maio/2004. Disponível
em: http://www.comitepardo.com.br/boletins/2004/boletim05-04.html

[10] EXTRA GLOBO. Obras de piscinões fecham praças na grande Tijuca.


Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/rio/obras-de-piscinoes-fecham-
pracas-na-grande-tijuca-7695456.html

[11] FALA UNIVERSIDADES. Enchentes: principais causas e consequências.


Disponível em: https://falauniversidades.com.br/enchentes-principais-causas-e-
consequencias/

[12] MEIO AMBIENTE – CULTURA MIX. Desastres naturais – inundações


urbanas. Disponível em: http://meioambiente.culturamix.com/desastres-
naturais/inundacoes-urbanas

[13] MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Cidades sustentáveis, águas


urbanas e controle de inundações. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/aguas-urbanas/controle-de-
inunda%C3%A7%C3%B5es.html

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[14] MUNDO EDUCAÇÃO. Geografia - Enchentes. Disponível em:
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/enchentes.htm

[15] OFITEXTO. Controle de enchentes: medidas estruturais e não estruturais.


Disponível em: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/controle-de-enchentes-
medidas-estruturais-e-nao-estruturais/

[16] OFITEXTO. Enchentes, inundações, alagamento e enxurradas. Disponível


em: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/enchentes-inundacao-alagamento-e-
enxurradas/

[17] RC – UNESP. Riscos. Disponível em:


http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco16.html

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