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PEDAGOGIA DO DESENHO INFANTIL

Paulo de Tarso Cheida Sans

Educação significa, de acordo com a etmologia,


o cultivo do ser humano, o desenvolvimento de suas
potencialidades, em todos os seus aspectos, que
sejam físicos, emocionais, sociais, intelectuais ou
motores; procurando-as, integrando-as à cultura a
qual pertence, preparando o educando a uma
atuação consciente e crítica diante do mundo que o
rodeia.

A educação consta de diversos aspectos que


contribuem para sua formação: - o próprio
desenvolvimento do ser humano, de criança a
adulto, na sua vivência e acúmulo de experiências,
nas suas amizades e convivência em grupos, enfim
na sua interação e entrosamento na comunidade; -
a influência hereditária que o jovem recebe do
adulto, nos costumes e tradições que caracterizam a
formação de cada família; - o meio de comunicação
exerce forte influência e direciona mudanças,
alterando hábitos, costumes, impondo novas
necessidades sociais, e transformando padrões de
cultura, - outras contribuições são atribuídas ao
Estado, à Igreja, clubes e associações.

Os pais sentem necessidade de integrarem os


filhos na sociedade em que vivem, pois a
complexidade da cultura é tanta, que é importante
para a formação sadia do indivíduo à escola.
A escola existe como uma experiência a fim
de preencher a tarefa da atividade educacional da
família, transmitindo e orientando o modo de agir,
fazer e simbolizar da sociedade em que vive. Para
um país atender às necessidades de seu povo, em
todos os sentidos de ordem moral, cívica e social,
tem que investir no melhor ensino em toda sua
plenitude, pois o desenvolvimento de um país é, em
suma, reflexo de sua educação. Para o
aprimoramento da educação, existe um ponto que
merece atenção especial: é a criatividade. – Do
ponto de vista etimológico está ligada ao tema criar
– que quer dizer – dar existência, sair do nada,
estabelecer relações, até então, não estabelecidas
pelo universo do indivíduo, visando a determinados
fins.

Podem-se dividir as diversas definições


existentes em quatro categorias: - a pessoa que
cria, enfatizando os aspectos da fisiologia e
temperamento, inclusive atitudes pessoais, hábitos
e valores; - ao processo criador,destacando
motivação, percepção e comunicação; - às
influências ambientais e culturais; - ao produto
criado, analisando invenções, obras artíticas ou
inovações científicas.

A criatividade está para o homem, assim


como o ar está para a natureza. Portanto, a
criatividade deve ser incluída no ensino, pois irá
refletir num povo mais criativo, que resultará em
novas opções e soluções em todas as profissões,
conquistando e dominando espaços. A criatividade
faz parte da pessoa, não se mede e na se ensina,
mas existem meios de estimulá-la, fazendo com que
o ser humano a explore e torne-se mais criativo.

A educação precisa realmente ajudar a


desenvolver plenamente as potencialidades e o
talento do ser humano. E, Paul Torrence afirma que
é “impossível ignorar as capacidades envolvidas no
pensamento criativo se queremos desenvolver
plenamente as capacidades intelectuais”.

Para se obter a forma intelectual plena, o


pensamento criador deve ser aflorido. A educação
sem criatividade não é uma educação plena.
Principalmente ao sabermos que o pensamento
criador contribui de forma fundamental para a
assimilação de informação e habilidades
educacionais.

Myriam Cunha aponta que, - “Educação, nós


a consideramos um processo contínuo, dinâmico e
ininterrupto através do qual o homem aperfeiçoa os
seus mecanismos de interação com o meio, e, neste
caso, a escolarização não passa de ser um episódio
passageiro, durante o qual o homem deveria,
principalmente, aprender a aprender, a analisar o
meio e a posicionar-se nele como agente atuante,
capaz de assumir a sua auto-formação, papel que,
no momento, lhe é negado ao ingressar na escola.”

Em todas as disciplinas, é possível usar a


criatividade para transmitir conhecimento. George F
Kneller, declara que, - “... devemos, sem dúvida,
desenvolver a capacidade criadora doa aluno ao
longo de sua carreira escolar, para que o intelecto e
a imaginação não se separem...” Portanto, a
criatividade pode ser considerada uma das
potencialidades do ser humano, auxiliando-o a
expressar-se e a comunicar-se.

MOMENTO DE ORDEM PRÁTICA – Registre no


espaço abaixo uma atividade que estimule a
criatividade na área de matemática.
Comunicação e expressão

O homem tem, por natureza, necessidade


de se comunicar. Desde os primórdios de sua
evolução, impulsionado pela ânsia de expressar
seu interior e comunicar-se com seus
semelhantes, sempre procurou formas de
expressão para transmitir o seu eu e relacionar-se
com o meio no qual vive.

Sendo assim, é inerente ao homem a


necessidade de se expressar, portanto, a criança,
desde a primeira infância, procurando comunicar-
se no início através do choro e gestos, e, aos
poucos, vai conquistando seu próprio código de
expressão. Existe uma forma de expressão
constante em todas as crianças: o desenho.

O grafismo infantil contribui para o


desenvolvimento sadio da criança. Arno Stern
aborda os aspectos, além da educação, em que o
desenho infantil contribui, agrupando-os em três
partes.

 Teste – são os meios de investigação. É


possível medir o grau de desenvolvimento
da criança através de seus desenhos e
estabelecer o seu estado psicológico.
 Psicanálise – substitui a linguagem falada,
dando subsídios ao analista de compreender
o doente. Conforme o doente melhora, vai
deixando gradativamente a necessidade de
se comunicar pelo desenho.
 Terapêutica – no ato de criar, executar,
pode ocorrer um processo de libertação sem
procurar tornar o doente consciente do que
exprime. Quando as criações se tornam
completas, surge a melhoria no estado do
doente.

O desenhar para a criança é tão natural como


qualquer outra atividade. O que importa para ela é
o momento de ação. Assim como brinca, associa,
simboliza, ela desenha de forma espontânea. A
criança age impulsivamente, numa curiosidade
natural, da consequência da ação, não a mede e
nem as intenções são avaliadas anteriormente à
ação.

A criança tem um senso de observação


aguçada, pois, em diversos momentos, ela chama
a atenção de pormenores não observados pelos
adultos. E, no momento em que desenha, age
com grande concentração, colocando somente
aquilo que lhe interessa.

A vida mental da criança é estreitamente


relacionada com sua experiência sensorial. Numa
análise das coisas, a mente do jovem aglomera
informações auxiliares, som, movimento, cheiro,
cor, como se parecem e o tato. O cérebro recebe
mensagens sobre as expansões e contrações
musculares que ocorrem quando a mão toca por
fora e em volta de uma extremidade...”as
sensações procedentes dos órgãos do tato, dos
músculos, das juntas e dos tendões contribuem
para a nossa consciência de forma e espaço.”

O homem é um ser sensível que agrupa em


todos os aspectos, as sensações da visão, do tato,
do sentir e da afetividade fortalecendo o ato de
aprender. Herbert Read diz que “... o indivíduo
que responde é, na realidade, um organismo
psicofísico e sua reação motriz de nervos,
glândulas e de todo metabolismo corporal, ante o
estímulo recebido através dos órgãos sensoriais.”
Essa reação motriz é chamada de sensação. Mas,
existe também a resposta do sistema afetivo. A
reação da mente a qualquer ato da percepção não
é um fato isolado, pois desencadeia uma série de
percepções sensoriais e sensações que consistem
dentro de uma estrutura, que é chamada de
sentimento.

A sensibilidade e o raciocínio se processam


de uma mesma maneira de ser, e demonstram
tendências a fim de aprender, compreender e
controlar as situações e explorar-lhes novas
possibilidades.

Considerando a associação existente na


formação do conhecimento, podemos dizer que a
criança, quando desenha, coloca um sentimento
instantâneo a respeito do que transpõe
graficamente. Geralmente, utiliza-se de imagens
guardadas mentalmente. O cérebro registra a
imagem e esta pode ser relembrada, de olhos
abertos ou fechados, dependendo da
concentração da mente, e, num intervalo maior
de tempo, normalmente, a imagem aparece,
menos clara do que anteriormente.

Memória é a capacidade de evocar tais


imagens, em graus diversos de claridade;
imaginação é a capacidade de relacionar, e de
estabelecer combinações de tais imagens, seja no
processo de pensamento, seja no processo de
sentimento.

MOMENTO DE ORDEM PRÁTICA – crie uma


atividade que explore as habilidades sensoriais.
Evolução do desenho infantil

O processo criativo não é o mesmo para


todas as crianças, embora obedeça a um ritmo
pessoal, existem características comuns que
possibilitam a sua divisão em estágios.

Fase inicial – entre as idades de um a dois anos,


mesmo sem ter uma coordenação muscular
madura, a criança é capaz de riscar em uma folha
de papel, geralmente com linhas simples e curtas.
Estes se desenvolvem em curvas fechadas
horizontais, depois em espirais e finalmente, em
confusos círculos múltiplos.

Por volta de dois a três anos, a criança começa a


desenvolver controle muscular suficiente para
empunhar um instrumento qualquer, até o
próprio dedo e começa a rabiscar em diversas
superfícies, como: no papel, na parede, na areia,
na terra e na água, que implicam em movimentos
de vaivém do braço, conseguindo manter o lápis
entre a área do papel.

Em torno dos três anos, o movimento circular


passa por uma simplificação até que surgem os
primeiros círculos.

Este tipo de rabisco frequentemente é de


extensão circular, e, muitas vezes, a página fica
sob inúmeras marcas repetitivas. Geralmente,
depois de ter um domínio sobre formas circulares,
a criança explora outras formas.
Gradativamente, acontece uma purificação visual,
com reaparecimento de linhas mais simples, mas
com firmeza e controle deliberados.
Normalmente, os rabiscos mais avançados e
especializados, como o zigue-zague, a curva
fechada e o círculo imperfeito são quase sempre
cobertos por rabiscos repetitivos e só um bom
observador os consegue distinguir.

Dificilmente, os adultos valorizam esta etapa de


grafismo infantil, mas é através desta fase
gráfica, que a criança obtém a autoconfiança
necessária para progredir com maior vigor às
etapas seguintes.

Inicialmente, surgem experiências sensório-


motora, nas quais a criança procura estabelecer
domínios sobre certos movimentos físicos de seu
corpo, às vezes, dialogando, cantando com o
desenho para completar a sentido da ação.

O círculo é a primeira forma organizada que


emerge dos rabiscos, onde não se deve procurar
perfeição geométrica. O controle motor e visual
da criança é insuficiente para produzir forma
exata, mas do ponto de vista infantil, isto é
desnecessário.

Os círculos são feitos em forma pura, inicialmente


aparecem vazios e, posteriormente, a criança
começa a preenchê-lo com manchas e riscos;
consequentemente, isto as leva a cruzarem o
círculo com riscos firmes, de diversas maneiras.

O círculo é cruzado, constituindo-se, assim, a


forma mais simples da mandala. Estas foram
desenhadas pelo homem desde milhares de anos
atrás, nas cavernas, nas fachadas dos templos e
aparecem nos desenhos de todas as crianças, no
mundo inteiro.

MOMENTO DE ORDEM PRÁTICA – colocar as


imagens de acordo com o desenvolvimento da
fase inicial.

Figura Humana

Gradativamente, desenvolve-se a mandala e vai


se modificando e formando o sol irradiante. O
espaço vazio central parece pedir novamente que
preencham, o que é feito com pontos e pequenos
círculos. Como diz Desmond Morris, - “É este o
grande momento da criação pictórica, e, como
todas as anteriores ao desenvolvimento, surgiu à
criança como uma descoberta agradável com
origem num processo caligráfico gradual, e não
em qualquer súbita imposição do mundo
exterior.”

A criança que atinge este estágio descobre a


fórmula para produzir uma imagem
representativa que a satisfaz, começando uma
nova fase, descobrindo o rosto humano.

Mesmo tendo descoberto a face, os demais


membros da figura humana, o corpo, os dedos, as
pernas e outros detalhes são acrescentados aos
poucos, pois o progresso é natural e lento, tal
como aconteceu nas fases anteriores.

Os raios que formavam o sol irradiante vão se


alterando e transformam-se em cabelo. Os raios
da parte superior aumentam muitas vezes de
número e os da parte inferior da cabeça
diminuem, até que se transformam em braços e
pernas.

O desenho corresponde à forma humana, ainda


parecendo existir somente a cabeça, mas, na fase
seguinte, é a descoberta da separação do corpo
da cabeça, embora o pescoço apareça depois que
o corpo fora representado por uma linha
transversal entre as pernas. A forma da cabeça
proveniente da distante fase dos rabiscos está tão
enraizada na criança, que esta mantém os braços
na cabeça e leva algum tempo para que estes
ocupem o lugar no corpo. A criança passa a
mostrar a figura humana cada vez mais
detalhada.
Entre quatro e cinco anos, o desenvolvimento dos
pormenores segue junto com o da figura humana,
surgindo os dedos dos pés e das mãos, dentes,
orelhas, umbigo e outras constantes
experimentações.

A partir desse ponto, a criança deixa a sua


experiência gráfica privada, para desenhar mais
habitualmente objetos do mundo exterior, e
colocá-los sem relação uns com os outros, até
perceber que pode representar situações e
distribuir as imagens devidamente no papel.

A figura humana não apresenta proporções


corretas, pois o valor está no relacionamento
emocional da criança com o que desenha.

MOMENTO DE ORDEM PRÁTICA – analisar um


desenho infantil, identificando a fase em que a
criança se encontra.

Figuração esquemática

A partir dos seis anos, em geral, a criança


descobre a relação entre seu desenho e a
realidade. Baseando-se na própria experiência, a
criança transmite , em seus desenhos, toda uma
escala afetiva de valores, tanto na expressão das
personagens quanto nos locais e objetos. Colocar
o que sente no papel através de sua realidades,
faz com que sempre prevaleça o emocional sobre
o real.
A figura humana já começa a ser representada
também de perfil, primeiramente a cabeça se
volta, depois os pés, as pernas e os braços; e,
finalmente, o tronco gira, completando assim a
movimentação desejada.

Prevalece o esquema de um tipo genérico de


casas, de árvores, de pessoas e a repetição é
constante, mas sempre com renovação.

A representação espacial se aprimora, e os


motivos desenhados são colocados em seus
lugares, formando assim, a cena desejada. As
cores são colocadas cada vez mais relacionadas
com o natural.

O espaço ordenado é demonstrado por uma linha


que serve de apoio, para sustentar casas,
árvores, animais, carros e pessoas. Sua visão
gráfica, nesta fase, ainda é desprovida de
perspectiva.

É natural a criança descrever o que desenha,


verbalmente, como se contasse uma história.

A criação infantil é impulsionada pelo desejo de


representação dos objetos e temas em seu
desenho, que nos revelam as experiências vividas
pela criança, resultando em uma solução
amplamente original.
Figuração realista

Por volta dos dez anos, a criança atinge nova


etapa do desenvolvimento mental; com senso
crítico mais aguçado, procura a lógica em sua
criação, resultando, assim, num julgamento de
sua própria expressão, na qual, na maioria das
vezes, tolhe, aos poucos, a espontaneidade que,
anteriormente, era latente em seus desenhos.

A atitude dos pais e do professor é importante


para que a criança não troque a valorização da
habilidade pela da expressão e, assim, continue a
carregar consigo a espontaneidade.

A criança descobre o plano que substitui a linha


básica. A transparência já não aparece nos
desenhos, pois esta representação agora é
substituída pelos planos, onde a relação de
profundidade entre os elementos ordenados na
cena é cada vez mais evidente.

Conforme o crescimento físico e psíquico da


criança se desenvolve, as alterações na
expressividade acompanham essa evolução.

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