Dedico este trabalho aos meus pais, Jacinta Rocha e Manoel Fernandes por me
inspirar com suas histórias de vida e me fazer acreditar nos meus sonhos, aos meus irmãos,
sobrinhos e a todos que contribuíram diretamente ou indiretamente a escrever parte desta
história.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, onde encontro forças para continuar e esperança para realizar os
meus sonhos.
À minha família que me incentiva e apoia em todos os momentos.
Aos professores que são inspiradores, conselheiros e motivadores por proporcionar
momentos agradáveis.
Aos amigos por tornar nossos dias mais leves e memoráveis deixarão muitas
saudades.
Ao orientador pela parceria e por acreditar neste projeto.
Aos colaboradores da UNIFAE e a tantos outros que não vou citar nomes mas que de
alguma forma fizeram parte de toda nossa história na universidade.
Há muitos anos que venho escrevendo estas páginas, passei por momentos de
provações, mas acreditei e perseverei, foram muitos bons momentos de aprendizagem e
amadurecimento.
EPÍGRAFE
Este plano de negócios tem como principal objetivo os investidores do setor sucroalcooleiro
que desejam diminuir custos de produção com reaproveitamento de resíduos e/ou agregar
mais um produto em seu portfólio. O projeto tem como meta a industrialização da levedura
integral seca (saccharomyces cerevisiae), obtida através de um processo de fermentação da
cana-de-açúcar (sangria), que pode ter significativa importância na alimentação animal. A
levedura após a fermentação do álcool, parte dela é reaproveitada retornando ao processo é
alimentada com mosto. O excedente pode ser destinado à desidratação em uma fábrica de
processamento de leveduras sem que prejudique a produção do álcool. Caso não seja
reaproveitada a levedura é descartada para lavoura, juntamente com os demais resíduos como:
A torta de filtro e vinhaça. Para este tipo de investimento é importante considerar que está
agregando um novo produto ao portfólio no que se refere às usinas de açúcar e álcool,
representará uma pequena receita adicional ao faturamento da usina. Deve-se considerar
também que trata-se de um produto atrelado á cotação do farelo de soja para definição de
preço no mercado interno, que não é tão exigente quanto ao aspecto cor e embalagem do
produto. No mercado externo as exigências são maiores, necessitando então agregar mais
valor ao produto aumentando o custo de produção. Como riscos para exportação podemos
considerar o câmbio e a cotação internacional, a fim de inserir inovações neste mercado faz-se
necessário a certificação de controle de qualidade do produto, tecnologias novas de
processamento, estratégias de vendas, melhorias de embalagens, normatização das rotinas e
qualidade da matéria - prima utilizada. Para que este projeto obtenha sucesso serão analisados
as principais variáveis do mercado, análises e planejamentos constantemente revisados e
aprimorados conforme a aquisição de experiência e conhecimento, mudanças
macroeconômicas e tendências de mercado. A análise financeira elaborada considerou valores
referentes à produção da levedura seca. Os resultados mostraram-se positivos, sendo payback
igual a 2 anos/7 meses no cenário realista e 3 anos/10 meses para o cenário pessimista
faturamento anual líquido R$ 2.640.656,76, margem sobre vendas igual a 73,36%, TIR no
cenário realista 25,45% e no cenário pessimista igual a 9,41% custo de capital 10%.
This business plan has the main objective of this sector investors who wish to reduce
production costs with reuse of waste and / or add another product in its portfolio. The project
aims to achieve full industrialization of dry yeast (Saccharomyces cerevisiae), obtained
through a process of fermentation of cane sugar (sangria), which may have significant
importance in animal feed. The yeast after fermentation alcohol, part of it is recycled back to
the process is fed with mash. The surplus may be allocated dehydration in a processing plant
yeasts without impairing the production of alcohol. If not reused yeast is ruled out for farming
, along with other waste as the filter cake and stillage. For this type of investment is important
to consider is adding a new product to the portfolio as regards the sugar mills and alcohol
represent a small recipe additional billing plant. One should also consider that it is a product
trailer will price of soybean meal for pricing in the domestic market, which is not as
demanding as the appearance and color of the product packaging. In the foreign market
demands are higher, requiring then add more value to the product by increasing the cost of
production. The risks for export we can consider the exchange rate and international prices, in
order to enter this market innovations is necessary certification of product quality control,
new processing technologies, sales strategies, improved packaging, standardization of
routines and quality material - material used. For this project succeeds will analyze the main
variables of market analysis and planning constantly reviewed and improved as the
acquisition of knowledge and experience , macroeconomic changes and market trends. The
financial analysis considered elaborate figures for the production of dry yeast. The results
were positive, with payback equal to 2 years / 7 months in the realistic scenario and 3
years/10 months for the pessimistic scenario annual sales income R $ 2,640,656.76, margin
on sales equal to 73.36% TIR in realistic scenario and 25.45% in the pessimistic scenario
equal to 9.41% cost of capital 10%.
GO – Goiás
KM – quilômetro
M.Sc - Master Science
SP – São Paulo
TON – tonelada
LISTA DE SIGLAS
1.3 Justificativa
Este tema é atrativo porque trata-se de um negócio de oportunidades de investimento
bem estruturado e está fundamentado em grande parte, nas expectativas atuais e projeções
sobre tendências de mercado influenciados pelos fatores de expansão do mercado
internacional para este produto, capacidade de obter financiamentos em condições razoáveis,
avanços tecnológicos no setor e capacidade que este produto tem de ser competitivo, além de
ser extremamente relevante frente ás questões ambientais. As usinas buscam o
reaproveitamento de 100% de seus resíduos com objetivo de aumentar mais um produto no
portifólio, bem como aumentar as receitas e se tornarem sustentáveis. Devido a produção do
18
etanol crescer a cada dia, o reaproveitamento de leveduras secas tem se tornado um negócio
de grande importância para os investidores do setor sucroalcooleiro. Espero com este projeto
contribuir para viabilizar a produção de leveduras secas em usinas de açúcar e álcool como
um importante produto desta cadeia.
1.4 Objetivos
19
1.5 Metodologia
20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.2 Leveduras
Desmonts (1966) descreve que “as leveduras utilizadas como concentrado proteíco
microbiano são classificadas como leveduras de recuperação, que constituem num
subproduto das fermentações alcoólicas”.
Para Butolo (2001) “tais microrganismos sofrem uma interação com o ambiente, e sua
qualidade está diretamente relacionada com o grau de tecnificação da usina produtora, além
de fatores como qualidade da cana, moagem, tratamento do caldo, fermentação alcoólica e
processamento.
Especificamente no processo de termólise, ao qual são submetidas as leveduras de
recupração das usinas de açúcar e álcool, o concentrado (denominado leite de levedura)
permanece cerca de 15 minutos a uma temperatura de 105°c.
“A composição química da levedura seca é principalmente afetada pela espécie do
lêvedo, composição do substrato e tecnologia usada na produção” (VANANUVAT, 1977), o
que significa que cada tipo de levedura apresenta características nutricionais distintas. Além
22
disso, outros fatores como “temperatura de frementação, a pós- fermentação, e métodos de
lavagem e secagem do produto influênciam no valor nutricional das leveduras”
(RHEINBOLDT et al.,1987).
Segundo Berto (1997) “as leveduras usadas nos trabalhos de pesquisa com suínos
públicados até meados dos anos 90 apresentavam nível proteíco em torno de 30% e
concentração altas de aminoácidos”. Contudo, devido aos avanços na tecnologia de produção
hoje é possível encontrar no mercado levedura seca com níveis proteíco e aminoacídico
semelhantes ou até mesmo superiores que o farelo de soja.
As características que tornam os microorganismos interessantes, incluíndo a levedura
como produtores de proteínas, segundo Kilberg (1972), são: “rápida multiplicação,
capacidade de desenvolvimento em substrato de custo acessível, facilidade de obtenção,
utilização de nutrientes em suas formas mais simples e produção de produto de elevado valor
nutritivo”.
23
O Brasil, sendo um grande produtor de açúcar e de álcool, possui um alto potencial
de produção de levedura que pode ser recuperadas em destilarias e beneficiada em
melaço ou caldo de cana para enriquecimento de diversas dietas, através de rações
específicas de animais e peixes e também utilizadas em biorremediação e
bioproteção. (BAPTISTA, 2001).
A partir do leite ou creme de leveduras pode ser realizada uma retirada (sangria), ou
seja, um desvio de pequeno volume para originar um concentrado microbiano, útil a
complementação de ração animal. Antes este concentrado microbiano, útil a complementação
de ração animal. Antes este concentrado deve passar por operações de lavagens, termólise,
eliminar o etanol presente na célula, e retirar parte da umidade obtendo-se portanto levedura
seca.
24
De acordo com Horii (1997):
25
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
26
3.1 A missão da empresa
Segundo Drucker (1980), uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou
produto que faz; ela se define pela sua missão. Somente uma definição clara da missão e razão
de existir da organização torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa. Assim
sendo, a missão expressa a razão de existência da empresa.
Para o caso estudado, a missão é definida como: “Garantir melhor qualidade do
produto e satisfação dos clientes, processo que respeita o meio ambiente e contribui para
sustentabilidade”.
3.2 Visão
Segundo Calderon ( 2004), “ao estabelecer a visão de uma empresa, esta declara o
rumo que pretende seguir ou também pode definir o desejo de atingir algum objetivo”. Trata-
se ainda da personalidade e caráter da empresa. Assim, a declaração de visão de uma empresa
deveria refletir as aspirações da empresa e suas crenças. Os leitores da declaração de visão de
uma empresa poderão interpretar o negócio como uma pessoa, como alguém que eles gostam,
confiam e acreditam .
A declaração de visão ajudará esses leitores a visualizarem a empresa como
empreendedor a vê, não como uma forma impessoal ou apenas algumas palavras em um
pedaço de papel. A declaração de visão não estabelece ou expressa fins quantitativos, mas
provê motivação, uma direção geral, uma imagem e uma filosofia que guia a empresa. Além
de apontar um caminho para o futuro, estimula o empreendedor atingir seu objetivo. Deve
representar as maiores esperanças e sonhos da sua empresa.
Neste caso a visão que mais se relaciona com o perfil do projeto e o desejo dos
investidores dessa cadeia é definido como: “Competitiva internamente e externamente
estreitando assim os laços através de negócios bem estruturados, rentáveis e que envolvem
riscos controlados”.
27
3.3 Valores
3.4 Organograma
Diretoria
28
4. APRESENTAÇÃO GERAL DO NEGÓCIO
4.1 Aplicações
A levedura inatura e seca tem forte aplicação na produção de ração animal, por se
tratar de um produto rico em nutrientes com altos índices proteicos e vitaminas do tipo B e D,
sais minerais e aminoácidos, reconhecida e utilizada por diversos consumidores de rações
animais em decorrência de seus benefícios e particularidades.
De todos os micro-organismos as leveduras reúnem as características mais favoráveis
à sua utilização na alimentação animal. Nas décadas de 70 e 80, diversos trabalhos
zootécnicos foram realizados tendo como único objetivo viabilizar a levedura como uma fonte
proteica alternativa. Com isso, até ao início dos anos 90, as leveduras permaneceram
"esquecidas", sendo seu uso viabilizado na alimentação animal apenas quando o custo se
tornava interessante em função de sua composição nutricional de base proteica.
A partir de 1990, o crescente interesse por parte dos produtores de ração para criação
de camarões e para o desmame de leitões, tanto da Europa como da Ásia, fez com que as
indústrias adequassem seus procedimentos industriais, procurando o processamento de
leveduras com alta qualidade, possibilitando o crescimento do mercado.
29
Durante esta década o enfoque dos trabalhos zootécnicos realizados mudaram,
visando a obtenção de resultados em melhorias de performance, prevenção de
doenças e reforço do sistema imunitário e como resultado deste esforço científico, a
indústria mundial passou a ver as leveduras como um aditivo profilático, com
capacidade de melhorar a performance dos animais sujeitos a condições de stress
(MOREIRA e MIYADA, 1998).
4.1.1 Benefícios
30
5 MERCADO
Ao final dos anos 70, a criação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) estimulou
o desenvolvimento da produção de álcool em larga escala, alavancando o beneficiamento do
creme de leveduras, como um de seus principais sub produtos. Neste mesmo período
iniciaram-se pesquisas no campo da zootecnia tendo como objetivo viabilizar a levedura seca
como fonte de proteína .
A partir dos anos 90, houve um crescente interesse por parte de produtores de ração
animal, especialmente na Europa e Ásia. Isso possibilitou o crescimento e a valorização do
produto no mercado, fez com que a produção brasileira se adequasse aos padrões
internacionais e melhorasse seus procedimentos industriais, buscando produzir uma levedura
de alta qualidade.
As pesquisas continuaram, porém com mudança do enfoque, da nutrição para melhora
de performance, prevenção de doenças e reforço do sistema imunológico, e com isso o
produtor brasileiro passou a enxergar a levedura seca como aditivo profilático. O mercado
brasileiro, juntamente com outros produtores mundiais ganharam força, atualmente é
exportada para aproximadamente 50 países.
Em épocas turbulentas as empresas não podem pressupor que o amanhã será sempre
uma extensão do presente”. Pelo contrário devem administrar visando mudanças
que representem oportunidades e ameaças. Uma era de turbulências é também uma
era de grandes oportunidades para aqueles que, aceitarem e explorarem as novas
realidades. Os tomadores de decisões devem enfrentar face a face com a realidade e
resistirem à tentação das certezas do passado. (DRUCKER, 1980).
32
Especialmente importante a análise de ameaças e oportunidades para melhor definir o
posicionamento da empresa frente às questões futuras. Criada por Kenneth Andrews e Roland
Christensen, dois professores da Harvard Business School, e posteriormente aplicada por
numerosos acadêmicos e profissionais da área de estratégia, a Análise SWOT estuda a
competitividade do plano de negócio segundo quatro variáveis:
Forças (strengths), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças
(threats). A partir das análises realizadas anteriormente, foi possível identificar os pontos
positivos e negativos da empresa através da análise do seu ambiente interno e externo.
Procedimentos para análise de ambiente interno, para identificar as forças e as fraquezas são
comumente utilizadas:
Entrevistas e visitas técnicas, questionários, painéis, seminários, caixas de sugestões,
brainstorming, CIPAS, CCQ (comitês de controle de qualidade) etc. Neste caso foram
utilizadas para realizar a análise entrevistas com profissionais envolvidos com a cadeia
produtiva da cana de açúcar, pesquisas na internet em sites especializados em agronegócio
como: Embrapa, revista PROCANA, ÚNICA e visitas técnicas realizadas na planta de uma
usina em Porto Ferreira SP na data: 26/04/2013.
Assim, como resultado desse estudo, pôde-se obter a seguinte matriz SWOT.
Força Fraqueza
Qualidade reconhecida;
Relação de confiabilidade com cliente; Não tem variedade de serviço;
Prazos de entrega mensal ; Oscilações da produtividade da cana de açúcar;
Interno
Proximidade com fornecedor; Dependência do fornecedor
Imagem de sustentabilidade por se tratar de ( fornecedor único);
reaproveitamento de um resíduo industrial;
Oportunidade Ameaça
O Brasil vive uma expansão da cana de açúcar, que atravessou as fronteiras das
regiões tradicionais Interior de São Paulo e nordeste, em busca de novas áreas como Minas
Gerais, Mato Grosso, mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Crescimento impulsionado pelas
matrizes energéticas menos poluentes e motores bicombustíveis.
5.3.4 Fornecedores
Quando as ofertas dos fornecedores são parecidas, eles podem atender ás exigências
de compras independente do fornecedor e passar então a dar mais valor ao
tratamento pessoal que recebem. Quando as ofertas de fornecedores variam
substancialmente, os compradores empresariais são mais responsáveis por suas
escolhas e dedicam maior atenção aos fatores econômicos. (KOTLER, 2000, p. 219)
36
6 PLANO OPERACIONAL
37
Se durante a fermentação for verificada alguma contaminação por bactéria, através de
análise microbiológica, se faz necessário a adição de antibiótico para o controle da mesma.
Verificado o término da fermentação, que se ocorre quando ocorre a estabilidade do
brix do mosto, que é medido a cada hora, o vinho é então enviado para a centrifuga. Quando o
“vinho bruto“ for centrifugado, ocorre a separação do fermento e do vinho. O vinho é enviado
para a dorna volante com um teor médio de 8% de álcool, pronto para ser enviado aos
aparelhos de destilação.
O fermento é enviado às cubas para ser tratado, é adicionado ácido sulfúrico e água
para corrigir o pH do fermento que é alimentado na cuba com pH em torno de 4,0 e o mesmo
é corrigido para cerca de 2,2. Dentro das cubas existem agitadores mecânicos que efetuam a
homogeneização do fermento.
6.1.1 Autólise
38
6.1.2 Fluxograma
O fluxograma, conforme figura 01, representa 3 processos de produção de leveduras.
O processo tradicional é a opção 1 passando por centrífugas e spray dryer e o resultado é
levedura seca inativa.
Opções de processamento
da levedura
39
6.2 Preparo
40
Figura 3: Tanque de creme de levedura com agitador no fundo
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013
Figura 4: O creme de leveduras excedente do processo do etanol é diluído em água para retirar o grau alcoólico
(GL).
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013
41
6.3 Destilação por coluna e centrifugação
42
Figura 6: Centrífuga
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013
43
6.4 Secagem
6.5 Embalagem
Após a secagem segue até os recipientes cônicos conforme mostra a figura 08, que
posteriormente passa por uma peneira para padronização de granulometria. A levedura seca é
recolhida no fundo da câmara. O produto é descarregado através de uma válvula rotativa,
onde está pronto para ser ensacado mostra na figura 09, na forma de pó fino conforme a
figura 10. Posteriormente a etapa de pesagem e o produto é armazenado em barracão fechado
livre de umidade.
44
Figura 8: Recipiente ciclones
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013
45
Figura 10: Pó de levedura seca, valores de proteína bruna entre 27 e 47%
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013
46
Figura 11: Centrífuga de separação
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013
47
6.6.1 Processo de secagem por Spray Dryer
48
Figura 14: Novas Instalações de um Spray dryed
Fonte: Alibaba.com
49
Figura 15: Novas instalações de drun dryer
Fonte: Alibaba.com
Após a secagem no Drum Dryer, a levedura seca passa por um sistema de transporte
que a leva até um moinho redutor de partículas para padronização da granulometria desejada.
Na sequência, a levedura é empacotada em sistemas de enchimento automático, controlados
através de uma balança de precisão e válvula rotativa.
50
Tabela 1: Diferença de consumo de um spray dryer e drum dryer
DRUM SPRAY
DADOS TÉCNICOS UNID DRYER DRYER % AUMENTO
O levantamento dos dados financeiros foi feito baseado em valores do custo de energia
e mão de obra atualizados. Os custos de investimento – valor do equipamento + instalações –
foram feitos com empresas brasileiras idôneas com base nos dados de produção já
mencionados. A tabela 3 mostra os dados financeiros obtidos.
(1) O valor considerado para o equipamento Drum Dryer é para aquisição de uma
linha completa de secagem para produzir com qualidade.
51
6.6.4 Armazenamento
A armazenagem deste produto deve ser feita de forma que o produto não tenha
contatocom umidade, calor e com total higiene. A figura 16 mostra a área de ensaque do
produto atualmente em usina. A figura 17 é sugerido melhorias , a área de ensaque com sala
isolada, exaustão interna. piso epóxi oferecendo total segurança na armazenagem do produto.
52
Figura 17: Área de ensaque e armazenamento padrão
Fonte: www.sucrana.com.br
53
7 MARKETING
54
• Praça (Canais de Distribuição);
• Propaganda e Promoção.
Para o projeto desenvolvido nesse plano de negócios, cada um dos P´s será estudado
separadamente nas seguintes seções com o nome dos mesmos.
7.1.1 Produto
7.1.2 Preço
7.1.3 Praça
7.1.3.1 Distribuição
Canais de venda
Atacado Representantes comerciais
Venda por telefone e internet
Quadro 4: Distribuição
Fonte: Elaborado pela autora
7.1.4.1 Propaganda
56
comunicação. As propagandas variam muito de preço e dependem do tipo de veículo
utilizado. Um veículo de propaganda clássico para a divulgação da levedura são os sites
especializados em commodities conforme figura 18 e as feiras do agronegócio que são mostra
a figura 19 realizados em diversos períodos do ano e revistas mostra a figura 20. Essa é uma
das melhores possibilidades de propaganda por ser de custo relativamente baixo e ao mesmo
tempo informar diretamente os clientes alvo desse tipo de produto que visitam a feira, no
Brasil existem diversos eventos do tipo.
Dentre eles destacam-se:
57
7.1.4.2 Promoção
58
7.2 Análise da concorrência
Fonte: www.embrapa.com.br
59
7.2.1 Clientes
60
Gráfico 1: Etapas do ciclo de vida
Fonte: www.wikipidia.com.br
61
7.3.1 Riscos do produto
62
8 NORMAS AMBIENTAIS E SEGURANÇA DO TRABALHO
64
regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à
segurança e medicina do trabalho. Essas normas são citadas no Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram aprovadas pela Portaria N.° 3.214, 8 de
junho de 1978, são de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela
CLT e são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Atualmente
existem 36 normas regulamentadoras.
Cada vez mais o setor sucroalcooleiro ganha projeção e destaque no cenário nacional.
Contudo, se por um lado alavanca o desenvolvimento econômico, por outro provoca
preocupações por conta das condições de segurança e saúde nas relações de trabalho. O
Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho têm atuado fortemente na
fiscalização a fim de garantir as condições mínimas necessárias para as frentes de trabalho.
65
9 PLANO FINANCEIRO
66
9.1.2 Despesas pré-operacionais
9.1.3 Prazos
68
9.2.2 Volume de produção e investimento físico
O quadro 05 lista, quantifica e orçamenta custo inicial de uma planta completa mais
instalações necessários para a implementação de uma fábrica de leveduras de cana de açúcar.
Deve-se atentar para o fato de que na hipótese do investidor já possuir alguns destes itens
aqui listados, estes deveriam ser retirados para não influir nas análises de desembolso, ou pelo
menos considerá-los ao preço de mercado para que não seja superestimado o valor do
investimento total e consequentemente estes dados adicionais não reduzas os índices de
rentabilidade apresentados.
69
custos fixos são compostos pelos salários e pelos encargos sociais do pessoal administrativo
(secretárias, contínuos, vigilantes, gerente-administrativo etc. Gastos com aluguéis; retirada
pró-labore dos sócios; materiais de limpeza e conservação; materiais de expediente ou de
escritório; honorários profissionais (contador, advogado, engenheiro, etc.) Além dos gastos
com depreciação, seguro e manutenção do investimento físico.
Produção e vendas
Prod.
/mês Custos fixos Vendas
Energia Energia
Kg térmica elétrica Manutenção água Impostos
Jan o
Fev o
Març o
Custo de Produção (CP), isto é, quanto vai custar produzir cada kg de levedura seca,
70
basta somar esses três itens: Materiais Diretos (MD), Mão de obra Direta (MO) e Custo Fixo
(CF), e dividir o resultado pelo Volume de Produção (VP), ou seja:
CP = (MD + MO + CF) : VP
Finalmente, para calcular o custo unitário de produção, basta dividir o custo anual de
produção pela quantidade fabricada de cada produto. Assim, o custo unitário de produção é
obtido pelo custo mensal de produção dividido pela quantidade anual de produção conforme o
quadro 07.
9.5.1 Impostos
O IPI, imposto sobre produtos industrializados, Para saber a taxa de imposto sobre
produto industrializado é preciso identificar o produto na TIPI, Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados.
71
O ICMS, Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, tem base o valor CIF
(valor da mercadoria incluído o frete e o seguro).
72
Tabela 5: Encargos sobre salários
Impostos Porcentagem
Contribuição da empresa ( INSS) 20%
FGTS 8%
SESI/SENAC 1,50%
SENAI/SENAI 1,00%
INCRA 0,20%
SEBRAE 0,03%
Salário-Educação 2,50%
Seguro de acidente de Trabalho 2,00%
Férias 13,67%
Feriados 4,00%
Auxilio- enfermidade 0,60%
Aviso prévio 1,20%
Faltas Justificadas 3,00%
13º Salário 12,20%
Dispensa sem justa causa 4,90%
Total 74,80%
Fonte: www.embrapa.gov.br.
É importante informar que alguns desses índices são variáveis como o número de
faltas justificadas, o índice de rotatividade dos empregados, das férias, do número de feriados
por ano, do índice de acidente de trabalho, de auxílio-doença, do Sistema "S" (SENAC,
SESC, SENAI, SESI e SEBRAE), entre outros.
9.6.2 Benefícios
A tabela 06 é referente aos benefícios oferecidos por grande parte das empresas do
ramo de atividade agroindustrial.
73
9.7 Estimativa de faturamento mensal (cenário realista)
O cenário realista apresenta dados estimados de produção em uma fábrica com
capacidade instalada para 8 a12 ton/dia e preços praticados pelo mercado nos últimos meses
no ano de 2013, conforme mostra o quadro 09.
74
ESTIMATIVA DE FATURAMENTO MENSAL/2013
Previsão de produção e vendas
Descrição do produto
Prev. Prod. /mês Preço de venda Previsão de vendas
Leveduras Secas Kg 1 KG
Janeiro o
Fevereiro o
Março o
Abril 241.000 1,20 289.200,00
Maio 262.000 1,20 314.400,00
Junho 230.000 1,20 276.000,00
Julho 229.000 1,20 274.800,00
Agosto 231.000 1,20 277.200,00
Setembro 255.000 1,20 306.000,00
Outubro 260.000 1,20 312.000,00
Novembro 275.000 1,20 330.000,00
Dezembro 266.000 1,20 319.200,00
Total 2.249.000 2.698.800,00
Quadro 10: Estimativas de produção 8 a 12 ton./dia – cenário pessimista.
Fonte: Elaborado pela autora
76
9.9.1 Análise de viabilidade econômica, simulação no cenário pessimista e realista
Tabela 7: Análise de viabilidade econômica da produção de leveduras secas, simulação no cenário pessimista e realista
INVESTIMENTO INICIAL Investimento Líquido - no ano zero - preparação, instalação
Inicio das atividades no ano 1
Custo inicial do investimento Simulação
Investimento Líquido Projeto A 5.600.000,00 Taxa de desconto anual k
Projeto B 5.600.000,00 ou Custo de capital ==> 10,00%
CENÁRIO REALISTA CENÁRIO PESSIMISTA
PROJETO A PROJETO B
Receitas Despesas Entrada de caixa Receitas Despesas Entrada de caixa
Final do ano
0 3.598.400,00 1.495.229,24 2.103.170,76 2.698.800,00 1.369.938,20 1.328.861,80
1 3.599.000,00 1.500.000,00 2.099.000,00 2.699.000,00 1.378.838,40 1.320.161,60
2 3.599.500,00 1.499.000,24 2.100.499,76 2.890.000,00 1.387.999,20 1.502.000,80
3 3.600.000,00 1.497.299,34 2.102.770,66 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80
4 3.600.000,00 1.496.339,54 2.103.660,46 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80
5 3.599.380,00 1.497.559,67 2.101.820,33 2.857.000,00 1.387.330,44 1.469.669,56
MÉDIA
Técnicas não-soficticadas – não consideram o valor do dinheiro no tempo
TAXA MÉDIA DE RETORNO (TMR)
TMR = (LAIR médio / Investimento Líquido)
LAIR = Lucro após o Imposto de Renda
Se não puder estimar o LAIR, considerar as entradas de caixa anuais médias
Hipóteses: quando se usa a técnica da TMR, temos as seguintes hipóteses:
*Aceitar ou rejeitar o investimento, desde que haja uma taxa mínima exigida.
* Classificar as alternativas de investimento e aquela que tiver uma TMR maior, deverá ser escolhida.
*Preferir o projeto com maior TMR.
PROJETO A TRM = 0,3753 37,53%
PROJETO B TRM = 0,2624 26,24%
PERÍODO DE PAY-BACK
Tempo necessário para se recuperar o investimento líquido feito.
Pay-Back = Investimento Líquido / Entradas médias anuais de caixa
PROJETO A PAY-BACK 2,6644 -28,0277
PROJETO B PAY-BACK 3,8104 -14,2754
Fonte: Elaborado pela autora
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9.9.1.1 Valor presente líquido ( VPL)
Tabela 8: Análise de investimento valor presente líquido,, taxa e retorno e índice de lucratividade da produção de leveduras secas
Custo inicial do investimento
Investimento Líquido Projeto A 5.600.000,00 Taxa de desconto anual: 10,00%
Projeto B 5.600.000,00
PROJETO A Valor atual PROJETO B Valor atual
Final do Entrada das entradas Entrada das entradas
ano Receitas Despesas de caixa de caixa Receitas Despesas de caixa de caixa
0
1 3.598.400,00 1.495.229,24 2.103.170,76 R$ 1.911.973,42 2.698.800,00 1.369.938,20 1.328.861,80 R$ 1.208.056,18
2 3.599.000,00 1.500.000,00 2.099.000,00 R$ 1.734.710,74 2.699.000,00 1.378.838,40 1.320.161,60 R$ 1.091.042,64
3 3.599.500,00 1.499.000,24 2.100.499,76 R$ 1.578.136,56 2.890.000,00 1.387.999,20 1.502.000,80 R$ 1.128.475,43
4 3.600.000,00 1.497.229,34 2.102.770,66 R$ 1.436.220,65 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80 R$ 1.091.907,52
5 3.600.000,00 1.496.339,54 2.103.660,46 R$ 1.306.207,64 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80 R$ 992.643,20
MÉDIA 3.599.380,00 1.497.559,67 2.101.820,33 2.857.000,00 1.387.330,44 1.469.669,56
TOTAL R$ 7.967.249,01 TOTAL R$ 5.512.124,98
Técnicas Soficticadas - consideram o valor do dinheiro no tempo
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
VPL = [ VALOR ATUAL DAS ENTRADAS DE CAIXA ] - [ INVESTIMENTO LÍQUIDO ]
Hipóteses: Se o VPL for maior ou igual a 0, aceita-se o investimento. Caso contrário, rejeita-se. Se o VPL for maior ou igual a 0, a empresa obterá um retorno igual ou maior do que seu retorno exigido ou seu custo de capital.
Aceita-se os projetos com VPL maior ou igual a 0. Considerar o custo do capital ou custo de oportunidade ( k ) e calcular o valor das entradas de caixa atualizadas - trazidas para o ano zero.
PROJETO A VPL = R$ 2.152.044,56
PROJETO B VPL = (R$ 79.886,38)
ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE
Mede o retorno relativo ao Valor Atual por R$ investido. IL = Valor atual das entradas de caixa / Investimento Líquido.
Hipótese: Se IL for maior ou igual a 0, aceita-se o investimento. Caso contrário, rejeita-se.
Quando o IL for maior ou igual a 1, o VPL será maior ou igual a zero; por isso, a hipótese de aceitação para as duas técnicas é semelhante.
PROJETO A IL = R$ 1,42
PROJETO B IL = R$ 0,98
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
TIR é a taxa de desconto que leva o VPL de uma alternativa de investimento a igualar-se a zero, já que o valor atual das entradas de caixa é igual investimento líquido.
A TIR é a taxa de desconto que lava o valor atual das entradas de caixa a se igualar ao investimento líquido em uma alternativa de investimento.
Hipótese: Se TIR for maior ou igual ao Custo de Capital, aceita-se o investimento. Com isso, a empresa estará obtendo um retorno maior do que o seu custo de capital.
Custo de capital considerado ==> 10,00% Comparar com a TIR
ANO PROJETO A PROJETO B
0 -5.600.000,00 -5.600.000,00
1 2.103.170,76 1.328.861,80
2 2.099.000,00 1.320.161,60
3 2.100.499,76 1.502.000,80
4 2.102.770,66 1.598.661,80
5 2.103.660,46 1.598.661,80
TIR 25,45% 9,41%
Fonte: Elaborado pela autora
73
9.9.2 Viabilidade do negócio
O estudo da viabilidade do negócio mostrou que o projeto é viável, mesmo no cenário
pessimista, pois as diferenças entre os cenários são pequenas. Para a TIR a um juro de 10%, O
projeto se mostrou atraente, para um investidor que tenha capital próprio, considerando os
juros de poupança de 6% ao ano sobre o investimento, desta forma pode-se considerar que o
projeto é viável mesmo no cenário pessimista. O quadro 12 apresenta uma análise desses
números.
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10 CONCLUSÃO
ÂNGELI, D.F de; THOMAZINI, E.E.M. Levedura: Uma fonte suplementar de alimentos
Revista Brasileira de Química, 1980.
HALÁSZ, A; LÁSZTITY,R. Use of Yeast bioms in food production. Boca raton: CRC
Press, 1991.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. Prentice Hall Brasil, 12ª
edição, 2007.
MOREIRA, J. A., MIYADA,V. S., et al, Uso da Levedura Desidratada como Fonte
Proteica para Suíno em Crescimento e Terminação. Revista Brasileira de Zootecnia, v27,
n6, p.1160-1167. 1998.
NEVES, Prof. Marcos Fava. (FEA/USP) Portal do G1, Setor agro energético. G1.globo.com,
77
VANANUVAT, P. Value of yest protein for poultryfeeds. Critical Rewiew of Food Science
and Nutrition. V. 9. 1977. Disponível em: http//www.canaweb.com.br. Acesso em 22 out.
2013.
SITES VISITADOS:
http://cetesb.impressãoficial.com.br/
http://alibab.com
http://jornaldacana.com.br
http://fenasucro.com.br
http://agronalysis.com.br
http://okamoto.com.br
http://www.cori.unicamp.br/foruns/agro/evento13/leimer.ppt
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