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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO - UNIFAE

EVANEIDA FERNANDES DOS SANTOS

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA


PRODUÇÃO DE LEVEDURAS SECAS EM USINA
DE AÇÚCAR E ÁLCOOL

SÃO JOÃO DA BOA VISTA


2013
EVANEIDA FERNANDES DOS SANTOS

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE LEVEDURAS


SECAS EM USINA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL

Trabalho de Conclusão de Curso realizado na área


Produção como requisito legal para a obtenção do Grau
de Bacharel em Engenharia de Produção, no Curso de
Engenharia de Produção das Faculdades Associadas de
Ensino de São João da Boa Vista – UNIFAE, sob a
orientação do Prof.Dr. Luciel Henrique de Oliveira.

SÃO JOÃO DA BOA VISTA


2013
EVANEIDA FERNANDES DOS SANTOS

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÕMICA DA PRODUÇÃO DE LEVEDURAS


SECAS EM USINA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL

Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Produção


do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino – UNIFAE e foi avaliado pela
banca examinadora integrada pelos professores abaixo nomeados.

São João da Boa Vista / SP, 25 de Novembro de 2013.

Prof. Dr.Luciel Henrique de Oliveira


Orientador
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Jacinta Rocha e Manoel Fernandes por me
inspirar com suas histórias de vida e me fazer acreditar nos meus sonhos, aos meus irmãos,
sobrinhos e a todos que contribuíram diretamente ou indiretamente a escrever parte desta
história.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, onde encontro forças para continuar e esperança para realizar os
meus sonhos.
À minha família que me incentiva e apoia em todos os momentos.
Aos professores que são inspiradores, conselheiros e motivadores por proporcionar
momentos agradáveis.
Aos amigos por tornar nossos dias mais leves e memoráveis deixarão muitas
saudades.
Ao orientador pela parceria e por acreditar neste projeto.
Aos colaboradores da UNIFAE e a tantos outros que não vou citar nomes mas que de
alguma forma fizeram parte de toda nossa história na universidade.
Há muitos anos que venho escrevendo estas páginas, passei por momentos de
provações, mas acreditei e perseverei, foram muitos bons momentos de aprendizagem e
amadurecimento.
EPÍGRAFE

“Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço


do seu futuro que deixa de existir”.
Steven Jobs
RESUMO

Este plano de negócios tem como principal objetivo os investidores do setor sucroalcooleiro
que desejam diminuir custos de produção com reaproveitamento de resíduos e/ou agregar
mais um produto em seu portfólio. O projeto tem como meta a industrialização da levedura
integral seca (saccharomyces cerevisiae), obtida através de um processo de fermentação da
cana-de-açúcar (sangria), que pode ter significativa importância na alimentação animal. A
levedura após a fermentação do álcool, parte dela é reaproveitada retornando ao processo é
alimentada com mosto. O excedente pode ser destinado à desidratação em uma fábrica de
processamento de leveduras sem que prejudique a produção do álcool. Caso não seja
reaproveitada a levedura é descartada para lavoura, juntamente com os demais resíduos como:
A torta de filtro e vinhaça. Para este tipo de investimento é importante considerar que está
agregando um novo produto ao portfólio no que se refere às usinas de açúcar e álcool,
representará uma pequena receita adicional ao faturamento da usina. Deve-se considerar
também que trata-se de um produto atrelado á cotação do farelo de soja para definição de
preço no mercado interno, que não é tão exigente quanto ao aspecto cor e embalagem do
produto. No mercado externo as exigências são maiores, necessitando então agregar mais
valor ao produto aumentando o custo de produção. Como riscos para exportação podemos
considerar o câmbio e a cotação internacional, a fim de inserir inovações neste mercado faz-se
necessário a certificação de controle de qualidade do produto, tecnologias novas de
processamento, estratégias de vendas, melhorias de embalagens, normatização das rotinas e
qualidade da matéria - prima utilizada. Para que este projeto obtenha sucesso serão analisados
as principais variáveis do mercado, análises e planejamentos constantemente revisados e
aprimorados conforme a aquisição de experiência e conhecimento, mudanças
macroeconômicas e tendências de mercado. A análise financeira elaborada considerou valores
referentes à produção da levedura seca. Os resultados mostraram-se positivos, sendo payback
igual a 2 anos/7 meses no cenário realista e 3 anos/10 meses para o cenário pessimista
faturamento anual líquido R$ 2.640.656,76, margem sobre vendas igual a 73,36%, TIR no
cenário realista 25,45% e no cenário pessimista igual a 9,41% custo de capital 10%.

Palavras-chave: saccharomyces cerevisiae


ABSTRACT

This business plan has the main objective of this sector investors who wish to reduce
production costs with reuse of waste and / or add another product in its portfolio. The project
aims to achieve full industrialization of dry yeast (Saccharomyces cerevisiae), obtained
through a process of fermentation of cane sugar (sangria), which may have significant
importance in animal feed. The yeast after fermentation alcohol, part of it is recycled back to
the process is fed with mash. The surplus may be allocated dehydration in a processing plant
yeasts without impairing the production of alcohol. If not reused yeast is ruled out for farming
, along with other waste as the filter cake and stillage. For this type of investment is important
to consider is adding a new product to the portfolio as regards the sugar mills and alcohol
represent a small recipe additional billing plant. One should also consider that it is a product
trailer will price of soybean meal for pricing in the domestic market, which is not as
demanding as the appearance and color of the product packaging. In the foreign market
demands are higher, requiring then add more value to the product by increasing the cost of
production. The risks for export we can consider the exchange rate and international prices, in
order to enter this market innovations is necessary certification of product quality control,
new processing technologies, sales strategies, improved packaging, standardization of
routines and quality material - material used. For this project succeeds will analyze the main
variables of market analysis and planning constantly reviewed and improved as the
acquisition of knowledge and experience , macroeconomic changes and market trends. The
financial analysis considered elaborate figures for the production of dry yeast. The results
were positive, with payback equal to 2 years / 7 months in the realistic scenario and 3
years/10 months for the pessimistic scenario annual sales income R $ 2,640,656.76, margin
on sales equal to 73.36% TIR in realistic scenario and 25.45% in the pessimistic scenario
equal to 9.41% cost of capital 10%.

Keywords: Saccharomyces cerevisiae


SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................. 11


LISTA DE FIGURAS............................................................................................................. 12
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................ 13
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................................... 14
LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................ 15
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 17
1.1 Considerações iniciais ....................................................................................................... 17
1.2 Definição do problema ...................................................................................................... 18
1.3 Justificativa ........................................................................................................................ 18
1.4 Objetivos ............................................................................................................................. 19
1.4.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 19
1.4.2 Objetivos específicos ....................................................................................................... 19
1.5 Metodologia ....................................................................................................................... 20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 21
2.1 Produtos derivados da cana-de-açúcar ............................................................................. 21
2.2 Leveduras ........................................................................................................................... 22
2.2.1 Produção da levedura a partir da cana de açúcar......................................................... 24
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................ 26
3.1 A missão da empresa ......................................................................................................... 27
3.2 Visão ................................................................................................................................... 27
3.3 Valores ............................................................................................................................... 28
3.4 Organograma ..................................................................................................................... 28
4. APRESENTAÇÃO GERAL DO NEGÓCIO .................................................................. 29
4.1 Aplicações .......................................................................................................................... 29
4.1.1 Benefícios ....................................................................................................................... 30
4.1.2 Aspectos biológicos ......................................................................................................... 30
5 MERCADO ......................................................................................................................... 31
5.1 Histórico sobre a produção de leveduras no Brasil......................................................... 31
5.2 Condicionantes localização .............................................................................................. 31
5.3 Avaliação do ambiente de negócio (Análise do ambiente Interno e Externo) ................ 32
5.3.1 Matriz de swot ................................................................................................................. 33
5.3.2 Perspectivas de mercado e oportunidades .................................................................... 34
5.3.3 Regiões produtoras ......................................................................................................... 35
5.3.4 Fornecedores .................................................................................................................. 35
6 PLANO OPERACIONAL ................................................................................................. 37
6.1 Pré-produção da levedura ................................................................................................ 37
6.1.1 Autólise............................................................................................................................ 38
6.1.2 Fluxograma ................................................................................................................... 39
6.2 Preparo ............................................................................................................................... 40
6.3 Destilação por coluna e centrifugação ........................................................................... 42
6.4 Secagem ............................................................................................................................. 44
6.5 Embalagem ........................................................................................................................ 44
6.6 Plano de melhorias ........................................................................................................... 46
6.6.1 Processo de secagem por Spray Dryer ........................................................................... 48
6.6.2 Processo de secagem por Drun dryer........................................................................... 49
6.6.3 Análise comparativa dos processos DRUM DRYER E SPRAY DRYER .................... 50
6.6.4 Armazenamento ............................................................................................................. 52
7 MARKETING..................................................................................................................... 54
7.1 Ferramentas de marketing ................................................................................................ 54
7.1.1 Produto ............................................................................................................................ 55
7.1.2 Preço............................................................................................................................... 55
7.1.3 Praça ............................................................................................................................... 55
7.1.3.1 Distribuição .................................................................................................................. 56
7.1.3.2 Características do ponto .............................................................................................. 56
7.1.4 Propaganda e Promoção ............................................................................................... 56
7.1.4.1 Propaganda .................................................................................................................. 56
7.1.4.2 Promoção .................................................................................................................... 58
7.2 Análise da concorrência .................................................................................................... 59
7.2.1 Clientes ............................................................................................................................ 60
7.3 Etapas do ciclo de vida ..................................................................................................... 60
7.3.1 Riscos do produto............................................................................................................ 62
8 NORMAS AMBIENTAIS E SEGURANÇA DO TRABALHO .................................... 63
8.1 Meio Ambiente – CETESB............................................................................................... 63
8.1.1 Como solicitar a licença ................................................................................................. 63
8.1.2 Requerimento da licença prévia (LP) ............................................................................ 64
8.1.3 Formalização do recurso em caso de indeferimento da solicitação ............................. 64
8.2 Normas de segurança do trabalho .................................................................................... 64
9 PLANO FINANCEIRO ..................................................................................................... 66
9.1 Fontes de financiamentos potenciais ............................................................................... 66
9.1.1 Itens Financiáveis ........................................................................................................... 66
9.1.2 Despesas pré-operacionais ............................................................................................. 67
9.1.3 Prazos ............................................................................................................................. 67
9.2 Análise da viabilidade financeira ..................................................................................... 67
9.2.1 Objetivos da análise financeira ...................................................................................... 68
9.2.2 Volume de produção e investimento físico .................................................................... 69
9.3 Investimento Inicial fixo ................................................................................................. 69
9.4 Custos (diretos e indiretos) .............................................................................................. 69
9.5 Custo de produção e encargos sobre produtos ................................................................ 70
9.5.1 Impostos .......................................................................................................................... 71
9.6 Custos com mão de obra .................................................................................................... 72
9.6.1 Despesa mensal com encargos sobre salários .............................................................. 72
9.6.2 Benefícios ........................................................................................................................ 73
9.7 Estimativa de faturamento mensal (cenário realista) ..................................................... 74
9.8 Estimativa de faturamento mensal (Cenário pessimista) ................................................. 74
9.9 Cálculo do fluxo de caixa através de cenários Pessimista e Realista ............................. 75
9.9.1 Análise de viabilidade econômica, simulação no cenário pessimista e realista ........... 77
9.9.1.1 Valor presente líquido ( VPL) ..................................................................................... 73
9.9.2 Viabilidade do negócio ................................................................................................... 74
10 CONCLUSÃO................................................................................................................... 75
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 76
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1: Etapas do ciclo de vida ............................................................................................ 61

Quadro 1: Caracterização do empreendimento ........................................................................ 26


Quadro 2: Organograma da empresa ........................................................................................ 28
Quadro 3: Matriz Swot ............................................................................................................. 33
Quadro 4: Distribuição ............................................................................................................. 56
Quadro 5: Investimento inicial fixo .......................................................................................... 69
Quadro 6: Produção e vendas ................................................................................................... 70
Quadro 7: Comparação do custo de operação e investimento .................................................. 71
Quadro 8: Custos com mão de obra.......................................................................................... 72
Quadro 9: Estimativas de produção 8 a 12 ton./dia – cenário realista...................................... 74
Quadro 10: Estimativas de produção 8 a 12 ton./dia – cenário pessimista. ............................. 75
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fluxograma de processamento da levedura .............................................................. 39


Figura 2: Tanque de estocagem de creme de levedura para preparo ........................................ 40
Figura 3: Tanque de creme de levedura com agitador no fundo .............................................. 41
Figura 4: O creme de leveduras excedente do processo do etanol é diluído em água para
retirar o grau alcoólico (GL). .................................................................................................... 41
Figura 5: Coluna de destilação ................................................................................................. 42
Figura 6: Centrífuga ................................................................................................................. 43
Figura 7: Spray dryed ............................................................................................................... 44
Figura 8: Recipiente ciclones ................................................................................................... 45
Figura 9: Ensacamento em embalagens de 25 kg ..................................................................... 45
Figura 10: Pó de levedura seca, valores de proteína bruna entre 27 e 47% ............................. 46
Figura 11: Centrífuga de separação .......................................................................................... 47
Figura 12: Centrífuga de separação .......................................................................................... 47
Figura 13: Spray dryed ............................................................................................................. 48
Figura 14: Novas Instalações de um Spray dryed ................................................................... 49
Figura 15: Novas instalações de drun dryer ............................................................................. 50
Figura 16: Área de ensaque atual ............................................................................................. 52
Figura 17: Área de ensaque e armazenamento padrão ............................................................ 53
Figura 18: Site especializado no setor sucroalcooleiro ............................................................ 57
Figura 19: Feiras do agronegócio onde encontra tecnologias sucroalcooleira ......................... 57
Figura 20: Revista de negócios e oportunidades ...................................................................... 57
Figura 21: Logomarca da empresa Okamoto ........................................................................... 60
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diferença de consumo de um spray dryer e drum dryer........................................... 51


Tabela 2: Dados de produção e consumo ................................................................................. 51
Tabela 3: Levantamento de dados financeiros ......................................................................... 51
Tabela 4: Análise da concorrência............................................................................................ 59
Tabela 5: Encargos sobre salários ............................................................................................ 73
Tabela 6: Benefícios por funcionários ...................................................................................... 73
Tabela 7: Análise de viabilidade econômica da produção de leveduras secas, simulação no
cenário pessimista e realista ..................................................................................................... 77
Tabela 8: Análise de investimento valor presente líquido,, taxa e retorno e índice de
lucratividade da produção de leveduras secas .......................................................................... 73
LISTA DE ABREVIATURAS

GO – Goiás
KM – quilômetro
M.Sc - Master Science
SP – São Paulo
TON – tonelada
LISTA DE SIGLAS

AGE – Assessoria de Gestão Estratégica


BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CCQ – Comitê de Controle de Qualidade
CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CIF – Custo, Seguro e Frete
CIPA – Comissão Interna de Controle de Acidentes
CF – Custo Fixo
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CP – Custo de Produção
CTSSI – Comissão Tripartite de Saúde e Segurança do Trabalho
FINAME – Agencia Especial de Financiamento Industrial
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
IAA – Instituto do Açúcar e Álcool
ICC – Indústria e Comercio de Exportação e Importação Ltda.
ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviço
IL – Investimento Líquido
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
LAIR – Lucro Após o Imposto de Renda
LI – Licença de Instalação
MD – Materiais Diretos
MO – Mão de Obra
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
PROALCOOL – Programa Nacional do Álcool
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SESI – Serviço Social da Indústria
TAC – Termo de Ajustamento de Conduta
TIP – Taxa Interna de Retorno
TIPI – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados
TJLP – Taxa de Juros à Longo Prazo
TMR – Taxa de Retorno Médio
UFESP – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo
VHP – Very High Polarizated
VP – Volume de Produção
1. INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

As oportunidades para se investir em um bom negócio não acontecem normalmente


ao acaso. Elas podem ser buscadas ou mesmo construídas a partir de informações levantadas e
conhecimentos adquiridos com o tempo. Sempre, no entanto, é necessário que o investidor
faça os seus cálculos sobre o quanto ele vai distender – imobilizar – e sobre os resultados
esperados do empreendimento. Mesmo no meio da incerteza que o cerca e consequentemente
do risco do negócio, fazer cálculos sobre os ganhos esperados da aplicação dos recursos é
tarefa indispensável.
Na verdade, um projeto procura sistematizar informações, trabalhá-las e analisá-las
de tal forma a permitir concluir se determinada decisão de investimento é viável ou não.
Enquanto tal, o projeto pode ser elaborado obedecendo a diferentes níveis de complexidade e
detalhamento. A ideia básica de perfil de projeto que servirá de orientação para o presente
trabalho busca simplificar a tarefa de sistematização de informações e dos cálculos
econômicos que servirão de subsídio à conclusão final sobre a viabilidade do investimento
(Série perfil de projetos - SEBRAE/ES 1999).
O perfil aqui apresentado, uma fábrica de leveduras secas de cana de açúcar, obedece
aos roteiros tradicionais de projeto, sem no entanto aprofundar em detalhes técnicos. Serve,
dessa forma, como orientação metodológica e de gestão do processo de tomada de decisão.
Há uma preocupação com os pré-requisitos necessários para um bom negócio, como alguns
atributos do empreendedor, o conhecimento do mercado, a visão prospectiva, alguns aspectos
dimensionais do negócio (tamanho, montante de recursos, etc.) e projeção de resultados. É
bom deixar claro que os números refletem momentos, situações e locais específicos, o que
permite afirmar que para cada local ou conjuntura, existiria um projeto. Isso não invalida o
processo de cálculo e conclusões decorrentes.
O perfil de projeto reflete uma situação e local genérico. O tamanho, por exemplo, é
definido pela quantidade mínima de produção necessária para viabilizar um empreendimento
de uma fábrica de levedura de cana de açúcar, com as características técnicas e operacionais
aqui definidas. Tem por finalidade mostrar a viabilidade de se estruturar comercialmente,
considerando-se os recursos necessários, condicionantes existentes e perspectiva de mercado.
17
A primeira parte faz o enquadramento do negócio (dados gerais e conceito do projeto); em
seguida é feita uma abordagem sobre o mercado potencial, principalmente em termos de
orientação sobre quais variáveis ou fatores a serem analisados. Já a parte econômica e
financeira centra atenção nos aspectos de receitas e custos. A viabilidade do projeto é definida
pela taxa interna de retorno (TIR), tempo necessário para a amortização do investimento e o
valor presente líquido (VPL) do fluxo de caixa.

1.2 Definição do problema

As empresas que utilizam leveduras em seus processos de fermentação são as usinas


sucroalcooleiras, fábricas de vinho, cervejarias e bebidas alcoólicas em geral. Observa-se que
parte destas usinas concentram suas atividades nos seus principais produtos como: Energia,
etanol e açúcar. A levedura é um resíduo industrial , após a industrialização torna-se um
importante produto com as mais diversas aplicações e utilizado como proteína nas fábricas de
ração animal.
Muitos estudos foram feitos por pesquisadores atestando a importância deste
componente da alimentação animal. Um dos objetivos de produzir leveduras é aumentar mais
um produto ao portfólio e otimizar os custos da produção do etanol, pois as leveduras são
alimentadas com mosto ( mistura de água e xarope de açúcar) e utiliza ácidos para correção de
PH , onerando os custos operacionais vinculados a outros produtos, além de evitar
possibilidade de danos ambientais e custos com descarte.

1.3 Justificativa
Este tema é atrativo porque trata-se de um negócio de oportunidades de investimento
bem estruturado e está fundamentado em grande parte, nas expectativas atuais e projeções
sobre tendências de mercado influenciados pelos fatores de expansão do mercado
internacional para este produto, capacidade de obter financiamentos em condições razoáveis,
avanços tecnológicos no setor e capacidade que este produto tem de ser competitivo, além de
ser extremamente relevante frente ás questões ambientais. As usinas buscam o
reaproveitamento de 100% de seus resíduos com objetivo de aumentar mais um produto no
portifólio, bem como aumentar as receitas e se tornarem sustentáveis. Devido a produção do
18
etanol crescer a cada dia, o reaproveitamento de leveduras secas tem se tornado um negócio
de grande importância para os investidores do setor sucroalcooleiro. Espero com este projeto
contribuir para viabilizar a produção de leveduras secas em usinas de açúcar e álcool como
um importante produto desta cadeia.

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo geral

Sistematizar e trabalhar um conjunto de informações que permita ao investidor


potencial analisar a oportunidade de implantação de uma fábrica de leveduras de cana de
açúcar.

1.4.2 Objetivos específicos

a) Elaborar um plano de negócios para investidores do setor sucroalcooleiro com foco na


produção de leveduras secas através de um processo de “sangria”;
b) Realizar um estudo da viabilidade econômica do negócio, com análise de cenário
realista e pessimista, investimento, custos, demanda, mercado potencial interno e
externo, apresentar resultados de tempo de retorno do investimento e fornecer as
informações necessárias que permita uma análise de oportunidade de investimento
neste negócio;
c) Analisar tecnologias disponíveis e custos de produção;
d) Aumentar mais um produto no portfólio e da receita industrial com a comercialização
da levedura seca;
e) Propor melhorias estruturais e tecnológicas para o processo com foco em redução de
custos, qualidade e aumento da capacidade produtiva e competitiva de um importante
produto no mercado na área de alimentação animal;
f) Diferenciais estratégicos manufatura e armazenagem com apenas 4 colaboradores,
Inovação em tecnologia de secagem e qualidade da proteína da levedura.

19
1.5 Metodologia

A metodologia foi desenvolvida com o auxilio de planos de negócios do SEBRAE


Editorial 2013 no site do próprio SEBRAE. O manual é um guia cuidadoso, passo a passo
para o planejamento, desenvolvimento e estruturação de uma empresa. Através de
levantamentos bibliográficos, visita técnica na Usina Ferrari em Porto Ferreira SP no setor de
produção da levedura na data 26/04/2013, pesquisas em sites especializados em agronegócio
como: ÚNICA, EMBRAPA, PROCANA, SUCRANA, ESALQ, COOPERSUCAR etc.
pesquisas juntos á profissionais envolvidos com a produção da levedura seca. Consulta com
fornecedores e distribuidores do produto. Para análise da viabilidade econômica do negócio
para cálculo padrão, PAY BACK, VPL e TIR foram realizados com base em livros de gestão
financeira dos autores (BRUNI, A. L.; FAMÁ 2003), (CASAROTO FILHO, N.; KOPITTKE,
B. H.1994) e (GITMAN, L. 2002). Foi utilizado uma planilha financeira vista na disciplina
sistemas de gerenciamento de pessoas e projetos do curso de engenharia de produção.

20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O mercado dos produtos da cana de açúcar, certamente pelas razões históricas-


sociológicas, sempre foi tutelado pelo governo. Na era Vargas, na década de 30/40, foi criado
o Instituto do Açúcar e do Álcool – IAA, que estabelecia cotas em função da exportação e ,
portanto, regulava o mercado interno aos preços e volumes de produto.
Com a criação do Proálcool (Programa Nacional do Álcool), diversas instituições
passarm a fazer interface com as questões de álcool e açúcar ficando mesmo ligado á vice
presidência da república, no ápice de seu desenvolvimento. Porém, o principal órgão para o
mercado era a Petrobrás que determinava preços de aquisição. Dessa maneira, a formação de
preços nunca ocorreu a partir dos custos ou derivando da elasticidade da renda ou da
demanda. Aparentemente o preço cobria o custo marginal, com uma margem suficiente para
continuar produzindo. Enfim, houve um “engessamento” dos preços.

2.1 Produtos derivados da cana-de-açúcar

A cana de açúcar matéria-prima de produtos cuja complexidade tecnológica vai do


artesanato ao limite do conhecimento biotecnológico. Obtendo preços cuja escala tem nos
produtos da álcool- química e energia elétrica a de melhor performance.
Assim é possível obter 16 produtos partindo de uma tecnologia simples,
caracterizando-se pelo baixo investimento e baixo valor agregado. Esses produtos são: mel
adoçante ou melaço, rapadura, pó de bagaço, blocos de bagaço, palmito de cana, troços de
cana, minidoses de açúcar, pó de açúcar, cor caramelo, açúcar candy, compost, biogás
comunal, alimento animal, fungos comestíveis, vinho de caldo de cana e caldo de cana ou
guarapa .
Com tecnologia convencional porém dominada com possibilidades de passar por
processos de revalorização. O valo de produção atende a escala do produto, a mão de obra
merece treinamento,exigindo alguma competência superior nas gerências é possível obter-se
18 produtos , entre os quais: Álcool hidratado de qualidade standard, aguardente e rum
popular, leveduras de recuperação, gás carbônico, dextrina térmica, chapas de aglomerado
particulado e tubuleiros de fibras, leveduras de méis, melaço desidratado aquecido, biogás
industrial, mel proteíco para produção suína, bagaço hidrolizado para pecuária, fufural ,
21
açúcar líquido e açúcar líquido invertido (glicose), açúcar amorfo, gelo seco e óleo fúzel.
Outros 28 produtos tem média complexidade dentre eles são citados: Fenildextrana
formulada,álcool fino, rum de exportação, vodka, aguardentes especiais, extratos de
leveduras, levedura de vinhoto, comprimidos de leveduras, leveduras secas, primários
antecorrosivos, soldas a frio furano epoxídico, recobrimento de furano epoxídico, isolante
térmico, resinas de fundição, impregnantes de madeira, tenso ativo/antespumantes, derivados
de fúsel, produtos moldados, cartões filtrantes, celulose microcristalina, derivados solúveis de
celulose, papéis nobres, papel moeda, álcool furfúrilico e sorbitol.

A tecnologia empregada tem característica de baixo e médio investimento.


Apresenta complexidade tecnológica superior especialmente química. Portanto tem
maiores valores agregados e refinamento no uso do produto, alcançando os
mercados nacional e de exportação, preços unitário de médio para alto, produtos
elaborados.
Finalmente, considerando as tecnologias sem maior complexidade e investimentos
médio, existem 62 produtos derivados da cana de açúcar. Além destes existem
outros 30 produtos, sendo 10 da linha biológica, 8 da linha química e 12 de
tecnologia avançada. Perfazendo 92 produtos com diversos graus de conhecimento
aplicado (MORAES, 2008).

2.2 Leveduras

Desmonts (1966) descreve que “as leveduras utilizadas como concentrado proteíco
microbiano são classificadas como leveduras de recuperação, que constituem num
subproduto das fermentações alcoólicas”.
Para Butolo (2001) “tais microrganismos sofrem uma interação com o ambiente, e sua
qualidade está diretamente relacionada com o grau de tecnificação da usina produtora, além
de fatores como qualidade da cana, moagem, tratamento do caldo, fermentação alcoólica e
processamento.
Especificamente no processo de termólise, ao qual são submetidas as leveduras de
recupração das usinas de açúcar e álcool, o concentrado (denominado leite de levedura)
permanece cerca de 15 minutos a uma temperatura de 105°c.
“A composição química da levedura seca é principalmente afetada pela espécie do
lêvedo, composição do substrato e tecnologia usada na produção” (VANANUVAT, 1977), o
que significa que cada tipo de levedura apresenta características nutricionais distintas. Além

22
disso, outros fatores como “temperatura de frementação, a pós- fermentação, e métodos de
lavagem e secagem do produto influênciam no valor nutricional das leveduras”
(RHEINBOLDT et al.,1987).
Segundo Berto (1997) “as leveduras usadas nos trabalhos de pesquisa com suínos
públicados até meados dos anos 90 apresentavam nível proteíco em torno de 30% e
concentração altas de aminoácidos”. Contudo, devido aos avanços na tecnologia de produção
hoje é possível encontrar no mercado levedura seca com níveis proteíco e aminoacídico
semelhantes ou até mesmo superiores que o farelo de soja.
As características que tornam os microorganismos interessantes, incluíndo a levedura
como produtores de proteínas, segundo Kilberg (1972), são: “rápida multiplicação,
capacidade de desenvolvimento em substrato de custo acessível, facilidade de obtenção,
utilização de nutrientes em suas formas mais simples e produção de produto de elevado valor
nutritivo”.

As leveduras secas apresentam uma composição química de aproximada de 6% de


umidade, 45% de proteína (Nx6,25), 6% de lipídios e 9% de cinzas. Como
substância de reserva, as leveduras acumulam trealose, glicogênio e lipídios. Nas
leveduras destacam-se os componentes da parede celular como: Glicana, manana e
quitina (ÂNGELI &THOMAZINI, 1980).

A utilização da biomassa de levedura pode ser desde o aproveitamento integar, ou de


apenas alguns componentes e para isso, diferentes técnicas podem ser empregadas.
Antigamente, recuperava-se o máximo de leveduras do gênero saccharomyces da produção de
bebidas fermentadas, principalmente cervejas, utilizando-as então, em panificação.
Em 1968, “Fleischamann iniciou a produção industrial da levedura prensada e
contribuiu para a melhoria da bioquímica da fermentação e de técnicas de engenharia,
auxiliando muito o desenvolvimento da moderna utilização de leveduras” (HALÁSZ &
LÁSZTITY, 1991).
Confome citado por Baptista (2001):

23
O Brasil, sendo um grande produtor de açúcar e de álcool, possui um alto potencial
de produção de levedura que pode ser recuperadas em destilarias e beneficiada em
melaço ou caldo de cana para enriquecimento de diversas dietas, através de rações
específicas de animais e peixes e também utilizadas em biorremediação e
bioproteção. (BAPTISTA, 2001).

2.2.1 Produção da levedura a partir da cana de açúcar

Segundo Almeida (1960):

Finalizada a fermentação do mosto, o vinho resultante deve ser descarregado de


modo a esgotar, tanto qunto possível, todo o volume da dorna. Esse material antes
de ser enviado as centrífugas, deve passar inicialmente, através de um filtro de
malhas grossas, com cerca de 3 mm de diâmetro, sendo enviado a seguir para novos
filtros, estes de malhas mais finas, cerca de 0,55 mm, para conferir proteção ás
centrífugas separadoras de leveduras. O vinho deve chegar ás centrífugas
separadoras sob pressão de 0,7 kg/cm², sendo portanto separadas então em forma de
duas suspensões, uma concentrada de células de levedura com cerca de 60% de
massa celular, e outra, que é a fase sobrenadante, contendo ainda pequenas
partículas sólidas, entre as quais bastérias e resíduos mais leves. A fase
sobrenadante, que é o vinho centrifugado, é enviado para dorna volante ou depósito
intermediário de vinho, onde pode ficar aguardando para ser destilida. A suspensão
concentrada de células é chamada normalmente de “leite” ou creme de leveduras,
que será utilizada como inóculo da fermentação subsequente, é posteriormente
enviado ás cubas de tratamento providas de sistema de agitação, onde sofre adição
de água ( cerca de 1,5 a 2,0 vezes o volume do leite) e a suspensão é acidulada com
ácido sulfúrico concentrado de pH 2,7ª 2,5. Nessas condições, a suspensão celular
deve permanecer até creca de quatro horas, para que as bactérias remanescentes do
processo sejam eliminadas, e as que resistirem estejam em concentrações de modo a
não causem maiores pertubações e perdas na fermentação posterior, já que esse
creme de levedura assim tratado será o novo inóculo para a próxima dorna de
fermentação.

A partir do leite ou creme de leveduras pode ser realizada uma retirada (sangria), ou
seja, um desvio de pequeno volume para originar um concentrado microbiano, útil a
complementação de ração animal. Antes este concentrado microbiano, útil a complementação
de ração animal. Antes este concentrado deve passar por operações de lavagens, termólise,
eliminar o etanol presente na célula, e retirar parte da umidade obtendo-se portanto levedura
seca.

24
De acordo com Horii (1997):

A sangria deveria ser realizada unicamente após a centrifugação, sendo o este


concentrado desviado do processo normal de coleta para sofrer a diluição e lavagens
para recuperar o etanol quanto para reduzir impurezas sólidas e colóides que
acompanham ou impregnam a superfície celular.

O volume de sangria depende da condução do processo fermentativo e do acréscimo


que se obtém na fermentação de cada unidade, em função de seu nível tecnológico. As
leveduras lavadas necessitam ser novamente concentradas a teores compatíveis com os
processos de secagem.

25
3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Tipo de negócio Fábrica de leveduras secas


Setor da economia Secundário
Ramo de atividade Industrial
Produtos á serem ofertados Leveduras secas em sacas de 25kg
Investimento previsto R$ 5.600.000,00
Faturamento anual esperado R$ 3.598.400,00
Processo Contínuo, alto volume e baixa variedade;
Mão de obra Especializada;
Arranjo Físico Produto
Sugestão p/ criação da marca Fortlev super
Recursos renováveis utilizados Bagaço da cana para produção de energia, água e
creme de leveduras secas
Tecnologia Máquinas especializadas ( spray dryed)
Localização Zona rural da cidade de Porto Ferreira- SP
Número de funcionários 4
Sistema Turnos 3 turnos
Período de safra/entre safra Março a dezembro
Capacidade Instalada 8 a 12 ton/dia
Fornecedores Usinas de açúcar e álcool
Matéria - prima Custo zero, por se tratar de resíduo sem valor
agregado
Clientes Empresas do ramo de exportação de produtos
agronegócio e fabricantes de ração animal ex: ICC
(Indústria e Comércio de Exportação e Importação
Ltda.)
Principais consumidores no Países asiáticos e europeus como a França, República
mercado externo Tcheca, Alemanha, Bélgica e Itália.
Consumidor final Produtores de ração animal
Volume de Exportação 58% da produção
brasileira
Mercado Interno 42% da produção
Quadro 1: Caracterização do empreendimento
Fonte: Elaborado pela autora

26
3.1 A missão da empresa

Segundo Drucker (1980), uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou
produto que faz; ela se define pela sua missão. Somente uma definição clara da missão e razão
de existir da organização torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa. Assim
sendo, a missão expressa a razão de existência da empresa.
Para o caso estudado, a missão é definida como: “Garantir melhor qualidade do
produto e satisfação dos clientes, processo que respeita o meio ambiente e contribui para
sustentabilidade”.

3.2 Visão

Segundo Calderon ( 2004), “ao estabelecer a visão de uma empresa, esta declara o
rumo que pretende seguir ou também pode definir o desejo de atingir algum objetivo”. Trata-
se ainda da personalidade e caráter da empresa. Assim, a declaração de visão de uma empresa
deveria refletir as aspirações da empresa e suas crenças. Os leitores da declaração de visão de
uma empresa poderão interpretar o negócio como uma pessoa, como alguém que eles gostam,
confiam e acreditam .
A declaração de visão ajudará esses leitores a visualizarem a empresa como
empreendedor a vê, não como uma forma impessoal ou apenas algumas palavras em um
pedaço de papel. A declaração de visão não estabelece ou expressa fins quantitativos, mas
provê motivação, uma direção geral, uma imagem e uma filosofia que guia a empresa. Além
de apontar um caminho para o futuro, estimula o empreendedor atingir seu objetivo. Deve
representar as maiores esperanças e sonhos da sua empresa.
Neste caso a visão que mais se relaciona com o perfil do projeto e o desejo dos
investidores dessa cadeia é definido como: “Competitiva internamente e externamente
estreitando assim os laços através de negócios bem estruturados, rentáveis e que envolvem
riscos controlados”.

27
3.3 Valores

Prover ações que atendem as necessidades do presente sem comprometer as


possibilidades das gerações futuras em atender suas necessidades.

3.4 Organograma

Diretoria

Comercial Financeiro Produção


Quadro 2: Organograma da empresa
Fonte: Elaborado pela autora

28
4. APRESENTAÇÃO GERAL DO NEGÓCIO

Iniciar uma atividade empresarial requer do empreendedor o pleno domínio da


atividade que se propõe. Neste sentido, tão importante quanto o conhecimento do ambiente
econômico no qual está inserido sua capacidade gerencial é um fator de fundamental
relevância para o bom desempenho do negócio.
O intuito deste projeto é suprir com informações necessárias ao empreendedor
disposto a realizar um novo investimento. Trata-se de um instrumento de auxílio, contém as
informações necessárias sobre o mercado, investimentos, previsão de resultados operacionais,
fontes de financiamento e diversas informações relevantes que, em conjunto com outras
literaturas sobre o mercado que se pretende atuar, contribuirá com eficiência maior para uma
tomada de decisão segura e com consideráveis perspectiva de sucesso que envolve a produção
de leveduras. Demonstração real da viabilidade econômica do negócio e inovação.
Espera-se com o resultado deste estudo identificar o melhor posicionamento do
produto no mercado e oportunidades de negócios. A planta para produção, na qual serão
industrializados capacidade instalada real 8 a 12ton/dia.

4.1 Aplicações

A levedura inatura e seca tem forte aplicação na produção de ração animal, por se
tratar de um produto rico em nutrientes com altos índices proteicos e vitaminas do tipo B e D,
sais minerais e aminoácidos, reconhecida e utilizada por diversos consumidores de rações
animais em decorrência de seus benefícios e particularidades.
De todos os micro-organismos as leveduras reúnem as características mais favoráveis
à sua utilização na alimentação animal. Nas décadas de 70 e 80, diversos trabalhos
zootécnicos foram realizados tendo como único objetivo viabilizar a levedura como uma fonte
proteica alternativa. Com isso, até ao início dos anos 90, as leveduras permaneceram
"esquecidas", sendo seu uso viabilizado na alimentação animal apenas quando o custo se
tornava interessante em função de sua composição nutricional de base proteica.
A partir de 1990, o crescente interesse por parte dos produtores de ração para criação
de camarões e para o desmame de leitões, tanto da Europa como da Ásia, fez com que as
indústrias adequassem seus procedimentos industriais, procurando o processamento de
leveduras com alta qualidade, possibilitando o crescimento do mercado.
29
Durante esta década o enfoque dos trabalhos zootécnicos realizados mudaram,
visando a obtenção de resultados em melhorias de performance, prevenção de
doenças e reforço do sistema imunitário e como resultado deste esforço científico, a
indústria mundial passou a ver as leveduras como um aditivo profilático, com
capacidade de melhorar a performance dos animais sujeitos a condições de stress
(MOREIRA e MIYADA, 1998).

4.1.1 Benefícios

Segundo Berto, (1985) “aumentam a resistência a infecções, pelo fato de possuírem


componentes que aumentam a resposta imunológica”. A levedura também tem sido utilizada
pelo seu alto conteúdo de nutrientes facilmente disponíveis e de alto valor nutricional, sendo
um excelente componente alimentar para todos os animais jovens e de rápido crescimento.
Fonte de nucleotídeos (aminoácidos) aumenta a resposta imunológica a doenças,
melhora a morfologia intestinal, principalmente após o desmame (possibilita maior taxa de
maturação das vilosidades intestinais), melhora o metabolismo energético, melhora o
metabolismo de nitrogênio, além de ser um agente flavorizante, melhorando a palatabilidade.
Aumenta a utilização do lactato e amônia, equilibra o pH rumina, ganho de peso e a produção
de leite na média 5% maior, aumenta a ingestão de fibras, apresentam fatores de crescimento.
Fonte de ácido glutâmico melhora a palatabilidade das rações, estimulando o
consumo. Poder aglutinante melhora a qualidade da ração politizada reduzindo os “finos”.
Fonte natural, de vitaminas do complexo B, inclusive inositol (B7), o complexo B tem uma
função muito importante como anti-estressante. O inositol (que atua como mensageiro
intracelular de crescimento) é um importante promotor natural de crescimento.

4.1.2 Aspectos biológicos

As leveduras são micro-organismos unicelulares (fungos), que se reproduzem


assexuadamente por brotamento e se desenvolvem no processo de fermentação do caldo de
cana-de-açúcar durante a produção do álcool. Sejam elas vivas ou não, possuem em sua
composição uma fração de carboidratos (20% a 40%), é composta principalmente por
glucanas e mananas, os quais possuem impacto no sistema imunológico e habilidade para
prevenir a colonização de bactérias patogênicas no trato gastrointestinal.

30
5 MERCADO

A levedura seca é um produto destinado ao mercado interno e externo. A empresa


comercializa o produto para os intermediários (distribuidores) como: ICC (Indústria e
Comércio de Exportação e Importação Ltda.) que comercializa o produto entre os diversos
produtores de ração animal no Brasil, Europa e Ásia.

5.1 Histórico sobre a produção de leveduras no Brasil

Ao final dos anos 70, a criação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) estimulou
o desenvolvimento da produção de álcool em larga escala, alavancando o beneficiamento do
creme de leveduras, como um de seus principais sub produtos. Neste mesmo período
iniciaram-se pesquisas no campo da zootecnia tendo como objetivo viabilizar a levedura seca
como fonte de proteína .
A partir dos anos 90, houve um crescente interesse por parte de produtores de ração
animal, especialmente na Europa e Ásia. Isso possibilitou o crescimento e a valorização do
produto no mercado, fez com que a produção brasileira se adequasse aos padrões
internacionais e melhorasse seus procedimentos industriais, buscando produzir uma levedura
de alta qualidade.
As pesquisas continuaram, porém com mudança do enfoque, da nutrição para melhora
de performance, prevenção de doenças e reforço do sistema imunológico, e com isso o
produtor brasileiro passou a enxergar a levedura seca como aditivo profilático. O mercado
brasileiro, juntamente com outros produtores mundiais ganharam força, atualmente é
exportada para aproximadamente 50 países.

5.2 Condicionantes localização

A viabilidade da implantação de uma fábrica de leveduras como de qualquer outro


negócio, está condicionada a uma análise detalhada dos aspectos locacionais mais
importantes. No caso, seu local de instalação apresenta certas exigências específicas, além
daquelas condições mínimas para o funcionamento de qualquer atividade industrial, ou seja,
31
boa disponibilidade de água, e existência de uma infraestrutura mínima composta de boa rede
de energia elétrica, estradas de acesso em bom estado de conservação. Sua localização deverá
preferencialmente acontecer em área rural, próximo a áreas que tenham tradição de plantio de
cana de açúcar.
É importante ainda que se disponha de um terreno de preferência plano e que possua
área suficiente para a montagem de um estabelecimento industrial com área de manobras que
facilite o processo assim como o carregamento do produto final por caminhões, e/ou outros
veículos. Outro aspecto importante a ser observado diz respeito às normas de controle de
poluição ambiental. Nesse caso é fundamental a observância da lei de zoneamento municipal
e normas de controle das Secretarias de meio ambiente estadual e municipal, quando for o
caso.

5.3 Avaliação do ambiente de negócio (Análise do ambiente Interno e Externo)

A Análise ambiente é o processo de identificação de oportunidades e ameaças, forças


e fraquezas que afetam a empresa no cumprimento de sua missão. As oportunidades se
aproveitadas adequadamente podem influenciar a empresa positivamente, as ameaças não
eliminadas e não evitadas ou minimizadas podem afetar a empresa negativamente, as forças
tangíveis ou não podem ser potencializadas para melhorar o desempenho e as fraquezas
tangíveis ou não devem ser eliminadas pois podem afetar negativamente o desempenho. São
indicadores que merecem atenção dos empreendedores e podem significar o sucesso ou
insucesso do negócio que depende da sintonia com o ambiente.
Segundo Drucker (1980):

Em épocas turbulentas as empresas não podem pressupor que o amanhã será sempre
uma extensão do presente”. Pelo contrário devem administrar visando mudanças
que representem oportunidades e ameaças. Uma era de turbulências é também uma
era de grandes oportunidades para aqueles que, aceitarem e explorarem as novas
realidades. Os tomadores de decisões devem enfrentar face a face com a realidade e
resistirem à tentação das certezas do passado. (DRUCKER, 1980).

32
Especialmente importante a análise de ameaças e oportunidades para melhor definir o
posicionamento da empresa frente às questões futuras. Criada por Kenneth Andrews e Roland
Christensen, dois professores da Harvard Business School, e posteriormente aplicada por
numerosos acadêmicos e profissionais da área de estratégia, a Análise SWOT estuda a
competitividade do plano de negócio segundo quatro variáveis:
Forças (strengths), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças
(threats). A partir das análises realizadas anteriormente, foi possível identificar os pontos
positivos e negativos da empresa através da análise do seu ambiente interno e externo.
Procedimentos para análise de ambiente interno, para identificar as forças e as fraquezas são
comumente utilizadas:
Entrevistas e visitas técnicas, questionários, painéis, seminários, caixas de sugestões,
brainstorming, CIPAS, CCQ (comitês de controle de qualidade) etc. Neste caso foram
utilizadas para realizar a análise entrevistas com profissionais envolvidos com a cadeia
produtiva da cana de açúcar, pesquisas na internet em sites especializados em agronegócio
como: Embrapa, revista PROCANA, ÚNICA e visitas técnicas realizadas na planta de uma
usina em Porto Ferreira SP na data: 26/04/2013.
Assim, como resultado desse estudo, pôde-se obter a seguinte matriz SWOT.

5.3.1 Matriz de swot

Força Fraqueza
Qualidade reconhecida;
Relação de confiabilidade com cliente; Não tem variedade de serviço;
Prazos de entrega mensal ; Oscilações da produtividade da cana de açúcar;
Interno
Proximidade com fornecedor; Dependência do fornecedor
Imagem de sustentabilidade por se tratar de ( fornecedor único);
reaproveitamento de um resíduo industrial;
Oportunidade Ameaça

Potencial do Mercado Asiático; Maior oferta do produto no mercado;


Aumento da demanda interna; Concorrência;
Tecnologias novas para processamento; Aumento da produção nacional;
Externo Tecnologias de melhoramentos genéticos; Cotação de preços no mercado internacional;
Abertura de novos mercados, conquista e novos Condições climáticas pode afetar o
clientes; processamento de cana de açúcar e interromper o
Projeções futuras preveem o aumento do processo;
mercado de rações até 2019;

Quadro 3: Matriz Swot


Fonte: elaborado pela autora
33
5.3.2 Perspectivas de mercado e oportunidades

Segundo Prof. Marcos Fava Neves (FEA/USP) Portal do G1 “o Brasil é líder


incontestável no contexto agro energético internacional, estima-se que ainda precisaria
construir ao menos 120 usinas, com investimentos no entorno de US$ 95 bilhões, para atender
a demanda de açúcar e etanol até 2020”.
O mercado para leveduras de cana de açúcar em geral concentra-se em grandes
empresas de exportação de commodities. É um mercado que cresce apesar da crise econômica
na zona do euro e consequentemente todos os países do mundo são afetados, a economia
brasileira se mantém estável. O grande mercado para levedura está na Europa, é importante
ressaltar que a entrada de um produto em um mercado, já de certa forma ocupado por
concorrentes que produzem o mesmo produto ou produtos similares, vai requerer estratégias
bem definidas e bem trabalhadas de vendas.
Portanto, ter um produto de características e qualidade pelo menos igual as já
comercializadas no mercado é de fundamental importância. Em segundo lugar, a concorrência
no mercado desse produto, que não podem ter uma grande diversificação ou que, pela escala
pequena se comparado com produtos como o farelo de milho, não suportariam um grande
investimento em marketing, é inegavelmente realizada pela via do preço e da qualidade.
Neste caso, o conhecimento do mercado concorrente e principalmente das alternativas
tecnológicas para modificar o processo produtivo e assim reestruturar seu sistema de custos,
adaptando-o constantemente à realidade do mercado, são condições essenciais para que se
viabilize o lado mercadológico do produto. O grande ganho do produtor será obtido com uma
firme postura empresarial de se estabelecer uma política permanente de busca de ganhos de
produtividade, qualidade e por decorrência de redução de custos.
Segundo dados do ministério da agricultura, o Brasil teve uma produção de rações
animal estimada de 62 milhões de toneladas em 2011. Isso significa crescimento em toda a
cadeia de fornecedores de aditivos para melhoramentos genéticos como a levedura seca como
fonte proteica. Considerando a produção brasileira de carnes (bovina, suína e de aves) em
2010, estimada em 24,5 milhões de toneladas, temos que 75% dessa produção é consumida
internamente no país.
No ano de 2012, o consumo per capita de carnes aumentou em relação ao ano anterior
chegando a 37,4 kg para carne bovina; 43,9 kg de carne de aves e 14,1 kg de carne suína,
refletindo o bom desempenho da economia brasileira. Também as carnes ovina e caprina,
34
assim como a produção de leite e seus derivados, são consumidos majoritariamente no
mercado interno brasileiro. A produção de carne (bovina, suína e aves) deverá aumentar em
12,6 milhões de toneladas até 2018/2019, segundo previsões da Coordenação Geral de
Planejamento Estratégico, da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do Ministério da
Agricultura.

5.3.3 Regiões produtoras

O Brasil vive uma expansão da cana de açúcar, que atravessou as fronteiras das
regiões tradicionais Interior de São Paulo e nordeste, em busca de novas áreas como Minas
Gerais, Mato Grosso, mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Crescimento impulsionado pelas
matrizes energéticas menos poluentes e motores bicombustíveis.

5.3.4 Fornecedores

Conforme Kotler (2000, p. 217) : “a redução do tempo gasto na seleção do fornecedor


e a proteção do preço durante a vigência do contrato também oferecem economias para o
comprador. O vendedor lucra com custos operacionais reduzidos, devidos á estabilidade da
demanda e á redução da burocracia”.
O autor ainda explana que:

Quando as ofertas dos fornecedores são parecidas, eles podem atender ás exigências
de compras independente do fornecedor e passar então a dar mais valor ao
tratamento pessoal que recebem. Quando as ofertas de fornecedores variam
substancialmente, os compradores empresariais são mais responsáveis por suas
escolhas e dedicam maior atenção aos fatores econômicos. (KOTLER, 2000, p. 219)

O maquinário necessário para a instalação da unidade industrial, assim como seus


equipamentos complementares podem ser adquiridos diretamente com os fabricantes, após
análise de preço capacidade técnica e operativa dos mesmos. No caso da matéria prima
básica, creme de levedura, aconselha-se que seja feita parcerias com usinas de cana de açúcar
35
e se instalar dentro da planta o mais próximos da fábrica, além de ter a energia e água
fornecida pela usina.
Fabricantes de equipamentos e máquinas: Gba equipamentos, Motrice equipamentos e
processos
Comercializa: Alibaba.com

36
6 PLANO OPERACIONAL

O plano operacional consiste em apresentar as etapas necessárias para industrialização


das leveduras e transformá-la em matéria-prima para aplicação em produtos de maior valor
agregado (ração animal).

6.1 Pré-produção da levedura

O processo de pré-produção da levedura se inicia na etapa de fermentação, consiste em


adicionar o fermento no mosto (caldo de cana). Na fermentação ocorre a transformação dos
açúcares em álcool, através do metabolismo das leveduras (fermento).
O mel final da Fábrica de Açúcar (com brix em torno de 80) é diluído com água para
que seja atingido o brix desejado para a fermentação, em torno de 23° Brix. Esta mistura
alimenta dois trocadores de calor em cerca de 50 C, saindo dos mesmos em cerca de 34,0C.
A mistura de água e mel denomina-se mosto e depois de passar pelos trocadores de calor é
enviado para o diluído de mosto, e posteriormente para alimentação das dornas.
Capacidades para a fermentação:
 7 dornas de 305 m³ cada;
 1 dornas volante de 510 m³ ;
 3 cubas de 68 m³ cada.
O tempo para encher uma dorna é de cerca de 3 a 4 horas , o mosto é alimentado na
dorna simultaneamente com o fermento tratado (cerca de 90 m³ de fermento) , depois de cheia
a dorna, a fermentação se completará com mais 2 ou 3 horas . A temperatura de fermentação
deve ser controlada entre 33C e 35C e o pH em torno de 2,2 . Para o controle da
temperatura há trocadores a placa onde água de resfriamento troca calor com o vinho.
Nas dornas durante a fermentação se ocorrer a formação de espuma em excesso,
adiciona-se dispersante e anti espumante para evitar perdas de álcool através da espuma. O
CO² liberado durante a fermentação é lavado com água em uma coluna de recuperação, sendo
que esta água vai para a dorna volante com um teor de 2 a 3% de álcool, e o CO² é liberado
para a atmosfera.

37
Se durante a fermentação for verificada alguma contaminação por bactéria, através de
análise microbiológica, se faz necessário a adição de antibiótico para o controle da mesma.
Verificado o término da fermentação, que se ocorre quando ocorre a estabilidade do
brix do mosto, que é medido a cada hora, o vinho é então enviado para a centrifuga. Quando o
“vinho bruto“ for centrifugado, ocorre a separação do fermento e do vinho. O vinho é enviado
para a dorna volante com um teor médio de 8% de álcool, pronto para ser enviado aos
aparelhos de destilação.
O fermento é enviado às cubas para ser tratado, é adicionado ácido sulfúrico e água
para corrigir o pH do fermento que é alimentado na cuba com pH em torno de 4,0 e o mesmo
é corrigido para cerca de 2,2. Dentro das cubas existem agitadores mecânicos que efetuam a
homogeneização do fermento.

6.1.1 Autólise

Quando a levedura decanta na fase de fermentação primária após ter convertido o


açúcar fermentável presente no mosto em álcool e CO² e quando começa a ficar sem
nutrientes poderá num momento ou outro iniciar o processo de autólise que liberará
compostos para a levedura gerando sabores não desejados.

38
6.1.2 Fluxograma
O fluxograma, conforme figura 01, representa 3 processos de produção de leveduras.
O processo tradicional é a opção 1 passando por centrífugas e spray dryer e o resultado é
levedura seca inativa.

Opções de processamento
da levedura

Figura 1: Fluxograma de processamento da levedura


Fonte mundodacana.blogpot.com

39
6.2 Preparo

A produção de levedura seca utiliza como matéria- prima o excedente da levedura


utilizada na fermentação alcoólica, para cada litro de álcool, sendo viável um rendimento
médio de 20 a 25 gramas de leveduras. Essas leveduras passam pela etapa do preparo onde
ocorre o aumento do teor de proteína, redução parcial de minerais, da acidez e das substâncias
que interfiram na cor, no cheiro e no sabor conforme a figura 02, O creme de levedura
permanece no tanque com agitador no fundo conforme mostra a figura 03, após esta etapa é
adicionado água para retirar grau alcoólico figura 04.

Figura 2: Tanque de estocagem de creme de levedura para preparo


Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

40
Figura 3: Tanque de creme de levedura com agitador no fundo
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

Figura 4: O creme de leveduras excedente do processo do etanol é diluído em água para retirar o grau alcoólico
(GL).
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

41
6.3 Destilação por coluna e centrifugação

Neste processo o creme de levedura é diluído até uma concentração de 20%v/v de


água em uma dorna com temperatura controlada onde ocorre a fermentação endógena. Após
o processamento é bombeado para coluna de destilação, conforme mostra a figura 05,
regenerador de calor, onde é aquecido em contra corrente com material desalcoolizado que sai
da base da coluna. O creme é alimentado e aquecido no topo da coluna, com injeção de vapor
direto na base. Uma solução hidroalcoólica sobe, condensa e é enviada para dorna volante. O
creme é concentrado em centrífuga conforme mostra a figura 06 e após centrifugado é
separado em vinho e creme de levedura e enviado para o tanque pulmão do spray dried .

Figura 5: Coluna de destilação


Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

42
Figura 6: Centrífuga
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

O creme de levedura excedente do processo de fermentação dirige-se então para um


grande secador (spray dryed) em forma de cone com um disco interno girando em alta
velocidade (5000 rpm) com temperatura em torno de 200°C conforme a figura 07. Desta
forma o creme sofre uma secagem instantânea conservando ao máximo as propriedades
nutricionais do produto.

43
6.4 Secagem

Figura 7: Spray dryed


Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

6.5 Embalagem

Após a secagem segue até os recipientes cônicos conforme mostra a figura 08, que
posteriormente passa por uma peneira para padronização de granulometria. A levedura seca é
recolhida no fundo da câmara. O produto é descarregado através de uma válvula rotativa,
onde está pronto para ser ensacado mostra na figura 09, na forma de pó fino conforme a
figura 10. Posteriormente a etapa de pesagem e o produto é armazenado em barracão fechado
livre de umidade.

44
Figura 8: Recipiente ciclones
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

Figura 9: Ensacamento em embalagens de 25 kg


Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

45
Figura 10: Pó de levedura seca, valores de proteína bruna entre 27 e 47%
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

6.6 Plano de melhorias

Este plano de melhorias visa, apresentar tecnologias para armazenagem e


processamento da levedura seca, podendo ser aplicado em todas as empresas que desejam
aumentar a produtividade visando custos mais baixos e boas práticas de fabricação. A figura
11, apresenta uma centrifuga de separação de líquidos e sólidos , para uma produção mais
elevada e de melhor qualidade é necessário investir em novas centrífugas. A figura 12 mostra
uma centrífuga que possui uma série de discos paralelos que porporcionam uma grande área
de sedimentação. O material é removido através de válvulas. Pode-se trabalhar com força
centrífuga variando de 5.000 a 15.000 g. Sendo um fluxo de alimentação de 200m³/h.

46
Figura 11: Centrífuga de separação
Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

Figura 12: Centrífuga de separação


Fonte: Alibaba.com

47
6.6.1 Processo de secagem por Spray Dryer

No equipamento da figura 13, o processo é constituído pelo bombeamento da


levedura em uma câmara de secagem, passando por um cabeçote que gira em altíssima
rotação, atomizando a levedura em pequenas gotículas que combinadas com o fluxo de ar
quente (em torno de 200°C), ficam secas quase que em poucos segundos. A levedura seca é
recolhida no fundo da câmara que tem forma de cone. O produto é descarregado através de
uma válvula rotativa quando está pronto para ser ensacado na forma de pó fino. Na figura 14
podemos observar as novas instalações de um Spray Dryer.

Figura 13: Spray dryed


Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

48
Figura 14: Novas Instalações de um Spray dryed
Fonte: Alibaba.com

6.6.2 Processo de secagem por Drun dryer

Neste equipamento o método de secagem é realizado a partir transmissão de calor


direta com a superfície aquecida do rolo rotativo, atingindo temperaturas de até 120ºC sem
contato com o ar. Na ausência de oxigênio durante a secagem e com o produto saindo do
secador a uma temperatura inferior a 60ºC, os nutrientes mais sensíveis presentes na levedura
não sofrem perdas por oxidação nesse sistema de secagem. Na figura 15, podemos observar as
novas instalações de um Drun dryer.

49
Figura 15: Novas instalações de drun dryer
Fonte: Alibaba.com

Após a secagem no Drum Dryer, a levedura seca passa por um sistema de transporte
que a leva até um moinho redutor de partículas para padronização da granulometria desejada.
Na sequência, a levedura é empacotada em sistemas de enchimento automático, controlados
através de uma balança de precisão e válvula rotativa.

6.6.3 Análise comparativa dos processos DRUM DRYER E SPRAY DRYER

Na análise comparativa destes processos foram considerados dois aspectos: Custos e


Qualidade do produto conforme a tabela 1 e tabela 2 .
Análise de Custos: Para a comparação feita a partir da análise dos custos foram
considerados dados técnicos, de produção .
Os dados técnicos são referentes ao consumo de energia dos equipamentos Drum
Dryer e Spray Dryer.

50
Tabela 1: Diferença de consumo de um spray dryer e drum dryer
DRUM SPRAY
DADOS TÉCNICOS UNID DRYER DRYER % AUMENTO

Consumo de energia térmica/Kg água evap. Kcal/kg 767 1275 66,20%


Consumo de energia elétrica/Kg água evap. kw/kg 0,04 0,07 75,00%
Consumo de vapor/Kg água evap. kg/kg 1,5 2,5 66,20%
Fonte: http://www.cori.unicamp.br/foruns/agro/evento13/leimer.ppt; Acesso em junho 2013

Tabela 2: Dados de produção e consumo


DADOS DE PRODUÇÃO UNID DRUM DRYER E SPRAY DRYER

Capacidade em kg água evaporada por hora kg/h 1000


Capacidade em produto seco por hora kg/h 117
Número de horas trabalhadas por dia h/dia 24
Número de dias trabalhadas por mês dia/mês 30
Fonte: http://www.cori.unicamp.br/foruns/agro/evento13/leimer.ppt; Acesso em junho de 2013

O levantamento dos dados financeiros foi feito baseado em valores do custo de energia
e mão de obra atualizados. Os custos de investimento – valor do equipamento + instalações –
foram feitos com empresas brasileiras idôneas com base nos dados de produção já
mencionados. A tabela 3 mostra os dados financeiros obtidos.

Tabela 3: Levantamento de dados financeiros


DRUM SPRAY %
DADOS FINANCEIROS UNID DRYER DRYER AUMENTO

Custo do kg de vapor R$/kg R$ 0,05


Custo da energia elétrica R$/kw R$ 0,33
Custo considerado de mão de obra por hora R$/h R$ 12,61
Juros considerados por mês %/mês 0,80%
Taxa de depreciação anual % 20%
R$ R$
valor do equipamento + Instalações R$ 2.483.766,64 4.800.000,00 93,30%
Fonte: http://www.cori.unicamp.br/foruns/agro/evento13/leimer.ppt; Acesso em junho de 2013

(1) O valor considerado para o equipamento Drum Dryer é para aquisição de uma
linha completa de secagem para produzir com qualidade.

51
6.6.4 Armazenamento

A armazenagem deste produto deve ser feita de forma que o produto não tenha
contatocom umidade, calor e com total higiene. A figura 16 mostra a área de ensaque do
produto atualmente em usina. A figura 17 é sugerido melhorias , a área de ensaque com sala
isolada, exaustão interna. piso epóxi oferecendo total segurança na armazenagem do produto.

Figura 16: Área de ensaque atual


Fonte: Ferrari Agroindústria S/A 2013

52
Figura 17: Área de ensaque e armazenamento padrão
Fonte: www.sucrana.com.br

53
7 MARKETING

7.1 Ferramentas de marketing

O plano de marketing indica como a empresa pretende vender seu produto e


conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. O
plano de marketing de uma empresa é muito importante, pois uma estratégia errada
pode destruir um produto antes mesmo de ser implementada, independente do
produto ser de alta qualidade ou não. Marketing significa administrar mercados, com
o propósito de satisfazer as necessidades e desejos do homem conforme as
definições. (Kotler & Armstrong, 2007).

Marketing como processo social e gerencial através do qual os indivíduos e grupos


obtêm aquilo que desejam e necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os
outros, podemos dizer que os conceitos centrais de marketing se baseia em: Necessidades,
desejos, demandas, produtos, valor, satisfação, qualidade, troca, transações, relacionamentos e
mercados.
Segundo Drucker, (1980) um dos principais pensadores da administração, “o objetivo
de marketing é tornar a venda supérflua. É conhecer e compreender o cliente tão bem que o
produto ou serviço sirva e venda por si próprio”.

Compreender as necessidades e os desejos dos clientes nem sempre é tarefa fácil.


Alguns consumidores têm necessidades das quais não têm plena consciência, ou não
conseguem articular essas necessidades. Ou então empregam palavras que exigem
alguma interpretação. Responder apenas á necessidade declarada pode não ser o
bastante para o cliente. (KOTLER, 2000).

Entendemos que o importante para cadeia produtiva de produção de leveduras é atrair


novos clientes, porém o enfoque hoje é manter os antigos e desenvolver relacionamentos á
longo prazo.
Quando se falar em Estratégia de Marketing, deve-se ter em mente os chamados 4Ps
do Marketing.
• Produto;
• Preço;

54
• Praça (Canais de Distribuição);
• Propaganda e Promoção.
Para o projeto desenvolvido nesse plano de negócios, cada um dos P´s será estudado
separadamente nas seguintes seções com o nome dos mesmos.

7.1.1 Produto

O posicionamento refere-se à maneira como os consumidores percebem a empresa e o


produto em relação à concorrência. A imagem da empresa representa a confiabilidade da
mesma em atender as exigências do cliente em relação a fornecimento do produto dentro dos
padrões e sua idoneidade frente às responsabilidades financeiras. No caso da levedura seca as
responsabilidades com a garantia do fornecimento nos prazos são sempre de primeira
importância junto ao cliente. Assim sendo, o cliente vai saber que será constante o
abastecimento de seu estoque conforme o que for acertado nos contratos.

7.1.2 Preço

O preço é uma ferramenta efetiva de marketing, pois afeta a demanda, influencia a


imagem do produto e pode ajudar a atingir o mercado alvo.
A faixa de preço do produto é conforme o mercado, por se tratar de uma commodities
segue conforme as cotações do preço do farelo de milho, neste caso o preço do kg da levedura
se encontra posicionado a valores entre R$ 1,60 kg conforme praticado por produtor
pesquisado. Observando o mercado de produtos concorrentes pode-se dizer que as oscilações
de preço podem ocorrer conforme a demanda e oferta do produto no mercado.

7.1.3 Praça

A rede de distribuição do produto será justamente os clientes conforme mencionado


anteriormente. Essa opção de distribuição se chama venda indireta que é realizada usando a
estratégia de canais de distribuição conforme o quadro 04. A empresa vende para o atacadista
55
que por sua vez faz a distribuição para o consumidor final. A empresa ainda pode vender
simultaneamente aos diferentes tipos de clientes através da venda direta ou indireta,
dependendo da estratégia de canal utilizada, embora não seja muito praticada, fica á critério
do investidor essa opção .

7.1.3.1 Distribuição

Canais de venda
Atacado Representantes comerciais
Venda por telefone e internet
Quadro 4: Distribuição
Fonte: Elaborado pela autora

7.1.3.2 Características do ponto

Visibilidade: Localizado ás margens da Rodovia SP, há 23 km da Rodovia


Anhanguera onde facilita o escoamento da produção e acesso fácil aos clientes, localizado há
267 km do principal cliente e 335 Km portos de Santos.

7.1.4 Propaganda e Promoção

A propaganda e promoção são duas maneiras de divulgação do produto


comercializado com o cliente. A seguir são apresentadas as possíveis formas de valorização
do produto através dessas ferramentas.

7.1.4.1 Propaganda

Fazer propaganda significa enviar diferentes mensagens a uma audiência selecionada,


com o propósito de informar os consumidores, através da utilização de diferentes veículos de

56
comunicação. As propagandas variam muito de preço e dependem do tipo de veículo
utilizado. Um veículo de propaganda clássico para a divulgação da levedura são os sites
especializados em commodities conforme figura 18 e as feiras do agronegócio que são mostra
a figura 19 realizados em diversos períodos do ano e revistas mostra a figura 20. Essa é uma
das melhores possibilidades de propaganda por ser de custo relativamente baixo e ao mesmo
tempo informar diretamente os clientes alvo desse tipo de produto que visitam a feira, no
Brasil existem diversos eventos do tipo.
Dentre eles destacam-se:

Figura 18: Site especializado no setor sucroalcooleiro


Fonte: www.jornalcana.com.br

Figura 19: Feiras do agronegócio onde encontra tecnologias sucroalcooleira


Fonte: www.fenasucro.com.br

Figura 20: Revista de negócios e oportunidades


Fonte: http://www.agroanalysis.com.br/index.php

57
7.1.4.2 Promoção

Quanto à promoção, é um estímulo ao marketing utilizado para gerar demanda do


produto ou serviço. O propósito da promoção é poder dizer ao público que a empresa tem
aquele produto ou serviço que satisfaz a demanda do consumidor. Os objetivos da promoção
são:
• Informar
• Persuadir
• Lembrar
Alguns resultados que podem ser obtidos da promoção incluem o aumento nas vendas,
aumento na participação de mercado, melhora da imagem da marca e aumento do
conhecimento do seu negócio. Por se tratar de leveduras secas esta ferramenta de marketing
não é muito utilizada o que normalmente se usa é informações claras e objetivas nas
embalagens.

58
7.2 Análise da concorrência

Tabela 4: Análise da concorrência


Nome Produtos/serviços
COMPANHIA AÇUCAREIRA DE Pioneira do setor sucroalcooleiro na região Noroeste do Estado de São Paulo, a Usina Campestre iniciou produzindo somente
PENÁPOLIS açúcar cristal, em 1977 começou a produzir álcool combustível. Hoje, produz álcool hidratado, álcool anidro, açúcar cristal
branco, açúcar cristal VHP, levedura e bagaço de cana.
COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL A cooperativa foi constituída por iniciativa de um grupo de agricultores, considerando-se as expectativas positivas do Proálcool.
DO VALE DO IVAÍ LTDA A Cooperval tem por objetivo “promover o desenvolvimento socioeconômico de seus cooperados, colaboradores e da região,
COOPERVAL por meio de assistência técnica na produção de cana-de-açúcar, produzindo e comercializando alimentos e energia renovável”. A
Cooperval trabalha na produção e comercialização dos seguintes produtos e subprodutos: álcool anidro, álcool hidratado, açúcar
cristal VHP e branco, bagaço de cana, torta de filtro, óleo fúsel e levedura.
DAIL S/A DESTILARIA DE ÁLCOOL Empresa atuante no setor desde 1981, e firmada na época do Proálcool, teve um crescimento gradativo não só da produção de
IBAITI cana-de-açúcar, como também na diversificação dos seus produtos primários, como: álcool etílico hidratado carburante, álcool
etílico anidro carburante, levedura seca inativada, bagaço in natura e bagaço hidrolisado.
DELLA COLETTA USINA DE AÇÚCAR A safra de 1984 foi a última de aguardente de cana. Depois, foi dado início à instalação da destilaria de álcool e fermentação. A
E ÁLCOOL LTDA partir da safra de 2000 teve início a produção de álcool anidro, xarope e açúcar. A empresa produz álcool etílico hidratado
carburante, álcool etílico hidratado, álcool etílico anidro carburante, açúcar cristal VHP, levedura seca e bagaço de cana-de-
açúcar.
DESTILARIA CENTRO OESTE Empresa de capital privado, fundada em 2002, com a finalidade de exploração dos ramos de: industrialização e comercialização
IGUATEMI LTDA de álcool etílico hidratado, álcool etílico anidro e levedura de cana-de-açúcar; subprodutos do álcool como a vinhaça, cinza, torta
e bagaço de cana; e da atividade agropecuária, cultivo de culturas permanente e temporário e criação de animais.
DIANA DESTILARIA DE ÁLCOOL Principais produtos: açúcar VHP, etanol etílico anidro combustível, etanol etílico hidratado combustível, levedura e óleo fúsel.
NOVA AVANHANDAVA LTDA
GRUPO ANDRADE Empresa do setor sucroalcooleiro e de energia, produz açúcar VHP, açúcar cristal, álcool etílico hidratado carburante, álcool
etílico hidratado industrial, óleo fúsel, levedura, bagaço in natura e bagaço hidrolisado
GRUPO CERRADINHO AÇÚCAR, o Grupo Cerradinho tem como missão “produzir açúcar, álcool, derivados e energia elétrica com qualidade”. Seus principais
ÁLCOOL E ENERGIA produtos: álcool hidratado, álcool anidro, álcool refinado e neutro, açúcar refinado, cristal e VHP, energia e levedura.
GRUPO SÃO MARTINHO O Grupo tem como principais produtos o açúcar e o álcool, e seus subprodutos: levedura, usada para ração animal, óleo fúsel e
bagaço de cana, utilizado para a geração de eletricidade e vapor. Suas usinas estão em Iracemápolis, SP – Usina Iracema; em
Pradópolis, fica a Usina São Martinho; e, localizada às margens da Rodovia Quirinópolis- Paranaiguara, no município de
Quirinópolis (GO) e a cerca de 300 km da capital Goiânia encontra-se em construção a Usina Boa Vista.
NARDINI AGROINDUTRIAL LTDA A empresa surgiu em 1973 com a destilação de aguardente de cana, em 1979 iniciou a produção de álcool. Com o
desenvolvimento do setor, começou a produzir e comercializar levedura de cana como ração animal. E a partir de 1997 investiu
na fabricação de açúcar cristal, com produção voltada para o mercado internacional.
PITANGUEIRAS AÇÚCAR E ÁLCOOL Os principais produtos oferecidos pela empresa são: açúcar, álcool anidro, álcool hidratado, levedura seca, bagaço hidrolisado e
LTDA energia.
USACIGA – AÇÚCAR, ÁLCOOL E O setor agrícola da empresa desenvolve um trabalho que tem início na definição do volume e da variedade da cana a ser
ENERGIA ELÉTRICA S/A plantada. O plantio é feito pelo método mecanizado e tradicional. No setor industrial, produz álcool e açúcar e a levedura seca,
subproduto da produção do álcool. Atua na comercialização de álcool hidratado carburante, para o mercado nacional e
internacional. O setor agrícola da empresa desenvolve um trabalho que tem início na definição do volume e da variedade da cana
a ser plantada. O plantio é feito pelo método mecanizado e tradicional. No setor industrial, produz álcool e açúcar e a levedura
seca, subproduto da produção do álcool. Atua na comercialização de álcool hidratado carburante, para o mercado nacional e
internacional.
USINA AÇUCAREIRA SÃO MANOEL Tradicional unidade industrial produtora de cana, açúcar, etanol, levedura seca e produtos derivados da cana-de-açúcar.
S.A.
USINA AGREST A usina produz açúcar, etanol, levedura e bioeletricidade. Principais produtos: açúcar VHP, bagaço hidrolisado, etanol anidro
carburante, etanol hidratado carburante, levedura seca, óleo fúsel.
USINA CERRADÃO LTDA Criada em 2006, através da união de dois grupos ligados ao agronegócio, o grupo Queiroz de Queiroz e o grupo Pitangueiras,
apresenta-se em estado final de implantação. A Usina conta com mais de 10.000 hectares de cana-de-açúcar já implantados,
juntamente com seus fornecedores, para inícios da produção de álcool hidratado, álcool anidro e energia elétrica. Outros
produtos: levedura seca, bagaço de cana hidrolisado, bagaço cru, vinhaça e torta.
USINA COLOMBO S/A – AÇÚCAR E Produz e comercializa açúcar granulado e cristal, além de álcool anidro e hidratado, álcool extrafino, levedura seca e energia
ÁLCOOL elétrica.
USINA CORURIPE AÇÚCAR E Integrante do Grupo Tércio Wanderley, produz açúcar, álcool e energia, através de suas quatro unidades: a Matriz, com sede em
ÁLCOOL Coruripe, AL e três filiais localizadas nos municípios de Iturama, Campo Florido e Limeira do Oeste, em Minas Gerais.
Principais produtos: açúcar demerara, VHP, cristal, triturado, álcool anidro e hidratado, mel rico, melaço, energia elétrica, óleo
fúsel, levedura, bagaço de cana hidrolisado, vinhaça e torta.
USINA RUETTE Iniciou suas atividades em 1988, quando realizou sua primeira safra. Após quatro safras, estruturou-se em seu real objetivo que
sempre foi a fabricação de álcool carburante e outros afins, como álcool anidro, álcool hidratado, açúcar VHP e levedura.
USINA SANTA ADÉLIA S/A A usina produz açúcar cristal, etanol anidro e hidratado, levedura, bagaço e energia elétrica.
USINA SÃO DOMINGOS AÇÚCAR E Produz açúcar, álcool, levedura e energia
ÁLCOOL S/A
USINA SÃO JOSÉ DA ESTIVA S.A. Produz principalmente açúcar cristal, bagaço hidrolisado, etanol anidro, etanol hidratado e levedura seca.
AÇÚCAR E ÁLCOOL
USINA SÃO LUIZ S.A. A usina estabelecida na cidade de Ourinhos, produz açúcar, etanol, bagaço, levedura e óleo fúsel.
VALE DO IVAÍ S/A AÇÚCAR E O complexo processo de produção da Empresa tem o seu início no setor agrícola, que compreende todas as etapas da produção
ÁLCOOL da matéria prima da indústria, ou seja, a cana de açúcar. Seus principais produtos: açúcar VHP, álcool anidro, álcool hidratado,
levedura seca, óleo fúsel, bagaço de cana, vinhaça.
VIRÁLCOOL AÇÚCAR E ÁLCOOL A Virálcool produz álcool anidro, álcool hidratado, levedura e açúcar.
LTDA
ZILOR ENERGIA E ALIMENTOS A Zillor em suas unidades industriais produz açúcar cristal, álcool anidro e hidratado, energia elétrica e levedura.
USINA DAMATA Levedura, açúcar, álcool e energia
USINA FERRARI Levedura, açúcar, álcool e energia

Fonte: www.embrapa.com.br

59
7.2.1 Clientes

Clientes potenciais de leveduras secas são:


- Distribuidor 1: ICC Industrial (Indústria e Comércio de Exportação e Importação
Ltda.). Localização: São Paulo, SP
- Distribuidor 2: OKAMOTO
A Okamoto Comércio e Representações está presente no mercado há 19 anos. No
início tinham o objetivo de atuar no setor de transportes, na distribuição de produtos
veterinários e na corretagem de matérias-primas para ração animal. Okamoto Corretora de
matérias-primas para ração animal – em parceria com indústrias de farelo e óleo de soja,
farinha de carne, farelo de trigo, sal, produtores de milho, soja, sorgo, algodão. Dispõe de
equipe qualificada e experiência no mercado para atender a seus clientes com segurança e
comodidade, nas negociações de compra e venda em: Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais,
Espírito Santo, Maranhão, Tocantins, Pará, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco.

Figura 21: Logomarca da empresa Okamoto


Fonte: http://www.okamoto.com.br

7.3 Etapas do ciclo de vida

O comportamento das curvas de ciclo de vida é mostrado no gráfico 1 com a variação


do volume de vendas ao logos dos seus estágios – Introdução, crescimento, maturidade e
declínio.

60
Gráfico 1: Etapas do ciclo de vida
Fonte: www.wikipidia.com.br

Introdução: Neste estágio a administração da empresa necessita desenvolver


flexibilidade para ser capaz de oferecer qualidade e manter o desempenho. Neste estágio o
produto apresenta baixo crescimento nas vendas e lucro negativo devido ás grandes despesas
e investimentos iniciais.
Crescimento: Acompanhar a demanda pode ser a principal preocupação da produção,
manter os níveis de demanda atendidos ajudará a empresa manter a sua participação no
mercado. É caracterizado pela rápida aceitação do produto e melhoria do desempenho
econômico-financeiro com o aparecimento do lucro positivo.
Maturidade: Momento de estabilidade da demanda, questões de custo, produtividade e
fornecimento confiável serão as grandes preocupações. Nesta fase não apresenta crescimentos
significativos nas vendas, os lucros se estabilizam ou podem começar a diminuir como
consequência da entrada de outros concorrentes.
Declínio: Um estágio de queda de vendas, fazendo com que comece a pensar em
outros produtos e estratégias. Tendo em vista este modelo como base, pode-se dizer que o
produto resultante deste estudo está no momento de introdução, uma vez que os estudos da
viabilidade do negócio e implantação estão em andamentos e muitos investimentos serão
feitos.Em contrapartida o mercado de leveduras em geral pode ser alocado no estágio
“maturidade”, mercado de grandes volumes e pouca ou quase nenhuma diferenciação.

61
7.3.1 Riscos do produto

Um dos riscos do produto são as condições climáticas, quando chove interrompe o


processamento da cana de açúcar e a fermentação, portanto afeta a produção de leveduras. A
cotação dos preços do farelo de milho, pois a levedura é atrelado a cotação desse produto no
mercado, cotação internacional e risco cambial de valorização ou desvalorização do real
frente ao dólar. Com a alta do dólar prejudica as importações e favorece as exportações. Para
minimizar estes impactos, geralmente investidores de leveduras são usineiros que possuem
outros produtos como açúcar, álcool, energia e óleo fuzil. Neste negócio a vantagem
competitiva em relação aos concorrentes é diminuir custos de produção utilizando tecnologia
de melhor desempenho.

62
8 NORMAS AMBIENTAIS E SEGURANÇA DO TRABALHO

8.1 Meio Ambiente – CETESB

A CETESB – Companhia Ambiental do estado de São Paulo, em observância ao que


estabelece o artigo 4°, da lei federal 10.650, de 16 de abril de 2003, que dispõe sobre o acesso
público aos dados e informações ambientais existentes nos órgãos e entidades integrantes do
Sistema Nacional do Meio Ambiente, publica, a seguir, as informações referentes ás licenças
concedidas e solicitadas, os autos de infração aplicados, os recursos interpostos e os termos de
ajustamento de conduta (TAC) assinados, autorizações e indeferimentos e alvarás e
indeferimentos.

8.1.1 Como solicitar a licença

Documentação necessária: Impresso denominado, procuração, cópia do contrato


social, certidão da prefeitura municipal local, manifestação do órgão ambiental municipal,
para municípios localizados na região metropolitana de São Paulo, comprovante de
fornecimento de água e coleta de esgoto, memorial de caracterização do empreendimento,
croqui de localização, disposição física dos equipamentos ( layout); pode ser demonstrada em
croqui ou planta baixa da construção, fluxograma do processo produtivo, mapa de acesso ao
local, com referências, roteiro de acesso, outorga de implantação do empreendimento emitida
pelo DAEE, estudo da viabilidade da atividade, anuência da empresa concessionária
permissionária e outras informações que a agência considere pertinentes.
Enviar a documentação na agência da CETESB que atende o município:
 Efetuar o pagamento da licença que corresponde á analise e expedição,
calculado com base no potencial e no porte do empreendimento. Ao protocolar o pedido, a
Agência Ambiental emitirá a Ficha de Compensação com o preço da solicitação, que poderá
ser recolhido em qualquer banco, até o vencimento. Após o vencimento, somente poderá ser
recolhido no Banco Nossa Caixa, num prazo de 10 dias. Decorrido este prazo, nova ficha de
compensação deverá ser obtida junto á Agência Ambiental da CETESB;
 As microempresas e empresas de pequeno porte usufruem de redução
63
significativa no preço da licença e corresponde a 15% do valor calculado. O cálculo realizado
pela CETESB é baseado na tabela UFESP. Após recolhimento da taxa a publicar a Licença
Prévia no Diário Oficial (http://cetesb.impressãoficial.com.br/);
 Entregar na agência da CETESB a publicação;
 Retirar o protocolo e aguardar o contato da agência;
 Se a decisão for favorável, providenciar a publicação conforme modelo para
publicação mais adequado ao caso;
 Entregar a publicação e retirar a licença na agência, de acordo com orientação;
 Se a solicitação for indeferida há possibilidade de interposição de recurso.

8.1.2 Requerimento da licença prévia (LP)

Razão social do empreendimento torna público que requereu na CETESB a licença


prévia.
Requerimento de licença prévia concomitante com a Licença de Instalação (LI).
Razão social do empreendimento torna público que requereu na CETESB de forma
concomitante a licença de Instalação para ( especificação da atividade a ser desenvolvida no
empreendimento).

8.1.3 Formalização do recurso em caso de indeferimento da solicitação

Depois da emissão e entrega do documento de indeferimento, o interessado


pode interpor recurso acompanhado ou não de documentos complementares, que deve ser
protocolado na Agência Ambiental.
A CETESB analisa o recurso, podendo manter ou rever a manifestação desfavorável.

8.2 Normas de segurança do trabalho

No Brasil, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs,

64
regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à
segurança e medicina do trabalho. Essas normas são citadas no Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram aprovadas pela Portaria N.° 3.214, 8 de
junho de 1978, são de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela
CLT e são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Atualmente
existem 36 normas regulamentadoras.
Cada vez mais o setor sucroalcooleiro ganha projeção e destaque no cenário nacional.
Contudo, se por um lado alavanca o desenvolvimento econômico, por outro provoca
preocupações por conta das condições de segurança e saúde nas relações de trabalho. O
Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho têm atuado fortemente na
fiscalização a fim de garantir as condições mínimas necessárias para as frentes de trabalho.

65
9 PLANO FINANCEIRO

9.1 Fontes de financiamentos potenciais

A linha do BNDES mais difundida é chamada de BNDES FINAME e


AUTOMÁTICO que é operada pela maioria dos bancos públicos( Banco do Brasil) e também
pelos bancos privados.
O FINAME é um produto voltado ao financiamento da produção e aquisição de
máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional e previamente credenciada no
BNDES. O financiamento é concedido de forma indireta, através de instituições financeiras
credenciadas.
BNDES/AUTOMÁTICO é um produto que oferece financiamento de até R$ 20
milhões a projetos de implantação, ampliação, recuperação e modernização do
empreendimento – bem como projetos de pesquisa , desenvolvimento e inovação – nos
setores da indústria, comércio, prestação de serviços e agropecuária.
Agente Operador operado por Bancos Comerciais e de Desenvolvimento devidamente
credenciados. Nas operações com empresas que tenham um faturamento anual de R$ 300
milhões, o limite de financiamento será de R$ 10 milhões.
Beneficiários empresas privadas, pessoas físicas residentes e domiciliadas no País,
entidades da administração pública direta e indireta, e demais entidades que contribuam para
os objetivos do sistema BNDES.

9.1.1 Itens Financiáveis

Ativos fixos de qualquer natureza, exceto: terrenos e benfeitorias já existentes;


máquinas e equipamentos usados (no caso de microempresas e empresas de pequenos porte
poderão ser apoiados máquinas e equipamentos de qualquer natureza); animais para revenda,
formação de pastos em áreas de preservação ambiental, Capital de giro associado ao
investimento fixo.

66
9.1.2 Despesas pré-operacionais

Participação: Equipamentos nacionais ou importado: até 100%. Outros itens: -


microempresas e empresas de pequeno porte e programas de desenvolvimento regional: até
90% e demais casos: até 70%. A participação está limitada a 50% do ativo total projetado da
empresa ou do grupo empresarial ou a 5% do Patrimônio Líquido Ajustado do BNDES, o que
for menor. No caso de Bancos privados não há esta limitação. Neste caso, o financiamento
será analisado de acordo com os interesses e reciprocidades apresentados pelo Banco.

9.1.3 Prazos

O prazo total será determinado em função da capacidade de pagamento do


empreendimento, da empresa ou do grupo econômico.
Taxas de Juros: Micro e Pequena Empresas: 6% a.a. + TJLP. Média e grande
empresas: 7,5% a.a. + TJLP. IOF: Cobrado na forma legal, descontado no ato da liberação.
Custo de Análise de Projeto: Isento.
Garantias Reais: Equivalentes, no mínimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens
dados como garantia deverão ter seguro. Pessoais: Aval ou fiança de terceiros. A taxa de juros
depende da linha de financiamento do BNDES Finame em que o cliente e itens financiáveis
se encaixam, é composta da seguinte forma:
Taxa de juros + custo financeiro + remuneração do BNDES + taxa de intermediação
financeira + remuneração do agente financeiro .
Fonte: www.bndes.gov.br

9.2 Análise da viabilidade financeira

A análise financeira de uma agroindústria de processamento de levedura inicia pela


definição do volume de produção que se pretende fabricar. Depois, calcula-se o investimento
físico, definem-se e calculam-se os custos fixos, estimam-se os custos variáveis, projetam-se
os custos totais, identificam-se os custos de comercialização e a margem de lucro, calcula-se o
preço de venda, apuram-se as receitas e os resultados operacionais, projeta-se o investimento
67
inicial, para finalmente, analisar a viabilidade financeira do empreendimento.

9.2.1 Objetivos da análise financeira

A análise financeira tem como objetivos:


 Identificar o investimento físico e financeiro do empreendimento;
 Estimar o volume de produção da agroindústria;
 Definir os custos dos materiais diretos e da mão de obra da empresa;
 Calcular os custos fixos e de produção;
 Projetar as receitas operacionais do negócio;
 Montar a tabela de resultados operacionais;
 Conhecer o valor do investimento inicial;
 Avaliar a viabilidade financeira do empreendimento;
Importante observar :
- O tamanho do mercado consumidor, para projetar o volume de produção do futuro
negócio;
- A noção clara dos preços, prazos de entrega e de pagamento dos insumos a serem
utilizados no processo produtivo, para determinar o custo médio de processamento e
comercialização dos produtos;
- A concepção clara do modelo de negócio, para determinar e orçar o montante de
investimentos físicos e financeiros necessários à implantação do empreendimento;
- O mapeamento do mercado e quais os preços médios dos concorrentes potenciais,
para se ter certeza sobre as possibilidades de implantação do negócio.
Riscos da atividade empresarial : É importante dizer que os procedimentos e os
cálculos, que propagamos nesta parte deste estudo, não eliminarão os riscos inerentes a
qualquer atividade empresarial, uma vez que a capacidade de assumir riscos é uma
característica importante do perfil do empreendedor de sucesso.

68
9.2.2 Volume de produção e investimento físico

O start para o planejamento financeiro é a definição de produção, disponibilidade de


matéria-prima, concorrência, disponibilidade de capital próprio e de terceiros, gastos com
montagem, custo de máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos, mobiliário, imóveis e
outros materiais que compõem o investimento fixo.

9.3 Investimento Inicial fixo

O quadro 05 lista, quantifica e orçamenta custo inicial de uma planta completa mais
instalações necessários para a implementação de uma fábrica de leveduras de cana de açúcar.
Deve-se atentar para o fato de que na hipótese do investidor já possuir alguns destes itens
aqui listados, estes deveriam ser retirados para não influir nas análises de desembolso, ou pelo
menos considerá-los ao preço de mercado para que não seja superestimado o valor do
investimento total e consequentemente estes dados adicionais não reduzas os índices de
rentabilidade apresentados.

INVESTIMENTO INICIAL FIXO


Discriminação Valor R$ Depreciação Anual 10%
Spray dryed + Instalação 4.800.000,00
Barracão de 800m² 800.000,00
5.600.000,00
Quadro 5: Investimento inicial fixo
Fonte: Elaborado pela autora

9.4 Custos (diretos e indiretos)

Os custos diretos estão relacionados com a produção e a venda matérias-primas,


materiais secundários, embalagens e demais materiais utilizados na fabricação de um produto
como mostra o quadro 06, até o estágio em que ele chega ao consumidor final. Materiais
diretos - matérias-primas, materiais secundários e embalagens e a mão de obra direta - salários
e encargos sociais dos recursos humanos ligados diretamente à produção. Geralmente, os

69
custos fixos são compostos pelos salários e pelos encargos sociais do pessoal administrativo
(secretárias, contínuos, vigilantes, gerente-administrativo etc. Gastos com aluguéis; retirada
pró-labore dos sócios; materiais de limpeza e conservação; materiais de expediente ou de
escritório; honorários profissionais (contador, advogado, engenheiro, etc.) Além dos gastos
com depreciação, seguro e manutenção do investimento físico.

Produção e vendas
Prod.
/mês Custos fixos Vendas
Energia Energia
Kg térmica elétrica Manutenção água Impostos
Jan o
Fev o
Març o

Abr 241.000 30.848,00 5.784,00 17.111,00 2.200,00 385.600,00 12,11%

Maio 262.000 33.536,00 6.288,00 18.602,00 2.600,00 419.200,00

Jun 230.000 29.440,00 5.520,00 16.330,00 1.800,00 368.000,00

Jul 229.000 29.312,00 5.496,00 16.259,00 1.700,00 366.400,00

Agos 231.000 29.568,00 5.544,00 16.401,00 1.750,00 369.600,00

Set 255.000 32.640,00 6.120,00 18.105,00 2.500,00 408.000,00

Out 260.000 33.280,00 6.240,00 18.460,00 2.550,00 416.000,00

Nov 275.000 35.200,00 6.600,00 19.525,00 2.700,00 440.000,00

Dez 266.000 34.048,00 6.384,00 18.886,00 2.650,00 425.600,00

Total 2.249.000 287.872,00 53.976,00 159.679,00 20.450,00 3.598.400,00 435.766,24

Despesas totais 957.743,24


Quadro 6: Produção e vendas
Fonte: Elaborado pela autora

9.5 Custo de produção e encargos sobre produtos

Custo de Produção (CP), isto é, quanto vai custar produzir cada kg de levedura seca,
70
basta somar esses três itens: Materiais Diretos (MD), Mão de obra Direta (MO) e Custo Fixo
(CF), e dividir o resultado pelo Volume de Produção (VP), ou seja:
CP = (MD + MO + CF) : VP
Finalmente, para calcular o custo unitário de produção, basta dividir o custo anual de
produção pela quantidade fabricada de cada produto. Assim, o custo unitário de produção é
obtido pelo custo mensal de produção dividido pela quantidade anual de produção conforme o
quadro 07.

Comparação do custo de operação e investimento

Drum dryer Spray dryer % Aumento


Custos de Produção -R$/Kg produto seco

Custo de matéria-prima R$ Não considerado

Custo de energia térmica R$ 0,077 0,128 66,20%

Custo de energia elétrica R$ 0,012 0,024 100,80%

Custo de mão de obra R$ 0,108 0,108 0,00%

Custo total de operação R$ 0,197 0,26 32,20%

Manutenção R$ 0.037 0,071 0,93,3%

Custo financeiro do investimento R$ 0,221 0,426 0,93,3%

Custo total do investimento R$ 0,257 0,497 0,93,3%

Embalagem /7.200 mensais R$ 0,6

Valor de venda do Kg do produto (Seco) R$ 1,6


Quadro 7: Comparação do custo de operação e investimento
Fonte: Elaborado pela autora

9.5.1 Impostos

O IPI, imposto sobre produtos industrializados, Para saber a taxa de imposto sobre
produto industrializado é preciso identificar o produto na TIPI, Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados.
71
O ICMS, Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, tem base o valor CIF
(valor da mercadoria incluído o frete e o seguro).

9.6 Custos com mão de obra

Relaciona apenas funcionários diretamente ligados ao setor de produção, para


permitir melhor planejamento e administração da empresa. Isso porque o trabalho dos
operários está diretamente relacionado ao volume de produção de uma agroindústria, o que
não acontece com o pessoal que trabalha na área administrativa, esteja a fábrica produzindo
ou não, quer dizer que não participam ativamente do volume de produção. O piso salarial dos
funcionários é definido regionalmente pelos sindicatos da classe. Neste estudo, utilizamos o
salário médio do estado de São Paulo conforme o quadro 08.

CUSTOS COM MÃO DE OBRA MENSAL

Cargo/função N° Func. Salários Total % Encargos Total


Operadores de processo 3 1.200,00 3.600,00 74,80% 2.692,80 6.292,80
Líder de produção 1 2.001,00 2.001,00 74,80% 1.496,75 3.497,75
Total 3 5.601,00 9.790,55
Quadro 8: Custos com mão de obra
Fonte: Elaborado pela autora

9.6.1 Despesa mensal com encargos sobre salários

Cálculos da despesa mensal e anual com a folha de pagamento, acrescentando um


percentual de 74,8%, correspondente aos encargos sociais, que são distribuídos como
apresentado na Tabela 05.

72
Tabela 5: Encargos sobre salários
Impostos Porcentagem
Contribuição da empresa ( INSS) 20%
FGTS 8%
SESI/SENAC 1,50%
SENAI/SENAI 1,00%
INCRA 0,20%
SEBRAE 0,03%
Salário-Educação 2,50%
Seguro de acidente de Trabalho 2,00%
Férias 13,67%
Feriados 4,00%
Auxilio- enfermidade 0,60%
Aviso prévio 1,20%
Faltas Justificadas 3,00%
13º Salário 12,20%
Dispensa sem justa causa 4,90%
Total 74,80%
Fonte: www.embrapa.gov.br.

É importante informar que alguns desses índices são variáveis como o número de
faltas justificadas, o índice de rotatividade dos empregados, das férias, do número de feriados
por ano, do índice de acidente de trabalho, de auxílio-doença, do Sistema "S" (SENAC,
SESC, SENAI, SESI e SEBRAE), entre outros.

9.6.2 Benefícios
A tabela 06 é referente aos benefícios oferecidos por grande parte das empresas do
ramo de atividade agroindustrial.

Tabela 6: Benefícios por funcionários


Benefícios/funcionário Valor
Seguro de vida R$ 11,00
Plano de saúde R$ 150,00
Cesta básica R$ 120,00
Total de benefícios R$ 201,00
Fonte: Elaborada pela autora.

73
9.7 Estimativa de faturamento mensal (cenário realista)
O cenário realista apresenta dados estimados de produção em uma fábrica com
capacidade instalada para 8 a12 ton/dia e preços praticados pelo mercado nos últimos meses
no ano de 2013, conforme mostra o quadro 09.

Descrição do Previsão de produção e vendas


produto Prev. Prod. /mês Preço de venda Previsão de vendas
Leveduras Secas Kg 1 KG
Janeiro o
Fevereiro o
Março o
Abril 241.000 1,60 385.600,00
Maio 262.000 1,60 419.200,00
Junho 230.000 1,60 368.000,00
Julho 229.000 1,60 366.400,00
Agosto 231.000 1,60 369.600,00
Setembro 255.000 1,60 408.000,00
Outubro 260.000 1,60 416.000,00
Novembro 275.000 1,60 440.000,00
Dezembro 266.000 1,60 425.600,00
Total 2.249.000 3.598.400,00
Quadro 9: Estimativas de produção 8 a 12 ton./dia – cenário realista.
Fonte: Elaborado pela autora

9.8 Estimativa de faturamento mensal (Cenário pessimista)


No cenário pessimista conforme o quadro 10 os preços praticados abaixo do esperado
queda de 25% no valor de venda é de R$ 1,60 kg para 1,20 kg, comercializado pelos
empresas representantes a R$ 2,00 kg na data 02/10/2013, consulta ao ICC- Indústria e
Comércio de Exportação e Importação.

74
ESTIMATIVA DE FATURAMENTO MENSAL/2013
Previsão de produção e vendas
Descrição do produto
Prev. Prod. /mês Preço de venda Previsão de vendas
Leveduras Secas Kg 1 KG
Janeiro o
Fevereiro o
Março o
Abril 241.000 1,20 289.200,00
Maio 262.000 1,20 314.400,00
Junho 230.000 1,20 276.000,00
Julho 229.000 1,20 274.800,00
Agosto 231.000 1,20 277.200,00
Setembro 255.000 1,20 306.000,00
Outubro 260.000 1,20 312.000,00
Novembro 275.000 1,20 330.000,00
Dezembro 266.000 1,20 319.200,00
Total 2.249.000 2.698.800,00
Quadro 10: Estimativas de produção 8 a 12 ton./dia – cenário pessimista.
Fonte: Elaborado pela autora

9.9 Cálculo do fluxo de caixa através de cenários Pessimista e Realista

Para elaborar o fluxo de caixa da empresa dentro do cronograma


determinado, foram definidos, um cenário realista e um cenário pessimista. Primeiramente,
será apresentado cada cenário para depois indicar qual o impacto de cada um no fluxo de
caixa da empresa e a rentabilidade do negócio.
A análise de cenários ajuda o empreendedor a prever decisões diante da janela de
possíveis acontecimentos que são dificilmente levadas em conta. O cenário pessimista tem
valor importante na preparação do investidor sobre possíveis prejuízos que podem ocorrer no
negócio são representados na tabela 07 e tabela 08.
O cenário realista trabalha com a venda do produto a um preço dentro da faixa
estipulada. Preço: R$ 1,60Kg
O Cenário pessimista trabalha com a venda do produto a um preço fora da faixa
estipulada. Preço: R$1,20 Kg . O investimento de uma planta mais instalação e custo de
barracão para armazenamento considerando valores de custo da tecnologia spray dryed de
5.600,000,00 citado anteriormente no plano de melhorias. A matéria - prima sem custos, pois
trata-se de reaproveitamento de resíduo oriundo da produção do álcool, são utilizadas
leveduras mortas e ou de baixa produção no processo de fermentação. Não há custos de
75
transporte, a fábrica instalada dentro da planta da usina. Entendemos que é um negócio
destinado a usineiros. O custo logístico do produto acabado não foi considerado é de
responsabilidade do distribuidor.

76
9.9.1 Análise de viabilidade econômica, simulação no cenário pessimista e realista

Tabela 7: Análise de viabilidade econômica da produção de leveduras secas, simulação no cenário pessimista e realista
INVESTIMENTO INICIAL Investimento Líquido - no ano zero - preparação, instalação
Inicio das atividades no ano 1
Custo inicial do investimento Simulação
Investimento Líquido Projeto A 5.600.000,00 Taxa de desconto anual k
Projeto B 5.600.000,00 ou Custo de capital ==> 10,00%
CENÁRIO REALISTA CENÁRIO PESSIMISTA
PROJETO A PROJETO B
Receitas Despesas Entrada de caixa Receitas Despesas Entrada de caixa
Final do ano
0 3.598.400,00 1.495.229,24 2.103.170,76 2.698.800,00 1.369.938,20 1.328.861,80
1 3.599.000,00 1.500.000,00 2.099.000,00 2.699.000,00 1.378.838,40 1.320.161,60
2 3.599.500,00 1.499.000,24 2.100.499,76 2.890.000,00 1.387.999,20 1.502.000,80
3 3.600.000,00 1.497.299,34 2.102.770,66 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80
4 3.600.000,00 1.496.339,54 2.103.660,46 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80
5 3.599.380,00 1.497.559,67 2.101.820,33 2.857.000,00 1.387.330,44 1.469.669,56
MÉDIA
Técnicas não-soficticadas – não consideram o valor do dinheiro no tempo
TAXA MÉDIA DE RETORNO (TMR)
TMR = (LAIR médio / Investimento Líquido)
LAIR = Lucro após o Imposto de Renda
Se não puder estimar o LAIR, considerar as entradas de caixa anuais médias
Hipóteses: quando se usa a técnica da TMR, temos as seguintes hipóteses:
*Aceitar ou rejeitar o investimento, desde que haja uma taxa mínima exigida.
* Classificar as alternativas de investimento e aquela que tiver uma TMR maior, deverá ser escolhida.
*Preferir o projeto com maior TMR.
PROJETO A TRM = 0,3753 37,53%
PROJETO B TRM = 0,2624 26,24%
PERÍODO DE PAY-BACK
Tempo necessário para se recuperar o investimento líquido feito.
Pay-Back = Investimento Líquido / Entradas médias anuais de caixa
PROJETO A PAY-BACK 2,6644 -28,0277
PROJETO B PAY-BACK 3,8104 -14,2754
Fonte: Elaborado pela autora

77
9.9.1.1 Valor presente líquido ( VPL)
Tabela 8: Análise de investimento valor presente líquido,, taxa e retorno e índice de lucratividade da produção de leveduras secas
Custo inicial do investimento
Investimento Líquido Projeto A 5.600.000,00 Taxa de desconto anual: 10,00%
Projeto B 5.600.000,00
PROJETO A Valor atual PROJETO B Valor atual
Final do Entrada das entradas Entrada das entradas
ano Receitas Despesas de caixa de caixa Receitas Despesas de caixa de caixa
0
1 3.598.400,00 1.495.229,24 2.103.170,76 R$ 1.911.973,42 2.698.800,00 1.369.938,20 1.328.861,80 R$ 1.208.056,18
2 3.599.000,00 1.500.000,00 2.099.000,00 R$ 1.734.710,74 2.699.000,00 1.378.838,40 1.320.161,60 R$ 1.091.042,64
3 3.599.500,00 1.499.000,24 2.100.499,76 R$ 1.578.136,56 2.890.000,00 1.387.999,20 1.502.000,80 R$ 1.128.475,43
4 3.600.000,00 1.497.229,34 2.102.770,66 R$ 1.436.220,65 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80 R$ 1.091.907,52
5 3.600.000,00 1.496.339,54 2.103.660,46 R$ 1.306.207,64 2.998.600,00 1.399.938,20 1.598.661,80 R$ 992.643,20
MÉDIA 3.599.380,00 1.497.559,67 2.101.820,33 2.857.000,00 1.387.330,44 1.469.669,56
TOTAL R$ 7.967.249,01 TOTAL R$ 5.512.124,98
Técnicas Soficticadas - consideram o valor do dinheiro no tempo
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
VPL = [ VALOR ATUAL DAS ENTRADAS DE CAIXA ] - [ INVESTIMENTO LÍQUIDO ]
Hipóteses: Se o VPL for maior ou igual a 0, aceita-se o investimento. Caso contrário, rejeita-se. Se o VPL for maior ou igual a 0, a empresa obterá um retorno igual ou maior do que seu retorno exigido ou seu custo de capital.
Aceita-se os projetos com VPL maior ou igual a 0. Considerar o custo do capital ou custo de oportunidade ( k ) e calcular o valor das entradas de caixa atualizadas - trazidas para o ano zero.
PROJETO A VPL = R$ 2.152.044,56
PROJETO B VPL = (R$ 79.886,38)
ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE
Mede o retorno relativo ao Valor Atual por R$ investido. IL = Valor atual das entradas de caixa / Investimento Líquido.
Hipótese: Se IL for maior ou igual a 0, aceita-se o investimento. Caso contrário, rejeita-se.
Quando o IL for maior ou igual a 1, o VPL será maior ou igual a zero; por isso, a hipótese de aceitação para as duas técnicas é semelhante.
PROJETO A IL = R$ 1,42
PROJETO B IL = R$ 0,98
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
TIR é a taxa de desconto que leva o VPL de uma alternativa de investimento a igualar-se a zero, já que o valor atual das entradas de caixa é igual investimento líquido.
A TIR é a taxa de desconto que lava o valor atual das entradas de caixa a se igualar ao investimento líquido em uma alternativa de investimento.
Hipótese: Se TIR for maior ou igual ao Custo de Capital, aceita-se o investimento. Com isso, a empresa estará obtendo um retorno maior do que o seu custo de capital.
Custo de capital considerado ==> 10,00% Comparar com a TIR
ANO PROJETO A PROJETO B
0 -5.600.000,00 -5.600.000,00
1 2.103.170,76 1.328.861,80
2 2.099.000,00 1.320.161,60
3 2.100.499,76 1.502.000,80
4 2.102.770,66 1.598.661,80
5 2.103.660,46 1.598.661,80
TIR 25,45% 9,41%
Fonte: Elaborado pela autora
73
9.9.2 Viabilidade do negócio
O estudo da viabilidade do negócio mostrou que o projeto é viável, mesmo no cenário
pessimista, pois as diferenças entre os cenários são pequenas. Para a TIR a um juro de 10%, O
projeto se mostrou atraente, para um investidor que tenha capital próprio, considerando os
juros de poupança de 6% ao ano sobre o investimento, desta forma pode-se considerar que o
projeto é viável mesmo no cenário pessimista. O quadro 12 apresenta uma análise desses
números.

 Investimento total para instalação da planta de uma linha completa R$ 5.600.000,00


 Receitas brutas anual R$ 3.599.380,00;
 Receitas líquidas anual R$ 2.640.656,76 percentual sobre a receita bruta 73,36%;
 Pay-back igual a 2anos/7meses no cenário realista e 3 anos/10 meses no cenário
pessimista;
 TMR- 37,53% (retorno para cada real investido) cenário realista;
 VPL- viável;
 Riscos de operação considerado baixo;
 Custo de parada por se tratar de um produto sazonal aproximadamente
R$ 189.050,65 mensal (período de 03 meses). Mão de obra e manutenção;
 Matéria-prima (custo zero);
 Incentivos fiscais modestos;
 Legislação complexa;
 Logística de fácil operação de responsabilidade do distribuidor;
 Mão de obra disponível: Nível médio de qualificação e médio em termos de custos;
 Requisitos ambientais elevados;
 Mercado mundial promissor (Ásia e Europa).

Quadro 12: Viabilidade do negócio


Fonte: Elaborado pela autora

74
10 CONCLUSÃO

Produzir leveduras secas da cana de açúcar, é um processo que inclui investimentos,


más com retorno garantido como vimos através dos números nos tópicos anteriores. Sobre o
histórico desse mercado está em grande crescimento que vem experimentando nos últimos
anos, impulsionado principalmente pelo mercado internacional. Houve uma mudança de
enfoque para aplicação do produto nas últimas décadas, nos anos 90, 80% da produção de
leveduras era destinada á rações para bovinos. A partir do ano de 1995 passou ser mais
direcionada para criação de aves, suínos e aquicultura . A tendência é maior espaço no
mercado para ingredientes naturais e restrições ao uso de antibióticos em formulações de
rações diversas. Analisar estes parâmetros pela óptica do investidor observando
detalhadamente o projeto, podemos concluir que novas tecnologias estão surgindo e se
destacando em melhorias do processamento da proteína e produtividade enxuta. Com base nos
números apresentados anteriormente é possível otimizar custos de produção, melhorar a
qualidade da proteína e obter maiores lucros. O retorno do investimento baixo, os custos
representam 26,64% das receitas . Números bastante otimistas para um negócio de
reaproveitamento de resíduos, além dos benefícios de não ter custos de transporte para o
descarte e ganhos com preservação ambiental.
- Custo de instalação relativamente baixo comparado com o retorno do investimento;
- Benefícios extraordinários para fábrica de álcool;
- O mercado em expansão principalmente Europa e Ásia;
- Características profiláticas e melhora da conversão alimentar comprovadas por
pesquisas e reconhecidas por clientes;
- Necessidade de mão de obra considerada baixa;
- Percepção de melhora significativa em termos de qualidade da proteína;
- Restrições ao produto de menor qualidade, assim estimulando a concorrência e novos
entrantes no mercado;
- Altas exigências em qualidade assegurada, consequentemente a melhoria dos
processos e busca por certificação.
- Consolidação do produto no mercado interno e externo em relação á produtos
concorrentes como o farelo de soja;
- Tendência á obtenção de produtos com qualidade “ padrão alimentar”. Desta forma
pode-se considerar que o projeto é atraente para o investidor.
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