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VOCÊ SABE A DIFERENÇA

ENTRE GESTÃO ESCOLAR E


ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR?

O termo Gestão Escolar foi criado para se diferenciar da expressão Administração


Escolar e trazer para o contexto educacional elementos e conceitos fundamentais para
aumentar a eficiência dos processos institucionais e melhorar o ensino.

Sendo assim, conforme destaca a especialista em educação Heloísa Lück, a Gestão


escolar relaciona-se a uma atuação que foca em promover a organização, mobilização
e articulação das condições essenciais para garantir o avanço do processo
socioeducacional das instituições de ensino e possibilitar que elas promovam o
aprendizado dos estudantes de forma efetiva.

A gestão escolar aborda questões concretas da rotina educacional e busca garantir


que as instituições de ensino tenham as condições necessárias para cumprir seu papel
principal: ensinar com qualidade e formar cidadãos com as competências e
habilidades indispensáveis para sua vida pessoal e profissional.
O foco da gestão escolar é a orientação para resultados, busca pela liderança,
motivação da equipe para alcançar os objetivos, ênfase na qualidade do currículo e
foco na participação dos pais para atingir excelência no ensino.

A gestão se divide em 6 pilares principais que buscam a autonomia administrativa,


financeira, pedagógica e a otimização de tempo e processos nas instituições de ensino
regular e cursos. Esses pilares são interdependentes e o bom funcionamento entre
essas esferas é vital para a instituição. Sendo assim, o gestor deve dedicar-se com
empenho em diferentes áreas de atuação.
Do conceito de administração ao
conceito de gestão: O que mudou?

PEDAGOGIA

A influência da administração no espaço escolar é evidente pela


necessidade do planejamento, da definição de objetivos, de metas, de
procedimentos, ou seja, pela ação sistemática ali desenvolvida.

Como esclarece Ribeiro (apud HORA, 2010):

[...] a complexidade alcançada pela escola, exigindo-lhe cada vez mais


unidade de objetivos e racionalização do seu funcionamento, levou-a a que
ela se inspirasse nos estudos de Administração em que o Estado e as
empresas privadas encontraram elementos para renovar suas dificuldades
decorrentes do processo social. Sendo evidente a semelhança de fatores
que criam a necessidade de estudos de administração pública ou privada, a
escola teve apenas de adaptá-las à sua realidade. Assim, a Administração
Escolar encontra seu último fundamento nos estudos gerais da
Administração.

Segundo as análises de Hora (2010) verifica-se que os teóricos ligados à


concepção empresarial, propunham um enfoque generalista da
administração, “[...] aplicável na administração de quaisquer organizações”.
Por sua vez, os teóricos da administração escolar buscavam bases
científicas nesse enfoque para aplicá-las ao ambiente escolar, para “[...] a
partir das teorias da administração de empresas [...] assegurar os mesmos
padrões de eficiência e racionalização alcançados pelas empresas”, na
escola.

Diante destas considerações, faz-se necessário entender que a


escola tem sua função muito bem definida, Paro (2001) explica
que:

[...] por um lado, é uma mediação indispensável para a cidadania, ao


prover, de modo sistemático e organizado, a educação que atualiza
historicamente as novas gerações; por outro, porque não pode dar conta de
todo o saber produzido historicamente, ela precisa fazer isso de modo
seletivo, priorizando aquilo que é mais relevante para a formação dos
cidadãos. Tudo isso empresta uma extrema seriedade àquilo que a escola se
propõe a fazer e àquilo que ela de fato faz.

Importante considerar então, que no ambiente escolar as ações não devem


ser improvisadas, pois o processo pedagógico, a educação escolar, tem
como propósito a formação do sujeito a partir da constituição e do contexto
de uma sociedade.

Assim, os objetivos de uma escola vão muito além dos objetivos de uma
empresa. Esta visa à qualidade de seu produto para o comércio, para a
venda. Na escola o enfoque é a preparação, a formação do sujeito para
interagir e produzir em uma sociedade definida por suas relações.

A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, nos


alerta quanto ao reconhecimento de que a educação acontece em
diferentes espaços sociais e a escola deve dialogar com esses espaços.
Porém, na escola, esta educação é organizada e sistematizada.
Veja o art.1º da Lei,

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida


familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,


predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à


prática social.

A educação escolar vista pela Lei é diferenciada, é organizada por meio do


ensino oferecido em instituições próprias para este fim.

A educação escolar deve provocar mudanças no sujeito e instrumentalizá-lo


para sua inserção no mundo do trabalho e para sua prática social.

A leitura do sujeito das relações estabelecidas na sociedade depende da


capacidade de compreensão de cada um. Logo a função social da escola é
garantir a emancipação do sujeito a partir da apropriação do conhecimento
elaborado.

A seleção e a maneira que esse conhecimento será trabalhado na escola


estão definidas em sua proposta educativa, que deve atender as
necessidades de seu tempo, considerando a historicidade do mesmo. Desta
forma justifica-se a importância do planejamento na escola.
Verifica-se, neste contexto, a necessidade da organização no espaço
escolar, em que se relacionam pessoas em torno de um objetivo social e da
formação de cidadãos autônomos.

Tendo clara a função da escola, sem perder o foco no seu fazer pedagógico,
objetivando a apropriação pelo sujeito, dos conhecimentos historicamente
acumulados, não há como negar a influência da teoria da administração na
organização escolar.

Ainda não se pode negar a necessidade de uma estrutura organizacional


nas instituições que desenvolvem um trabalho com objetivos definidos. O
aspecto que merece destaque é como será utilizada e a serviço de qual
política essa organização está.

Faz-se relevante lembrar as palavras de Alvin Tofler sobre a escola:

[...] concebida na época da revolução industrial, início da segunda onda,


com o objetivo de formar para a obediência. A necessidade de preparação
de mão de obra para as fábricas, que demandava educação em massa, tirou
a responsabilidade da educação do domínio familiar. Além da base técnica
para o desempenho na fábrica, o sistema educacional enfatizou a formação
de hábitos de obediência, pontualidade, trabalho repetitivo. A disciplina foi
tratada não como um meio para o aprendizado, mas como um fim em si
mesma. (TOFLER apud BORDIGNON E GRACINDO, 2000).
Este alerta leva à reflexão de que no espaço escolar a pessoa que ali exerce
alguma função deve entender que todo e qualquer procedimento
organizacional está voltado para a ação educativa.

Neste aspecto a função do gestor é condição primordial, pois esta figura


pode promover a cultura necessária no ambiente para o envolvimento de
todos os segmentos em torno de objetivos educativos.

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