4
DICA 02
De acordo com a NBR 6118, estado-limite último (ELU) é o estado-limite relacionado ao colapso, ou a qualquer
outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura.
Os elementos lineares sujeitos a solicitações normais têm o seu estado-limite último caracterizado quando a
disbribuição das deformações na seção transversal pertencer a um dos domínios definidos na figura seguinte.
𝜀 C2 : deformação específica de encurtamento do concreto no início do patamar plástico
𝜀 CU : deformação específica de encurtamento do concreto na ruptura
5
DICA 02 Continuação
6
DICA 03
7
DICA 04
A norma NBR 6114:2014 prevê uma classificação de risco para estruturas de concreto armado, com base na
agressividade do ambiente em que se encontra.
Classe de Risco de
Classificação
agressividade Agressividade deterioração da
geral
ambiental estrutura
rural
I fraca insignificante
submersa
II moderada urbanaa,b pequeno
marinhaa,b
III forte grande
industriala,c
industrial
IV muito forte respingos de elevado
maré
8
DICA 05
Ainda, com base na agressividade do ambiente, a norma estabelece fatores de água/cimento máximos para o
concreto armado e protendido. Sabe-se que esse fator afeta diversas características da estrutura, dentre elas, a
resistência a compressão do concreto.
9
DICA 06
Além do fator água/cimento, a norma recomenda outras ações para melhorar a durabilidade do concreto armado, e
prevenir o surgimento de possíveis patologias. Dentre essas ações, ressaltamos o cobrimento mínimo para o
concreto armado e protendido, que evita, por exemplo, problemas com a corrosão, protegendo a armadura do
concreto armado.
Classe de agressividade ambiental
Tipo de Componente
I II III IVc
estrutura ou elemento
Cobrimento nominal (mm)
lajeb 20 25 35 45
Concreto viga/pilar 25 30 40 50
armado em contato
30 40 50
com o solod
Concreto laje 25 30 40 50
protendidoa viga/pilar 30 35 45 55
a,b,c,d
Ver detalhes na norma 6118. Para concretos de classe de resistência superior ao mínimo exigido, os
cobrimentos podem ser reduzidos em até 5mm. A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado
no concreto não pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento.
10
DICA 07
O cálculo da resistência de dosagem do concreto depende, entre outras variáveis, das condições de preparo do
concreto. Dentre essas condições, o critério de medição dos componentes (em massa ou em volume) é uns dos
principais fatores que influenciam o parâmetro da variabilidade e, portanto, do desvio padrão utilizado 𝑠𝑑 .
O traço de concreto pode ser estabelecido empiricamente para o concreto das classes C10 e C15, com consumo
mínimo de 300kg de cimento por metro cúbico.
11
DICA 08
O conhecimento das configurações das principais patologias no concreto é essencial para identificar suas causas e
planejar a melhor solução para o problema. A seguir, apresentamos as principais patologias cobradas nos
concursos.
12
DICA 09
Esclerômetro de reflexão é um aparelho usado
em ensaio não destrutivo para determinação
da dureza superficial do concreto endurecido.
O método é baseado no princípio do
ricochete, em que se mede o retorno da mola
após o impacto na superfície. A precisão dos
resultados obtidos depende da uniformidade
da superfície, da condição de umidade, da
carbonatação superficial e da rigidez dos
elementos estruturais.
14
DICA 10
A armadura é sempre
colocada imediatamente após a
concretagem da estaca.
16
DICA 11 A estaca raiz é moldada in loco. A
perfuração é integralmente revestida,
em solo, por meio de segmentos de
tubos metálicos que vão sendo
rosqueados à medida que a perfuração
avança. Esse resvestimento é recuperado
após a execução da estaca.
17
DICA 12
Fundação Características Vantagens e Desvantagens
vantagens: pouca vibração;
equipamento leve e pequeno
perfuração do solo com uma sonda ou
piteira; revestimento total com camisa desvantagens: não deve ser usada em
Estaca Strauss metálica; lançamento do concreto e areias submersas ou argilas moles ou
retirada gradativa do revestimento com abaixo do lençol; capacidade de carga
simultâneo apiloamento do concreto pequena
18
DICA 13
20
DICA 14
Para o concreto preparado pelo construtor da obra, devem ser realizados ensaios de consistência sempre que
ocorrerem alterações na umidade dos agregados e nas seguintes situações:
21
DICA 15
De acordo com a medida do abatimento, em milímetros, o concreto pode ser classificado nas seguintes
consistências: seca, pouco trabalhável, normal, plásticos e fluidos. Além disso, conforme o tipo de consistência,
pode ser utilizado adensamento mecânico ou manual.
22
DICA 16
23
DICA 17
24
DICA 18
Consideram-se dois tipos de controle de resistência: o controle estatístico do concreto por amostragem parcial e o
controle do concreto por amostragem total. Para o controle por amostragem parcial é prevista uma forma de cálculo
do valor estimado da resistência característica, fck,est, do lote de concreto em estudo. Para o controle por
amostragem total a 100% das betonadas, a análise da conformidade deve ser realizada em cada betonada.
As amostras devem ser coletadas aleatoriamente durante a operação de concretagem. Cada exemplar deve ser
constituído por dois corpos de prova da mesma amassada, conforme a ABNT NBR 5738, para cada idade de
rompimento, moldados no mesmo ato. Toma-se como resistência do exemplar o maior dos dois valores obtidos no
ensaio de resistência à compressão.
Controle estatístico
Fck,est: valor obtido estatisticamente a do concreto
partir de ensaios para estimar a resistência
característica do concreto estabelecida no
projeto estrutural. Esse valor é calculado por Amostragem
meio de expressões matemáticas distintas Amostragem total
parcial
em função do tipo adotado de controle
estatístico da resistência do concreto
Exemplar: elemento da amostra ou da 𝑓𝑐𝑘𝑒𝑠𝑡
2≤𝑛≤5 6 ≤ 𝑛 ≤ 20 𝑛 ≥ 20
população (lote) constituído por dois corpos = 𝑓𝑐,𝑏𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎
de prova da mesma betonada, moldados no
mesmo ato, para cada idade de ensaio.
N: indica quantidade de exemplares usados 𝑓𝑐𝑘𝑒𝑠𝑡 𝑓𝑐𝑘𝑒𝑠𝑡
𝑓𝑐𝑘𝑒𝑠𝑡 = 𝜓6 𝑓1 2 𝑓1 + 𝑓2 + ⋯ + 𝑓𝑚−1
= 𝑓𝑐𝑚 − 1,65𝑆𝑑
no cálculo de Fckest. =
𝑚−1
25
DICA 19
27
DICA 20
Abaixo apresentamos um quadro resumo das principais classificações de solo, quanto a origem e formação,
utilizadas na engenharia civil (cobradas com frequência em concursos).
28
DICA 21
O quadro a seguir trata dos sistemas de classificação de classificação de solos utilizados, principalmente, para
projeto e execução de obras rodoviárias.
Sistema Característica
esta classificação fundamenta-se na granulometria, limite
de liquidez, índice de plasticidade e índice de grupo dos
TRB (HRB ou AASHO)
solos, sendo proposta para ser utilizada na área de
estradas.
os solos neste sistema são classificados em solos grossos,
solos finos e altamente orgânicos. cada tipo de solo terá
um símbolo e um nome. os nomes dos grupos serão
SUCS
simbolizados por um par de letras, em que o prefixo é uma
das subdivisões ligada ao tipo de solo, e o sufixo, às
características granulométricas e à plasticidade
uma classificação que separa os solos em dois grupos, um
MCT de comportamento laterítico e outro não laterítico, com
base nos resultados do ensaio de mini-mcv.
fundamenta-se no módulo de resiliência (dner-me
131/94). existem três grupos para solos granulares: grupo
a (grau de resiliência elevado), grupo b (grau de resiliência
Resiliente intermediário) e grupo c (grau de resiliência baixo).
também existem três grupos para solos finos: tipo i (bom
comportamento), tipo ii (comportamento regular) e tipo iii
(comportamento ruim)
29
DICA 22
O sistema de classificação da HRB (Highway Research Board) classifica os solos em oito grupos: solos granulares
(A‐1, A‐2, A‐3), solos finos (A‐4, A‐5, A‐6 e A‐7) e solos altamente orgânicos (A‐8).
30
DICA 23
31
DICA 24
A metodologia MCT tem como objetivo classificar os solos em duas categorias: lateríticos e não-lateríticos. Essa
classificação é utilizada principalmente em solos tropicais, por causa de suas peculiaridades, de modo que os
parâmetros tradicionais (LL, LP, IP, etc.) não são suficientes para indicar a sua aplicabilidade em termos de
pavimentação.
De modo geral, pode-se afirmar que os solos lateríticos apresentam melhores características (por exemplo,
apresentam maiores capacidades de suporte e menor expansão) para aplicação em pavimentação do que os solos
não-lateríticos.
32
DICA 25
Pelo de Mohr-Coulomb a ruptura de um solo se dá quando a tensão de cisalhamento no plano de ruptura
alcançar o valor de tensão cisalhante do material. Os pontos correspondestes às tensões nos planos de ruptura em
cada círculo de Mohr estão sobre a camada envoltória de resistência (ou envoltória de ruptura ou ainda de
envoltória de Mohr-Coulomb).
𝜏 = 𝒄 + 𝝈𝒆𝒇 𝒕𝒈 𝝓
𝜎𝑒𝑓 = 𝜎 − 𝜎𝑛
𝜙 = 2𝜃 − 90
33
DICA 26
Quando a estrutura de contenção sofre um
deslocamento de modo que o solo sofre uma
expansão, diz-se que ocorreu um empuxo
ativo. Quando a estrutura de contenção sofre
um deslocamento de modo que o solo sofre
uma compressão, diz-se que ocorreu um
empuxo passivo.
35
DICA 28
36
DICA 29
Os limites de consistência são fundamentais para caracterização dos solos, sendo utilizados, por exemplo, no
sistema de classificação TRB. Eles representam limites de valores de umidade que definem o comportamento
do solo: limite de liquidez (estado líquido), limite de plasticidade (estádo plástico), limite de contração
(estado semisólido). Após o LC, temos o estado sólido.
37
DICA 30
Fonte: labgeo.ufscar.br
38
DICA 31
39
DICA 32
41
DICA 33
Conforme metodologia adotada pelo DNIT (Manual de Implantação Básica), os materiais escavados podem ser
classificados em três categorias: 1ª categoria, 2ª categorias e 3ª categoria. A classificação se dá com base na
maior ou menor dificuldade na escavação ou na resistência ao desmanche do material, assim como os
equipamentos adequados a serem utilizados em cada tipo.
Categoria 1ª 2ª 3ª
materiais com
solos de resistência ao
solos em geral, resistência ao
desmanche inferior à
residuais ou desmonte mecânico
rocha não alterada.
sedimentares, seixos equivalente à rocha
estão incluídos blocos
rolados ou não, não alterada e blocos
Material de rocha de volume
diâmetro máximo de rocha com
inferior a 2m³ e os
inferior a 0,15m, diâmetro médio
matacões de diâmetro
qualquer que seja o superior a 1,0m ou de
médio compreendido
teor de umidade volume igual ou
entre 0,15 e 1,00m.
superior a 2,0m³
escarificação ou uso
uso contín uo de
de explosivos (não
Processo escavação simples explosivos (média e
contínuo e de baixa
alta potência)
potência)
42
DICA 34
O diagrama de massa (ou diagrama de Brucker) consiste na
curva de volumes acumulados ao longo do
estaqueamento. Através dela, podemos identificar os
trechos em corte (ascendentes) e em aterro
(descendentes). Identificamos também os pontos de cota
vermelha (máximo e mínimos locais) que representam a
passagem de corte para aterro. As linhas de compensação
(volume de corte é utilizado para aterro).
𝑀𝑇 = 𝑉 ∙ 𝑑𝑀
44
DICA 36
46
DICA 37
Os materiais, para serem utilizados nas camadas do pavimento, devem satisfazer a uma série de critérios com base
em ensaios de controle tecnológico e classificação. Dentre eles, destacamos abaixo alguns critérios que devem ser
satisfeitos.
47
DICA 38
48
DICA 39
49
DICA 40
50
DICA 41
51
DICA 42
52
DICA 43
Concreto Asfáltico (CA): mistura, de agregados e cimento
asfáltico, usinado a quente (também denominado concreto
betuminoso usinado a quente – CBUQ), com granulometria
contínua e bem graduada (graduação densa).
54
DICA 45
Fonte: portalcastilho.com.br
55
DICA 46
Ângulo central (grau da curva): ângulo formado pelas retas perpendiculares ao Ponto da Curva (PC) e Ponto
de Tangente (PT). Tem valor igual ao ângulo de deflexão (Δ);
Ângulo de deflexão: ângulo formado entre o prolongamento de uma Tangente com a outra Tangente. Tem
valor igual ao ângulo central (Δ);
Tangentes 𝑇 : são os trehos de reta que vão de PC (ponto da curva) até PI (ponto de interseção) ou de PT
(ponto de tangente) até PI;
Desenvolvimento da curva 𝐷 : comprimento do arco do círculo de concordância que vai de PC até PT;
Raio da curva 𝑅 : raio do círculo empregado na concordância;
56
DICA 47
57
DICA 48
58
DICA 49
Em síntese, o projeto geométrico de uma estrada contempla os elementos geométricos das Figuras abaixo. Na
implantação de uma estrada, o perfil longitudinal do terreno é alterado para atender às condicionantes exigidas
para o tráfego veicular (limitação de rampas e curvas). São promovidos ajustes de declividade, além de curvas
horizontais e verticais.
Tangentes
Planimétricos
Curvas Horizontais
Axiais
Greides Retos
Altimétricos
Elementos
Curvas Verticais
Geométricos
Seções em aterro
Seções em corte
59
DICA 49 Continuação
Rampas
Retos Nível
Contrarampa
Greides Simples
Curvas Convexas
Composta
Curvos
Simples
Curvas Côncavas
Composta
60
DICA 50
A remoção de solo mole e substituição por material granular só deve ser considerada para depósitos pouco
extensos, comprimento inferior a 200 m e para a espessura de solo mole inferior a 3 m. Além disso, só deve ser
considerada quando a camada for totalmente substituída.
61
DICA 51
63
DICA 52
Sistemas Flexíveis: aplicáveis a estruturas sujeitas a
variações térmicas diferenciadas e/ou grandes
vibrações, cargas dinâmicas, recalques e/ou forte
exposição solar, exemplos: asfálticos (em geral) e
poliméricos (em geral).
64
DICA 53
Os sistemas de impermeabilização podem ainda ser classificados de acordo com o local em que são feitos: in loco
ou pré-fabricados.
65
DICA 54
66
DICA 55
Durante a execução da alvenaria podem ser utilizados diversos tipos de juntas para alvenarias, de acordo com a
geometria dos blocos e posição das juntas em relação a eles. Caso o objetivo seja obter um melhor travamento da
alvenaria, recomenda a execução de juntas amarradas (a), nas quais o alinhamento vertical encontra-se defasado
(o mais utilizado normalmente). Contudo, também pode ser utilizada as juntas em prumo, principalmente, para
promover uma melhor estética para a alvenaria (b).
67
DICA 56
As juntas são espaços regulares entre certos elementos da construção e podem ser classificadas, conforme sua
finalidade, em: junta de assentamento, junta de movimentação, junta de dessolidarização e junta estrutural.
68
DICA 56 Continuação
69
DICA 57
70
DICA 58
Encunhamento é o elemento que visa promover a ligação entre a alvenaria e a viga/laje de concreto que se
localizar acima da parede. Tem como função absorver as deformações das lajes/vigas, sem transmitir tensões
excessivas para a alvenaria. Podem ser executadas basicamente com os seguintes elementos: argamassa com
expansor, concreto pré-fabricado e tijolo maciços inclinados.
72
DICA 60
O processo de perfuração por circulação de água, associado aos ensaios penetrométricos, deve ser utilizado até
onde se obtiver, nesses ensaios, uma das seguintes condições:
Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas às fundações e da natureza do subsolo, admite-se a
paralisação da sondagem em solos de menor resistência à penetração, desde que haja uma justificativa geotécnica
ou solicitação do cliente.
SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do ensaio pelo qual se determina o índice de resistência à
penetração (N).
N: Abreviatura do índice de resistência à penetração do SPT, cuja determinação se dá pelo número de golpes
correspondente à cravação de 30 cm do amostrador-padrão, após a cravação inicial de 15 cm, utilizando-se corda
de sisal para levantamento do martelo padronizado.
73
DICA 61
74
DICA 62
A norma NBR 5626 faz importantes considerações para o projeto e execução das instalações prediais de água fria.
Resumimos no quadro abaixo, as principais considerações cobradas em concursos sobre o tema.
76
DICA 62 Continuação
77
DICA 63
Abaixo resumos esses critérios da norma NBR 5626 em uma tabela e mapa mental para facilitar a revisão e
memorização dessas condições.
78
DICA 63 Continuação
79
DICA 64
A instalação predial de águas pluviais se
destina exclusivamente ao recolhimento e
condução das águas pluviais, não se
admitindo quaisquer interligações com outras
instalações prediais.
80
DICA 65
82
DICA 67
83
DICA 68
As tubulações de ventilação
devem ser estendidas acima da
cobertura. Para cobertura em
telhado ou laje de concreto,
recomenda-se que seja
prolongado 0,3m. Para terraços,
recomenda-se que sejam
estendidos pelo menos 2,0m.
84
DICA 69
Existem diversos sistemas instalações de incêndio, cada um adequado para combater certo tipo de incêndio. Os
incêndios podem ser divididos em três classes (Classe A, Classe B e Classe C), conforme a características dos
materiais e processos que causam o incêndio. Da mesma forma, existem extintores apropriados para cada classe de
incêndio.
Classe de incêndio Materiais Exemplos Extintor
equipamentos motores,
gás carbônico, Pó
Classe C: elétricos geradores,
Químico
energizados cabos
magnésio,
verificada
metais titânio, zircônio,
Classe D: compatibilidade
combustíveis sódio, potássio e
para cada metal
lítio
85
DICA 70
A norma NBR 5410 estabelece importantes considerações para o projeto e dimensionamento de instalações
elétricas. Dentre outros parâmetros, temos que considerar cargas de iluminações mínimas para cada ambiente
(calculadas com base na área).
Cargas de iluminação: 𝐴 ≤ 6𝑚² deve ter carga mínima de 100 VA; 𝐴 > 6𝑚² carga mínima de 100VA, acrescido de
60VA para cada aumento de 4m² inteiros.
86
DICA 71
Além disso, temos que observar a quantidade mínima de tomadas para cada ambiente (com base no tipo de
ambiente e perímetro dele).
Pontos de Tomada
Banheiro 1 ponto
Cozinha, áreas de serviço e
1 ponto/3,5m (ou fração) de perímetro
similares
Varanda 1 ponto
1 ponto se 𝐴 ≤ 2,25𝑚²
87
DICA 72
A NR-18 estabelece que em todo o perímetro de construção de edifícios com mais de 4 pavimentos (ou altura
equivalente) seja instalada plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um
pé-direito acima do nível do terreno.
89
DICA 73
Estabelece ainda NR-18 que acima e a partir da plataforma principal de proteção, de 3 em 3 lajes, devem ser
instaladas as plataformas secundárias de proteção.
90
DICA 74
O equipamento de proteção individual, de fabricação
nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou
utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA,
expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego.
91
DICA 74 Continuação
92
DICA 75
A NR-18 estabelece um conjunto de obrigações, responsabilidades e deveres, tanto para o empregador, quanto ao
empregado.
93
DICA 76
94
DICA 77
Valor presente líquido: consiste em trazer, para valor presente, os benefícios futuros esperados para o
empreendimento. Um valor presente positivo indica que o empreendimento pode ser viável, e os benefícios
futuros superam os gastos; negativo indica que o empreendimento não seria viável, com os benefícios futuros
inferiores aos gastos; nulo, indicaria um ponto de igualdade entre os benefícios e gastos.
Taxa interna de retorno: é valor da taxa de desconto que, quando aplicada na análise de valor presente líquido, faz
com que o valor presente líquido (VPL) seja igual a zero.
Payback: indicador utilizado para identificar quanto tempo é necessário para o que investimento realizado seja
recuperado (período de retorno de investimento de um projeto).
96
DICA 78
Diagrama de Gantt (clássico): permite a montagem
preliminar, programação e controle. Contudo, não
permite retratar a interdependência entre atividades.
97
DICA 78 Continuação
98
DICA 78 Continuação
99
DICA 78 Continuação
100
DICA 79
A análise do valor agregado é uma das principais análises para verificação do andamento de uma obra. Através
dela podemos comparar o custo orçado do trabalho planejado, com o custo orçado do trabalho realizado e o custo
efetivo. Também podemos verificar se a obra está atrasada através do índice de desempenho de prazo, assim
como se está gastando mais que deveria através do índice de desempenho de custo. Essa análise deve ser
realizada de forma integrada com os diversos critérios, de modo a chegar a uma conclusão em relação ao prazo e
custo da obra.
O índice de variação de prazo (IP) indica se obra está adiantada, em dia ou atrasada. Um índice maior que 1, indica
que a obra está adianta, igual à obra está em dia e menor que um a obra está atrasada.
O índice de variação de custo (IC) índica se está sendo gasto mais, igual ou menor que o planejado. Um índice
maior que 1 indica que o gasto realizado é menor do que o previsto, igual indica que está conforme planejado e
menor indica que o gasto realizado é maior que o previsto.
101
DICA 79 Continuação
102
DICA 80
Toda a água que sai da bacia por escoamento superficial passa, necessariamente, pela seção exutória.
A um exutório corresponde uma única bacia. A uma bacia corresponde uma única seção exutória.
Cada bacia compreende diversas sub-bacias no seu interior. A identificação da seção exutória depende
do propósito do estudo.
Tipicamente, a bacia hidrográfica constitui a unidade de gestão dos recursos hídricos.
104
DICA 81
Para a estimativa da vazão máxima do escoamento superficial numa pequena bacia hidrográfica (com área de até
4km²), pode ser empregado o método racional. A sua expressão é:
𝑄 = 𝐶. 𝑖. 𝐴
Onde: Q é a vazão máxima (em m³/s) decorrente da precipitação de intensidade i (em m/s) com duração igual ao
tempo de concentração da bacia, uniformemente distribuída sobre toda a área de drenagem A (em m²); C é o
coeficiente de runoff, definido como a razão entre o volume escoado e o volume precipitado.
105
DICA 82
O projeto clássico de drenagem urbana tinha como objetivo principal a capitação, condução e descargas das
águas. Essa técnica, embora amenize a situação a montante da área atingida, acaba intensificando os efeitos das
inundações a jusante, pois o escoamento da água se dá de maneira acelerada.
A tendência atual na drenagem urbana é a utilização de técnicas compensatórias, através de elementos que
promovem o armazenamento da água ou sua infiltração no solo. São exemplos desses elementos: reservatórios
de detenção, reservatórios de retenção, pavimentos permeáveis, valas de infiltração, trincheiras de infiltração e
telhados verdes.
Além de promoverem a atenuação das cheias urbanas a jusante, esses dispositivos, quando adequadamente
projetados, promovem integração entre os elementos urbanos e meio ambiente dentro das cidades.
106
DICA 82 Continuação
107
DICA 83
𝛾. 𝐻𝑚 . 𝑄
𝑃=
𝜂
109
DICA 84
110
DICA 85
Vazão na captação:
𝑄𝐴 = 𝑘1 ∙ 𝑃 ∙ 𝑞 + 𝑄𝑒𝑠𝑝 𝐶𝐸𝑇𝐴
𝑄𝐵 = 𝑘1 ∙ 𝑃 ∙ 𝑞 + 𝑄𝑒𝑠𝑝
𝑄𝐶 = 𝑘1 ∙ 𝑘2 ∙ 𝑃 ∙ 𝑞 + 𝑄𝑒𝑠𝑝
Em que: 𝑃 é a população, 𝑞 é o consumo médio per capita (L/dia), 𝑄𝑒𝑠𝑝 é a vazão específica (por exemplo,
uma indústria, se houver); 𝐶𝐸𝑇𝐴 é um fator que leva em contato o consumo na ETA.
112
DICA 86
Os sistemas de tratamento de esgoto são essenciais para garantir que, antes que o esgoto seja jogado nos
efluentes, estejam de acordo com os parâmetros aceitáveis pela legislação, de modo que não causem prejuízos
ambientais. Para isso, existem diversos sistemas de tratamento, podendo ser classificados em: preliminar, primário,
secundário e terciário.
113
DICA 86 Continuação
114
DICA 87
As lagoas de estabilização consistem em sistemas de tratamento secundário, podendo o processo de tratamento
ser anaeróbico, aeróbico ou misto.
Lagoa de maturação: possui pouca profundidade (0,8 a 1,5m), com
atividades predominantemente aeróbica.
Lagoa anaeróbica: possui profundidade entre 3,0m a 5,0m, com
atividade predominantemente anaeróbica.
Lago facultativa: possui profundidade entre 1,5m a 3,0m; ocorrem dois
processos distintos: aeróbico na superfície e anaeróbico no fundo.
Nas lagoas facultativas, as bactérias aeróbias degradam a matéria orgânica a partir do consumo do oxigênio livre
na água, liberando gás carbônico e nutrientes, ao passo que as algas consomem gás carbônico e nutrientes,
liberando oxigênio.
115
DICA 88
O tratamento da água bruta (a princípio imprópria para o consumo humano) tem como finalidade transformá-la
em água potável (adequada para o consumo humano). Os tipos de tratamento aplicados dependerão, dentro
outros fatores, da qualidade da água do manancial (fonte de onde é retirada a água bruta).
ETA (Estação
Água Bruta de Água Potável
Tratamento)
116
DICA 88 Continuação
Padrão de
potabilidade
Proteger
contra Previne cárie
corrosão
117
DICA 89
A água do manancial é dita potabilizável se pode ser transformada em água potável por meio de processos de
tratamento viável do ponto de vista técnico-econômico. Dependo das características dessa água, escolhem-se os
métodos mais adequados para seu tratamento. Existem, basicamente, dois grupos de tratamento: os que utilizam a
filtração rápida e os que utilizam a filtração lenta. O primeiro grupo apresenta a coagulação química e a filtração
rápida como etapas fundamentais para a clarificação da água, ao passo que, no segundo grupo, a etapa básica é a
filtração lenta e é dispensável o uso de coagulantes. Em ambos os grupos, a filtração pode ou não ser precedida
por outros processos de clarificação
Coagulação
(obrigatório)
Filtração
rápida
Filtração
rápida
Tratamento
de água bruta
Dispensável
Coagulantes
Filtração lenta
Filtração lenta
118
DICA 90
Independentemente da qualidade da água bruta, conforme Portaria MS nº 518/2014, pelo menos os seguintes
procedimentos devem ser aplicados:
“Art. 22. Toda água fornecida coletivamente deve ser submetida a processo de desinfecção, concebido e operado de
forma a garantir o atendimento ao padrão microbiológico.
Art. 23. Toda água para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuída por meio de canalização
deve incluir tratamento por filtração”
Portanto, no mínimo, segundo essa legislação, devemos ter os processos de filtração e desinfecção no tratamento
da água. Veja que há uma diferença entre essa recomendação e a NBR 12216:92, já a filtração somente começar a
ser prevista para águas para abastecimento classificada como tipo B (sendo ainda opcional). Contudo, devemos
considerar a legislação mais atual, com maior segurança para o abastecimento, que seria a da Portaria de 2014.
Floculação
(lenta)/ Sedimentação Água
Água Bruta Coagulação Filtração Desinfecção
/ Flotação Tratada
Mistura rápida
119
DICA 90 Continuação
Fonte: COPASA;
120
DICA 91
Importante ressaltar que no Brasil utiliza-se o sistema de rede esgoto chamado de separador absoluto, no qual as
redes de esgoto são independentes das redes de águas pluviais. Portanto, não é permitido que ocorram ligações
entre esses sistemas. O sistema de esgoto, é constituído, basicamente, de coletores secundários (que recebem o
esgoto diretamente), coletores primários (que recebem o esgoto dos secundários) e interceptores (que recebem
os coletores primários e enviam para a ETE). Por sua vez, o esgoto é direcionado para uma estação de tratamento
de esgoto (ETE), antes do destino final (corpo coletor).
121
DICA 92
Rede de distribuição de água é a parte do sistema de abastecimento de água, formada por tubulações e
dispositivos acessórios, que tem como finalidade disponibilizar água potável para a população de forma contínua e
em quantidade, qualidade e pressão adequadas. Nesse sistema é possível identificar dois tipos de canalizações:
principal (tem por finalidade distribuir a água para tubulações secundárias) e secundária (tem por finalidade
abastecer diretamente os pontos de consumo). Já em relação a disposição das tubulações e o sentido do
escoamento, as redes são classificadas em: ramificada, malhada e mista.
A rede é dita ramificada quando a tubulação principal (alimentada por um reservatório) abastece a tubulação
secundária (que diretamente abastece os pontos de consumo), de modo que o sentido do escoamento é
conhecido em qualquer trecho. Tem como desvantagem o fato que a interrupção em um ponto da rede, faz com
que todos os pontos a jusante dela sejam interrompidos.
A rede é dita malhada quando as tubulações principais formam anéis ou blocos, de modo que é possível realizar o
abastecimento do ponto de consumo por mais de caminho. A vantagem é que permite maior flexibilidade em
satisfazer a demanda e manutenção, com mínimo de interrupção.
A rede é dita mista quando utilizado os dois tipos acima para abastecimento dos pontos de consumo, sendo uma
parte abastecida por rede malhada e outra parte ou pontos abastecidos pela rede ramificada.
122
DICA 92 Continuação
123
DICA 93
A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) é a quantidade de
oxigênio molecular necessária para estabilizar (oxidar) a
matéria orgânica biodegradável.
A DBO constitui o parâmetro mais adotado para medir a
poluição de um efluente de esgoto ou de corpo hídrico. Assim,
quanto mais matéria orgânica decomponível aerobicamente na
água, tanto maior a DBO.
A demanda química de oxigênio (DQO), por sua vez, é a
quantidade de oxigênio molecular necessária para estabilizar
quimicamente a matéria orgânica.
A DQO é sempre maior do que a DBO, tendo em vista a oxidação química referente à decomposição da matéria
orgânica não biodegradável.
A decomposição da matéria orgânica inclui:
• Decomposição da matéria carbonácea (fração não biodegradável e fração biodegradável)
o A decomposição aeróbia produz CO2 e H2O
o A decomposição anaeróbica produz CO2, H2, CH4, dentre outros compostos
• Decomposição da matéria nitrogenada
o Nitrificação: conversão da amônia (NH4) em nitrito (NO2—) e a conversão de nitrito em nitrato (NO3—)
o A decomposição aeróbia produz NO3—, CO2, H2O, SO4——
126
DICA 94 Continuação
127
DICA 95
Todo orçamento, público ou privado, possui, pelo menos, os seguintes atributos: especificidade, temporalidade e
aproximação.
A especificidade está relacionada com as questões locais de cada obra, por exemplo, a execução de uma mesma
construção em regiões distintas podem requerer orçamentos diferentes. A temporalidade está relacionada com o
fato que o dinheiro possui valor no tempo, portanto, com o passar do tempo, um determinado orçamento torna-se
naturalmente defasado. Já a aproximação está relacionada com o fato de que o orçamento é um instrumento de
estimativas, mas, ao mesmo tempo, deve ser o mais preciso (e não necessariamente exato) possível.
129
DICA 96
De fundamental importância o conhecimento da definição de custo direto e indireto, assim como dos elementos
que compõem o custo direto e o custo indireto.
O custo direto é o resultado da soma de todos os custos dos serviços necessários para a execução física da obra,
obtidos pelo produto das quantidades de insumos empregados nos serviços, associados às respectivas unidades e
coeficientes de consumo, pelos seus correspondentes preços de mercado. Nestes custos estão os materiais,
equipamentos e mão de obra – acrescida dos Encargos Sociais aplicáveis, equipamentos e os Encargos
Complementares: EPI’s, transporte, alimentação, ferramentas, exames médicos obrigatórios e seguros de vida em
grupo.
130
DICA 97
Temos também os custos indiretos, que são aqueles que, embora não possam ser diretamente a execução das
obras/serviço, são necessários para que o empreendimento seja realizado. São, em essência, serviços de apoio a
obra, mas que não guardam proporcionalidade com a produção da obra.
131
DICA 98
Já a despesa indireta é aquela decorrente de atividade empresarial, incidindo de forma percentual sobre os custos
(diretos e indiretos) das obras. Basicamente é constituída dos seguintes elementos: administração central, tributos,
riscos, seguros e garantias e despesas financeiras.
132
DICA 99
Lucro ou bonificação é parcela destinada à remuneração da empresa pelo desenvolvimento de sua atividade
econômica. Em conjunto com as Despesas Indiretas formam o BDI.
133
DICA 100
Abaixo, segue um quadro resumo com as principais classificações e seus elementos, conforme consta no SINAPI. O
preço é o valor final pago pelo comprador, incluído todos os custos (diretos e indiretos), despesas indiretas e
lucro/bonificação da empresa.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑃𝑉 = 𝐶𝐷 + 𝐶𝐼 + 𝐷𝐼 + 𝐿
𝐵𝐷𝐼
Fonte: SINAPI
Ressalta-se que o Tribunal de Contas da União tem a seguinte orientação, com base no Acordão 325/2007, que:
“9.1.2. os itens Administração Local, Instalação de Canteiro e Acampamento e Mobilização e Desmobilização,
visando a maior transparência, devem constar na planilha orçamentária (custo direto) e não no LDI;”
134
DICA 101
Os Encargos sociais são custos incidentes sobre a folha de pagamentos (insumos classificados como mão de obra
assalariada). Esses encargos são agrupados em quatro grupos distintos: grupo A, grupo B, grupo C e grupo D.
Conforme o SINAPI, a apropriação dos percentuais varia conforme regime de contratação do emprega (horista ou
mensalista) e a localidade em que é realizada a obra, devido a diversos fatores externos (como rotatividade de mão
de obra, quantidade média de dias de chuva, acordos coletivos locais e incidência de feriados).
135