CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 10
CAPITULO 11
CAPÍTULO 12
— Então isso explica por que ela usa aquele véu, mesmo
dentro de casa — disse Bolt.
— Ela o recebeu em casa?! — Havia uma grande
surpresa na voz de Victoria.
— Não propriamente; apenas me recebeu na porta, mas
não quis falar comigo — respondeu Bolt, decidido a
manter-se próximo à verdade.
— Ela se mostra muito suscetível a esse tipo de coisa —
continuou a mulher. — Não posso condená-la. Nenhuma
mulher gosta de causar horror ou piedade à simples visão de
seu rosto.
— Como foi que aconteceu?
— Willow teve uma briga com uma mulher chamada
Amanda Gibbons. Isso é tudo que se sabe.
— Foi Amanda quem cortou o rosto dela?
— Willow se recusa a falar a respeito, e Amanda não
Vive mais aqui.
— O que Willow estava fazendo aqui em sua casa?
— Sou a única amiga que lhe resta. Dou-lhe uma
pequena ajuda financeira de vez em quando; gosto dela e
não vejo motivos para não ajudar os menos afortunados que
eu. Mas foi para falar sobre Amanda que você veio?
— Não, foi uma coincidência.
— Desculpe pela mobília — disse a mulher, sentando-se
ao lado dele. — Meus móveis novos ainda não chegaram da
Inglaterra. Esse transporte marítimo é uma Coisa horrível,
demora séculos para chegar, mas eu faço questão de ter o
que há de melhor, de modo que vou me arranjando com
estes. Não faria muito sentido comprar outra mobília
enquanto espero, não é mesmo?
Bolt sabia que ela estava mentindo, pelo modo como ela
evitava encará-lo. Era evidente que ela tinha uma desculpa
já pronta para justificar os móveis desconjuntados, o tapete
puído e a ausência de enfeites na sala: não havia quadros
nas paredes, estantes, armários com bibelôs, cristais ou
porcelana. Mesmo os vidros das lanternas eram lisos e
transparentes, em vez dos pintados a mão que seria de
esperar numa casa como aquela. Bolt comentou
diplomaticamente:
— Não ligo muito para mobília. Desde que os móveis
sejam confortáveis.
Isso não pareceu deixar a mulher muito à vontade.
— Sei que este sofá não oferece muito conforto —
reconheceu ela. — Mas é por pouco tempo.
Ela levantou-se, como quem quer mudar de assunto, e
caminhou até um pequeno bar de madeira com tampa
corrediça, que abriu, retirando dois copos e uma garrafa
cujo rótulo Bolt não conseguiu discernir. Serviu duas doses
de um líquido cor de âmbar, guardou novamente a garrafa e
retornou.
— Experimente um pouco desse uísque — disse ela,
estendendo um copo para Bolt. — É meu preferido.
— Oh, muita gentileza — disse ele, imaginando que ela
teria uma garrafa de bom uísque guardada há anos, apenas
para servir a visitas especiais.
— Gostaria de ter um conhaque de boa qualidade ou
algo parecido para oferecer-lhe — continuou Victoria. —
Mas no momento estou em falta. Preciso lembrar-me de
trazer algo assim quando for fazer compras na cidade.
— Ora, não se incomode por minha causa — disse Bolt
sorrindo. — Não precisa provar nada para mim.
— Claro — disse a mulher, voltando à carga. — Não
preciso provar nada a ninguém. Sei que muita gente na
cidade não gosta de meu estilo de vida, mas tudo que tenho
herdei de meu falecido esposo, e não posso mudar para
agradar a eles. Tenho meu estilo de vida e pouco me
importa se gostam ou não.
Ela bebericou de leve de seu copo e voltou a sentar ao
lado de Bolt; o velho sofá rangeu sob seu peso.
— O que fazia seu marido? — indagou Bolt, erguendo o
copo.
Tomou um gole cauteloso e sentiu o odor forte de uísque
barato invadir-lhe as narinas, quase fazendo as lágrimas
virem aos seus olhos. O gole desceu como fogo por sua
garganta. Bolt conhecia aquele uísque; era o tipo de uísque
caseiro feito pela maioria dos donos de bares daquela região
da Califórnia, misturado com tabaco e pimenta para
disfarçar o gosto do álcool ordinário usado na fabricação.
— Martin foi um mineiro que teve sorte. Encontrou um
filão e juntou um bom dinheiro. Eu era quase uma criança
quando nos casamos e mesmo naquela época eu tinha
certeza de que seríamos ricos um dia. Martin morreu seis
meses atrás.
— Sinto muito — disse Bolt, imaginando até que ponto
a mulher estaria dizendo a verdade. O fato é que ela era
dona da maior casa que ele vira em Placerville, mas não
parecia possuir mais nada além disso. — Soube que você é
dona da casa onde funciona a lavanderia chinesa, na rua
principal.
— Sim. É uma de minhas propriedades.
— Você deve ganhar um bom dinheiro com esses
aluguéis.
— Não vivo disso — respondeu a mulher, encolhendo
os ombros com desdém.
— Sabe de alguém que poderia estar rondando pelo
quarto vazio, aquele que dá para a rua?
Os olhos dela viraram-se rapidamente para Bolt.
— Por que pergunta isso?
— Porque uma hora atrás alguém me deu um tiro,
exatamente daquela janela.
Ela baixou os olhos, respirou profundamente e depois
voltou a encará-lo, com cautela.
— Não. Não sei de nada. Aquele quarto está desocupado
há mais de um mês, e ninguém tem nada a fazer ali. Nem
mesmo os outros inquilinos.
— Andei falando com todos eles e acho que de fato nada
têm a ver com isso. Mas alguém me deu um tiro e errou por
uma questão de centímetros.
Victoria encolheu os ombros.
— As pessoas em Placerville não são modelos de boa
conduta. Se andam atirando uns nos outros não é da minha
conta; mas posso lhe assegurar que ninguém tinha minha
permissão para estar naquele quarto.
Ela esvaziou o copo de um gole e o pousou em cima de
mesinha. Bolt admirou-se em ver como o uísque barato nem
sequer a fazia piscar os olhos.
— Parece que você não gosta muito das pessoas de
Placerville.
— Não — confirmou ela. — Consigo me dar bem com
uns três ou quatro, mas o resto não vale um níquel. Ladrões.
Trapaceiros. Assassinos. Não gostam de mim por causa de
meu dinheiro, de modo que fico aqui em minha casa sem
me misturar com eles. Enquanto me deixarem em paz, eu
também não os incomodo.
— Você falou em assassinos. Sabe de alguém que
poderia ter matado as garotas do American Dance Hail?
— Deus meu, não! — disse a mulher, erguendo as mãos.
— Não sei de nada sobre coisas desse tipo. Não me misturo
com essa gente.
— Que gente? Os assassinos?
— Não, as prostitutas. Nem sequer falo com elas. — A
mulher parecia incomodada pelo rumo que a conversa
estava tomando. — Quer mais um drinque?
— Não, obrigado. — Bolt não permitiu que ela se
esquivasse. — Mas qual é o problema com as prostitutas,
Victoria? Não são diferentes de nós dois.
— Desculpe, mas o que está querendo dizer?... —
perguntou ela, enrubescendo violentamente.
— São pessoas, como eu e você. Prestam serviços
profissionais e serviços muito importantes, por sinal. Você
também presta serviços quando aluga sua casa ao chinês e
ao barbeiro.
— Ora, isso é diferente — protestou.
— Não muito. Se sua casa ficasse sem alugar, não
causaria problema para ninguém. Mas pense só no que seria
Placerville sem prostitutas. Haveria estupros diariamente e
as pessoas respeitáveis como você não teriam um instante
de paz.
— Você parece gostar de prostitutas — disse Victoria,
com a voz mantendo o tom de dignidade ofendida, mas os
olhos passando de esguelha pelo corpo de Bolt, descendo
até abaixo de seu cinto.
— É, tenho certa afinidade com elas.
— Imagino. É casado?
— Não.
— Não? Ora, você é um homem bonito. Como é que
nenhuma garota ainda conseguiu fisgá-lo?
— Talvez eu seja do tipo que não gosta de casamento.
Talvez eu goste de prostitutas. Quem sabe? — A malícia
proposital que ele imprimiu à voz acendeu um clarão nos
olhos de Victoria e ele fez menção de erguer-se. — Bem,
acho que preciso ir andando.
A mulher o interrompeu com um gesto tão decidido que
ele voltou a sentar-se.
— Espere — disse ela. — Nunca recebo visitas, e às
vezes... bem, sinto falta de alguém com quem conversar.
— Sinto muito. Só não quero tomar seu tempo.
Victoria ergueu para ele dois olhos onde já não havia a
falsa arrogância de antes; apenas tristeza e desejo.
— Você já formou uma opinião a meu respeito, não é
mesmo, Bolt? Por isso quer ir embora.
— Não sei do que está falando.
— Sou uma mulher velha e não sou mais bonita como
antes. Se eu fosse mais atraente, não teria dificuldade em
fazê-lo ficar aqui mais tempo.
— Não é uma questão de idade — disse Bolt, sentindo-
se meio idiota ao completar: — O que vale é o espírito da
pessoa.
— Posso ser honesta com você? Pelo menos uma vez?
— Preferiria que fosse honesta o tempo todo.
— Está bem. Sou uma mulher muito sozinha. Ninguém
gosta de mim nesta cidade, porque pensam que sou muito
rica. Eu não sou. Mas ao mesmo tempo não posso deixar
que saibam disso.
— Por quê?
— Não sei. Talvez por terem passado tanto tempo me
detestando por causa de minha riqueza agora tenho medo do
que fariam se soubessem a verdade. É por isso que sou
amiga de Willow. Tanto eu quanto ela temos alguma coisa a
ocultar.
Havia sinceridade na voz da mulher e Bolt falou com
suavidade:
— Victoria, talvez você esteja enganada a respeito das
pessoas. Seja você mesma e eles a aceitarão. Por que toda
essa farsa?
— Por causa da memória de Martin. Ele ficou mesmo
rico, pouco antes de morrer. Acontece que eu perdi os
direitos sobre a mina, numa briga jurídica logo após a morte
dele; eu era muito ingênua e assinei papéis que não devia.
Isso foi há seis meses, e não agüento mais essa situação.
— O dinheiro não é tudo — disse Bolt.
— Não é só dinheiro — retrucou ela, rapidamente, e o
encarou. Em seus olhos havia uma ansiedade crescente e ao
mesmo tempo uma determinação que fascinou Bolt.
— É... é a solidão. Pode parecer vergonhoso dizer isso,
mas sinto falta de um homem. Esses vagabundos de
Placerville só se interessariam por mim por causa de meu
dinheiro, mas você é outro tipo de homem. Você parece ser
dos que procuram numa mulher aquilo... aquilo que ela
pode lhe dar.
A mão dela tocou o braço de Bolt, apertando os
músculos sólidos por sob o pano da camisa. Quando ela
deslizou para mais perto, o cheiro agradável do perfume que
usava envolveu-o por completo; os lábios vermelhos e
carnudos da mulher estavam entreabertos, a poucos
centímetros de distância dos dele. Ele não se afastou;
durante uma fração de segundo desejou aquela boca sensual
e no mesmo instante a mulher o beijou, segurando-lhe o
rosto com as mãos. Ele aceitou o beijo, sentindo-se excitado
pela impulsividade do gesto de Victoria. Daí a alguns
instantes, quando ela afastou o rosto, ele disse:
— Ora, que é isso?
— Quero você, Bolt — disse ela, arfante, com os olhos
brilhantes de desejo. — Preciso de você. Preciso de um
homem de verdade. Será que estou tão feia assim?
— Você é atraente — disse ele, roçando os dedos pela
face dela.
— Sim... e sou tão boa na cama como qualquer outra —
disse, abraçando-o e pressionando seus seios redondos e
firmes de encontro ao corpo dele.
Bolt a envolveu com o braço e voltou a beijá-la.
Percebia em Victoria uma mulher sensual que se vira
subitamente privada de um marido e demasiado orgulhosa
para se oferecer a qualquer um. Não era propriamente
vaidoso, mas notara desde o início o quanto sua aparência
física tinha impressionado Victoria, levando-a talvez a
exagerar seus modos de “grande dama” com o intuito de
impressioná-lo. Ao ver que não conseguira, ela resolvera
despir de vez esses artifícios e mostrar-se a ele como era de
fato: uma mulher que gostava de sexo, que não o praticava
há bastante tempo e cuja sensualidade fora despertada
abrupta- mente pela presença de um macho que lhe
agradava. Colada ao corpo de Bolt, chupando-lhe a língua
com deleite, ela demonstrava que o tinha desejado desde o
início e que não o deixaria partir sem satisfazê-la até o fim.
Bolt não era do tipo que se deixasse arrastar por
qualquer mulher apenas por uma questão de orgulho
masculino; dava-se ao luxo de escolher. Naquele momento,
porém, ele percebia em Victoria algo que sempre o deixava
excitado, que lhe fazia circular nas veias aquele calor: a
sensualidade feminina reduzida a sua expressão mais
elementar, a de simples fêmea no cio, despertada por sua
presença. Ele sentiu as mãos de Victoria desabotoando sua
calça e trazendo para fora o seu membro pulsante, que ela
acariciou com dedos quentes e ágeis.
— Você me quer — sussurrou ela, a língua percorrendo
a orelha de Bolt, causando-lhe arrepios. — Claro que me
quer. Olhe isto aqui como está.
— Quero, sim — disse ele, movendo-se dentro da mão
dela, provocando-a.
— Vamos para meu quarto.
No quarto de Victoria, como na sala, os móveis eram
poucos e velhos, mas o ambiente era limpo e o cheiro
agradável dos lençóis recendia por todo o ambiente. Ele
despiu-se rapidamente e seus olhos não abandonavam o
corpo de Victoria enquanto ela também tirava suas roupas.
O corpo dela não era gordo; era roliço, mas sólido, envolto
pela luz dourada do entardecer, que se filtrava pela janela.
Suas coxas eram cheias; a pele muito alva, sem manchas,
parecia a de uma adolescente. Bolt aproximou-se dela e
tomou nas mãos seus seios redondos, acariciando-os;
prendeu o mamilo róseo entre o polegar e o indicador,
balançando-o de leve, sentindo-o intumescer, enquanto ela
descia a boca por seu tórax, pelos músculos de sua barriga.
Deixou-a sentar-se na cama, com o rosto a poucos
centímetros de seu membro rijo, e tomá-lo nas mãos.
— Como é grande — murmurou ela, com a garganta
contraída. Seus lábios percorreram a glande luzidia e úmida,
que ela introduziu na boca com um gesto suave. Seus dedos
brincavam com os pêlos de Bolt e ele fechou os olhos,
sentindo a carícia quente de seus lábios, sentindo a suave
pressão dos dentes enquanto ela mordiscava de leve toda a
extensão de seu membro.
— Deite-se aí — ordenou ele.
Victoria obedeceu, deitando-se de costas na cama, o
corpo alvo brilhando na semi-escuridão do quarto, o tufo de
pêlos negros avultando entre suas coxas. Bolt curvou-se
sobre ela, percorrendo com a boca toda a sua pele, sentindo
o perfume agradável misturado ao cheiro forte que se
desprendia de seu corpo. Desceu a boca por seus seios,
brincou com seu umbigo, correu a língua ao longo da fenda
entreaberta, enquanto ela afastava as coxas o mais que
podia, soltando gemidos de prazer. Bolt debruçou-se e,
aproximando o rosto do dela, voltou a beijá-la na boca.
— Você é uma mulher e tanto — murmurou, enquanto
Victoria corria as mãos por seus ombros, por seu tórax,
sentindo os músculos contraídos pela posição.
— Meta agora — gemeu ela. — Venha, quero tudo,
quero que meta tudo.
Ele não a penetrou de vez; primeiro fez com que seu
membro duro percorresse de cima a baixo, várias vezes, os
lábios molhados de seu sexo, enquanto ela se contorcia sob
ele, implorando, procurando-o com sua vagina, até que
finalmente, num movimento hábil dos quadris, ele encravou
de baixo para cima e deslizou para dentro num único e
longo movimento que a fez arquejar de prazer. Uma vez
dentro, Bolt passou a mexer-se, ora em movimentos
circulares, ora em estocadas fundas que faziam Victoria
gemer e cravar as unhas em suas costas.
— Sim, sim, assim — pedia ela, jogando as pernas ao
redor da cintura dele, usando os calcanhares para
pressionar-lhe as nádegas e fazê-lo penetrar mais fundo.
Bolt deu tudo que ela pedia, atendeu ao apelo animal das
ancas que se contorciam de encontro a ele, castigou-a com
golpes medidos e implacáveis, até que sentiu contrair-se
cada vez mais, arquejar mais e mais forte. Quando ela
estremeceu em convulsões e gemeu de gozo embaixo dele,
deixou que seu prazer se consumasse e despejou-se em
golfadas no interioi daquela vagina sequiosa e ardente.
Minutos depois ele rolou para o lado, a respiração
voltando ao normal, o corpo banhado de suor. Ficaram os
dois deitados lado a lado, sem falar, fitando o teto. Quando
Bolt sentou-se na cama e olhou na direção de suas roupas,
Victoria disse:
— Bolt, não vá agora.
— Preciso ir — disse ele. — Alguém tentou me matar
agora há pouco e preciso saber quem foi.
— Por que não fica para jantarmos juntos? — propôs
ela. — Depois, poderíamos...
— Não — disse ele, já se vestindo.
— Bolt, você não pode ir embora assim sem mais nem
menos. Não depois de ter-me feito sentir tudo isso que senti
agora.
— Voltarei aqui noutro dia — disse ele, calçando as
botas. Victoria desistiu e, levantando-se com um suspiro,
sentou-se em frente à penteadeira e começou a escovar os
cabelos, de frente para o espelho. Quando Bolt terminou de
afivelar o cinto com o coldre, aproximou-se dela por trás e
beijou-a ao lado do pescoço. Ao fazer isso, percebeu o
brilho da aliança de ouro que ela usava. Achou que a
aliança era nova demais para uma mulher que dizia estar
casada desde que era quase uma menina, mas logo em
seguida refletiu que o marido de Victoria tinha ficado rico
apenas pouco tempo antes de morrer e talvez a aliança
datasse dessa época.
Quando Bolt voltou a se endireitar, preparando-se para
deixar o quarto, seus olhos deram com algo que chamou sua
atenção.
— Para que serve isso? — perguntou ele, intrigado,
indicando quatro bolas vermelhas enfileiradas sobe o tampo
da penteadeira.
Pousando a escova, Victoria sorriu; apanhou três das
bolas e começou a jogá-las para o ar com destreza.
— Uma brincadeira para passar o tempo — disse ela,
enquanto as bolas subiam e desciam, as mãos alternando-se
em rápidos e experientes movimentos.
— Oh, muito bem — disse Bolt, forçando um sorriso.
Uma idéia assaltou-lhe a mente. — Victoria, você conhece
um cara chamado Ben Sneed?
Os olhos dela se alargaram de surpresa, depois piscaram
e emitiram uma chispa de ódio que ela não fez nenhum
esforço para disfarçar. Bolt jamais havia visto tamanha
expressão de ódio no rosto de uma mulher.
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