https://novaescola.org.br/conteudo/11768/como-favorecer-o-
aprendizado-mao-na-massa
Metodologia
Você já parou para pensar por que a aprendizagem na Educação Infantil e nos
primeiros anos do Ensino Fundamental I é tão significativa?
Os primeiros anos trazem experiências diárias, nas quais “ver com a mão” é um
processo estimulado o tempo todo, desde experiências com blocos, massa de modelar,
pesquisa, observações, propondo experimentos e vivências com o currículo.
O movimento maker, “faça você mesmo”, propôs nos últimos anos o resgate da
aprendizagem mão na massa, trazendo o conceito “aprendendo a fazer”. O movimento
vem crescendo e a consequência direta é que o processo de aprendizagem – e não o
produto – passa a ter destaque, colocando o aluno no centro do processo de
aprendizagem.
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Espaço de aprendizagem
Se você não possui um espaço maker (markerspaces), saiba que é possível tornar a sua
sala de aula mais acolhedora, reorganizando as mesas e cadeiras, em forma de
bancada. Isso irá criar um ambiente de trabalho participativo e colaborativo entre os
estudantes.
O especial Mão na Massa do Porvir traz um simulador maker, para você começar sua
abordagem. Ali você encontra uma lista de materiais, muitos deles de baixo custo. Para
baratear ainda mais, é possível pedir ajuda à comunidade escolar.
Na sala de aula mão na massa, as carteiras mudam das tradicionais fileiras
para criar outro agrupamento produtivo, um de frente para o outro
Ilustração: Acervo pessoal
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prática? Nosso curso com a formadora Lilian Bacich ensina!
Nessas aulas, a sua turma poderá codificar, desvendar o Scratch (que é um software
livre e gratuito), montar circuitos elétricos simples, incorporando desta maneira o
pensamento maker. Como professor, você pode montar fichas de observação e
investigação para que os alunos possam registrar o aprendizado e você entra intervém
quando necessário e faz a mediação do processo.
Comece simples
Desenvolva projetos simples com estudantes e vá aumentando o nível de dificuldade
aos poucos, exercitando o espírito lúdico, a criatividade e a vivência da aprendizagem
em torno de um problema.
Quando iniciei o trabalho de mão na massa com meus alunos foi na tentativa de
resolver um problema sério na comunidade em que leciono, a questão do lixo.
Realizamos aulas abertas para falar sobre sustentabilidade e sensibilizar a escola para
o problema do cuidado com o meio ambiente. A partir de questões norteadoras,
construímos um carrinho movido a balão de ar, que foi o primeiro passo para
introduzir a cultura maker e a desenvolver outros protótipos, despertando o
protagonismo juvenil.
Dê lugar ao erro
Os estudantes precisam estar envolvidos no processo e nas etapas de aprendizagem,
tornando-se protagonistas de seu aprendizado. Eles precisam de espaço para tentar,
errar, tentar de novo até acertar. Falhar faz parte desse processo e o torna significativo,
tornando os alunos mais criativos e capazes de resolver problemas.
E você, querido professor, como trabalha o movimento maker em sala de aula? Quais
projetos desenvolveu com os alunos? Conte aqui nos comentários e ajude a fortalecer
práticas docentes.
Um grande abraço,