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aprendizado-mao-na-massa

Publicado em NOVA ESCOLA 22 de Maio | 2018

Metodologia

Como a educação mão na


massa favorece o
aprendizado na escola
A cultura do “faça você mesmo”, é um instrumento valioso em
qualquer área do conhecimento e coloca o aluno no centro do
aprendizado
Débora Garofalo

Crianças usam peças de Lego para montar estruturas durante competição


de aprendizagem criativa Foto: Reprodução/YouTube

Você já parou para pensar por que a aprendizagem na Educação Infantil e nos
primeiros anos do Ensino Fundamental I é tão significativa?

Os primeiros anos trazem experiências diárias, nas quais “ver com a mão” é um
processo estimulado o tempo todo, desde experiências com blocos, massa de modelar,
pesquisa, observações, propondo experimentos e vivências com o currículo.

LEIA MAIS Qual é a melhor forma de organizar as carteiras em sala de aula?


À medida que o estudante avança nos ciclos de aprendizagem, essa prática vai
cedendo espaço ao currículo mais formal e às novas formas de aprender.

O movimento maker, “faça você mesmo”, propôs nos últimos anos o resgate da
aprendizagem mão na massa, trazendo o conceito “aprendendo a fazer”. O movimento
vem crescendo e a consequência direta é que o processo de aprendizagem – e não o
produto – passa a ter destaque, colocando o aluno no centro do processo de
aprendizagem.

LEIA MAIS 8 passos para levar ferramentas digitais para a sala de aula

Estudos realizados por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados


Unidos, demostram que estudantes que vivenciaram a aprendizagem mão na massa
tiveram um desempenho 30% mais alto do que colegas que seguiram o aprendizado
de maneira convencional.

A abordagem ainda é um desafio para a Educação, principalmente para as escolas


públicas – mas não é impossível. É necessário que as crianças e jovens vivenciem um
aprendizado baseado em experiências e tenham oportunidade de trabalhar com as
metodologias ativas, como resolução de problema, para vivenciar a construção de
conhecimento.

E por onde começar?

Espaço de aprendizagem
Se você não possui um espaço maker (markerspaces), saiba que é possível tornar a sua
sala de aula mais acolhedora, reorganizando as mesas e cadeiras, em forma de
bancada. Isso irá criar um ambiente de trabalho participativo e colaborativo entre os
estudantes.

O especial Mão na Massa do Porvir traz um simulador maker, para você começar sua
abordagem. Ali você encontra uma lista de materiais, muitos deles de baixo custo. Para
baratear ainda mais, é possível pedir ajuda à comunidade escolar.
Na sala de aula mão na massa, as carteiras mudam das tradicionais fileiras
para criar outro agrupamento produtivo, um de frente para o outro
Ilustração: Acervo pessoal

SAIBA MAIS Quer aprender sobre metodologias ativas com casos reais e na
prática? Nosso curso com a formadora Lilian Bacich ensina!

Crie situações de aprendizagem


Utilize as metodologias ativas, como resolução de problemas e aprendizagem por
projetos, com questões norteadoras:
Caption

Use sucatas para inovar


Leve para a sala de aula materiais de sucata como papelão, plástico, potes, tampinhas,
garrafas pet e palitos de sorvete. Leve também materiais eletrônicos como lâmpadas
led, resistores, baterias 9v, motores 3v, motores 6v, garras de jacaré, fios e suporte
para bateria. Com esse material, você será capaz de incentivar os alunos a desenvolver
projetos mão na massa. Estabeleça um roteiro de trabalho e faça perguntas para
instigar e aguçar a criatividade dos estudantes.

Nessas aulas, a sua turma poderá codificar, desvendar o Scratch (que é um software
livre e gratuito), montar circuitos elétricos simples, incorporando desta maneira o
pensamento maker. Como professor, você pode montar fichas de observação e
investigação para que os alunos possam registrar o aprendizado e você entra intervém
quando necessário e faz a mediação do processo.

Comece simples
Desenvolva projetos simples com estudantes e vá aumentando o nível de dificuldade
aos poucos, exercitando o espírito lúdico, a criatividade e a vivência da aprendizagem
em torno de um problema.

Quando iniciei o trabalho de mão na massa com meus alunos foi na tentativa de
resolver um problema sério na comunidade em que leciono, a questão do lixo.
Realizamos aulas abertas para falar sobre sustentabilidade e sensibilizar a escola para
o problema do cuidado com o meio ambiente. A partir de questões norteadoras,
construímos um carrinho movido a balão de ar, que foi o primeiro passo para
introduzir a cultura maker e a desenvolver outros protótipos, despertando o
protagonismo juvenil.

Projetos feitos por alunos com sucata, desenvolvidos a partir da


metodologia de mão na massa Fotos: Acervo pessoal

Ao adotar essa postura mão na massa, os alunos são estimulados a desenvolver


autonomia, senso crítico e colaboração. A aprendizagem mão na massa é simples, mas
demanda empenho e esforço para mudança de concepção.

Dê lugar ao erro
Os estudantes precisam estar envolvidos no processo e nas etapas de aprendizagem,
tornando-se protagonistas de seu aprendizado. Eles precisam de espaço para tentar,
errar, tentar de novo até acertar. Falhar faz parte desse processo e o torna significativo,
tornando os alunos mais criativos e capazes de resolver problemas.

Essas habilidades são importantes para resgatar o encantamento das aulas da


Educação Infantil e desenvolver espírito criativo e inovador. Com soluções criativas, é
possível inovar na educação – por isso essa abordagem do movimento maker deve ser
utilizado em todas as áreas do conhecimento.

Muitas vezes associamos a cultura maker à robótica, protótipos e a linguagem de


programação. É também, mas não é só isso. É necessário repensar o que é maker e o
markerspaces, sem esquecer que quando os alunos criam vídeos, blogs e animações,
eles estão exercendo a mentalidade de aprender a fazer.

E você, querido professor, como trabalha o movimento maker em sala de aula? Quais
projetos desenvolveu com os alunos? Conte aqui nos comentários e ajude a fortalecer
práticas docentes.

Um grande abraço,

Débora Garofalo é professora da rede Municipal de Ensino de São Paulo, Formada


em Letras e Pedagogia, Mestranda em Educação pela PUCSP, colunista de
Tecnologias para o site da Nova Escola.

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