INTRODUÇÃO
Nesta lição traremos uma definição de família; destacaremos quais os propósitos de Deus ao criá-la; falaremos
ainda sobre a mordomia da família cristã segundo a Bíblia; pontuaremos que o adversário tem atacado ferozmente esta
instituição sagrada e o que devemos fazer para conservar a nossa família na presença de Deus.
I – DEFINIÇÃO DE FAMÍLIA
A nossa Declaração de fé (2017, p. 203) diz que: a família é uma instituição criada por Deus, imprescindível à
existência, formação e realização integral do ser humano, sendo composta de pai, mãe e filho(s) - quando houver - pois o
Criador, ao formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança e
os fez macho e fêmea: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”
(Gn 1.27), demonstrando a sua conformação heterossexual. A diferenciação dos sexos visa à complementariedade mútua
na união conjugal (1Co 11.11), essa complementariedade mútua necessária à formação do casal e à procriação.
Reconhecemos preservada a família, quando, na ausência do pai e da mãe, os filhos permanecerem sob os cuidados de
parentes próximos (Et 2.7,15; 1Tm 5.16). Rejeitamos o comportamento pecaminoso da homossexualidade por ser
condenada por Deus nas Escrituras, bem como qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência se
fundamente em prática, união ou qualquer conduta que atente contra a monogamia e a heterossexualidade consoante o
modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus (Mt 19.6).
2.1 Evitar a solidão. Quando Deus se propôs a criar a mulher, fez pensando em oferecer companhia ao homem (Gn 2.18;
Pv 18.22). A mulher foi criada para ser a amável companheira do homem e sua ajudadora. Daí, ela ser participante da
responsabilidade de Adão e com ele cooperar no plano de Deus para a vida dele e da família por meio do casamento.
2.2 Bem-estar social. O homem é um ser gregário por natureza. A palavra “gregário” significa: “que tende a viver em
bando” (HOUAISS, 2001, p. 1481). Ele sente a necessidade de viver em grupo, de socializar-se. Desde o princípio, Deus
fez uma comunidade de “macho e fêmea” e lhes disse que multiplicassem a sua espécie em uma comunidade maior (Gn
1.27,28).
2.3 Bem-estar emocional. Marido e mulher complementam-se em suas necessidades emocionais (Gn 2.23). Nos
momentos alegres, compartilham seus sentimentos de felicidade (Pv 5.18). Nos momentos tristes ou difíceis, ajudam-se
mutuamente, impulsionados pelo amor conjugal. Pais e filhos, vivendo em família, sentem-se mais seguros do que pessoas
que vivem solitárias: “Deus faz que o solitário viva em família […]” (Sl 68.6).
2.4 A multiplicação da espécie. Quando os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a reprodução do
gênero humano (Gn 1.28-a), visto que dois iguais não se reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia
como uma abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o princípio da heterossexualidade
estabelecido na criação, continua a ser parte integrante do plano de Deus para o casamento” (KOSTENBERGER,
2011, p. 40 – acréscimo nosso).
4.1 Incentivo ao divórcio. A mídia tem dado grande incentivo a prática do divórcio, consequentemente tornando-o prática
comum na sociedade. O princípio da “indissolubilidade do casamento” tem sido quebrado em grande escala a cada ano,
evidenciando a falta de temor a Deus e do verdadeiro amor e respeito que deve existir entre os casais. A natureza
indissolúvel do casamento vem desde a sua origem (Gn 2.24). Jesus disse que esse registro bíblico fala da indissolubilidade
do casamento (Mt 19.5,6). O Mestre disse também que somente a infidelidade pode legitimar um segundo casamento, o
contrário configura em adultério (Mt 19.9). É bom destacar que Jesus nunca estimulou ou encorajou o divórcio. Portanto,
o divórcio não deve ser a primeira opção no caso de infidelidade conjugal, mas o perdão (Mt 18.21-35; Lc 17.4).
4.2 A impureza no leito conjugal. Desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido deturpados. Por meio da mídia escrita,
televisiva e até de alguns ensinadores que se levantaram no cenário nacional, têm havido um ensinamento deturpado do ato
conjugal com práticas impuras e inconvenientes. A Escritura, porém nos mostra que o sexo foi criado por Deus com
propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano, e por isso reprova severamente práticas sexuais
corrompidas, tais como o: (a) adultério (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9); e, (b) outras perversões que são impróprias
para o casal (Êx 20.17; 1 Co 6.19,20; 1 Pd 3.7; Hb 13.4).
4.3 A falta de espiritualidade. Em alguns lares a espiritualidade da família está entrando em crise. A frieza e a mornidão
espiritual têm impedido que os membros da família vivam em comunhão com Deus (Ap 3.15,16). Isto se dá pelo fato de
alguns lares, darem pouca importância a oração, adoração e a leitura bíblica no seio familiar. Todavia, a Bíblia nos mostra
o que devemos priorizar (Mt 6.33; Cl 3.1).
CONCLUSÃO
A Bíblia não fala somente da instituição da família, como também destaca quais os papéis que cada um dos
membros que a compõe deve exercer para que esta permaneça unida e espiritualmente saudável na presença de Deus. Se
formos excelentes mordomos da nossa família, jamais sucumbiremos ante os ataques de Satanás.
REFERÊNCIAS
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
KOSTENBERGER, Andreas J. com JONES, David. Deus Casamento e Família. VIDA NOVA.
RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.
SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.