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Guarulhos, 06 de agosto de 2018

“Deus é o círculo cujo centro está em toda parte e a circunferência, em nenhuma”


“Se Deus estivesse presente em tudo, nós estaríamos vivendo o panteísmo. Se
estivesse ausente, estaríamos vivendo o misticismo.”

Panteon → Templo romano, Pan (todos) + Theon (deuses). Na Roma antiga,


construiu-se um templo para que todos os povos dominados pudessem exercer
sua religiosidade.

Merleau Ponty: o pensamento funda sua própria possibilidade e as outras. É o


pensamento que vem primeiro, antes de haver possibilidade, vem o pensamento.
Pensamento auto determinado. Pensamento autônomo.

Hegel: a liberdade é a consciencia da necessidade.


As pessoas dizem que a dialética de Hegel é o resumo da tese, da antítese e da
síntese. Mas isso é o que foi interpretado da leitura que fizeram de Hegel. Aqui
é interessante prestar atenção no próprio Hegel, quando ele fala, por exemplo,
em alienação, ou seja, esquecer as definições prévias. Fazer nossas próprias
leituras.
Dito de outro modo: “primeiro viver, depois filosofar.” Mas aí, para citar Sócrates,
“como fazê-lo, se o próprio filosofar define o que é viver e o que é filosofar?”
Outra citação vem a calhar: o diálogo entre Sócrates e Adimanto, na República,
de Platão, quando Adimanto desafia Sócrates com a pergunta: “os que se
dedicaram à filosofia tornaram-se ou perversos ou inúteis à sociedade. Como
defender a filosofia dessa imagem?”, mas Sócrates a isso responde: sim, de fato,
os filosófos são ínutes. Mas isso porque é a sociedade quem define o que é inútil
e se dizem isso dos filósofos é porque a sua utilidade não é reconhecida pela
cidade, cujos governantes são como marujos em um barco, cada qual achando
que guiaria melhor o barco se tivesse a chance.
Portanto, se o ato de filosofar define o que é viver e o que é filosofar, então
filosofia é filosofar. e esse será o lema desta aula.
Mas o que é uma filosofia? Para melhor entender é melhor partir do que ela não
é. Ou seja, “o fora”.
O fora:
1. O nome do filósofo não se reduz à ideia atribuida a ele. Ex.: Descartes é
diferente do cartesianismo. Entender isso é uma desalienação.
2. As teses presentes “em Hegel” são diferentes das teses presentes nos
hegelianos. Afinal, não é possível enumerar exaustivamente todas as
teses de um filósofo, até porque a cada leitura há novas possibilidades.
Os filósofos e seus escritos são singularidades vivas.
3. Uma introdução à filosofia é como permanecer no átrio do templo. Há
muito mais para conhecer.
4. É reducionista buscar a leitura de um filósofo sobre lentes que não sejam
as do próprio filosofar. Ex.: “Vou ler esse filósofo com a lente da
psicologia” e aí busca-se enquadrar o filósofo em uma das categorias
psicológicas. Ou a redução de uma filosofia ao historicismo, que torna a
história um álibi para o filósofo.
Merleau Ponty, em seu texto Em toda e nenhuma parte, fala sobre a filosofia e o
“fora”: defende a ideia de que um compilado de filósofos não é o ideal. Pois isso
está em outro lugar, que não o mesmo em que está o próprio pensamento
filosófico em questão.
Guarulhos, 27 de agosto de 2018
Ideia central do curso:
1. Filosofia é filosofar.
2. Não se aprende filosofia, aprende-se a filosofar.
Essas são ideias que remontam à Aristóteles: “Quer se deva filosofar, quer não
se deva, de toda forma, deve-se filosofar”. Argumento para-condicional: parece
condicional, mas vai além, apontando para o dilema.
Quando se diz que não se aprende filosofia, mas a filosofar, um bom paralelo é
o que se pode fazer com Kant. Em seu Crítica da razão pura, o qual o autor fala
sobre todas as possibilidades de conhecimento, todos os processos de
conhecimento e suas possibilidades, o que nos coloca a questão: “o que posso
saber?”.Já em Crítica da razão prática, a questão que surge é: “o que posso
fazer?”. E, por fim, na Crítica do juízo, Kant nos fala sobre como aprender a
tornar-se livre, autônomo. Aqui vemos que se a liberdade for externa, o filosofar
não é real. Portanto, a questão que se coloca agora é: “o que me é permitido
esperar?”.
Vê se que relativamente ao campo da primeira questão está o pensamento.
Quando se fala em “o que devo fazer”, fala-se da ação.
E, por último, nos referimos ao campo da arte.
(Sobre a vida de Kant e suas colocações, um livro indicado é Os ultimos dias de
immanuel kant, 2011, de Thomas de Quincey.)
Segundo Kant, os tempos modernos se caracterizam pela separação dessas três
esferas (assim também o diz, Weber). Mais do que uma diferença, uma cisão.
Importante notar que estamos nos referindo ao século do cientificismo.
Na esfera do conhecimento, coloca-se como personagem central a figura do
cientista. A autoridade do conhecimento está na ciência. Nesta realidade, já é
possível fazer ciência pela ciência, em detriemento da moral.
Na segunda esfera, que é a da lei, é a figura do jurista. Lei pela lei. Aqui se coloca
o “legal” em detrimento do “legítimo”.
E, por último, na esfera da arte, na figura do artista. O artista é aquele que figura
no lugar do absoluto.
Cada consciência se quer absoluta. Por isso, Kant diz que não há como juntar
as três esferas. Se há uma cisão, é preciso que haja uma de-cisão. Essa de-
cisão seria a elaboração de uma autonomia, uma ética, universal. E nos
tornamos autônomos frequentando assiduamente obras de arte. Isso porque de
todos, o artista foi o que se autonomizou.
Se todas as ciências são racionais, pois funcionam a base de hipóteses,
argumentos válidos e que são verificados no mundo (alguns a priori, antes da
experiência, como a matemática, por exemplo; outras a posteriori, depois da
experiência), o artista está na contra-mão disso. Ele tem por base sua própria
experiência no mundo. Ele está na epokhe. Na suspensão.
Se o artista é, das três esferas, o que se autonomizou. Há uma possibilidade
maior de aprender a se autonomizar através dos artistas (e dos filósofos).
Há, também, algo de emancipatório no cético.

Aqui falamos também, por conseguinte, de Maiêutica.


Maiêutica, vem do grego “parto”, ato de parir. É basicamente sobre a verdade
estar latente em todos. Todos temos capacidade de olhar para a verdade.
Sócrates, em uma aporia, diz: “só sei que nada sei” ao ser apontado como o
homem mais sábio de seu tempo. E é disso que se trata: todos acham que sabem
e dizem que sabem, mas se questionados até o limite, mostram que não sabem.
Saber que não se sabe nada, é uma sabedoria. E prova uma atitude autônoma.
Portanto filosófica.
Os extremos não se tocam. Eles me tocam. Ex.: Sou ou não sou livre?

Guarulhos, 24 de setembro
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Guarulhos, 08 de outubro de 2018
Mesmo que eu junte vários filósofos, a ordem dessa junção importa. Há uma
filosofia por detrás disso.

Filosofia (φ) e História da filosofia (Hφ) → questão mínima

Hegel: “estudar significa considerar como verdadeiro o que os outros pensaram”


§66

Merleau Ponty:

(A) do tema à questão (§1 ao 4)


1. em discussão a vida, obra, opinião e verdade → São super importantes.
Ex.: Diógenes Laércio, vida e obra de filófosos ilustres. UNB. Livro no qual
se narra a vida dos filósofos ilustres de maneira anedótica.
Nessa parte, o autor insiste na pretensão à verdade de cada filósofo. A
partir dessa noção de verdade baseia-se o interno de cada filosofia. Esse
interno é como mergulhar no pensamento e entender qual a verdade
proposta por essa filosofia ou clássico. Na verdade, as ideias habitam um
ambiente. Quando queremos entrar nesse ambiente, é exatamente como
mergulhar mesmo. Entrar nesse mundo proposto por cada ideia.
A ideia é que eu suspendo meu juizo sobre o que eu tenho como verdade,
suspendo também o que outros filósofos tem como verdadeiro e parto do
princípio de que aquilo que estou estudando no momento é o verdadeiro.

Partindo para Kant (ou seja, outra forma de conceituar. Outro oceano de
conhecimento):

Na esfera do conhecimento, o cientista tem uma verdade que lhe é própria.

Na esfera da lei, o juiz tem verdade que lhe é própria.

Na esfera artística, o artista tem verdade que lhe é própria.

Qual a unidade dessas esferas?

O próprio conceito de filosofia é interno à obra. Por isso cada filósofo, escreve
em uma gramática. A partir da leitura interna desse filósofo, eu chego à obra e,
depois, à vida e, então, à história da época.

(B)

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