CAMPINAS
2017
LUISA MARÍA TUMBAJOY CARDONA
.......................................................................
ASSINATURA DO ORIENTADOR
CAMPINAS
2017
Agência(s) de fomento e nº(s) de processo(s): CAPES, 33003017
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura
Luciana Pietrosanto Milla - CRB 8/8129
__________________________________________
Prof. Dr. Rosley Anholon, Presidente
Universidade Estadual de Campinas
__________________________________________
Prof. Dr. Daniel Capaldo Amaral
Universidade de São Paulo – Campus São Carlos
__________________________________________
Prof. Dr. Robert Eduardo Cooper Ordoñez
Universidade Estadual de Campinas
Aos meus amigos pelo apoio, força e por estarem sempre ao meu lado.
Resumo
Esta dissertação teve por objetivo realizar uma análise comparativa entre projetos de
automação industrial desenvolvidos no Brasil e na Colômbia, procurando evidenciar a
aplicação dos processos difundidos pelo PMBOK e as oportunidades de melhorias nestes
processos em cada grupo estudado. Para tal foi desenvolvida uma survey aplicada a
engenheiros brasileiros e colombianos que conduziram projetos de automação industrial em
seus respectivos países. O questionário utilizado tomou por base os 47 processos difundidos
pela 5º edição do PMBOK. O grupo Brasil contou com 41 respondentes e o grupo Colômbia
contou com 36 respondentes. A análise de respondentes outliers foi realizada por meio das
técnicas de Análise de Cluster e Escalonamento Multidimensional. A ordenação dos processos
segundo seu grau de importância e aplicação se deu por meio da técnica de Análise Fatorial
Exploratória para único fator. O estudo coloca em evidencia que os 47 processos disseminados
pelo PMBOK são considerados importantes por engenheiros de ambos os países, apesar de
ainda existirem oportunidades de melhorias. Para os processos de maior aplicação, a
similaridade entre as duas mostras é de 70%, sendo estes processos associados às áreas de
conhecimento Escopo, Tempo, Custos e Aquisições. Para os processos de menor aplicação, a
similaridade entre as duas mostras é de 60%, sendo estes associados às áreas de conhecimento:
Qualidade, Comunicações, Riscos e Partes Interessadas. Os resultados apresentados podem ser
utilizados tanto por acadêmicos quanto por profissionais de mercado que atuam na gestão de
projetos de automação industrial. Acadêmicos podem se valer das oportunidades de melhorias
apresentadas no desenvolvimento de novas ferramentas e modelos de gestão. Profissionais de
mercado podem utilizar os resultados como diretrizes iniciais, conferido maior atenção a
pontos críticos na gestão deste tipo de projeto.
Abstract
This dissertation aimed to perform a comparative analysis between industrial automation
projects developed in Brazil and Colombia, highlighting the application of processes
disseminated by the PMBOK and opportunities for improvements in each sample studied. For
this purpose, It was conduct a survey to Brazilian and Colombian engineers who works in
industrial automation projects in their respective countries. The questionnaire was based on the
47 processes disseminated by PMBOK 5th edition. The Brazilian sample had 41 respondents
and the Colombian sample had 36 respondents. The analysis of the outliers respondents was
performed via Cluster Analysis and Multidimensional Scheduling. The 47 processes were
ordered according the importance and application degrees via Exploratory Factor Analysis for
single factor. The findings showed that the 47 processes disseminated by PMBOK are
considered important by engineers from both countries, although there are still opportunities
for improvement. For the processes with major application, the similarity between the samples
is 70%, being these processes associated to the areas of knowledge: Scope, Time, Costs and
Acquisitions. For the processes with minor application, the similarity between the samples is
60%, with processes in the areas of knowledge: Quality, Communications, Risks and
Stakeholders. The presented results can used for academic purposes and enterprises
professionals who work with industrial automation projects management. Researchers can
used the findings as start point to develop new tools and management models. Enterprises
professionals can used the findings as initial guidelines, giving more attention to critical points
in the management of this type of project.
Lista de Ilustrações
1.1 Contextualização............................................................................................................. 14
2.5 Comparações entre a norma NBR ISO 21500 (2012) e o PMBOK (2013)....................... 34
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 84
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
No mundo atual dos negócios, existe uma grande rivalidade competitiva entre as
empresas. Uma organização deve escolher a melhor estratégia empresarial visando alcançar o
êxito, distinguindo-se de seus concorrentes e criando valor para seus clientes (RAJESH, 2009;
TURNER, 2009; HERNÁNDEZ-PERLINES et al, 2016). De forma geral, pode-se dizer que a
competitividade de uma empresa está diretamente relacionada a parâmetros como nível
tecnológico existente ou almejado, uso eficiente dos recursos conduzindo a bons índices de
produtividade e qualificação dos colaboradores interagindo aos sistemas de gestão e produção
(SAMBASIVARAO et al, 1995; DA SILVA TAVARES et al, 2014).
A automação industrial pode ser entendida como uma ferramenta essencial na busca pela
referida competitividade uma vez que, se corretamente implantada e gerenciada, pode
incrementar a produtividade na busca da melhora contínua e alavancar as vantagens
competitivas da empresa no mercado (CARVALHO e PEREIRA, 2012).
O conceito de automação é utilizado para descrever sistemas de fabricação nos quais os
dispositivos podem funcionar de forma independente ou semi-independente do controle
humano (SHI et al, 2008). Pode-se entender também como a faculdade de autonomia dos
processos industriais à ação de operar por si só. As operações são feitas por meio de ações
autônomas, mínima em participação da força física humana e máxima em participação de
inteligência artificial (NEVES et al, 2007).
Um sistema de automação íntegra elementos de eletrônica, de computação e de técnicas
matemáticas de análises, além de componentes relacionados com a tecnologia que é própria de
cada empresa (CARVALHO e PEREIRA, 2012). Uma contribuição adicional importante dos
sistemas de Automação Industrial é a conexão do sistema de supervisão e controle com
sistemas corporativos de administração das empresas. Para que este tipo de iniciativa
evolucione positivamente, torna-se necessário conseguir uma adequada integração entre
diversas disciplinas, o que conduz a importantes desafios de gestão, principalmente
relacionados à gestão destes projetos (RIBEIRO, 2001; HJERTBERG et al, 2016).
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Adquire muita importância dentro deste contexto de gestão de projetos industriais o fato
de existirem colaboradores que dominem aspectos chaves tais como as reais necessidades de
sistemas automatizados pelas empresas, a adequada especificação das equipes de trabalho, a
efetiva coordenação de provedores e dos serviços de engenharia requeridos, além de outros
aspectos. Aliás, há de se ressaltar que se estes aspectos chaves não forem corretamente
gerenciados, a implantação de um projeto de automação industrial pode gerar problemas
críticos e conduzir ao fracasso no alcance de resultados (JUNIOR et al, 2010; MORAES et al,
2007).
É justamente neste ponto que os conhecimentos de gestão de projetos disseminados pelo
guia para gerenciamento de projetos PMBOK se interconectam com os projetos de automação
industrial, uma vez que tais diretrizes podem proporcionar ganhos significativos aos mesmos.
O gerenciamento de projetos de automação industrial, em princípio, é semelhante ao
gerenciamento de qualquer outro projeto e isso possibilita a utilização das referidas diretrizes
(PMBOK, 2013).
Mediante ao exposto, define-se como foco de discussão desta dissertação uma análise
comparativa entre a gestão de projetos de automação industrial desenvolvida no Brasil e na
Colômbia.
máxima eficiência, gerindo a integração entre cada um dos níveis da pirâmide de automação,
desde o nível de ação, passando pelos níveis de controle e de supervisão até os níveis de
planejamento e gestão (CÓRDOBA NIETO, 2006; SISBOT, 2011).
Apesar das informações mencionadas anteriormente, observa-se que a implantação de
projetos de automação industrial nas empresas ainda possui muitas oportunidades de melhorias
e a definição de panoramas sobre o desenvolvimento destes projetos pode ser de grande valia
(BARROS, 2003; CARVALHO e PEREIRA, 2012). Tais panoramas podem contribuir de
forma substancial para que profissionais e acadêmicos possam potencializar a implantação de
projetos de automação industrial e alcançar os resultados pretendidos. É importante salientar
que além de características associadas à gestão de projetos, tais panoramas podem também ser
influenciados por outros fatores culturais e econômicos, justificando assim uma análise
comparativa entre dois países. Para Da Silva (2015), uma análise comparativa pode ser
aplicada sempre que houver dois ou mais elementos com mesmas propriedades gerais.
Recomenda-se abstrair as semelhanças e destacar as diferenças, para identificar propriedades
gerais e características particulares de cada elemento.
Tomando-se por base as informações descritas, elaboram-se as questões de pesquisa que
norteiam a presente dissertação: 1) Quais são os processos associados à gestão de projetos
considerados mais importantes e mais aplicados em projetos de automação industrial no Brasil
e na Colômbia? 2) E quais são aqueles em que ainda existem possibilidades de melhorias?
É importante salientar que esta pesquisa esta diretamente correlacionada a outras duas
pesquisas do grupo de trabalho do professor Doutor Rosley Anholon sobre gestão de projetos.
A primeira sobre gestão de projetos em ambientes de manufatura enxuta e a segundo sobre
gestão de projetos ambientais. Almeja-se no futuro, a comparação entre as três pesquisas do
grupo.
Define-se como objetivo geral desta dissertação: estabelecer uma análise comparativa
entre a gestão de projetos de automação industrial no Brasil e na Colômbia, procurando avaliar
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atuantes em empresas, o panorama resultante desta pesquisa apresenta os pontos que carecem
de maior atenção. Para os pesquisadores e acadêmicos, o panorama traçado permite a
identificação de lacunas que podem servir de ponto de partida para o desenvolvimento de
novas pesquisas. Torna-se clara assim, a relevância da pesquisa.
Esta dissertação está dividida em cinco capítulos. Os elementos apresentados nesta seção
recebem a denominação capítulo 1 Introdução.
No capítulo 2 intitulado “Revisão da literatura” apresentam-se os conceitos teóricos
sobre os quais esta pesquisa se fundamenta. Desta forma, as teorias centrais desenvolvidas no
estudo pretendem concentrar-se em: a) definições de projetos para embasar o início do estudo;
b) características associadas à gestão de projetos; c) diretrizes de gestão de projetos difundidas
pelo mundo; d) diretrizes de gestão de projetos disseminadas pelo guia PMBOK; e)
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comparação entre o PMBOK e a norma NBR ISO 21500:2012 e f) conceitos sobre automação
industrial e gestão de projetos de automação industrial.
O capítulo 3 tem por título “Procedimentos Metodológicos” e apresenta o método de
pesquisa adotado. Nele são apresentadas as etapas da pesquisa, a estruturação do questionário,
a submissão do projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Unicamp, a seleção dos
entrevistados; a coleta dos dados e, por fim, as técnicas estatísticas utilizadas para a validação
desta pesquisa.
O Capítulo 4, intitulado “Resultados e Discussões” apresenta os resultados obtidos e um
debate dos mesmos, tomando por base os pressupostos apresentados pela literatura.
Por fim, no capítulo 5 denominado de “Conclusões e Trabalhos Futuros”, apresentam-se
as respostas aos problemas de pesquisa e sugerem-se possibilidades de futuros trabalhos.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
recursos específicos e que tem início e fim determinados, com gestão específica (CARVALHO
e PEREIRA, 2012; JERBRANT, 2013). Ainda segundo Jerbrant (2013), o projeto pode ser
visto como um departamento provisório dentro da organização, ou seja, para a realização de
um projeto é montada uma estrutura departamental que será extinta ao final do mesmo.
Para Vargas (2005) projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma
sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo
claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo,
custo, recursos envolvidos e qualidade. Na mesma linha Artto e Wikstrom (2005) definem
projeto como uma combinação de recursos organizacionais, colocados juntos para criarem ou
desenvolverem algo que não existia previamente, de modo a prover um aperfeiçoamento da
capacidade de desempenho no planejamento e na realização de estratégias organizacionais.
Para os autores Rabechini Jr et al (2002), Patah et al (2009) e Sánchez (2015) é
necessário que se entenda que o projeto é definido como uma forma de organização, na qual as
pessoas trabalham para atingir um propósito e um objetivo específico. Envolvem gastos, ações
ou empreendimentos únicos de alto risco e devem ser finalizados em data prevista e dentro das
expectativas de desempenho. O autor ainda afirma que todos os projetos precisam de objetivos
bem alinhados e de recursos suficientes para desenvolver as tarefas requeridas.
Como esta dissertação utilizará a estrutura para a gestão de projetos disseminadas pelo
PMBOK (2013), apresenta-se aqui também a definição segundo o Project Managtement
Institute (PMI). Segundo esta instituição, projeto é um esforço temporário empreendido para
criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A natureza temporária dos projetos indica
que eles têm um início e um término definidos. O término é alcançado quando os objetivos do
projeto são atingidos ou quando o projeto é encerrado porque os seus objetivos não serão ou
não podem ser alcançados, ou quando a necessidade de o projeto deixar de existir (PMBOK,
2013).
Das definições apresentadas anteriormente, é possível verificar que um projeto surge em
resposta a um problema e/ou necessidade concreta. Elaborar um projeto é, antes de qualquer
coisa, contribuir para a solução de problemas, transformando ideias em ações planejadas e
executadas de acordo com um objetivo. Por fim verifica-se que, em um projeto, diferentes
partes interessadas deverão ser gerenciadas.
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Pelas definições anteriormente listadas, pode-se deduzir que cada tipo de projeto
apresenta características importantes. Este tópico se dedica a debater algumas destas
características.
Contribuindo com o debate sobre as características de projeto, Kerzner (2013)
argumenta que o projeto é caracterizado por atividades encadeadas logicamente de modo a
permitir que, a execução, o acompanhamento e o controle sejam precisos (sequência clara e
lógica de eventos). É um evento que não faz parte da rotina da empresa, é algo novo para as
pessoas que irão realizar (empreendimento não repetitivo).
Todo projeto respeita um determinado ciclo de vida, isto é, tem uma característica
temporal. Muitas vezes o término de um projeto coincide com o início de outro. Ao se iniciar
um projeto é de fundamental importância que se saiba onde se quer chegar (MOSSALAM e
ARAFA, 2013; BORGES e CARVALHO, 2015). Além disso, Valle (2015) também
argumenta que todo projeto necessita ter bem definido requisitos como prazos, custos,
recursos humanos, material, equipamentos envolvidos, qualidade desejada e impacto em todas
as partes interessadas. Para o autor, é impossível estabelecer previamente, com precisão, todos
estes parâmetros. Todos eles serão identificados e quantificados no decorrer do plano de
projeto. Entretanto, os parâmetros iniciais (parâmetros pré-definidos) vão atuar como
referências para o mesmo e sua avaliação (BORGES e CARVALHO, 2015).
Para Boente (2003) muitas são as características apresentadas pelos projetos, sendo as
mesmas sintetizadas na Tabela 2.1.
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Característica Função
É um evento que não faz parte da rotina da empresa. É
Não repetitivo
algo novo para as pessoas que o realizarão.
Composto de atividades encadeadas logicamente de
Sequência clara e lógica modo a permitir que, durante a execução, o
acompanhamento e o controle sejam precisos.
Inicio - Meio – Fim
Ciclo de vida Se ele não terminar nunca, não e projeto e sim uma
operação que se tornou rotineira.
Metas a serem cumpridas e resultados bem definidos a
Objetivo claro e definido
serem atingidos quando de sua conclusão.
Sem o homem não existiria o projeto, mesmo que se
Conduzido por pessoas disponha de ferramentas modernas de controle e
gestão.
Estabelecimento de valores para prazos, custos,
Parâmetros predefinidos pessoal, material e equipamentos envolvidos e
qualidade.
Segundo Keelling (2002) o projeto pode ser descrito claramente em poucos termos: seus
objetivos, escopo, limitações, recursos, administração, qualidade de resultados, clareza de
propósito e escopo. O mesmo autor ainda apresenta algumas características adicionais sobre
projetos:
pode ser protegido do mercado ou de outras flutuações que afetam operações
(controle independente);
o andamento do projeto pode ser medido por meio de sua comparação com metas e
padrões definidos de desempenho (facilidade de medição);
a novidade e o interesse específico do trabalho do projeto é atraente às pessoas e leva
a formação de equipes entusiásticas e automotivadas (conduz à motivação e moral da
equipe);
trabalhar com uma equipe de projeto eficiente favorece o desenvolvimento acelerado e
a capacitação pessoal (útil ao desenvolvimento individual);
os projetos podem ser protegidos de ação hostil ou atividade de informação para
defesa, pesquisa, desenvolvimento de produto ou segurança de produtos sensíveis ao
mercado ou de alto valor (favorece a discrição e a segurança);
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realizando uma análise qualitativa e quantitativa dos mesmos. Alguns exemplos de riscos que
podem ocorrer no desenvolvimento de um projeto estão associados ao aumento de escopo,
surgimento de despesas adicionais, atrasos inesperados nas entregas de componentes
necessários para execução de atividades e alocação de recursos disponíveis (JUNIORA e
CARVALHO, 2013).
Em vários tipos de projetos (como no caso de projetos de automação industrial),
problemas no fornecimento de materiais, componentes ou serviços podem comprometer o
sucesso de maneira considerável e, por isso, torna-se imprescindível a gestão das aquisições
(SPINOLA e PESSOA, 2014; WILKINSON et al, 2015). A boa gestão das aquisições exige a
construção e a manutenção de relações comerciais sólidas e equilibradas entre cliente e
fornecedor, de forma que o projeto possa ser finalizado de maneira adequada (SPINOLA e
PESSOA, 2014; WILKINSON et al, 2015). As aquisições estão relacionadas aos processos de
compra de produtos, de serviços ou de resultados necessários de fora da equipe do projeto,
mas necessário para a continuidade do mesmo (PMBOK, 2013).
Outro ponto importante a ser destacado é que muitos serão os atores envolvidos em um
projeto, cada qual com seu interesse. Conhecer, identificar, caracterizar, priorizar e gerenciar
cada um dos stakeholders permite mitigar ou eliminar conflitos e pode garantir o sucesso do
projeto. Um ponto fundamental é informar a cada uma das partes envolvidas os objetivos,
metas e benefícios que o projeto trará. Toda informação deve ser bem disseminada de acordo
com um planejamento de comunicação de forma que cada stakeholder receba a quantidade e
nível de informação que necessita no tempo certo (FERRI, PEDRINI e PILATO, 2016;
BENN, ABRATT, O'LEARY, 2016). O gerenciamento dos stakeholders deve ocorrer durante
todo o ciclo de vida do projeto (PMBOK, 2013).
De forma geral, Besteiro (2012), acredita que todos os projetos apresentam fatores
críticos de sucesso, sendo os mesmos definidos como elementos essenciais a serem gerenciados
para a potencialização de resultados. Empresas que identificam tais fatores possuem maior
probabilidade de se inserir e/ou manter-se em um mercado cada vez mais competitivo
(MORIOKA et al, 2014). Besteiro (2012) aponta a gestão da comunicação com um fator
crítico de sucesso para o gerenciamento de projetos.
Focando-se os principais problemas vivenciados na gestão de projetos empresas do
mundo todo, torna-se importante citar os resultados da PM SURVEY (2015). Esta pesquisa é
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fim, salienta-se que a referida norma descreve 40 processos que são agrupados em cinco
grupos (Iniciação, Planejamento, Execução, Controle, Encerramento) e dez áreas de
conhecimento (Integração, Partes Interessadas, Escopo, Recursos, Tempo, Custo, Risco,
Qualidade, Aquisições, Comunicações).
O modelo de processos para Projetos em Ambientes Controlados (PRINCE versão 2) é o
padrão que foi inicialmente desenvolvido apenas para projetos de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) e tem sido usado desde 1989, como padrão para gerenciamento de
projetos. É de domínio público, oferecendo orientação de melhores práticas em gestão de
projeto e qualquer pessoa pode utilizar esta metodologia. Esta suportado por um processo
rigoroso de acreditação, incluindo acreditação dos organismos de formação, formadores,
profissionais e consultores (SIEGELAUB, 2004; LIANYING et al, 2012).
São oito componentes específicos que estruturam o modelo em questão: Caso de
Negócios, Organização, Planos, Controles, Gestão de Risco, Qualidade em um ambiente de
projeto, Gerenciamento de configuração e Mudança de controle. (LIANYING et al, 2012).
Cada caso de negócio é revisto regularmente durante o projeto para assegurar que os objetivos
de negócio, os quais mudam frequentemente durante o ciclo de vida do projeto, ainda estão
sendo cumpridos. Este método fornece os controles e pontos de interrupção necessários para
trabalhar com sucesso dentro de um framework contratual (MATOS E LOPES, 2013).
Por fim, o modelo Internacional Project Management Association (IPMA) foi criada em
Viena, Suíça, em 1965 e atualmente é bem aceito em países da Europa. No Brasil o modelo é
difundido pela Associação Brasileira em Gerenciamento de Projetos (ABGP). Em 2004, a
ABGP publicou o manual Referencial Brasileiro de Competências em Gerenciamento de
Projetos (RBC), que apresenta a descrição dos processos que constituem a base para a
avaliação dos conhecimentos técnicos dos candidatos à certificação como Gerentes de Projeto.
O RBC contempla tanto os elementos de conhecimento do gerenciamento de projetos quanto
uma ampla estrutura para a avaliação das competências do profissional de gerenciamento de
projetos (IPMA, 2012).
A autora desta dissertação escolheu como estrutura para sua análise o guia PMBOK
(2013), visto que este se caracteriza como o mais utilizado por profissionais de mercado
(BOMFIN et al, 2012; MATOS e LOPES, 2013). Maiores detalhes sobre a estrutura deste
guia serão apresentados no item 2.5 desta dissertação. Outro ponto a ser salientado é o fato de
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que no Brasil também se utiliza a estrutura da norma NBR ISO 21500:2012 e, com o intuito de
mostrar que esta estrutura encontra-se muito próxima da difundia pelo o guia PMBOK 5ª
Edição, realiza-se uma comparação entre as referidas diretrizes no item 2.6.
identificar variações do plano e, portanto, ações corretivas podem ser tomadas quando
necessárias e propõe os seguintes processos: Monitorar e controlar o trabalho do projeto;
Controle integrado de mudanças; Verificação do Escopo; Controle do Escopo; Controle do
Cronograma; Controle de Custos; Realizar o Controle da Qualidade; Gerenciar a equipe do
projeto; Relatório de Desempenho; Gerenciar as partes interessadas; Monitoramento e controle
dos riscos; Administração dos Contratos.
Por fim, o grupo de processo ENCERRAMENTO formaliza a aceitação do projeto ou
fase e encerra-o de forma organizada e propõe os seguintes processos: Encerrar o projeto;
Encerramento do contrato.
2.5 Comparações entre a norma NBR ISO 21500 (2012) e o PMBOK (2013)
É inevitável fazer comparações entre estes dois conjuntos de diretrizes. De fato, ambos
são muito parecidos, apresentando um conjunto de processos que, organizados por grupos de
processos e áreas de conhecimento, visam fornecer diretrizes para o gerenciamento de
projetos.
Cabe ressaltar, no entanto, que a norma ISO21500 (2012) é um documento
relativamente pequeno (apenas 47 páginas) e por isso limita-se à introdução dos processos, as
suas entradas e suas saídas. Já o guia PMBOK (2013) é um documento mais extenso,
detalhando, os processos de gerenciamento de projetos baseados em melhores práticas, seus
insumos, suas saídas e também principais ferramentas e técnicas associadas a cada um dos
processos (OLIVEIRA, 2013; REHACEK, 2014)
Com o intuito de facilitar uma comparação entre as estruturas supracitadas, apresentam-
se as Tabela 2.3 e Tabela 2.4. Nelas são aprestadas as comparações entre a ISO 21500 (2012)
e o PMBOK (2013).
35
Tabela 2.3 Comparação geral entre ISO 21500 (2012) e PMBOK (2013)
Tabela 2.4 Comparação dos processos entre ISO 21500 (2012) e PMBOK (2013).
4.3.22 Estimar a duração das atividades 6.5 Estimar as durações das atividades
4.3.23 Desenvolver o cronograma 6.6 Desenvolver o cronograma
4.3.24 Controlar o cronograma 6.7 Controlar o cronograma
CUSTO
7.1 Planejar o gerenciamento dos custos
4.3.25 Estimar custos 7.2 Estimar os custos
4.3.26 Desenvolver o orçamento 7.3 Determinar o orçamento
4.3.27 Controlar custos 7.4 Controlar custos
RISCO
11.1 Planejar gerenciamento dos riscos
4.3.28 Identificar os riscos 11.2 Identificar os riscos
4.3.29 Avaliar os riscos 11.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos
11.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos
4.3.30 Tratar os riscos 11.5 Planejar as respostas aos riscos
4.3.31 Controlar os riscos 11.6 Controlar os riscos
QUALIDADE
4.3.32 Planejar a qualidade 8.1 Planejar o gerenciamento da qualidade
4.3.33 Executar a garantia da qualidade 8.2 Realizar a garantia da qualidade
4.3.34 Executar o controle da qualidade 8.3 Controlar a qualidade
AQUISIÇÕES
4.3.35 Planejar as aquisições 12.1 Planejar o gerenciamento das aquisições
4.3.36 Selecionar fornecedores 12.2 Conduzir as aquisições
4.3.37 Administrar as aquisições 12.3 Controlar as aquisições
12.4 Encerrar as aquisições
COMUNICAÇÃO
4.3.38 Planejar as Comunicações 10.1 Planejar o gerenciamento das comunicações
4.3.39 Distribuir as informações 10.2 Gerenciar as comunicações
4.3.40 Gerenciar a comunicação 10.3 Controlar as comunicações
37
De acordo Labriet (2013), uma importante inclusão realizada nas versões atuais da
norma e no PMBOK esteve relacionada à gestão das partes interessadas, tema de extrema
importância em gestão de projetos. O mesmo autor ainda destaca tópicos como coleta das
lições aprendidas e processos de controle de recursos. Para Rehacek (2014), a norma
ISO21500 (2012) deixa clara a necessidade de cobrir todos os tipos de recursos (humanos,
equipamentos, matérias, etc) para assegurar o sucesso do projeto. Como salientado
anteriormente, a autora desta dissertação tomou como base para a estruturação de seu
questionário o guia PMBOK 5ª edição (2013), visto que este se caracteriza com o conjunto de
diretrizes mais conhecido no meio empresarial.
capacidade para identificar e tratar os riscos com antecedência, facilidade para manter um bom
relacionamento com os clientes, ser organizado e estar sempre a frente do cliente e habilidade
de negociação, saber gerenciar diferentes equipes, manter-se dentro do escopo planejado, entre
outras (CHIMENTÃO, 2013).
Melo e Pereira (2012) enfatiza que os projetos de automação possuem características
específicas que devem ser observadas para um bom funcionamento de sua gestão. A mudança e
inovação constantes da tecnologia exigem grandes esforços por parte da equipe de projeto, a
qual deve manter-se sempre atualizada. Outra característica intrínseca aos projetos de
automação é a imprevisibilidade e incerteza presentes durante sua execução em virtude do uso
e da integração constante de diferentes tecnologias. É por isso que a gestão de riscos virou
essencial, aumentando a segurança não só dos processos, mas também dos operários.
(RABECHINI JR et al, 2002; BORREGO FILHO et al, 2002; CHIMENTÃO, 2013).
Melo e Pereira (2012) acreditam que, ao considerar as habilidades e conhecimentos
específicos necessários para um gerenciamento de projeto de automação cria-se uma
metodologia flexível e uma plataforma de aprendizagem sustentável, contribuindo assim para a
potencialização dos resultados. Viana e Mota (2015) corroboram com este ponto de vista e
consideram ainda as seguintes premissas neste processo: i) desenvolver e manter competências
contextualizadas em projetos específicos é uma característica fundamental de inovação e
sustentabilidade no universo organizacional; e ii) para manter a sustentabilidade e inovação em
projetos de automação, deve-se desenvolver uma metodologia mais flexível de gerenciamento,
considerando as competências específicas reais (a partir da prática de gerenciamento e
trabalho) e o processo de aprendizagem de indivíduos e grupos.
Na perspectiva de Sisbot (2011), a gestão dos sistemas de automação inclui as funções
gerenciais necessárias para manter o sistema em pleno funcionamento e para atualizar o sistema
em paralelo com os desenvolvimentos em tecnologia. É fundamentalmente uma tarefa técnica
gerencial. Treinamento de pessoal, pesquisa e desenvolvimento de atividades e implementação
das técnicas avançadas fazem parte destas funções gerenciais (TOLEDO et al, 2008). Muitas
destas implantações estão associadas à gestão de novos projetos.
De maneira geral os projetos de automação possuem alto grau de complexidade, muito
em função de atuarem na interface de três áreas: a eletrônica responsável pelo hardware, a
mecânica na estrutura dos dispositivos (atuadores) e a informática responsável pelo software
40
que irá controlar todo o sistema. Para que estas três áreas possam trabalhar de maneira
sinérgica, faz-se necessária uma vasta gama de conhecimento, exigindo uma formação muito
ampla e diversificada dos projetistas, ou então, um trabalho em equipe muito bem coordenado
com perfis interdisciplinares (ROSARIO, 2009). Esta exigência se faz ainda mais evidente
quando focado os aspectos de integração dos sistemas, que envolve e influencia toda a
empresa, desde o chamado “Chão-de-Fábrica” até o ambiente corporativo de decisões.
(CORDEIRO et al, 2016; KARIMIDORABATI et al, 2016).
Aliás, mencionando-se os diferentes níveis de gestão dentro de uma empresa, é possível
identificar diferentes tipos de automação. O standard ANSI-ISA 95 (ISA, 1995) (International
Society of Automation) define uma pirâmide hierárquica que correlaciona os níveis de gestão e
os tipos de automação mais frequentes. Esta pirâmide hierárquica é apresentada pela Figura
2.1.
Figura 2.1Pirâmide hierárquica segundo o standard ISA-95 (Fonte: Standar ISA -95)
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Dentro dos procedimentos técnicos, uma pesquisa pode ser classificada em:
experimental, bibliográfica, documental, de campo, ex-post-facto, levantamento, com survey,
estudo de caso, participante e pesquisa-ação (AHOLON, 2006; GIL, 2010).
Segundo Silva e Menezes (2001), na pesquisa experimental segue-se um planejamento
rigoroso. Neste tipo de pesquisa um objeto de estudo é submetido à influência de certas
variáveis, em condições pré-determinadas pelo investigador para verificar suas consequências
(resultados).
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos,
páginas de websites (FONSECA, 2002). Para Gil (2010) praticamente todos os trabalhos
científicos apresentam uma pesquisa bibliográfica, pois é por meio dela que se forma a base
conceitual necessária sobre o tema investigado e se define o estado da arte do mesmo.
Segundo Gil (2010), na pesquisa documental os materiais analisados não receberam um
tratamento analítico de acordo com os objetivos da pesquisa. Fonseca (2002) cita alguns tipos
de materiais que podem ser utilizados em pesquisas documentais: tabelas estatísticas, jornais,
revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, etc.
A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa
bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de
diferentes tipos de pesquisa (FONSECA, 2002).
A pesquisa ex-post-facto tem por objetivo investigar possíveis relações de causa e efeito
entre um determinado fato identificado pelo pesquisador e um fenômeno que ocorre
posteriormente. A principal característica deste tipo de pesquisa é o fato dos dados serem
coletados após a ocorrência dos eventos. (SILVA e MENEZES, 2001, GIL, 2010).
A pesquisa de levantamento ou survey se caracteriza pelo questionamento de indivíduos
diretamente correlacionados ao tema investigado e cujo comportamento se deseja conhecer
(ANHOLON, 2006). Segundo Gil (2010) uma survey se caracteriza como conclusões obtidas
por análise quantitativa das informações levantadas junto a um grupo significativo.
O estudo de caso, segundo Fonseca (2002) e Yin (2011), pode ser caracterizado como
um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, uma empresa,
um sistema educativo, uma pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o
45
como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos,
procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico.
A pesquisa participante caracteriza-se pelo envolvimento e identificação do pesquisador
com as pessoas investigadas. (SILVA E MENEZES, 2001). Exemplos de aplicação da
pesquisa participante são o estabelecimento de programas públicos ou plataformas políticas e a
determinação de ações básicas de grupos de trabalho.
A pesquisa ação pressupõe uma participação planejada do pesquisador na situação
problemática a ser investigada (FONSECA, 2002). O objeto da pesquisa-ação é uma situação
dentro de um contexto e não um conjunto de variáveis isoladas que se poderiam analisar
independentemente do resto.
Baseados nas definições anteriores, é possível afirmar que a pesquisa apresentada por
essa dissertação se classifica como pesquisa bibliográfica e levantamento (survey). Pesquisa
bibliográfica no momento em que procurou analisar artigos científicos com o intuito de gerar
conhecimento associado à gestão de projetos e projetos de automação industrial.
Levantamento (ou survey) no momento em que procurou questionar engenheiros brasileiros e
colombianos sobre a gestão de projetos de automação industrial por meio de um questionário.
A survey pode ser entendida como um método para coleta de informações no qual se indaga
pessoas a respeito de suas ideias, sentimentos, crenças e experiências (FOWLER JR, 2013).
Da Silva e Menezes (2001) e Gil (2010) argumentam que a coleta de dados é a busca por
informações para a elucidação do fenômeno ou fato que o pesquisador quer desvendar. O
instrumental técnico elaborado pelo pesquisador para o registro e a medição dos dados deverá
preencher os requisitos de validez, confiabilidade e precisão. Para os mesmos autores, a coleta
de dados poderá ser realizada por meio de entrevistas (estruturada, semi-estruturada ou
desestruturada), questionários, documentação, observação (direta ou participante) ou
simulação.
Com relação às entrevistas, Silva e Menezes (2001) argumentam que existem três tipos
de entrevista: a) estruturada (segue-se um roteiro previamente estabelecido, as perguntas são
predeterminadas). b) semiestruturada (o pesquisador organiza um conjunto de questões
(roteiro) sobre o tema que está sendo estudado, mas permite, e às vezes até incentiva, que o
entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão surgindo como desdobramentos do tema
46
A Figura 3.1 apresenta uma visão geral das etapas desenvolvidas para a execução da
pesquisa. Na sequência, apresentam-se características associadas à estruturação do
questionário, caracterização dos grupos de respondentes e análise de dados.
47
Tabela 3.1 Quantidade de artigos coletados em cada uma das bases cientificas
Pode-se notar por meio da Tabela 3.1 que as bases mais utilizadas foram a Scielo e a
Science Direct. A Figura 3.2 apresenta, por sua vez, a distribuição dos artigos segundo ano de
publicação.
Alem dos artigos anteriormente nomeados, nesta dissertação foram usados 29 artigos
versando sobre metodologias de pesquisa e algumas ferramentas estatísticas, 13 dissertações e
27 livros. Totalizando 119 referencias para esta dissertação. A Tabela 3.2 apresenta uma
classificação das referências.
Tipo de referencia Nº
Livros gestão de projetos 11
Livros de ferramentas estatísticas 6
Livros de automação industrial 10
Dissertações 13
Artigos metodologias de pesquisa e ferramentas 29
Artigos de revisão bibliográfica 50
a fim de facilitar a coleta de dados e as análises estatísticas. A Tabela 3.3 apresenta estas
variáveis.
Tabela 3.3 Correlações dos processos apresentado pelo PMBOK (2013) e a variável atribuída no
questionário (Fonte: autora)
É importante salientar desde já que as siglas apresentadas na Tabela 3.3 receberão a letra
“i” quando a nota estiver relacionada ao critério importância e a letra “a” quando a nota estiver
relacionada ao critério aplicação. Como exemplo, a vi45 faz referência à nota atribuída para o
critério importância do processo 13.2 do PMBOK e va45 faz referência à nota atribuída para o
critério aplicação do mesmo processo.
Uma vez estruturado o questionário, partiu-se para seu pré-teste. Segundo Gil (2010) é
importante fazer um pré-teste da ferramenta de coleta de dados. Este teste está centrado na
avaliação do instrumento, visando garantir que o mesmo meça aquilo que se propõe a medir.
Este pré-teste foi realizado por professores da Faculdade de Engenharia Mecânica e por dois
engenheiros de automação, que sugerirem ajustes e recomendações para melhor compreensão
das perguntas. Contribuiu positivamente também neste sentido o parecer do Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) da Unicamp, que validou a pesquisa sob o número CAAE
50854615.1.0000.5404.
Segundo Vasconcellos e Guedes (2007), para o envio do questionário ao respondente
pode-se, alternativamente, utilizar o e-mail com a descrição da pesquisa e um link com o
endereço na Internet. Dessa forma, contornam-se os constrangimentos decorrentes do envio de
um anexo. Para responder às questões, o participante da pesquisa deve acessar o endereço do
questionário, respondê-lo e, ao final, clicar em um botão que envia as informações ao banco de
dados. Na pesquisa desenvolvida, foi utilizada a ferramenta online Google Forms para a
aplicação dos Questionários A (Brasil) e Questionário B (Colômbia). Todas as informações
fornecidas foram tratadas confidencialmente. Os endereços eletrônicos dos questionários
utilizados na pesquisa são apresentados a seguir:
https://docs.google.com/forms/d/12TsrdsMX9Vv8Hf1BsWeEdjyCK4tMi9CY0c_FfNU0QPQ/
viewform
https://docs.google.com/forms/d/1e_ylKGAgVrummLkO8vWfazuoe1PEAhomfHDpppDWuIs/
viewform
contatos da aluna de mestrado e contatos com empresas via websites, chegou-se a uma
listagem contendo 310 engenheiros que atuaram em projetos de automação industrial no Brasil
e na Colômbia. Os links dos questionários foram enviados a cada um destes engenheiros e o
prazo estipulado para resposta foi de 4 meses. A autora desta dissertação esteve presente a
todo momento via telefone ou e-mail para sanar dúvidas. Após estes quatro meses o retorno
foi de 36 questionários para engenheiros de automação colombianos e 41 questionários para
engenheiros de automação brasileiros.
Os dados coletados foram tabulados em planilha Excel e analisado por meio do software
SPSS da IBM, em sua versão 22. As análises estatísticas utilizadas foram: 1) análise de
respondentes outliers por meio de análise de cluster e sua confirmação por meio de
Escalonamento Multidimensional (EMD) e 2) Ordenação das variáveis analisadas por meio da
Análise Fatorial Exploratória para um único fator. Estas análises foram realizadas para os
critérios importância e aplicação e para os grupos de respondentes brasileiros e colombianos.
Desta forma, quatro conjuntos de análise estatística foram realizadas. Apresenta-se a seguir
uma breve descrição de cada técnica estatística utilizada.
a) Análise de cluster
Equação 3.2
Os grupos, nos métodos hierárquicos, são geralmente representados por um diagrama bi-
dimensional chamado de dendograma ou diagrama de árvore. Neste diagrama, cada ramo
representa um elemento, enquanto a raiz representa o agrupamento de todos os elementos. Por
meio do dendograma e do conhecimento prévio sobre a estrutura dos dados, deve-se
determinar uma distância de corte para definir quais serão os grupos formados. Essa decisão é
subjetiva, e deve ser feita de acordo o objetivo da análise e o número de grupos desejados
(HAIR et al, 2009).
Como salientado, nesta dissertação a análise de cluster será utilizada para identificação
dos respondentes outliers. Os parâmetros de ajuste para a realização desta técnica no SPSS
foram: cluster hierárquico, planejamento de aglomeração, gráfico dendograma, método de
Ward distância euclidiana.
regularidades que permanecem ocultas quando se estuda uma matriz numérica associada às
dissimilaridades (BORG, 2012)
Para Hair (2009) o mapa espacial gerado pelo EMD pode ser considerado válido a partir
da análise de três indicadores de ajuste: Stress, S-stress e RSQ. O Stress (Standardized
Residual Sum of Squares) mede a diferença entre a matriz de dissimilaridades original e a
matriz de distância calculada e se faz adequado para pesquisas de opinião para valores
inferiores a 30%. O S-stress apresenta definição similar a anterior, mas procura utilizar
distâncias não quadráticas, como uma segunda forma de validação do modelo. Da mesma
forma, Hair et al. (2009) considera valores interessantes para este indicador abaixo de 30%.
Por fim, o coeficiente alternativo de correlação ao quadrado (RQS) mede a correlação entre
distancias euclidianas entre pontos do mapa espacial e dissimilaridades da matriz original. Este
valor irá oscilar entre zero e um segundo Hair et al. (2009) e se faz adequado para valores
superiores a 70%. Quanto mais próximo de um, melhor o ajuste de modelo.
Como salientado anteriormente, nesta dissertação o EMD foi utilizado para confirmar
e/ou eliminar respondentes outliers. Os parâmetros de ajuste para a realização desta técnica no
SPSS foram: analisar, escala, algoritmo alscal, criar distâncias a partir de dados, distância
euclidiana, gráficos de grupo.
Segundo Hair et al. (2009) e Prearo (2008) a função ampla desta técnica é reduzir uma
grande quantidade de variáveis observadas em um número reduzido de fatores. Ao analisar as
inter-relações de um conjunto de variáveis observadas, o pesquisador com o uso da AFE é
capaz de definir os fatores que explicam a sua covariância de melhor forma (HAIR et al, 2009,
BROWN, 2015).
Quando se realiza a AFE unifatorial, a covariação entre as variáveis é descrita em termos
de um fator único para cada variável (CONWAY e HUFFCUTT, 2003), sendo possível a
ordenação das variáveis por meio dos scores gerados. Os fatores únicos não são
correlacionados uns com outros e com os fatores comuns, entretanto, ordena-se os dados
56
analisados e este foi o intuito do uso desta técnica nesta dissertação (MALHOTRA, 2012;
EDWARDS, 2010; LLORET-SEGURA; 2014).
Os parâmetros de ajuste para a realização desta técnica foram: extração componentes
principais, número de fixos de fator igual a 1, máximo de iterações por convergência 25,
rotação varimax, salvar score como variável.
A apresentação dos resultados foi realizada mediante s dendogramas obtidos pela análise
de cluster, apresentação dos mapas espaciais obtidos pelo EMD e ordenação das variáveis
segundo a AFE unifatorial. Esta sequência foi repetida quatro vezes: critério importância-
Brasil, critério importância-Colômbia, critério aplicação-Brasil e critério aplicação-Colômbia.
Ao final, confrontou-se os resultados dos grupos com a literatura e os resultados entre os
grupos, caracterizando-se assim o debate dos dados.
57
No presente capítulo serão apresentados os resultados obtidos bem como debates a eles
relacionados. Como salientado, inicia-se pela caracterização da pesquisa e na sequência
apresentam-se as análises estatísticas em quatro subgrupos de análises: subgrupo critério
importância-Brasil, subgrupo critério importância-Colômbia, subgrupo critério aplicação-Brasil
e subgrupo critério aplicação-Colômbia. As comparações e debates são realizadas no final
deste capítulo.
Tabela 4.1 Maior formação acadêmica do grupo de respondentes Brasil (Fonte: autora)
Formação Acadêmica
Mestrado em Eng. Mecânica 3
Mestrado em Controle e Automação 1
MBA em Gerenciamento de Projetos 2
Especialização Gestão de Projetos 1
Engenharia Mecatrônica 1
Engenharia de Automação 1
Engenharia Mecânica 9
Engenharia de Processos 2
Engenharia de Controle e Automação 4
Engenharia de Produção Mecânica 2
Engenharia Elétrica 8
Engenharia em Ciências da Computação 1
Técnica 4
Total 41
Tabela 4.2 Maior formação acadêmica do grupo de respondentes Colômbia (Fonte: autora)
Formação Acadêmica
Doutorado em Eng. em Automação 1
Mestrado em Eng. em Automação 2
Mestrado em Eng. Elétrica 1
Mestrado em Eng. Mecatrônica 1
Especialização em Automação 3
Engenharia Mecânica 1
Engenharia Mecatrônica 1
Engenharia Eletrônica 7
Engenharia em automação 19
Total 36
59
Pode-se observar, por meio da Figura 4.1 que a análise cluster para obtenção dos
outliers mostra a convergência final dos dados e evidência os respondentes b21 e b35 como
aqueles que mais tardam a se agruparem aos demais sendo, portanto, outliers.
Como forma de realizar uma confirmação e/ou evidenciar novos respondentes outliers, a
autora desta dissertação também optou pela análise EMD utilizado o software Statistical
Package for Social Sciences (SPSS 22). Os valores obtidos para Stress (0,0958), S-stress
(0,04654) e RSQ (0,9827) estão em concordância com os padrões previstos e o modelo de
60
distâncias euclidianas permite identificar os outliers. A Figura 4.2 apresenta o mapa espacial
gerado pelo EMD para os respondentes. Por meio deste mapa espacial, confirma-se que os
pontos b21 e b35, em amarelo, são outliers e procede-se com a eliminação dos mesmos.
Figura 4.2 Mapa espacial subgrupo critério importância Brasil (Fonte: autora)
Para a ordenação das variáveis, foi realizada a Análise Fatorial Exploratória (AFE) para
um único fator. A Tabela 4.3 apresenta as 47 variáveis ordenadas segundo os scores gerados
no estudo e, de forma complementar, apresentam-se as médias obtidas segundo as respostas
para cada variável em questão.
61
Tabela 4.3 Scores da AFE e médias para cada variável do subgrupo critério importância Brasil (Fonte:
autora).
Posição Score AFE Processo Média Posição Score AFE Processo Média
1º 2,37512 vi1 9,92 25º -0,1201 vi11 8,17
2º 1,73982 vi23 9,25 26º -0,1268 vi27 8,11
3º 1,71044 vi20 8,94 27º -0,2305 vi38 8,19
4º 1,61070 vi22 9,08 28º -0,238 vi41 8,36
5º 1,46700 vi21 8,81 29º -0,242 vi3 8,28
6º 1,45062 vi13 8,61 30º -0,342 vi5 8,31
7º 1,1163 vi9 8,56 31º -0,4892 vi24 7,94
8º 0,92238 vi35 8,86 32º -0,5000 vi44 8,36
9º 0,8879 vi14 8,78 33º -0,5835 vi37 8,03
10º 0,86472 vi19 8,86 34º -0,6373 vi36 7,94
11º 0,78482 vi17 8,49 35º -0,7928 vi42 8,14
12º 0,73852 vi18 8,17 36º -0,8075 vi2 8,17
13º 0,73134 vi34 8,81 37º -0,8737 vi25 7,58
14º 0,66579 vi30 8,56 38º -0,8837 vi26 7,89
15º 0,42434 vi12 8,42 39º -0,9357 vi46 7,78
16º 0,37571 vi39 8,44 40º -0,9676 vi8 7,47
17º 0,33987 vi7 8,31 41º -1,0362 vi10 8,00
18º 0,25823 vi15 8,36 42º -1,2802 vi31 8,44
19º 0,13435 vi6 8,36 43º -1,3264 vi43 7,94
20º 0,118 vi16 8,39 44º -1,3561 vi32 8,11
21º 0,10994 vi28 8,25 45º -1,3579 vi45 7,75
22º 0,05874 vi29 8,25 46º -1,6299 vi47 7,61
23º 0,0083 vi4 8,67 47º -2,0557 vi33 7,81
24º -0,0803 vi40 8,43
Vale a pena mencionar que apesar da ordenação realizada por meio dos scores, é
possível verificar que os respondentes consideram importantes todos os processos
disseminados pelo PMBOK (2013) na gestão de projetos de automação industrial, visto que
nenhum dos processos avaliados no quesito importância teve nota média abaixo de 7,47.
A autora desta dissertação considerou como processos de gestão com maior importância
dentro de projetos de automação industrial aqueles posicionados nos primeiros dez postos do
ranking apresentado. Estes processos pertencem às áreas de conhecimento INTEGRAÇÃO (1
processo), ESCOPO (1 processo), TEMPO (3 processos), CUSTOS (4 processos) e RISCO
(1 processo). Os dados são apresentados em ordem crescente das variáveis para que sejam
evidenciadas as áreas de conhecimento comuns.
62
Tabela 4.4 Descrição dos processos de maior importância para o grupo de respondentes Brasil (Fonte:
autora)
Pode-se observar, por meio da Figura 4.3 que a análise cluster para obtenção dos
outliers mostra a convergência final dos dados e evidencia os respondentes c18, c24 e c31
como aqueles que mais tardam a se agruparem aos demais sendo, portanto outliers.
63
Como forma de realizar uma confirmação e/ou evidenciar novos respondentes outliers, a
autora desta dissertação também optou pela análise EMD utilizado o software Statistical
Package for Social Sciences (SPSS 22). Os valores obtidos de Stress (0,06473), S-stress
(0,01938) e RSQ (0,9928) estão em concordância com os padrões previstos. A Figura 4.4
apresenta o mapa espacial gerado pelo EMD para os respondentes deste subgrupo. Por meio
deste mapa espacial, confirma-se que os pontos c18, c24 e c31, em amarelo, são outliers e
procede-se com a eliminação dos mesmos.
64
Figura 4.4 Mapa espacial subgrupo critério importância Colômbia (Fonte: autora)
Para a ordenação das variáveis, foi realizada a Análise Fatorial Exploratória (AFE) para
um único fator. A Tabela 4.5 apresenta a ordenação dos scores gerados e, de forma
complementar, apresentam-se as médias obtidas segundo os respondentes deste subgrupo.
65
Tabela 4.5 Scores da AFE e médias para cada variável do subgrupo critério importância Colômbia
(Fonte: autora).
Posição Score AFE Processo Média Posição Score AFE Processo Média
1º 2,04477 vi22 8,34 25º -0,0331 vi5 8,00
2º 1,56233 vi23 8,16 26º -0,0548 vi19 8,06
3º 1,54582 vi18 8,06 27º -0,0853 vi43 7,97
4º 1,42456 vi9 8,44 28º -0,0913 vi24 8,22
5º 1,41040 vi28 8,22 29º -0,1374 vi42 8,00
6º 1,21759 vi4 8,34 30º -0,1826 vi40 8,41
7º 1,16705 vi30 8,31 31º -0,1988 vi34 8,00
8º 1,11521 vi14 7,91 32º -0,2094 vi3 7,66
9º 0,91246 vi41 8,59 33º -0,3222 vi8 7,50
10º 0,87602 vi21 7,84 34º -0,3487 vi16 8,25
11º 0,78406 vi20 7,91 35º -0,5676 vi44 8,38
12º 0,69459 vi7 8,16 36º -0,6611 vi31 7,78
13º 0,54333 vi15 8,13 37º -0,7405 vi10 7,78
14º 0,52522 vi27 8,44 38º -0,7692 vi2 7,91
15º 0,47843 vi17 8,31 39º -1,0022 vi39 7,88
16º 0,42328 vi29 7,94 40º -1,0410 vi38 8,19
17º 0,38109 vi6 8,22 41º -1,0821 vi36 8,34
18º 0,27680 vi1 8,5 42º -1,1030 vi37 8,09
19º 0,27195 vi35 8,13 43º -1,5741 vi32 7,84
20º 0,23760 vi13 8,31 44º -1,5993 vi46 8,13
21º 0,06684 vi26 8,5 45º -1,6991 vi45 7,63
22º 0,03504 vi11 8,78 46º -2,0611 vi33 7,72
23º 0,01404 vi25 8,75 47º -2,4333 vi47 7,41
24º -0,01150 vi12 8,06
Tabela 4.6 Descrição dos processos de maior importância para o grupo de respondentes Colômbia
(Fonte: autora)
Área de
Nº questão Nome do processo no PMBOK
conhecimento
v4 Monitorar e controlar o trabalho do projeto. Integração
v9 Definir escopo Escopo
v14 Definir atividades Tempo
v18 Desenvolver cronograma Tempo
v21 Estimar custos Custos
v22 Determinar orçamento Custos
v23 Controla custos Custos
v28 Estruturar equipe do projeto RH
v30 Gerenciar equipe do projeto RH
v41 Conduzir aquisições Aquisições
Pode-se observar, por meio da Figura 4.5, que a análise cluster para obtenção dos
outliers mostra a convergência final dos dados e evidencia os respondentes b1 e b39 como
aqueles que mais tardam a se agruparem aos demais sendo, portanto, outliers.
67
Como forma de realizar uma confirmação e/ou evidenciar novos respondentes outliers, a
autora desta dissertação também optou pela análise EMD utilizado o software Statistical
Package for Social Sciences (SPSS 22). Os valores obtidos de Stress (0,13685), S-stress
(0,11662) e RSQ (0,934) estão em concordância com os padrões previstos. A Figura 4.6
apresenta o mapa espacial gerado pelo EMD e por meio deste mapa confirmam-se os
respondentes b1 e b39, em amarelo, como outliers, sendo os mesmos eliminados da análise.
68
Figura 4.6 Mapa espacial subgrupo critério aplicação Brasil (Fonte: autora)
Para a ordenação das variáveis, foi realizada a Análise Fatorial Exploratória (AFE) para
um único fator. A Tabela 4.7 apresenta as 47 variáveis ordenadas segundo os scores gerados
no estudo e, de forma complementar, as médias obtidas para cada questão segundo os
respondentes.
69
Tabela 4.7 Scores da AFE e médias para cada variável do subgrupo critério aplicação Brasil
(Fonte: autora)
Posição Score AFE Processo Média Posição Score AFE Processo Média
1º 2,12869 va21 7,10 25º -0,0098 va2 6,40
2º 1,98898 va22 7,15 26º -0,0626 va6 6,63
3º 1,80418 va20 6,98 27º -0,0926 va3 6,50
4º 136,059 va13 7,15 28º -0,3118 va43 6,20
5º 12,8240 va23 7,28 29º -0,3534 va36 5,88
6º 1,18317 va14 7,05 30º -0,4084 va45 5,93
7º 1,17411 va9 6,90 31º -0,5174 va39 5,78
8º 1,13450 va18 6,78 32º -0,6421 va16 6,15
9º 1,02507 va40 6,98 33º -0,6836 va38 5,63
10º 0,86299 va41 6,83 34º -0,7119 va29 5,80
11º 0,81288 va17 6,90 35º -0,9170 va8 5,65
12º 0,73071 va35 6,70 36º -0,9391 va26 5,85
13º 0,62289 va7 6,50 37º -1,0335 va32 5,80
14º 0,52992 va15 7,03 38º -1,0551 va27 5,78
15º 0,48236 va42 6,60 39º -1,0899 va5 6,10
16º 0,47169 va34 6,33 40º -1,0916 va10 6,03
17º 0,47114 va30 6,80 41º -1,1115 va31 5,95
18º 0,32851 va12 6,65 42º -1,1916 va37 5,38
19º 0,2559 va11 6,60 43º -1,2025 va24 5,68
20º 0,23681 va19 6,50 44º -1,2903 va25 5,51
21º 0,19315 va44 6,35 45º -1,3047 va46 5,38
22º 0,18232 va4 6,85 46º -1,3674 va33 5,65
23º 0,14113 va1 6,53 47º -2,0876 va47 5,00
24º 0,07107 va28 6,40
Por meio da Tabela 4.7 é possível verificar que as diretrizes de gestão de projetos
apresentam valores medianos de aplicação segundo os respondentes brasileiros, sendo que os
graus de aplicação variam de 5,00 a 7,28. Isto não demonstra índices críticos, mas por outro
lado evidenciam oportunidades de melhorias. A autora desta dissertação considerou na sua
análise os processos posicionados nos primeiros dez postos do ranking apresentado e também
aqueles posicionados nos dez últimos lugares.
A Tabela 4.8 apresenta os processos com melhores índices de aplicação para o subgrupo
brasileiro. Estes processos pertencem às seguintes áreas de conhecimento: ESCOPO (1
processo), TEMPO (3 processos), CUSTOS (4 processos) e AQUISIÇÕES (2 processos). Os
dados são apresentados em ordem crescente das variáveis para que sejam evidenciadas as áreas
de conhecimento comuns.
70
Tabela 4.8 Descrição dos processos de maior aplicação para o grupo de respondentes Brasil (Fonte:
autora)
Área de
Variável Média Nome do processo no PMBOK
conhecimento
va9 6,90 Definir escopo Escopo
va13 7,15 Planejar gerenciamento do tempo Tempo
va14 7,05 Definir atividades Tempo
va18 6,78 Desenvolver cronograma Tempo
va20 6,98 Planejar gerenciamento de custo Custos
va21 7,10 Estimar custo Custos
va22 7,15 Determinar orçamento Custos
va23 7,28 Controla custos Custos
va40 6,98 Planejar gerenciamento das aquisições Aquisições
va41 6,83 Conduzir aquisições Aquisições
Por sua vez, a Tabela 4.9 apresenta os processos com menores índices de aplicação para
o mesmo grupo. Estes processos pertencem às áreas de conhecimento seguintes:
INTEGRAÇÃO (1 processo), ESCOPO (1 processos), QUALIDADE (2 processos), RH (1
processo), COMUNICAÇÕES (1 processo), RISCOS (1 processo) e PARTES
INTERESSADAS (2 processos). Evidenciam-se por meio dos resultados obtidos
oportunidades de melhorias para a potencialização da gestão dos projetos de automação
industrial. Os dados são apresentados em ordem crescente das variáveis para que sejam
evidenciadas as áreas de conhecimento comuns.
Tabela 4.9 Descrição dos processos de menor aplicação para o grupo de respondentes Brasil (Fonte:
autora)
Área de
Variável Média Nome do processo no PMBOK
conhecimento
va5 6,10 Realizar controle integrado de mudanças Integração
va10 6,03 Criar Estrutura analítica do projeto EAP Escopo
va24 5,68 Planejar gerenciamento da qualidade Qualidade
va25 5,51 Realizar garantia da qualidade Qualidade
va27 5,78 Planejar gerenciamento dos recursos humanos RH
va31 5,95 Planejar gerenciamento da comunicação Comunicações
va33 5,65 Controlar comunicação Comunicações
va37 5,38 Realizar análise quantitativa dos riscos Riscos
va46 5,38 Gerenciar Partes Interessadas Partes Interessadas
va47 5,00 Controlar Partes Interessadas Partes Interessadas
71
Pode-se observar, por meio da Figura 4.7 que a análise de cluster para a identificação de
outliers não evidencia claramente a existência de respondentes extremos, embora o
respondente c33 seja aquele que mais tarda a se agrupar.
Como forma de realizar uma confirmação e/ou evidenciar novos respondentes outliers, a
autora desta dissertação também optou pela análise EMD utilizado o software Statistical
Package for Social Sciences (SPSS 22). Os valores obtidos de Stress (0,07474), S-stress
(0,05961) e RSQ (0,98124) são adequados, mas o mapa espacial gerado não permite
identificar os outliers. A Figura 4.8 apresenta o mapa espacial gerado pelo EMD no qual cerca
72
de 25% dos dados que formam um novo grupo. Logo a opção neste caso é pela manutenção
de todos os dados.
Figura 4.8 Mapa espacial subgrupo critério aplicação Colômbia (Fonte: autora)
Para a ordenação das variáveis, foi realizada a Análise Fatorial Exploratória (AFE) para
um único fator. A Tabela 4.10 apresenta as 47 variáveis ordenadas segundo os scores gerados
no estudo e, de forma complementar, as médias obtidas segundo as respostas para cada
variável em questão.
73
Tabela 4.10 Scores da AFE e médias para cada variável do subgrupo Colômbia critério aplicação
(Fonte: autora)
Posição Score AFE Processo Média Posição Score AFE Processo Média
1º 1,85699 va14 6,83 25º -0,1618 va11 5,94
2º 1,76918 va22 6,11 26º -0,1893 va35 5,74
3º 1,70785 va18 6,40 27º -0,281 va34 6,74
4º 1,47829 va9 6,66 28º -0,3763 va2 6,97
5º 1,31414 va41 5,97 29º -0,4029 va10 6,00
6º 1,25772 va15 6,66 30º -0,4174 va44 6,54
7º 1,23417 va23 6,48 31º -0,4853 va8 6,14
8º 1,14794 va1 5,89 32º -0,5261 va29 5,94
9º 1,01940 va21 7,20 33º -0,5527 va12 5,63
10º 0,93872 va4 6,03 34º -0,6441 va5 6,29
11º 0,89159 va28 6,29 35º -0,6761 va31 6,34
12º 0,83374 va6 6,29 36º -0,7815 va36 5,97
13º 0,82620 va40 6,57 37º -0,8541 va39 5,71
14º 0,64667 va17 7,29 38º -0,9079 va25 5,71
15º 0,52336 va3 6,89 39º -1,0315 va24 5,66
16º 0,47107 va13 6,31 40º -1,0837 va26 6,94
17º 0,45426 va27 6,46 41º -1,0982 va37 7,14
18º 0,39510 va16 7,03 42º -1,1459 va38 6,4
19º 0,32015 va19 6,14 43º -1,1472 va32 6,34
20º 0,24979 va30 6,37 44º -1,3171 va45 6,37
21º 0,17287 va20 6,91 45º -1,449 va46 5,66
22º 0,0545 va7 7,00 46º -1,9284 va33 5,69
23º 0,03591 va42 7,00 47º -2,1215 va47 5,23
24º -0,0207 va43 6,00
Por meio da Tabela 4.10 é possível verificar que as diretrizes de gestão de projetos
também apresentam valores medianos de aplicação segundo os respondentes colombianos,
sendo que os graus de aplicação variam de 5,23 a 7,14. Isto não demonstra índices críticos,
mas por outro lado evidenciam oportunidades de melhorias. Assim como na análise do
subgrupo anterior, autora desta dissertação considerou na sua análise os processos
posicionados nos primeiros dez postos do ranking apresentado e também aqueles posicionados
nos dez últimos lugares.
A Tabela 4.11 apresenta os processos com melhores índices de aplicação para o
subgrupo colombiano. Estes processos pertencem às seguintes áreas de conhecimento:
INTEGRAÇÃO (2 processos), ESCOPO (1 processo), TEMPO (3 processos), CUSTOS (4
processos) e AQUISIÇÕES (1 processo). Os dados são apresentados em ordem crescente das
variáveis para que sejam evidenciadas as áreas de conhecimento comuns.
74
Tabela 4.11 Descrição dos processos de maior aplicação para o grupo de respondentes Colômbia
(Fonte: autora)
Área de
Variável Média Nome do processo no PMBOK
conhecimento
va1 5,89 Desenvolver o termo de abertura do projeto Integração
va4 6,03 Monitorar e controlar o trabalho do projeto Integração
va9 6,66 Definir escopo Escopo
va14 6,83 Definir atividades Tempo
va15 6,66 Sequenciar atividades Tempo
va18 6,4 Desenvolver cronograma Tempo
va21 7,2 Estimar custo Custos
va22 6,11 Determinar orçamento Custos
va23 6,48 Controlar custos Custos
va41 5,97 Conduzir aquisições Aquisições
Por sua vez, a Tabela 4.12 apresenta os processos com menores índices de aplicação
para o mesmo subgrupo. Estes processos pertencem às áreas de conhecimento seguintes:
QUALIDADE (3 processos), COMUNICAÇÕES (2 processos), RISCOS (2 processos), e
PARTES INTERESSADAS (3 processos). Evidenciam-se por meio dos resultados obtidos
oportunidades de melhorias para a potencialização da gestão dos projetos de automação
industrial. Os dados são apresentados em ordem crescente das variáveis para que sejam
evidenciadas as áreas de conhecimento comuns.
Tabela 4.12 Descrição dos processos de menor aplicação para o grupo de respondentes Colômbia
(Fonte: autora)
Área de
Nº questão Média Nome do processo no PMBOK
conhecimento
va24 5,66 Planejar gerenciamento da qualidade Qualidade
va25 5,71 Realizar garantia da qualidade Qualidade
va26 6,94 Controlar qualidade Qualidade
va32 6,34 Gerenciar comunicação Comunicações
va33 5,69 Controlar comunicação Comunicações
va37 7,14 Realizar análise quantitativa dos riscos Riscos
va38 6,4 Planejar respostas aos riscos Riscos
va45 6,37 Planejar gerenciamento de Partes Interessadas Partes Interessadas
va46 5,66 Gerenciar Partes Interessadas Partes Interessadas
va47 5,23 Controlar Partes Interessadas Partes Interessadas
75
Tabela 4.13 Comparação entre os critérios de maior importância para os subgrupos estudados (Fonte:
autora)
Evidencia-se, por meio da Tabela 4.13 que existe uma similaridade de 50% em relação
aos processos considerados de maior importância. Estes processos pertencem às áreas de
conhecimento ESCOPO (1 processo), TEMPO (1 processo) e CUSTOS (3 processos). A
Tabela 4.14 apresenta a descrição nominal dos mesmos.
Tabela 4.14 Descrição dos processos comuns tidos como de maior importância nos dois subgrupos
estudados (Fonte: autora)
Da mesma forma que realizada no item anterior, apresenta-se por meio da Tabela 4.15
uma comparação entre os critérios de maior aplicação para os dois subgrupos estudados.
Tabela 4.15 Comparação entre os critérios de maior aplicação para os subgrupos estudados. (Fonte:
autora)
Evidencia-se, por meio da Tabela 4.15 que existe uma similaridade de 70% em relação
aos processos mais aplicados. Estes processos pertencem às áreas de conhecimento: ESCOPO
(1 processo), TEMPO (2 processos), CUSTOS (3 processos) e AQUISIÇÕES (1 processo). A
Tabela 4.16 apresenta a descrição nominal dos mesmos.
77
Tabela 4.16 Descrição dos processos comuns tidos como de maior aplicação nos dois subgrupos
estudados (Fonte: autora)
Tabela 4.17 Comparação entre os critérios de menores índices de aplicação para os subgrupos
estudados. (Fonte: autora)
Tabela 4.18 Descrição dos processos comuns tidos como de menor aplicação nos dois subgrupos
estudados (Fonte: autora)
Dentro dos processos identificados com menor índice de aplicação, um achado não
esperado pela autora desta dissertação esteve relacionado ao fato de encontrar processos
associados à gestão da qualidade, mais especificamente associados ao planejamento (v24) e
garantia (v25) da mesma. Este achado vai contra as afirmações de Papke-shields et al. (2010),
visto que estes autores argumentam que a qualidade do projeto é afetada pelo equilíbrio da
tripla restrição (os processos associados a esta tripla restrição encontram-se entre os
aplicados). Consequentemente, esperava-se que os processos associados à qualidade do
projeto possuíssem maior grau de aplicação.
79
Este tópico tem como objetivo estabelecer uma correlação, por meio da Tabela 4.19,
entre os resultados similares encontrados e os cinco grandes grupos de processos difundidos
80
Tabela 4.19 Correlação dos processos com os grupos de processos (Fonte: autora)
Processos
Grupo de Processos de maior grau Processos de menor grau de
considerados mais
processos de aplicação aplicação
importantes
Iniciação
Planejamento 5.3 / 6.2 /7.2 /7.3 5.3/6.2/6.6/7.2/7.3 8.1/11.4
Execução 8.2/12.2 13.3
Monitoramento e
7.4 7.4 13.4
controle
Encerramento
feito no decorrer do projeto, para que pontos importantes não sejam esquecidos
proporcionando benefícios para o planejamento de futuros projetos, tratamento de riscos,
agregando valor às organizações e às entidades que de alguma forma sejam impactados pelo
projeto. Para Jugdev (2012), os benefícios das lições aprendidas são inquestionáveis; por outro
lado o uso equivocado pode acarretar em aumento dos custos do projeto, horários estendidos,
falta de comunicação, retrabalho e repetição de erros. O uso das lições aprendidas prevê o
estudo e a implantação de uma metodologia de transferência de conhecimento e não se limita
apenas a um conjunto de atividades executadas durante uma determinada fase de projeto
(VERONESE, 2014).
82
5 CONCLUSÕES
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WILKINSON, Frances C.; LEWIS, Linda K.; LUBAS, Rebecca L. The complete guide to
acquisitions management. ABC-CLIO, 2015.
.
94
APÊNDICE A – Questionário
O grande benefício indireto associado a esta pesquisa está relacionado à contribuição para o
conhecimento científico na área de gestão de projetos de automação industrial e ao fato de
receber, caso deseje, os resultados tabulados e tratados estatisticamente. Tais informações
poderão ser de grande valia para sua empresa e projetos futuros.
Acompanhamento e assistência:
A todo o momento, os responsáveis por essa pesquisa, a aluna de mestrado Luisa Maria
Tumbajoy e o professor Dr. Rosley Anholon estarão disponível via meios eletrônicos (e-mail,
telefone, entre outros) ou pessoalmente (se possível) para prestar assistência e
acompanhamento. Tais contatos são apresentados posteriormente.
Sigilo e privacidade:
Você tem a garantia de que sua identidade será mantida em sigilo e nenhuma informação será
dada a outras pessoas que não façam parte da equipe de pesquisadores. Na divulgação dos
resultados desse estudo, seu nome não será citado.
Contato:
Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores
1) Aluna de Mestrado: Luisa Maria Tumbajoy , Curso: Mestrado em Engenharia Mecânica,
Rua Antônio Zaine, n 125, Apto 03 . Jardim José Martin, Campinas, São Paulo, telefone (19)
98738-2183, e-mail lui.7131@gmail.com
2) Professor Doutor Rosley Anholon, Rua Mendeleyev, 200, Departamento de Engenharia de
Manufatura e Materiais (DEMM), Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), Universidade
Estadual de Campinas, telefone (19) 3521-3312, e-mail rosley@fem.unicamp.br, sala EE207
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do
estudo, você poderá entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da UNICAMP das 08:30hs às 11:30hs e das 13:00hs as 17:00hs na Rua: Tessália Vieira
de Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936 ou (19) 3521-
7187; e-mail: cep@fcm.unicamp.br.
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
O papel do CEP é avaliar e acompanhar os aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo
seres humanos. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), tem por objetivo
desenvolver a regulamentação sobre proteção dos seres humanos envolvidos nas pesquisas.
97
INFORMAÇÕES DO RESPONDENTE
Nome do Responsável pelo preenchimento do questionário: ___________________________
RG do Responsável pelo preenchimento do questionário: _____________________________
Atuação professional: _________________________________________________________
Escolaridade e Formação: ______________________________________________________
Nome da empresa onde atua: ____________________________________________________
Coloque aqui seu e-mail caso queira receber os resultados associados a esta pesquisa:
Importância 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Importância 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
100
riscos, designações do pessoal do projeto, análise de estrutura analítica dos recursos, de fatores
ambientais da empresa,e ativos de processos organizacionais, análise de rede do cronograma,
uso método do caminho crítico, técnicas de otimização de recursos e técnicas de modelagem,
aplicação de antecipações e esperas, compressão do cronograma , uso de ferramenta para
desenvolvimento do cronograma, seguimento da linha de base do cronograma, cronograma do
projeto, dados do cronograma, calendários do projeto, fazer atualizações no plano de
gerenciamento do projeto e atualizações dos documentos do projeto.
Importância 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Importância 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Importância 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Importância 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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Aplicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10