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CRISE / DESESTRUTURAÇÃO DO WELFARE STATE E OS DESAFIOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DO MUNDO


CAPITALISTA CONTEMPORÂNEO

PONTO PARTIDA – PRESSUPOSTO KEYNESIANISMO → Estado deveria intervir para garantir massivamente na
atividade econômica e, ao mesmo tempo, promover políticas públicas de proteção social. P/ Keynes, o
capitalismo liberal havia fracassado na promoção do crescimento econômico estável porque o livre mercado
era incapaz de eliminar as crises econômicas, o desemprego e a inflação.

O Estado é chamado, assim, a assumir um papel de liderança na promoção do crescimento econômico


sustentado e do bem-estar da população. Por meio da regulação macroeconômica, o Estado deveria, então,
assegurar o pleno emprego, o que, por sua vez, resolveria a questão da distribuição de renda, fundamental
para sustentar a economia de mercado.

CRISE DO W S

Já na década de 1950, problemas econômicos e políticos relacionados ao Estado de Bem-Estar Social tomam
corpo com o estabelecimento de tetos para os gastos específicos com saúde. Surgem críticas, dentro do
próprio Partido Trabalhista, uma das forças de sustentação do Estado de Bem-Estar Social na Inglaterra, com
relação ao favorecimento das classes médias dentro do modelo → argumento da necessidade de conter a
despesa pública.

A grande questão dirá respeito à própria sustentabilidade do sistema, pois na década de 1960, por exemplo,
as despesas na Grã-Bretanha eram maiores que as receitas governamentais.

O Estado de Bem-Estar Social começa a ser considerado como um obstáculo ao desenvolvimento do


indivíduo afetando a noção de responsabilidade individual → dependência do Estado

CONJUNTURA ECONÔMICA FINAL DOS ANOS 1960 / DÉCADA DE 1970

Agravamento das crises fiscais em vários países europeus (descompasso entre receita e despesa) +
ESTAGFLAÇÃO → crise económica que assolou o mundo capitalista durante a década de 1970 provocada pelo
descompasso entre expansão da demanda (mercados consumidores) com a retração da oferta provocada
pela restrição de oferta de petróleo imposta pela OPEP (elevação do preço do barril), afetando a indústria
mundial: inflação (aumento dos custos de produção; preço final das mercadorias) e desemprego (redução
das atividades industriais em sectores que dependem do petróleo como matéria-prima e combustível).

CRISE DO PETRÓLEO
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OPEP – Associação fundada em 1960 pelos 5 países maiores produtores de petróleo no mundo (Arábia
Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Venezuela) para fazer frente política de achatamento de preços praticada pelo
cartel das grandes empresas petroleiras ocidentais – as chamadas "sete irmãs" (Standard Oil, Royal Dutch
Shell, Mobil, Gulf, BP e Standard Oil da California).

Os conflitos entre árabes e israelenses, marcados pela Guerra dos Seis Dias, em 1967, e pela Guerra do Yom
Kippur, em 1973, em que os árabes sofreram amargas derrotas, foi o principal fator que fez do petróleo uma
arma econômica. Para pressionar os Estados Unidos e a Europa, que apoiaram Israel nos conflitos, os árabes
uniram-se, reduzindo a produção do petróleo, forçando o aumento drástico no preço do barril, originando a
maior crise do petróleo, que afetou toda a economia mundial.

Inflação e Desemprego nos EUA e Europa (gráfico p. 24)

Inúmeros argumentos foram levantados para explicar a crise do WS, sua insustentabilidade o que justificaria
a adoção de reformas que promovessem a instauração de um novo modelo de Estado. Os defensores das
teorias neoliberais acreditam que o Estado de Bem-Estar Social constitui uma estrutura perniciosa e
corresponde a uma concepção perversa e falida do Estado.

ÂMAGO DA CRISE → caráter financeiro-fiscal → aumento das despesas com seguridade social, sobretudo em
virtude de 2 fatores: a) o envelhecimento da população, não só pela elevação da expectativa de vida, mas
também pelas baixas taxas de natalidade nos países do capitalismo central [aposentados que vivem cada vez
mais e contribuintes que pagam valores pesados para sustentar essas aposentadorias]; b) os custos
crescentes da medicina moderna, com a possibilidade de tratamentos sofisticados para uma gama enorme
de doenças.

Seja como for, a crise do Estado de Bem-Estar Social possui uma tripla dimensão: a) crise fiscal→ decorrente
do descompasso entre receitas e despesas, o que tem provocado um aumento da carga tributária,
apontando para uma “falência” do Welfare State; b) crise de legitimidade social→ percepção generalizada de
que o Estado de Bem-Estar Social não conseguia eliminar a pobreza, com o agravante da escalada do
desemprego contribuir p/ o aumento dos gastos c/ a seguridade social, num cenário de tributação elevada
sobre a PEA // desconfiança em relação a competência do Estado em gerir a seguridade social; c) crise
ideológica→ derivada da disseminação dos pressupostos políticos e econômicos do NEOLIBERALISMO.

CONCEITO NEOLIBERALISMO → Teoria das práticas econômicas e políticas que sustenta que o bem-estar
social pode ser mais bem promovido e assegurado por meio da garantia da livre iniciativa no âmbito de uma
estrutura institucional que deveria ser caracterizada por sólidos direitos de propriedade privada, livres
mercados e livre comércio.
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Por sinal, o significado de bem estar social no Neoliberalismo é radicalmente diverso, uma vez que seus
defensores sustentam que o bem estar social só poderia ser maximizado ao se maximizar o alcance e a
frequência das transações de mercado, procurando enquadrar e submeter todas as ações humanas no
domínio do mercado // Ideia de sucesso econômico ser uma questão de responsabilidade meramente
pessoal e diretamente ligada à capacidade de consumo dos indivíduos → o que tem disseminado uma forte
tendência de mercantilização das múltiplas dimensões das relações sociais [EXEMPLO MÃE PRETA];

PAPEL DO ESTADO → Assegurar o livre mercado e, por isso, ceder terreno à iniciativa privada nas
áreas/setores/atividades econômicas nas quais atuava/atua em nome do saneamento do déficit público →O
que seria alcançado por meio de PRIVATIZAÇÕES; CORTE DE DESPESAS (sociais; funcionalismo público
[demissões e contenção de salários]); DESREGULAMENTAÇÃO E INTERVENÇÃO MÍNIMA NA ECONOMIA.

Em geral, os programas sociais sofreram cortes profundos a partir de 1970, mas por outro lado, vários países
introduziram novas formas de proteção e os gastos sociais – no quadro geral dos países capitalistas
desenvolvidos permaneceu relativamente alto até o ano 2000/2001, como pode ser observado nas tabelas
abaixo:

MOSTRAR TABELAS

Como pode ser visto na tabela 1, apenas os Países Baixos e a Irlanda tiveram uma retração nos seus gastos
sociais. Os demais tiveram os gastos estabilizados ou até mesmo ampliados. Mesmo em crise, por não
cumprir integralmente suas promessas, e enfrentando as dificuldades crescentes do desafio demográfico
(com o envelhecimento das populações) e a questão dos imigrantes, a alternativa posta pelos modelos
ultraliberais aplicados nos anos 1980 e 1990 trouxeram apenas agravamento da pobreza e do desemprego.

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CONTRADIÇÕES E DESAFIOS AO CAPITALISMO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

CRISE ECONÔMICA MUNDIAL 2008...

Foi deflagrada a crise das hipotecas imobiliárias nos Estados Unidos, a partir da quebra do banco Lehman
Brothers.
Lehman Brothers Holdings Inc. foi um banco de investimento e provedor de outros serviços financeiros, com
atuação global, sediado em Nova Iorque. Em setembro de 2008 a empresa pediu concordata, já que vinha
tendo prejuízos causados pela crise dos subprimes nos Estados Unidos. A apresentação marcou a maior
falência em história americana.
A Crise dos subprimes é uma crise financeira desencadeada em 2006, a partir da falência
de instituições de crédito dos Estados Unidos, que concediam empréstimos hipotecários de
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alto risco (em inglês: subprime loan ou subprime mortgage), arrastando vários bancos para uma situação
de insolvência e repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo.

As famílias americanas já vinham se endividando ao longo dos anos 1990, mas partir de 1995 o mercado
imobiliário voltou se expandir. As famílias, já endividadas, elevaram a contratação de empréstimos, fazendo
novas hipotecas e adquirindo novas linhas de crédito. A partir de 2003, com a intensificação da valorização
dos imóveis e esgotamento dos clientes tradicionais, o crédito foi facilitado para as famílias e indivíduos sem
histórico de crédito ou com histórico ruim, sem emprego e sem renda - o subprime.
Os subprimes incluíam desde empréstimos hipotecários até cartões de crédito e aluguel de carros, e eram
concedidos, nos Estados Unidos, a clientes sem comprovação de renda e com histórico ruim de crédito - os
chamados clientes ninja (do acrônimo, em inglês, no income, no job, no assets: sem renda, sem emprego,
sem patrimônio). Essas dívidas só eram “honradas”, mediante sucessivas "rolagens", o que foi possível
enquanto o preço dos imóveis permaneceu em alta.

Como esses empréstimos subprime eram dificilmente liquidáveis, isto é, não geravam nenhum fluxo de
caixa para os bancos que os concediam, esses bancos arquitetaram uma estratégia de securitização desses
créditos. Para diluir o risco dessas operações duvidosas os bancos americanos credores juntaram-nas aos
milhares, e a transformaram em derivativos negociáveis no mercado financeiro internacional, cujo valor era
cinco vezes superior ao das dívidas originais!

A valorização contínua dos imóveis no mercado norte-americano permitia aos mutuários obter novos
empréstimos, sempre maiores, para liquidar os anteriores, em atraso - dando o mesmo imóvel como
garantia. As taxas de juros eram pós-fixadas - isto é, determinadas no momento do pagamento das dívidas.
Quando os juros dispararam nos Estados Unidos - com a consequente queda do preço dos imóveis -
houve inadimplência em massa.

A queda nos preços de imóveis, a partir de 2006, arrastou vários bancos para uma situação de insolvência,
repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo, situação agravada em 2008 com a
falência do até então todo poderoso LB.

Isso levou à intervenção governamental para evitar o colapso do sistema financeiro e uma recessão mais
aguda. Ao injetar recursos em bancos e até em empresas, no entanto, os governos aumentaram seus gastos,
em um momento em que a economia mundial seguia encolhendo. O resultado não poderia ser outro:
aprofundamento do déficit público, que em muitos países já era bastante elevado.
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Além da Grécia, países como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha sofrem os efeitos do endividamento
descontrolado e, por isso, buscam o socorro financeiro da Chamada TROIKA, composta pela Comissão
Europeia [instituição que representa e defende os interesses da União Europeia], Banco Central Europeu
[responsável pela política monetária da zona do euro] e FMI.

Para receber ajuda, no entanto, é exigido que esses países adotem medidas de “austeridade fiscal” que, na
prática, significam enxugar os gastos públicos, por meio do corte de benefícios sociais e empregos, por
exemplo, e elevar a arrecadação por meio de impostos.
O problema é que essas medidas deprimem ainda mais a economia e geram descontentamento, greves e
manifestações. Nos últimos anos, os movimentos populares têm se intensificado especialmente na Grécia,
Espanha e Portugal.

DESAFIO: A igualdade social é um valor que ainda tem futuro? Ou dito de outro modo: Existe futuro para um
mundo onde a desigualdade social se aprofunda cada vez mais?
A despeito do credo neoliberal, do ponto de vista de alguns intelectuais atualmente é que o fim do
intervencionismo econômico o Estado (como no paradigma keynesiano) não pode se dar sem a preservação
do Estado de Bem-Estar Social, sob pena de um incremento do conflito social atingir patamares
extremamente elevados.

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