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JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAIS – ARCÊNIO BRAUNER

AULA1 - ORIGEM ALIENÍGENA E REMOT A

1.JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS - ORIGEM ALIENÍGENA E REMOTA

O juizado especial esteve presente historicam ente em três países do m undo.

O prim eiro sistem a de acesso à justiça que buscou sim plificar ao povo é

encontrado na Inglaterra, por m eio das cham adas County Courts, ou C ortes de

C ondados. Neste sistem a, em 1846, pensa-se que a justiça deveria se aproxim ar das

zonas onde não existiam órgãos judiciais organizados, através de m ecanism os

deform alizados onde as pessoas pudessem buscar suas pretensões de form a m ais

rápida e sim plificada. Este m odelo da Inglaterra possui um a estrutura jurisdicional

m uito sem elhante ao que existe hoje com as Justiças Itinerantes.

O prim eiro país do m undo que observa a necessidade de que causa de m enor

m onta ou m enor im portância econôm ica devam ter um trâm ite m ais sim plificado para

encontrarem um a solução m ais rápida são os EUA. No ano de 1934, os EUA construiu

um sistem a de acesso à justiça para pleitos de pouca im portância econôm ica,

cham ado de Poor Man’s Court ou C orte do Hom em Pobre, que alcançava pleitos de até

U$ 50,00.

Esse m odelo de C orte do Hom em Pobre é transform ado ao longo dos anos em

diversos outros, até alcançar o sistem a atual na m aior parte dos Estados dos EUA, cujas

dem andas alcancem a quantia de 5 a 10 m il dólares, denom inado de Small Claims.

Já o últim o m odelo alienígena é o desenvolvido pela C hina, onde busca-se um a

solução jurisdicional por m eio de juízes leigos dos bairros. Assim , todas as questões

daquele determ inado bairro ou distrito, antes de serem encam inhadas à justiça,

passam por esses juízes leigos que tentam a com posição num a verdadeira prim eira

audiência de conciliação.

2. JUIZADOS ESPECIAIS NO BRASIL

Saindo do aspecto internacional dos juizados especiais, é m uito im portante

com preender com o a justiça especializada de pequena m onta é vista no Brasil. No

Brasil C olônia e no Im pério, havia um sistem a de acesso à justiça que em um prim eiro

m om ento confunde-se com Adm inistração Pública, no sentido de quem era

adm inistrador público tam bém prestava a jurisdição.

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Ju iz ados Especiais Federais – Arcên io Brau n er
Au la1 - Origem Alien ígen a e Rem ot a

Nesta organização colonial e im perial brasileira havia juízes classificados pelo

valor da causa, podendo encontrar até m esm o juízes andando pela cidade sem um a

sede específica e com o objetivo de resolver pequenos litígios. Após 1832, ainda no

Brasil Im pério, opta-se por um a organização jurisdicional de hierarquia, fazendo com

que os juízes não m ais sejam adm inistradores e passem a ser m agistrados de prim eira

e segunda instância de apelação m uito bem delim itada. Assim , nessa reorganização

efetuada em 1832, passou-se a desconsiderar o valor da causa para fins de

organização de procedim ento e surgiu o m esm o trâm ite jurisdicional para causas de

grande e pequena m onta sem nenhum tipo de facilitação.

Essa desconsideração da sim plificação das causas de pequena m onta podem ser

encontradas no C ódigo de Processo C ivil de 1973, onde, por exem plo, irá considerar o

valor da causa para diferenciar o procedim ento ordinário do procedim ento sum ário. O

procedim ento sum ário, portanto, identifica um tipo de juiz que poderia tram itá-lo,

cham ados de Juízes de Alçada, que ainda, com o carreira em extinção, é órgão público

de julgam ento utilizado nos juizados, principalm ente estaduais.

É im portante saber que essas ponderações feitas com base em valor da causa

nos procedim entos sum ário e nos juízos de alçada, não geravam um a solução m ais

rápida de dem andas de pequena m onta e tardavam em dar um a solução de justiça ao

jurisdicionado. Assim , um até então juiz gaúcho cham ado Tanger Jardim da C om arca

de Rio Grande/RS, que se tornou desem bargador posteriorm ente, incom odado com a

quantidade de processos constantes na Vara que atuava, criou nos processos com

lim ite de até 20 salários m ínim os a necessidade de um a audiência de conciliação

prévia, no qual busca um a solução consensual entre as partes e caso não fosse obtido

resultado satisfatório, passava-se ao m om ento de instrução do processo.

Diante da grande satisfação nos resultados, o Tribunal de Justiça gaúcho

propagou essa ideia do Juizado de Pequenas C ausas. O Juizado de Pequenas C ausas,

visto com essa configuração de um a m era tentativa de conciliação antes de um

procedim ento posterior é hom enageado em um segundo m om ento pela Lei n.

7.244/84 que prevê nas ações de até 20 salários m ínim os nas ações de pagar quantia e

entrega de coisa um procedim ento sim plificado que busca a conciliação ou a

jurisdição.

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Ju iz ados Especiais Federais – Arcên io Brau n er
Au la1 - Origem Alien ígen a e Rem ot a

O texto constitucional de 1988, observando o sucesso dos juizados de pequenas

causas em alguns Estados da Federação, passa a positivar os juizados especiais através

de um critério qualitativo-m aterial (causas de m enor com plexidade), isto é, além de

haver um a causa com pequeno valor, deve ela não gerar um a instrução com plicada.

A partir da criação obrigatória destes juizados pelo texto constitucional, há

poucos Estados que efetivam ente aplicaram em seu território esse sistem a, a exem plo

do Mato Grosso do Sul, Santa C atarina e Rio Grande do Sul. No entanto, os Juizados

Especiais Estaduais são efetivam ente im plem entados por m eio da Lei 9.099/95, que

cria um lim ite de valor no im porte de até 40 salários m ínim os.

A Justiça Federal, observando o sucesso dos juizados estaduais, prom ove

pressões ao Poder Legislativo para criar em seu âm bito os juizados especiais federais, o

que se deu por m eio da EC 22/98, que acrescentou a estrutura prevista no artigo 98,

parágrafo único da C RFB/88, sendo regulam entado pela Lei 10.259/01, cujo lim ite é de

60 salários m ínim os.

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:


I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos,
competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de
menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os
procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a
transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma
da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação
apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem
caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça
Federal.

Essa Lei é m uito sim plificada e irá suprir suas lacunas de acordo com a Lei

9.099/93.

A Justiça Estadual, analisando o Juizado de Fazenda Pública Federal m uito bem

sucedido, verifica que o seu juizado não abrange causas do Poder Público, então a

Justiça Estadual cria um Juizado Especial de Fazenda Pública através da Lei 12.153

/2009, copiando praticam ente a estrutura do juizado federal.

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