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A NARRATIVA DE JESUS:

DEUS É AMOR1

1. Relembrando
Na semana passada vimos que a narrativa do Deus irado é falsa. Quando isso vale pena relembrar dois
pontos muito importantes:

A Bíblia é o registro de uma história, portanto, ao lê-la devemos ter em mente que ela registra o
que aconteceu, mas isso não quer dizer que ela registra o que deveria sempre acontecer ou
mesmo aquilo que deveria ter acontecido.

Deus não ama pessoas ou Deus não trabalha com as pessoas fora da história, do momento e da
cultura em que vivem, portanto, já que Deus decidiu chamar Israel para participar do seu plano
de redenção do mundo, Ele tinha que encontrar Israel e abençoar Israel onde Israel estava em
se desenvolvimento social, político e moral. Então quando Deus “mandou” matar homens,
mulheres e crianças, não estava estabelecendo aquilo que seria ideal ou eticamente desejável
para todos os tempos.

Sendo assim, se estivermos fazendo uma leitura séria e honesta da Bíblia, não devemos tomar os
eventos do Antigo Testamento como normativos e nem como argumentos a favor da narrativa do Deus
irado. Todavia não dá para negar que a Bíblia deixa claro que Deus se ira, ainda que deixe claro
também que Deus é amor. Como conciliar a ira de Deus com o amor de Deus? Essa é a pergunta que
vamos responder nesse estudo.

2. Compreendendo a ira e o amor

2.1.O amor como é e como deve ser


O amor está humilhado em nossos dias porque (na mídia, nas novelas, nas canções populares, etc.) o
amor foi reduzido à categoria de mero sentimento. E o que é pior, o amor é confundido atualmente
com o sentimento doentio da paixão. Quem está apaixonado está momentaneamente doente, afinal, a
pessoa apaixonada perde o senso de realidade. É por isso que não ficamos ou não deveríamos ficar
apaixonados a vida inteira, a menos que estejamos doentes.

1
Baseado em: SMITH, James Bryan. O maravilhoso e bom Deus: apaixonando-se pelo Deus que Jesus conhece. São
Paulo, SP: Editora Vida, 2010.
Do ponto de vista bíblico: o amor é um caminho marcado pela decisão de querer o bem do outro

Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente. 1 Coríntios 12:31b

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata,
não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a
injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios
13:4-7

2.2. A ira dos homens e a ira de Deus


É verdade que é possível irar-se, e ainda assim, manter o controle sobre as emoções. (Ef 4.26 e Sl 4.4).
Todavia uma vez que ira é uma palavra muito forte, não a utilizamos com frequência para descrever
esse estado de “raiva controlada”. Geralmente utilizamos a palavra ira apenas em casos extremos. “Ira
é uma forma polida de descrever alguém que cruzou o estudo anterior de zangar-se em direção a um
estado de cólera” – James Bryan Smith.

Diante do exposto, ao usar a palavra amor, geralmente pensamos em alguém “dominado pelo
sentimento avassalador da paixão” e pensamos no amor de Deus nesses termos. Igualmente, quando
nos referimos a ira pensamos em alguém que está “fora de controle” ou agindo de forma
“inconsequente” e também projetamos isso em Deus. Entretanto, assim como o amor dos homens é
diferente do amor de Deus, a ira de Deus é diferente da ira dos homens.

“Na Bíblia hebraica, a ira de Javé é retratado de maneira um tanto diferente da ira humana [...] trata-se
essencialmente de uma distinção entre ‘paixão’ e ‘pathos’. A paixão pode ser entendida como uma
convulsão emocional, uma perda do autocontrole. Pathos, por outro lado, é uma ação tomada com
cuidado e intenção, é o resultado de determinação e decisão”. James Bryan Smith.

A ira de Deus é pathos, não é paixão. A ira de Deus não é um sentimento impulsivo e irracional como
é a ira humana. A ira de Deus só pode ser entendida em relação ao seu amor. A ira, diferentemente do
amor que faz parte do caráter de Deus, é contingente, ou seja, só existe a ira de Deus porque existe o
pecado. A ira e a reação correta de Deus ao estrago que o pecado faz no mundo e nas pessoas. O Deus
que ama posiciona-se racional, decisiva e amorosamente contra o pecado. Essa reação e esse
posicionamento é que caracterizam a ira de Deus. Deus se ira porque ama. A ira é, portanto, uma
manifestação do amor de Deus.

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3. Deus é amor; não ira.
[...] o nosso Deus é fogo consumidor! Hebreus 12:29

Certa vez um pregador escocês chamado George MacDonald disse: “O amor ama para purificar”. À
luz dessa ideia não podemos interpretar o versículo acima em termos de destruição, mas em termos de
purificação, ou seja, Deus não é um fogo consumidor que destrói; Deus é um fogo consumidor que
purifica. Vamos entender isso mais detalhadamente.

Deus é contrário ao pecado; na medida em que, e enquanto, os seres humanos e o pecado forem um,
Deus é contra eles (Deus se ira) – contra seus desejos, seus objetivos, seus medos e suas esperanças; e
dessa forma Ele é completamente a favor deles. George MacDonald

Todavia, por mais que se ire contra o pecado, Deus não traz ninguém para perto Dele senão pela via do
amor. “Deus não me faz sentir mal nem me envergonha para que eu melhore meu comportamento. Ele
também não usa o medo ou a culpa. O método de Deus para a mudança é mais elevado”. James Bryan
Smith.

Ninguém vem para Deus pela dor; é sempre pelo amor e pela bondade de Deus (Cf. Rm 2.1-4). O amor
de Deus é fogo consumidor que nos purifica, aquece e ilumina.

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