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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

UNIDADE ACADÊMICA
CURSO MEDICINA

Resumo - Caso 3 – 1º Período

Módulo III – Concepção e Formação do Ser Humano

Aluno: Maurício Bernardo da Silva

Arapiraca, 15 de maio de 2018


Desenvolvimento embriológico da 4ª a 8ª semana

No início da quarta semana, o dobramento dos três folhetos germinativos, nos planos mediano
e horizontal convertem o disco embrionário achatado em um embrião quase cilíndrico, em
forma de C. A formação das prega cefálica e caudal, e das pregas laterais diminuem a região de
conexão como o saco vitelino, no que vai virar posteriormente o cordão umbilical. Com o
dobramento cefálico parte da camada endodérmica é incorporada pela região cefálica do
embrião formando o intestino anterior. O dobramento da região cefálica também desloca o
coração em desenvolvimento e a membrana bucofaríngea (que separa o intestino anterior do
estomodeu) ventralmente, tornando o encéfalo em desenvolvimento a parte mais cefálica do
embrião.
Com o dobramento ventral da eminência caudal, parte da camada germinativa endodérmica
do saco vitelino é incorporada pela extremidade caudal do embrião formando o intestino
posterior, a parte terminal do intestino posterior se expande, formando a cloaca, com a
membrana cloacal (primórdio do ânus). O dobramento da região caudal também resulta no
deslocamento da membrana cloacal, do alantóide e do pedículo do embrião para a superfície
ventral do embrião.
O dobramento do embrião no plano horizontal é mais lento que no plano mediano e qunado
terminado dá origem as cavidades do corpo, leva também à incorporação de parte do
endoderma ao embrião, constituindo o intestino médio, que no inicio está em continuidade
direta com o saco vitelino. Durante o dobramento no plano horizontal, formam-se os primórdios
das paredes lateral e ventral do corpo. Como o âmnio se expande enquanto o embrião cresce e
se dobra ele envolve o pedículo do embrião, o pedículo vitelino e o alantóide, formando o
revestimento epitelial do cordão umbilical.
As três camadas germinativas se diferenciam nos vários tecidos e órgãos, de modo que no final
do período embrionário (fim da 8ª semana) já estão estabelecidos os primórdios de todos os
principais sistemas do organismo, embora a maioria deles não esteja funcional, com exceção do
cardiovascular. O aspecto do embrião muda de tal modo que, ao final da oitava semana, ele
possui características indubitavelmente humanas.

Caracterizar os anexos embrionários

A placenta consiste em duas partes: uma parte fetal, maior, derivada do córion viloso, e uma
parte materna, menor, que se origina da decídua basal. Ambas as partes são mantidas unidas
pelas vilosidades-tronco, presas à capa citotrofoblástica que envolve o saco coriônico e o prende
à decídua basal. As principais atividades da placenta são metabólicas (síntese de glicogênio,
colesterol e ácidos graxos), trocas respiratórias (oxigênio, dióxido de carbono e monóxido de
carbono), transferência de nutrientes, hormônios e anticorpos, eliminação de produtos de
excreção e secreção endócrina (hCG) para a manutenção da gravidez.
O saco vitelino e o alantoide: São locais de formação de sangue e vasos, o saco vitelino origina-
se da cavidade exocelômica a apartir da criação do mesoderma extraembrionário e vai ficando
progressivamente menor, o alantoide é um divertículo do saco vitelino, ele dará origem aos
vasos do cordão umbilical.
O âmnio: Um saco, que contém o líquido amniótico, e constitui a cobertura do cordão umbilical.
O líquido amniótico tem três funções principais: criar um tampão protetor para o embrião ou
feto, manter um espaço que permita os movimentos fetais e ajudar a regulação da temperatura
do corpo do feto.
O córion: O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas
camadas, o mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio;
E o mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. O mesoderma
somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto (citotrofoblasto e
sincíciotrofoblasto) formam o córion, parede do saco coriônico, dentro do qual o embrião com
os sacos vitelino e amniótico estão suspensos pelo pedículo.

Desenvolvimento do coração e a tetralogia de fallot

O sistema cardiovascular é o primeiro sistema importante a funcionar no embrião, surgindo


em meados da terceira semana, pois com o embrião crescendo rapidamente, a difusão não é o
suficiente para suprir sua oxigenação e necessidades nutricionais. O coração é o primeiro órgão
a funcionar nos embriões humanos, ele começa a bater no 21º dia e a bombear sangue entre o
23º e 25º dia.
Durante o processo de dobramento embrionário o primeiro campo cardíaco é puxado (caudal
e ventralmente) para se situar em posição ventral ao intestino anterior, o dobramento lateral
do embrião une os braços do primeiro campo cardíaco. Dentro desses braços surge um par de
estrutura vasculares, os tubos endocárdicos, esses tubos se unem em um único tubo quando os
braços do primeiro campo cardíaco se unem para constituir o tubo cardíaco primário. O
mesoderma esplâncnico que envolve o tubo cardíaco forma o miocárdio primitivo. O coração
tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas, o bulbo cardíaco (composto
do tronco arterial [TA], o cone arterial e o cone cordial), ventrículo, átrio e seio venoso. À medida
que o coração cresce, ele se curva para a direita e adquire o aspecto geral do coração adulto. O
coração torna-se septado em quatro cavidades entre a quarta e a sétima semana.

Os defeitos congênitos do coração possuem uma frequência de 6 a 8 casos em cada 1.000


nascimentos. Alguns são causados por um único gene ou por mecanismos cromossômicos.
Outros defeitos resultam da exposição a teratógenos, tais como o vírus da rubéola; entretanto,
em muitos casos a causa é desconhecida.

Tetralogia de Fallot: Um grupo de quatro defeitos cardiovasculares correlacionados que


consiste no fechamento incompleto do septo ventricular, permitindo a passagem de sangue do
entre o ventrículo esquerdo e direito (defeito do septo ventricular- DSV), isso acaba obstruindo
o fluxo de sangue para o ventrículo direito, assim boa parte do sangue não alcança o pulmão,
podendo causar estenose das artérias pulmonares, o ventrículo direito tem que se esforçar
muito mais para mandar sangue para o pulmão causando hipertrofia do ventrículo direito e o
fluxo sanguíneo aumentado no ventrículo esquerdo causa aorta acavalada.
Devido a grande parte do sangue não passar pelo pulmão ele não é oxigenado e por isso vai
para o resto do corpo com baixos índices de O2, causando cianose.

Formação do sistema respiratório

O sistema respiratório inicia o seu desenvolvimento em torno da metade da quarta semana a


partir do sulco laringotraqueal mediano no assoalho da faringe primitiva. O sulco aprofunda-se
para formar o divertículo respiratório, que logo se separa do intestino anterior pelas pregas
traqueoesofágicas que se fundem para formar o septo traqueoesofágico que separa esôfago e
tubo laringotraqueal. O endoderma do tubo laringotraqueal origina o epitélio e as glândulas
traqueobrônquicas dos órgãos respiratórios inferiores, o mesênquima do arco faríngeo
contribui para a formação da epiglote. Na extremidade distal do divertículo laringotraqueal
surge o broto traqueal o qual se divide em dois brotos brônquicos, cada broto brônquico se
expande e forma os troncos brônquicos principais, que se dividem em ramos lobares,
segmentares e subsegmentares. A ramificação continua até que sejam formadas
aproximadamente 17 gerações. Vias aéreas adicionais são formadas após o nascimento até que
haja cerca de 24 gerações.

O desenvolvimento dos pulmões está dividido em quatro períodos: período pseudoglandular


(6-16 semanas), período canalicular (16-26 semanas),período do saco terminal (26 semanas ao
nascimento) e períod alveolar (32 semanas até aproximadamente 8 anos de idade). Por volta da
20ª semana, os pneumócitos do tipo II começam a secretar surfactante pulmonar, que impede
o colabamento do alvéolo e que eles se rompam na primeira respiração.

Suplementação do ácido fólico durante a gravidez

Os defeitos do tubo neural são malformações que ocorrem na fase inicial do desenvolvimento
fetal, entre a terceira e a quinta semana de gestação, envolvendo a estrutura primitiva que dará
origem ao cérebro e à medula espinhal. Nos casos de anencefalia a extremidade superior do
tubo neural não se fecha, resultando na ausência do cérebro. Já na espinha bífida a extremidade
inferior do tubo neural não se fecha, causando danos medulares significativos. Apesar da
possível correção cirúrgica, a lesão nervosa é permanente e resulta em níveis diversos de
paralisia dos membros inferiores, bexiga e intestino.
O ácido fólico é o mais importante fator de risco para os defeitos do tubo neural identificado
até hoje. A suplementação periconcepcional e durante o primeiro trimestre de gravidez tem
reduzido tanto o risco de ocorrência como o risco de recorrência para os defeitos do tubo neural
em cerca de 50 a 70%. O ácido fólico tem um papel fundamental no processo da multiplicação
celular, sendo, portanto, imprescindível durante a gravidez.
No Brasil o Ministério da Saúde deliberou e a ANVISA abriu consulta pública para discutir a
fortificação de farinhas com micronutrientes. Durante este processo a Associação de Assistência
à Criança Deficiente (AACD) sugeriu a fortificação com ácido fólico. Seguiu-se regulamentação
da adição de ferro e ácido fólico às farinhas de trigo e milho no Brasil, a partir de junho de 2004,
cada 100g destas farinhas deveriam conter 0,15mg de ácido fólico. Alguns especialistas no Brasil
têm questionado que talvez apenas a fortificação de farinhas não seja suficiente, considerando
a diversidade dos hábitos alimentares regionais.

O lábio leporino

A cavidade nasal, e o palato são formados pelas saliências nasais e maxilares, quando essa
saliências não se unem normalmente durante a embriogênese, temos uma má formação chama
da fenda lábia, ou a fenda palatina ou a fenda lábio-palatina, elas podem ocorrer em um lado,
unilateral, ou dos dois lados, bilateral.
As fendas do lábio superior (lábio leporino) são as anomalias craniofaciais mais comuns. Apesar
de frequentemente estar associada a fenda palatina, são anomalias distintas, que envolvem
processos de desenvolvimento diferentes, que ocorrem em tempos diferentes. A fenda labial
resulta da não-fusão das massas mesenquimais das saliências nasais mediais e maxilares,
enquanto a fenda palatina resulta da não-aproximação e fusão das massas mesenquimais dos
processos palatinos. Segundo Moore, as fendas que envolvem o lábio superior, com ou sem
fenda palatina, ocorrem em cerca de um em cada 1.000 nascimentos, entretanto, sua frequência
varia amplamente entre os grupos étnicos, 60% a 80% das crianças afetadas são do sexo
masculino.
A concepção do ser humano

O início da vida ainda é muito discutido nos dias de hoje. Muitas são as diferentes formas de
enxergar o início da vida. Na perspectiva genética, a vida humana começa na fertilização, quando
o espermatozoide e o óvulo se encontram e combinam seus genes para formar um indivíduo
com um conjunto genético único, e por isso um novo ser humano. Já na perspectiva
embriológica, a vida começa a partir da terceira semana de gestação, quando ocorre a
gastrulação, o evento mais característico dessa semana, processo que estabelece os três
folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma), cujas células darão origem a
todos os tecidos e órgãos no embrião. O direito infraconstitucional protege por modo variado
cada etapa do desenvolvimento biológico do ser humano, os momentos da vida humana
anteriores ao nascimento devem ser objeto de proteção pelo direito comum.

Para a visão neurológica, o mesmo princípio de morte vale para a vida. Ou seja, se a vida
termina quando cessa a atividade elétrica no cérebro, então, ela começa quando o feto
apresenta atividade cerebral. A visão metabólica afirma que a discussão sobre o começo da vida
humana é irrelevante, uma vez que não existe um momento único no qual a vida tem início.

Referências:

ANDRADE, Liliane L. A Determinação do Início da Vida: Ciência versus Direito. Rev. Tempus
Actas de Saúde Coletiva. 2013.

KUMAR, V. et al. Robins & Cotran Patologia Bases Patológicas das Doenças. 8ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier. 2010.

LINHARES, Angélica O. CESAR, Juraci A. Suplementação com ácido fólico entre gestantes no
extremo Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Ciência & Saúde Coletiva. 2017.

MOORE, Keith L. PERSAUD, Vid. Embriologia clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2008.

SADLER, T. L. Langman Embriologia Médica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2014.

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