Anda di halaman 1dari 5

09/07/2019 Cargas Térmicas de Verão

Cargas Térmicas de Verão
 
A carga térmica de arrefecimento de um espaço é a potência térmica que é necessária retirar desse mesmo espaço de modo que a temperatura no seu interior
seja constante e igual à estabelecida como condição de projecto.
Contrariamente ao que acontecia no cálculo das cargas térmicas de Inverno em que se considerava um regime permanente, as cargas térmicas de Verão devem
ter  em  conta  o  regime  variável  dos  ganhos.  Para  se  considerar  o  facto  do  regime  ser  variável  utiliza­se  um  método  tabular  designado  por  CLTD/CLF  que
envolve compromissos aceitáveis e bastante fiáveis com a variação da temperatura ao longo do dia.
As cargas térmicas de arrefecimento têm várias origens:
 
Condução de calor através dos elementos opacos da envolvente;
Ganhos solares directos através dos envidraçados;
Ganhos de calor associados às infiltrações;
Ganhos associados à ventilação artificial;
Ganhos internos, derivados de ocupantes, equipamentos e iluminação artificial.
 
Resumindo todas estas origens numa formula tem­se a fórmula 41. 

 (41)

 
Admitindo  que  o  espaço  se  encontra  pressurizado  como  se  admitiu  anteriormente  no  cálculo  das  cargas  térmicas  de  Inverno  elimina­se  os  ganhos  por
infiltrações dado que estes nestas condições não vão existir. Todos os restantes ganhos são calculados para os meses da estação quente (Junho, Julho, Agosto,
Setembro). Na fachada Sul dado que os sombreadores existentes são os apresentados na figura 2 não existem ganhos solares directos e a fachada é considerada
como se estivesse orientada a Norte.
 

Ganhos por condução
 
 
A  condução  através  da  envolvente  opaca  (envidraçados,  paredes  e  coberturas)  pode  ser  calculada  recorrendo  à  equação  da  transferência  de  calor
monodimensional em regime permanente considerada em cada hora do dia. 

 (42)

Onde:
K – coeficiente de transmissão térmica do elemento da envolvente, já calculado anteriormente e tem como unidades (W/m2ºK);
A – área do elemento da envolvente considerado (m2);
CLTD – valor da diferença fictícia de temperatura exterior­interior que na ausência de radiação solar e, em regime permanente, conduz a uma carga térmica
igual ao valor real calculado pelo método das funções de transferência.
 
Os valores de CLTD que inicialmente surgiram foram calculados pela ASHRAE, no entanto, como o tipo de construção em Portugal é bastante diferente e
apresenta uma inércia bastante superior foram desenvolvidas tabelas de CLTD para o caso de construções típicas em Portugal. As tabelas existentes dos valores
de CLTD para Portugal são calculadas com base nos parâmetros apresentados na tabela 21 que correspondem às características da região V2 do RCCTE.
 
Temperatura exterior de projecto 32ºC
Amplitude diária exterior 13ºC
Temperatura interior 25ºC
Dia 21 de Julho
Latitude 40ºN
 
Tabela 21 – Características utilizadas para o cálculo dos valores de CLTD tabelados
 
Para o caso em estudo segundo o RCCTE o edifício encontra­se na região I2,V1 que tem as características apresentadas na tabela 22 com uma probabilidade de
ocorrência de 97,5%.
 
Temperatura exterior de projecto 28,4ºC
Amplitude diária exterior 9,6ºC
Temperatura interior 25ºC
 
Tabela 22 – Características da zona V1
 
Como as condições do caso de estudo são diferentes das escolhidas para o cálculo dos valores tabelados deve­se efectuar a correcção dos valores do CLTD
recorrendo à fórmula 43 para o caso de paredes, à fórmula 44 para o caso de coberturas e envidraçados. 

 (43)

 (44)

 
Onde:
CLTD – valor tabelado para a região V2;
LM – correcção para outras latitudes e meses;
K – índice de cor das paredes/coberturas
https://paginas.fe.up.pt/~em00003/Centro/CTV.htm 1/5
09/07/2019 Cargas Térmicas de Verão
        K = 1 – cor escura ou clara mas em zona industrial
        K = 0,83 – cor média
        K = 0,65 – cor clara – zona rural
Ti – temperatura interior [ºC];
Tiref – temperatura interior de referência [ºC];
T0 – temperatura exterior de projecto [ºC];
T0ref – temperatura exterior de projecto de referência [ºC].
 
Para  este  estudo  o  edifício  apresenta  uma  inércia  forte  como  se  pode  verificar  por  observação  dos  cálculos  efectuados  para  o  efeito  no  Anexo  5,  por  este
motivo os valores de CLTD para uma parede de tipo 4 com inércia pesada são os utilizados.
Para a obtenção do valor de LM utilizou­se uma latitude igual a 40º dado que dos valores tabelados é a que se aproxima mais da latitude do local onde se
encontra o edifício.
O valor de K igual a 1 é utilizado na correcção dado que o edifício em estudo se encontra numa cidade, por isso considera­se zona industrial.
 
Ganhos solares directos através dos envidraçados
 
O  caso  dos  ganhos  solares  por  radiação  solar  é  um  processo  que  se  encontra  limitado  à  incidência  solar  nas  superfícies  com  capacidade  de  absorção
conduzindo ao armazenamento parcial dessa energia, que mais tarde é libertada no espaço circundante por convecção. Por este motivo é muito importante a
inércia, dado que, os atrasos registados na libertação dessa energia para o espaço são maiores quanto maior for a inércia do espaço.
Os ganhos solares por radiação solar são calculados através da fórmula 45.
 

 (45)

 
Onde:
A – área do envidraçado [m2];
SC – factor solar (shading coefficient);
SHGF – Máximo ganho solar no envidraçado [W/m2];
CLF – cooling load factor;
 
Dado que na fachada sul o edifício tem palas exteriores para protecção do envidraçado, e considerando vidro duplo incolor+incolor (5+5) retira­se o valor 0,75
para  SC  do  RCCTE.  Nas  fachadas  Este  e  Norte  o  edifício  tem  estores  interiores  de  lâminas,  por  este  motivo  o  valor  de  SC  deve  ser  corrigido  através  da
fórmula 46. 

     (46)

 
Onde:
Sv – factor solar do envidraçado duplo (RCCTE);
Sp – factor solar da protecção (RCCTE).
 
Para a determinação do valor de Sp considerou­se estores de lâminas de cor média.
Os  valores  de  SHGF  máximo  para  todas  as  fachadas  são  determinados  considerando  uma  latitude  igual  a  40º.  Na  utilização  dos  valores  de  SHGF  nos
envidraçados da fachada Sul considera­se que estes se encontram virados a Norte dado que as palas exteriores não deixam passar radiação solar directa. Para as
fachadas Este e Norte o valor de SHGF é corrigido através da fórmula 47 considerando que os estores interiores cobrem metade da altura do envidraçado. 

 (47)

O valor de CLF é determinado para a fachada Sul e para as fachadas Este e Norte recorrendo aos valores tabelados.

 
Ganhos associados à ventilação artificial
 
Para  os  ganhos  por  ventilação  artificial  é  necessário  distinguir  dois  diferentes  tipos  de  ganhos,  ganhos  sensíveis  (Qsen)  e  ganhos  latentes  (Qlat).  Para  a
determinação destes dois tipos de ganhos deve­se recorrer a um diagrama psicrométrico para determinação do   e   como se pode observar na figura 13
e recorrer às fórmulas 48 e 49 para a determinação do valor dos ganhos sensíveis e latentes.

https://paginas.fe.up.pt/~em00003/Centro/CTV.htm 2/5
09/07/2019 Cargas Térmicas de Verão

Fig. 13 – Exemplificação da determinação dos valores das entalpias

    (48)

    (49)

  

Ganhos internos
 
Os ganhos internos de um edifício podem ter várias contribuições, tais como:
 
Ocupação;
Iluminação;
Equipamentos.
 
Dado que o edifício em estudo é um edifício de escritórios admite­se que tem um funcionamento contínuo das 9 às 17 horas legais. Uma vez que o cálculo das
cargas térmicas é feito com base no tempo solar verdadeiro é necessário efectuar a conversão das horas legais em horas de sol verdadeiro. A conversão de
tempo legal em tempo solar verdadeiro é efectuado recorrendo à fórmula 50. 

    (50)

  (51)

 (52)

 
Onde:
N – número de dias contados a partir do dia 1 de Janeiro;
 ­ longitude do local ( =­8,6º).
 
Ganhos internos devidos á ocupação
 
Considerando que neste espaço as pessoas que aqui trabalham tem uma actividade moderada típica de escritórios e que pelos valores tabelados para actividades
típicas elas libertam 75W de carga sensível e 55W de carga latente. Admitindo que a carga latente é constante em todo o período de ocupação e que a carga
sensível para o tempo solar verdadeiro libertada no espaço é calculada com base na fórmula 53 pode­se desta forma determinar os ganhos do espaço devidos á
ocupação deste mesmo espaço. 

 (53)

 
Ganhos internos devidos à iluminação
 
Os ganhos internos devidos á iluminação são ponderados através do factor CLF tal como a carga sensível nos ganhos internos. A iluminação apresenta este
factor de ponderação porque enquanto a iluminação se encontra ligada o espaço armazena energia que é libertada quando a iluminação é desligada ou quando o
espaço está saturado e não consegue armazenar mais.
Os ganhos internos devidos á iluminação são calculados através da fórmula 54. 

 (54)

 
Ganhos internos devidos ao equipamento
 

https://paginas.fe.up.pt/~em00003/Centro/CTV.htm 3/5
09/07/2019 Cargas Térmicas de Verão
Estes ganhos podem ser de dois tipos tal como os ganhos por ocupação, no entanto, para o estudo como se trata de um edifício de escritórios admite­se que
apenas libertam carga sensível pelo que também deve ser considerado um factor de ponderação CLF.
Os ganhos internos devidos ao equipamento são calculados através da fórmula 55. 

    (55)

  
Cálculo das temperaturas de equilíbrio das zonas não climatizadas
 
 
O cálculo das temperaturas de equilíbrio das zonas não climatizadas é um processo em tudo idêntico ao realizado no Inverno, no entanto, no Verão deve ser
tido em conta a variação do CLTD hora a hora.
 

Resultados
 
 
As cargas térmicas obtidas para as diferentes salas e para os diferentes pisos têm uma configuração próxima da apresentada como exemplo no gráfico 5.
 

 
Gráfico 5 ­ Carga total da sala 2 do piso 2
 
Este gráfico apresenta alguns pontos de descontinuidade começando pelo lado esquerdo pode­se ver que às 6 horas existe um ponto de descontinuidade e a
carga passa de uma tendência decrescente para uma tendência crescente, este facto deve­se ao nascer do sol. O segundo ponto de descontinuidade verifica­se às
8 horas, e neste a carga sofre um crescimento repentino que é devido à entrada das pessoas e ao acender das luzes e equipamentos, no terceiro ponto às 16
verifica­se um decréscimo repentino que é devido ao inverso do que aconteceu no ponto anterior.
O quarto ponto que se verifica e a partir do qual o valor da carga começa a descer até atingir novamente o ponto das 6 horas deve­se ao facto do por do sol. O
desfasamento entre as cargas térmicas para os diferentes meses deve­se ao facto das alterações climáticas exteriores existentes entre os mesmos.
Os gráficos de cada zona considerada para o cálculo das cargas térmicas de Verão podem ser consultados recorrendo ao anexo 6.
Na tabela 23 são apresentados os valores das cargas térmicas máximas verificadas em cada zona assim como o respectivo mês e a respectiva hora de ocorrência
da mesma.
 
Valores máximos da Carga Térmica do Piso 2
Zona Climatizada Mês Hora Q
Sala 1 Junho 16 1488
Sala 2,3,4,5 Junho 16 1154
Sala 6 Junho 9 2683
Open Space Junho 9 9685
WCM Junho 22 243
WCH Junho 16 297
Corredor Junho 16 955
Valores máximos da Carga Térmica do Piso 5
Zona Climatizada Mês Hora Q
Sala 1 Junho 16 1437
Sala 2,3,4,5 Junho 16 1125
Sala 6 Junho 9 2658
Open Space Junho 9 9508
WCM Junho 22 243
WCH Junho 16 297
Corredor Junho 16 955
Valores máximos da Carga Térmica do Piso 8
Zona Climatizada Mês Hora Q
Sala 1 Junho 17 1514
Sala 2,3,4,5 Junho 17 1154
Sala 6 Junho 10 2485
Open Space Junho 15 9721
WCM Junho 22 255
WCH Junho 16 310
Corredor Agosto 17 1043
 
Tabela 23 – Valores máximos das Cargas Térmicas para os diferentes pisos considerados
 
 
O facto da carga máxima para sala ocorrer em tempos diferentes deve­se ao facto da sua orientação.

https://paginas.fe.up.pt/~em00003/Centro/CTV.htm 4/5
09/07/2019 Cargas Térmicas de Verão
Considerando a soma dos três pisos tem­se a variação de carga total ao longo do dia típico de cada mês representada no gráfico 6.
 

 
Gráfico 6 – Carga Térmica Total para os 7 pisos considerados
 
 Para o edifício considerado tem­se que a Carga Térmica Total de Arrefecimento é igual a 133 KW.

https://paginas.fe.up.pt/~em00003/Centro/CTV.htm 5/5

Anda mungkin juga menyukai