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inclusao

Publicado em NOVA ESCOLA 03 de Dezembro | 2018

Inclusão

Pequeno dicionário amoroso da


inclusão
Entenda o que significam alguns termos para ensinar seus alunos a usá-los
de maneira adequada e também para você se informar
NOVA ESCOLA

Foto: Getty Images

A chegada de uma criança com deficiência a uma turma de escola precisa ser construída com diálogo e
muita empatia. Conversar com os alunos e explicar a eles que um novo coleguinha está chegando e
que ele deve ser tratado com respeito é crucial. Da mesma forma, é importante ter cuidados com a
linguagem.

O termo correto para se referir à criança é pessoa com deficiência. Usar “deficiente” ou “portador de
deficiência” é incorreto. E vale a pena explicar aos alunos a razão: os dois termos resumem a pessoa à
deficiência – e ela é muito mais do que isso. Pessoa com deficiência é o termo adequado e usado por
diversas organizações, entre elas a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Instituto Rodrigo
Mendes, que é referência no Brasil nesse assunto.

LEIA MAIS Síndrome de Asperger: como a escola deve acolher a criança e os pais

O próprio IRM aponta a importância de evitar estereótipos de vulnerabilidade ou de superação para


retratar experiências com estudantes com deficiência. “A avaliação positiva é importante, desde que
mostre o personagem como uma pessoa comum”, diz o instituto em seu site.

LEIA MAIS Desafios na inclusão dos alunos com deficiência na escola pública

A seguir, veja algumas definições que podem ajudar a entender melhor alguns transtornos e
deficiências, assim como lidar com crianças e adolescentes com deficiência.

Acolhimento. Criar espaços e oportunidades para que a família do aluno com deficiência e a própria
pessoa com deficiência possam se reunir e trocar ideias é fundamental. Um dos exemplos de
acolhimento é o projeto do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Campo Limpo,
com sua experiência de realização de encontros para estudantes e familiares conversarem, trocando
ideias e pontos de vista sobre autonomia, entre outros assuntos.

Asperger. Transtorno do espectro autista que pode afetar relações sociais. É caracterizado pelo
interesse em determinados temas, memorização de informações a respeito e mais dificuldade de
interpretar relações não-verbais, como uso de ironia. As crianças não apresentam dificuldades
cognitivas e podem avançar na aprendizagem – saindo-se muito bem em algumas áreas de maior
interesse.

Autismo. Síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces e que se
caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da
imaginação. Não existe apenas um tipo de autismo pois o transtorno possui várias nuances, é um
espectro

Deficiência auditiva. É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa
genética), lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo. A criança com
deficiência auditiva tem direito a intérprete de Libras e material de apoio na escola.

Deficiência física. São complicações que levam à limitação da mobilidade e da coordenação geral,
podendo também afetar a fala, em diferentes graus. As causas são variadas – desde lesões
neurológicas e neuromusculares até má-formação congênita - ou condições adquiridas, como
hidrocefalia (acúmulo de líquido na caixa craniana) ou paralisia cerebral. As crianças com deficiência
física, em geral, têm dificuldades para escrever, em função do comprometimento da coordenação
motora. O aprendizado pode ser um pouco lento, mas a linguagem é adquirida com facilidade.

Deficiência intelectual. A criança tem dificuldades para compreender ideias abstratas, como valores
monetários e noção do tempo, e resolver problemas. Tem dificuldade para estabelecer relações
sociais, compreender e obedecer as regras estabelecidas, além de enfrentar problemas para realizar
atividades cotidianas, como ações de autocuidado. Nas aulas e nas rodas de conversa, a capacidade de
argumentação pode ser afetada, portanto é preciso estimular a criança para facilitar o processo de
inclusão.

Deficiência múltipla. É a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente – sejam


deficiências intelectuais, físicas ou a combinação das duas. Não existem estudos que comprovem quais
são as mais recorrentes. O aprendizado de tarefas simples pode variar conforme o grau das
deficiências e dos estímulos recebidos ao longo da vida.

Empatia. habilidade para perceber o estado emocional do outro. Para que ela exista, é preciso
entender a perspectiva alheia e reconhecê-la como válida, sem julgamentos. O nível de empatia varia
de pessoa para pessoa, mas é possível melhorá-lo, pois essa habilidade pode ser aprendida. E a escola
é um ambiente riquíssimo para desenvolvê-la, pois é um local favorável para praticar o respeito às
diferenças e para enxergar as situações pela perspectiva do outro. E esta visão de mundo pela
perspectiva do outro, este respeito, é fundamental para a inclusão da pessoa com deficiência.

Envolvimento. Criar projetos que envolvam todos os alunos, desde um projeto em que todos os
alunos aprendam escrita braille ou Libras, ou adaptar uma atividade física como um jogo, ou mesmo
criar espetáculos de dança e teatro que envolvam todos os alunos. Não faltam exemplos de projetos
simples que possam incluir todos os alunos

Inclusão. Uma escola inclusiva é uma escola que inclui a todos, sem discriminação, e a cada um, com
suas diferenças, independentemente de sexo, idade, religião, origem étnica, raça, deficiência. É uma
escola com oportunidades iguais para todos e estratégias diferentes para cada um, de modo que todos
possam desenvolver seu potencial. A educação inclusiva é incondicional. Isto não ocorre com a
integração. A integração precede a educação inclusiva em relação às políticas e práticas e seu modelo é
baseado na busca pela "normalização", negando a questão da diferença.

Paralisia cerebral. Lesão que afeta uma área do cérebro e danifica o funcionamento de diferentes
partes do corpo, provocando alterações no tônus muscular e comprometendo a coordenação motora.
Em alguns casos, há também problemas na fala, na visão e na audição.

Respeito. O respeito às características pessoais (físicas e culturais), a valorização das diferenças e


também das semelhanças, a promoção do respeito às individualidades podem começar em um plano
de aula logo no primeiro ano, ensinando os alunos a reconhecerem, aceitarem e respeitarem suas
características e as dos colegas. E também evitando criar rótulos para as pessoas com deficiência.

Síndrome de Down. Trata-se de uma deficiência caracterizada pelo funcionamento intelectual inferior
à média, que se manifesta antes dos 18 anos. Além do déficit cognitivo e da dificuldade de
comunicação, a criança apresenta redução do tônus muscular (hipotonia) e em muitos casos tem
problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo.

Síndrome de Rett. Doença neurológica que atinge, na maioria dos casos, crianças do sexo feminino.
Caracteriza-se pela perda progressiva de funções neurológicas e motoras após meses de
desenvolvimento aparentemente normal. Após esse período, as habilidades de fala, capacidade de
andar e o controle do uso das mãos começam a regredir. A criança pode esquecer as palavras
aprendidas e passa a ter dificuldade no contato social.

Síndrome de Williams. Transtorno que costuma causar hipersensibilidade auditiva e dificuldades para
se alimentar. Problemas motores e falta de equilíbrio também são comuns. A criança, por outro lado,
costuma desenvolver boa memória auditiva e muita facilidade na comunicação, além de utilizar gestos
e manter contato visual para se comunicar.

Tecnologias assistivas. Área do conhecimento interdisciplinar que engloba recursos, metodologias,


estratégias, práticas e serviços com objetivo de ampliar a participação de pessoas com deficiência,
mobilidade reduzida. Ela visa garantir autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social
da população com deficiência.

Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). São distúrbios nas interações sociais recíprocas que
se manifestam nos primeiros anos de vida. Caracterizam-se pelos padrões de comunicação
estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades. Englobam
os diferentes transtornos do espectro autista, as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome
de Kanner e a Síndrome de Rett.

Para saber mais

7 perguntas e respostas sobre autismo

Educação e autismo: uma relação que vale a pena ser repensada

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