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Décimo Sexto Dia

O princípio da Tolerância na vida


da Igreja
Se há um encargo no seu coração pela edificação da Igreja você deve
estar atento para algo que tem o poder de destruir vida da Igreja: é a
intolerância.
Falar de intolerância dentro da igreja tornou-se um pouco difícil por
causa da mentalidade desse século. No mundo a tolerância tem sido
exaltada como a maior virtude de todas. Para os pensadores e
intelectuais desse mundo a intolerância é o único pecado que não pode
ser tolerado.
Mas o que a nossa cultura moderna realmente ensina é a “neutralidade
forçada”. Eles rejeitam qualquer um que se opõe ao pensamento
prevalecente da sociedade. Isso evidentemente não é uma tolerância
genuína. Se alguém me pergunta, por exemplo, o que eu penso do
islamismo, eu diria que o ensinamento deles é frontalmente contra o
ensinamento do cristianismo, mas defendemos o direito de um
muçulmano de praticar livremente a sua religião. Essa é a tolerância
legítima.
Mas o que o mundo quer que falemos é algo do tipo: “Bem, nós
pensamos que o islamismo é tão verdadeiro e válido para conhecer a
Deus, como qualquer outra religião, inclusive o cristianismo”. Isso é
“neutralidade forçada”. O mundo defende uma hipocrisia educada.
Como o conceito de tolerância é definido no mundo como um tipo de
neutralidade forçada, as pessoas sempre vêem os cristãos como
intolerantes. A verdade é que as únicas pessoas que não são toleradas
hoje são os cristãos genuínos. É assim porque tolerante no mundo é
alguém que não acredita em coisa alguma; se defendemos uma fé logo
somos taxados de intolerantes.
Por causa de todo esse conceito mundano muitos crentes rejeitam o
conceito de tolerância em nome de sua fé e por isso também não se
importam de serem chamados de intolerantes. No entanto a tolerância
é uma virtude quando colocada no seu próprio contexto.
O contexto a que me refiro é a vida dentro da igreja, dentro da
comunidade dos salvos. Quando somos intolerantes com os nossos
irmãos nós destruímos a vida da Igreja. É sobre isso que Paulo fala em
Romanos 14.
Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê
que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não
despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come,
porque Deus o acolheu. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu
próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é
poderoso para o suster. Um faz diferença entre dia e dia; outro julga
iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua
própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e
quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não
come para o Senhor não come e dá graças a Deus. Porque nenhum de
nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o
Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois,
vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim
que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de
vivos. Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o
teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Como está
escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo
joelho, e toda língua dará louvores a Deus. Assim, pois, cada um de nós
dará contas de si mesmo a Deus. Romanos 14:1-12
No mundo é considerado tolerante aquele que não acredita em coisa
alguma e uma vez que defendemos a fé, somos taxados de intolerantes.
Por causa disso muitos crentes quando ouvem a palavra tolerância ficam
na defensiva pensando que devem abrir mão de sua fé e isso
evidentemente levanta todo tipo de resistência. Mas o contexto que
gostaria de falar é a tolerância dentro da vida da Igreja. Não podemos
edificar a igreja sem a tolerância. Ela é aboslutamente vital para que a
igreja tenha vitalidade. O intolerante destrói a vida do corpo.

1. O princípio da tolerância - Rm. 14:1


Nesse contexto quem eram o fracos e os fortes na fé? Para entendermos
isso precisamos nos localizar historicamente. Os primeiros cristãos
eram quase que exclusivamente judeus nos primeiros anos do
cristianismo. Eles não pensavam que tinham mudado de religião, por
isso continuavam guardando o sábado e observando as leis judaicas da
dieta. Logo muitos gentios se converteram e desde o início receberam o
ensino de que não precisavam guardar essas coisas. Isso produziu um
grande conflito. Os dois grupos ficavam constantemente tentando
mudar a opinião do outro. A igreja se tornou um lugar cheio de debates
e controvérsias.
A lei do Antigo Testamento em nenhum lugar proíbe de comer carnes.
Ela proíbe comer certos tipos de carne, como carne de porco, mas
permite outras carnes, como frango e carne bovina. Com o passar do
tempo surgiram muitas tradições entre os judeus de como o animal
deveria ser morto, de como a carne deveria ser cortada e assim por
diante. Como eles não sabiam se a carne vendida nos mercados seguia
os regulamentos religiosos eles concluíram que a coisa mais certa a se
fazer era se abster completamente de carne.
Para completar o quadro, toda a carne que era vendida nos marcados
naqueles dias era a carne oferecida como sacrifício a algum ídolo. Por
causa disso os judeus não comiam carne. A lei nos os proibia de comer
carne, mas eles se abstinham por considerarem algo maligno, pois
estava associado a ídolos.
Se você vivesse no império romano você comeria carne? Você hoje
comeria a carne de uma galinha que foi usada num despacho? Então
você é capaz de entender o ponto de vista de muitos crentes daquela
época. Paulo diz que a carne de si mesma não é nada, mas alguns crentes
ficavam escandalizados quando outros irmãos comiam carne. Paulo diz
que esses são os fracos na fé.
No verso primeiro Paulo diz: “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém,
para discutir opiniões.” Na igreja de Roma havia dois grupos que Paulo
chama de os “fracos na fé” e os “fortes na fé”. Paulo
O objetivo de Paulo é que os irmãos aceitassem aqueles que eram fracos
na fé. Aceitar aqui é mais que apertar a mão ou dar um sorriso, é tratar
o outro como um irmão genuíno e acolhê-lo na comunhão da igreja.
Evidentemente aqueles crentes que não comiam carne se julgavam
muito santos e não toleravam os outros que comiam. Um irmão fazendo
um churrasco era visto como carnal mesmo. E os que comiam se
julgavam mais espirituais e desprezavam os outros. Tudo isso produzia
muito debate e discussão entre irmãos dos dois grupos, por isso Paulo
exorta aqueles que se achavam fortes a acolherem o que é débil na fé.
Paulo deseja que essa aceitação seja genuína. Não é aceitar para depois
tentar mudar o outro, é ter uma tolerância genuína, é conviver com o
irmão mesmo tendo opiniões diferentes da dele. O exemplo bíblico é o
da comida, mas há hoje em dia muitos outros assuntos que dividem os
irmãos.
Mas será que devemos tolerar tudo? O que realmente devemos tolerar?
Paulo diz que devemos tolerar diferenças quando se trata de “assuntos
controvertidos” e de “coisas secundárias na fé”.

2. O que devemos tolerar? - Rm. 14:2-3


Que tipo de comportamento ou ensino nós devemos tolerar dentro da
Igreja? A tolerância possui algum limite? Devemos tolerar problemas
morais? Essas são questões importantes que definem os limites da nossa
atitude de tolerância.
No verso 2 Paulo esclarece que o fraco na fé é aquele cuja fé é frágil e ele
não se sente confiante e seguro para fazer certas coisas. Sua fé em Cristo
é real, mas a sua consciência o acusa por fazer certas coisas que outros
irmãos fazem sem qualquer constrangimento.
Os fracos na fé na Igreja de Roma eram aqueles que não comiam carne,
mas apenas vegetais, e consideravam alguns dias mais santos que
outros.
Paulo vê esses cristãos como “fracos na fé”. Agora não há nenhuma
evidência de que estes cristãos judeus estavam fazendo essas coisas com
o fim de serem salvos. Se eles estivessem fazendo isso Paulo teria dito
que eles estavam seguindo um falso evangelho, como ele disse os
judaizantes no livro de Gálatas.
Parece que eles simplesmente não se sentiam em paz de contrariarem
tudo o que tinham aprendido desde a infância.
Os cristãos que não tinham essa consciência fraca são descritos como
“fortes na fé”. Para eles Paulo diz no verso 3 para não desprezar os fracos
como se fossem inferiores; e aos fracos ele diz para não julgar os que
comem como se fossem carnais.
O que vemos aqui não é o legalismo judaizante que encontramos na carta
de Paulo aos Gálatas, onde alguns cristãos judeus estavam ensinando
que todos tinham que abraçar a lei de Moisés, a fim de serem salvos. O
que encontramos aqui é uma diferença honesta de opinião, e embora
Paulo tenha suas próprias convicções como alguém forte na fé, ele
admite que há espaço para a diferença honesta de opinião sobre como
melhor aplicar as verdades da Palavra de Deus.
O princípio geral é que devemos ser tolerantes quando há uma diferença
de opinião sobre a aplicação de uma verdade bíblica. O ensino de Paulo
é que precisamos ser tolerantes a respeito de doutrinas que não são
esseciais ou fundamentais na fé cristã.
Entre os Gálatas havia pessoas ensinando um outro evangelho. Eles
ensinavam que para ser salvo o homem tinha de, além de crer em Jesus,
guardar a lei de Moisés. Assim aos gálatas Paulo é bem contundente,
pois aquilo era uma heresia, um falso evangelho. Mas em Roma, alguns
cristãos simplesmente não se sentiam confortáveis comendo todo tipo
de comida e adorando em qualquer outro dia. Portanto, neste caso,
Paulo incentiva a tolerância. Quando há uma doutrina cristã essencial
da fé em jogo, como discípulos de Jesus, precisamos permanecer firmes.
Tolerância cristã também não é tolerância em áreas de claros absolutos
morais. A Bíblia claramente ensina que existem valores morais
absolutos. Alguns cristãos pensam que a tolerância significa abrir mão
de valores morais absolutos. Hoje existem igrejas, por exemplo, que
aceitam homossexuais praticantes em sua comunhão sendo que a Bíblia
ensina claramente que o comportamento homossexual é inaceitável
diante de Deus. Não é isso que Paulo está nos encorajando a fazer aqui.
Ninguém tem o direito de diluir os claros ensinamentos morais da
Palavra de Deus.
A questão da dieta e do sábado ainda produz debates até hoje. Outro dia
ouvi de uma igreja que ensina que o culto aos domingos é a marca da
besta do livro de Apocalipse. Mesmo no Brasil existem muitos grupos
evangélicos messiânicos que guardam o sábado e a dieta judaica.
Mas existem muitas outras áreas em nossa igreja local e no meio
evangélico onde devemos aplicar o princípio da tolerância.
Veja por exemplo a questão do tipo de batismo. O ensino bíblico é que
todo o que crê deve ser batizado. Alguns evangélicos batizam por
aspersão enquanto outros batizam por imersão. O problema é que fazem
disso um fundamento de fé e assim produziram uma divisão por causa
de intolerância. Nós mesmos temos de definir como fazemos o batismo,
mas incluímos em nossa comunhão aqueles que se batizam de forma
diferente. No entanto ainda é muito comum os irmãos nas células não
aceitarem algiuém que se batizou por imersão. A visão é a aceitação dos
irmãos e a unidade do corpo.
Sempre gosto de pensar naqueles dois cegos que foram curados por
Jesus. Em Marcos lemos que o Senhor encontrou um cego e o curou
apenas passando a sua saliva. Depois, lá em João, o Senhor encontra
outro cego, mas dessa vez ele mistura a saliva com o barro e passa no
olho para ser curado (Mc. 8:23 e Jo. 9:6). Aquele que o Senhor passou
apenas a saliva não foi curado instantaneamente. Depois da primeira
oração ele passou a ver os homens como árvores. O segundo cego,
porém, foi curado depois que lavou a saliva misturada com barro na
fonte de Siloé.
Eu imagino esses dois cegos se encontrando depois. “Fiquei sabendo que
você foi curado?” pergunta o primeiro. “Ah! Sim. Eu era cego de
nascença e o Senhor passou saliva no meu olho e eu comecei a ver.” “Mas
ele não misturou a saliva com o lodo e te mandou lavar no tanque?”
pergunta o primeiro. “Não. Ele só passou a saliva” Responde o outro
meio ressabiado. “Não sei não. Acho que a sua cura não foi legítima. Não
bate com a minha experiência.”
Teria cabimento um diálogo assim? Claro que não, ams é exatamente
assim que procedemos com relação a uma série de questões na igreja.
Simplesmente rejeitamos aquele que tem uma experiência um
pouquinho diferente da nossa.
Um exemplo clássico é a questão do estilo de adoração na igreja. Este
debate é sobre se uma igreja deve ter um estilo de adoração tradicional
ou um estilo de adoração contemporânea. Ambos os lados concordam
que a adoração a Deus é importante, mas precisam tolerar o estilo um
do outro.
Um assunto que tem produzido grande intolerância entre nós é a
questão do divórcio e novo casamento. Entre os evangélicos um grupo
acredita que não há segundo casamento; o outro crê que pode haver
segundo casamento no caso de traição. Há diferentes opiniões e não
temos unanimidade entre os evangélicos, por causa disso precisamos ter
a nossa posição bem definida, mas devemos tolerar aqueles que pensam
diferente de nós.
O princípio geral é que precisamos ser tolerantes com relação a
doutrinas que não são fundamentais, bem como com costumes e hábitos
próprios de alguns grupos de irmãos. Mas se diz respeito a um
fundamento da fé e se relaciona com algum valor moral claramente
expoxto nas escrituras, então não podemos tolerar.

3. As razões para tolerarmos uns aos outros - Rm. 14:4-12


Devemos receber aquele a quem Deus acolheu - 2 e 3
A melhor maneira de sabermos qual deve ser a nossa atitude em relação
a alguém é determinando qual é a atitude de Deus em relação a ele. Se
Deus aceitou a alguém quem sou eu para rejeita-lo?

Todos pertencemos ao Senhor e vivemos para o Senhor - 4 a 9


Nenhum de nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo,
pertencemos ao Senhor. Contanto que somos do Senhor não importa a
comida que comemos ou a forma como somos batizados ou qual música
cantamos.
E se pertencemos ao Senhor precisamos ter cuidado para não julgar um
servo alheio. O nosso irmão é servo de Deus e não nosso.

Devemos receber aquele que é irmão - 10


Eu devo receber o meu irmão justamente porque é meu irmão. Não
escolhemos os nossos pais e nem nossos irmãos, Deus os escolheu por
nós. Posso não estar contente com os membros de minha família, mas
não tenho escolha, devo aceita-los.

Toda controvérsia será resolvida no tribunal de Deus - 10 a 13


O julgamento referido no verso 10 se refere ao tribunal de Cristo
mencionado em II Coríntios 5:10
Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito
por meio do corpo. II Cor. 5:10
Deus nos chama para praticar a tolerância cristã em assuntos
controvertidos. Agora, só para ter certeza que você entendeu, lembre-se
que este princípio não se aplica ao fundamento da fé cristã nem aos
claros absolutos morais. Este princípio de tolerância cristã relaciona-se
com diferenças honestas de opinião entre os crentes sobre a melhor
forma de aplicar determinados princípios bíblicos. Nesta área, a
intolerância cristã deve acabar.
O princípio da tolerância é um requisito mínimo fundamental para que
haja vida de comunidade. Lembre-se, porém que Jesus não disse: “Um
novo mandamento vos dou, que tolereis uns aos outros, por isso todas
as pessoas vão saber que você são meus discípulos, pelo fato de vocês
tolerarem uns aos outros.” O padrão do Novo Testamento é uma ética
do amor, de amar uns aos outros com amor sacrificial
O amor vai mais longe do que a tolerarância. O amor realmente se coloca
diante do outro para servir, para dar de si mesmo para aqueles que têm
convicções diferentes. Só desta forma o mundo vai olhar para nós e
reconhecer que Deus está realmente em nosso meio.

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