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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

13216/2019e
Gabinete do Conselheiro Manoel de Andrade

Processo nº. 13216/2019-e


Origem: Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – SES/DF
Assunto: Representação
Ementa: Representação com pedido cautelar da empresa DINÂMICA
ADMINISTRAÇÃO SERVIÇOS E OBRAS LTDA. Ato
Convocatório de Dispensa de Licitação nº 123/2019 –
Emergencial. Possível violação à Lei nº. 8.666/1993 e à
Instrução Normativa nº 05/2017. Decisão nº. 2028/2019.
Conhecimento e concessão de prazo à Jurisdicionada para
esclarecimentos. Nesta fase: Análise das informações
prestadas. Unidade Técnica manifesta-se pela improcedência
da representação. Superveniência de fato novo. Voto
divergente.

Versam os autos sobre Representação com pedido cautelar


manejada pela empresa DINÂMICA ADMINISTRAÇÃO SERVIÇOS E
OBRAS LTDA., em desfavor do Ato Convocatório de Dispensa de
Licitação nº 123/2019 – Emergencial, oriundo da Secretaria de Estado
de Saúde do Distrito Federal.

Na última assentada, esta Corte, mediante a Decisão nº.


2028/2019, assim se manifestou:
O Tribunal, por unanimidade, de acordo com o voto do Relator, decidiu: I.
conhecer da representação encaminhada pela empresa DINÂMICA
ADMINISTRAÇÃO SERVIÇOS E OBRAS LTDA, negando o pedido cautelar,
face à ausência dos pressupostos autorizadores para tanto; II. determinar à

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Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – SES/DF que, no prazo de


3 (três) dias, apresentem os esclarecimentos que entenderem pertinentes,
quanto ao teor da representação supracitada; III. autorizar: a) o envio de
cópia da representação, desta decisão e do relatório/voto do Relator à
Jurisdicionada, para subsidiar o atendimento ao item anterior; b) a ciência
desta decisão à representante, informando-lhe que as futuras tramitações dos
autos poderão ser acompanhadas mediante cadastramento no sistema
TCDFPush (www.tc.df.gov.br - Espaço do Cidadão - Acompanhamento por e-
mail); c) o retorno dos autos à Secretaria de Acompanhamento para os
devidos fins. O Conselheiro RENATO RAINHA deixou de atuar nos autos em
conformidade com o art. 153, §1º, do RI/TCDF.

A Unidade Técnica, através da Informação nº. 39/2019 –


DIASP1/SEASP, após fazer um breve histórico dos autos, atesta que a
presente “fase processual trata da análise de mérito da representação em
cotejo com as informações prestadas pela jurisdicionada.”.

Sobre as informações prestadas pela Jurisdicionada, a


Unidade Técnica consigna o seguinte:
“7. Os esclarecimentos apresentados pela jurisdicionada foram elaborados
pela Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde – SINFRA/SES e pela
Subsecretaria de Administração Geral – SUAG/SES.

8. A SINFRA/SES incialmente informou que o processo SEI-GDF nº 00060-


00137336/2017-60 para a contratação regular encontra-se em fase adiantada
de elaboração e o novo Termo de Referência está em revisão pela Equipe de
Planejamento da Contratação, com previsão para término de revisão e
assinatura em 28/06/2019.

9. Relativamente ao período em que os serviços estão sendo prestados por


contratações emergenciais, em detrimento da regular contratação, informou
que desde 2009 tramitava o processo regular nº 060.014.950/2009, arquivado
entre outros motivos por não se pautar na IN 02/2008 – MPOG, e que foi
autuado o processo nº 060.009.636/20166 para tratar da elaboração do novo
Termo de Referência.

10. Esclareceu que a atuação da SES/DF, tanto na elaboração do novo Termo


de Referência quanto na realização das contratações emergenciais, seguiu
reiteradas decisões dos órgãos de controle que recomendam que as
contratações dos serviços de limpeza devem ter como critério o custo do m2 a
ser limpo, observadas a peculiaridade, a periodicidade e a frequência de cada
tipo de serviço e das condições do local.

11. Destacou que dada a diversidade de espaços e unidades por ela


administrados, que juntos somam mais de dois milhões de metros quadrados,
foi feito um grande esforço com objetivo de atualizar as medições realizadas e

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a classificação das áreas, no intuito de garantir maior assertividade e


economia para a contratação.

12. Segundo a jurisdicionada, apesar dos esforços ainda não foi possível
finalizar a regular contratação haja vista a complexidade dos serviços no
âmbito da pasta, o grande número de unidades distribuídas no DF e suas
respectivas peculiaridades: Hospitais, Unidades Básicas de Saúde, CAPS,
UPAS e unidades administrativas.

13. Acrescentou que a contratação emergencial visa suprir o período entre a


expiração dos contratos nº 144/2018, 145/2019 e 146/2019 e a contratação
regular, cujo processo encontra-se em fase avançada para finalização.

14. Quanto aos demais aspectos questionados pela representante, enfatizou


que ao estipular o percentual mínimo de 10% da metragem do objeto, a
administração buscou estabelecer um critério mínimo de comprovação de
eficiência em busca da segurança jurídica do certame e que não implicasse em
restrição do caráter competitivo em atenção ao princípio da razoabilidade e
isonomia. Também, solicitou que, caso se entenda de forma diferente, eventual
decisão para alteração de parâmetro seja feita somente para futuras
contratações, de modo a evitar a ocorrência de prestação de serviço sem
cobertura contratual.

15. De acordo com a SES/DF, a representante estaria equivocada quanto aos


parâmetros da IN 05/2017-MPOG, uma vez que a metodologia utilizada no
instrumento convocatório baseou-se na remuneração por metro quadrado a
ser limpo ao invés do critério de remuneração por posto de trabalho.

16. Por sua vez, a SUAG/SES informou que a retirada dos itens 16.3.14 e
17.1.4 do Projeto Básico foi em razão de apresentar duplicidade com itens
16.3.9; 16.3.10 e 16.3.11 (abaixo transcritos) e não impactar na pesquisa de
preço ou no rito processual.

16.3.14. Deve apresentar a Declaração de indicação dos Responsáveis


Técnicos da empresa participante, devidamente assinada pelo
representante legal da empresa e preenchida com os dados dos
responsáveis técnicos pela execução dos serviços objeto da presente
licitação, registrados perante o CRA ou outra entidade competente;

17.1.4. Apresentar Certidão de Registro e Quitação de Pessoa Física


do responsável técnico da empresa licitante junto ao CRN de origem;

16.3.9 Declaração de que a empresa participante possuirá em seu


quadro permanente, na data da contratação, profissional do nível
superior com formação em Administração, devidamente inscrito e
registrado no Conselho Regional de Administração - CRA em plena
validade, detentor do atestado ou Certidão de aptidão técnica,
devidamente registrado, em plena validade, no CRA da Região onde os

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serviços foram ou estão sendo executados, que comprovem que o


mesmo tenha executado para Órgão ou Entidade da Administração
Pública Direta ou Indireta, Federal, Estadual, Municipal ou do
Distrito Federal, ou ainda, para Empresa privada, serviços
compatíveis com o objeto do Licitação;

16.3.10 Declaração de que a empresa participante possuirá em seu


quadro permanente, na data da contratação, profissional do nível
superior com formação em Química, devidamente inscrito e registrado
no Conselho Regional do Química - CRQ em plena validade, detentor
de Atestado ou Certidão de aptidão técnica, devidamente registrado,
em plena validade, no CRQ da Região onde os serviços foram ou estão
sendo executados, que comprove ter o profissional executado para
Órgão ou Entidade da Administração Pública Direta ou Indireta,
Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, ou ainda, para
Empresa, serviços compatíveis com o objeto da Licitação;

16.3.11 Declaração de que a empresa participante possuirá em seu


quadro permanente, na data da contratação, profissional de nível
superior com formação em Enfermagem, devidamente inscritos e
registrados no Conselho Regional de Enfermagem - COFEN, em
situação de conformidade com a Resolução nº 302/2005, do Conselho
Federal de Enfermagem, em especial, no que se refere ao seu artigo 5°,
e Ato Decisório correspondente do respectivo COFEN.”

Em sua análise, a Unidade Técnica se manifestou nos


seguintes termos:
“17. As manifestações apresentadas pela SES/DF vão ao encontro das
conclusões constantes na Informação nº 26/2019, que subsidiaram a Decisão
desta Corte pela não concessão da medida cautelar pleiteada pela
representante.

18. De fato, a contratação almejada pela jurisdicionada utilizou como critério


de remuneração o metro quadrado a ser limpo ao invés da remuneração com
base na quantidade de postos de trabalho e obedeceu à jurisprudência deste
Tribunal e ao previsto na própria IN 05/2017:

ANEXO VI-B
SERVIÇO DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

[...]

2. Os serviços serão contratados com base na área física a ser limpa,


estabelecendo-se uma estimativa do custo por metro quadrado,
observadas a peculiaridade, a produtividade, a periodicidade e a
frequência de cada tipo de serviço e das condições do local objeto da
contratação.

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19. Como se observa, a própria IN 05/2017 dispõe que os serviços serão


contratados com base na área física a ser limpa, estabelecendo-se uma
estimativa do custo por metro quadrado, observadas a peculiaridade, a
produtividade, a periodicidade e a frequência de cada tipo de serviço e das
condições do local objeto da contratação.

20. Desta forma, não se vislumbra óbice quanto ao estabelecimento do


requisito de qualificação técnico-operacional referente ao mínimo de 10% da
metragem do objeto do Projeto Básico, posto que esse critério se constitui no
principal balizador da remuneração da contratada e se refere à atividade
principal a ser desenvolvida.

21. Ao contrário do que afirma a representante, para contratação de serviços


de limpeza e conservação não se aplica o disposto no item c.1 do Anexo VII-A
da nominada IN, uma vez não se tratar da hipótese de contratação por postos
de serviço.

22. Com relação ao percentual exigido para comprovação da capacidade


técnica, entende-se razoável o mínimo de 10%, pois preserva a participação
de possíveis interessadas, ao tempo em que propicia avaliar adequado nível de
eficiência. Ademais, conforme alegado pela SES a área envolvida na
contratação é bastante extensa e isso deve ser levado em consideração para a
avaliação da capacidade técnico-operacional da empresa a ser contratada,
sob pena de limitar a concorrência.

23. Também, conforme exposto pela SES/DF, a retirada dos itens 16.3.14 e
17.1.4 do Projeto Básico em nada influenciou o procedimento, visto que havia
previsão semelhante nos itens 16.3.9; 16.3.10 e 16.3.11, fato que foi omitido
pela representante. Ademais, a exigência de vínculo contratual do responsável
técnico foi requerida pela SES/DF apenas no momento da contratação, o que
está de acordo com o entendimento desta Corte de Contas.

24. Por fim, observa-se que a SES/DF realizou medidas com o objetivo de
concluir o regular processo de contratação, o qual segundo informado está em
fase final de elaboração e aprovação do Projeto Básico. Consulta ao sistema
SEIGDF demonstrou que o processo encontra-se na Diretoria de Análise e
Execução Orçamentária – DIOR e contém Termo de Referência aprovado pela
Subsecretaria de Administração Geral – SUAG.

25. Assim, levando-se em consideração o acima exposto e que o assunto em


questão está sendo tratado no Processo TCDF nº 14.260/2014, onde consta
determinação para que a SES/DF finalize com a maior brevidade possível a
licitação dos serviços, não serão propostas medidas nesse sentido.”

Por fim, conclui que a representação manejada pela


empresa Dinâmica Administração Serviços e Obras Ltda. merece, no
mérito, ser julgada improcedente, sugerindo ao eg. Plenário:

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“I. tomar conhecimento dos Ofícios SEI-GDF nº 2182/2019 e 2219/2019 –


SES/GAB (peças 13 e 14), encaminhados pela SES/DF em cumprimento ao
item II da Decisão nº 2028/2019;

II. considerar:

a) cumprida da Decisão nº 2028/2019;

b) no mérito, improcedente a Representação de autoria da empresa


Dinâmica Administração Serviços e Obras Ltda. (peça 3);

III. autorizar:

a) a ciência da Decisão que vier a ser proferida aos interessados;

b) o retorno dos autos à Secretaria de Fiscalização de Áreas Sociais e


Segurança Pública, para arquivamento. ”

É o relatório.

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VOTO

Após análise dos autos, verifico que a Unidade Técnica se


manifesta pela improcedência da representação manejada,
sustentando que as informações prestadas “pela SES/DF vão ao
encontro das conclusões constantes na Informação nº 26/2019, que
subsidiaram a Decisão desta Corte pela não concessão da medida cautelar
pleiteada pela representante.”.

Comungo do entendimento manifestado pelo órgão técnico,


notadamente porque, conforme pontuei no voto condutor da Decisão
nº. 2028/2019, “à exceção do argumento referente à ausência do regular
procedimento licitatório para a contratação dos serviços ora contratados,
todas as outras impropriedades levantadas foram pontualmente rebatidas pela
Unidade Técnica, que ainda se utilizou das próprias decisões desta Corte para
fundamentar seu posicionamento.”.

Todavia, com as vênias de estilo, não posso, nesta


assentada, acolher as sugestões ofertadas.

Isso porque, conforme vastamente narrado na mídia local,


por força de decisão da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios, proferida no âmbito do Mandado de
Segurança mº. 0713128-16.2019.8.07.0000, o certame em tela foi
suspenso, em caráter liminar, por suspeição de fraude processual e
direcionamento ilegal, baseado em suspeitas de favorecimento ilícito
da empresa vencedora, a BRA Serviços Administrativos.

Cumpre destacar que a ação é de autoria da empresa


Dinâmica Administração, Serviços e Obras LTDA., ora representante,
que se sagrou como 2ª colocada na concorrência. Contudo, a matéria
judicializada é completamente distinta da abordada na representação
que aviou perante esta Corte.

Em suma, em seu mandado de segurança, a Representante


argumentou que:

 as empresas interessadas apresentaram proposta no


prazo, qual seja, até às 10h do dia 06/06/2019, não
tendo sido, posteriormente, dado publicidade aos atos
subsequentes, o que só ocorreu com o deferimento de

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liminar em mandado de segurança1 manejado pela


empresa, APECE Serviços Gerais, em 26/06/2019,
“quando toda a habilitação técnica já estava finalizada”;
 a SES/DF somente entregou as cópias referentes ao
procedimento licitatório, após ordem judicial,
oportunidade em que diversas ilegalidades foram
constatadas, tais como:
o a juntada da proposta da empresa vendedora aos
autos administrativos dias depois do
encerramento do prazo;
o a apresentação extemporânea de documentos
essenciais, que deveriam acompanhar a
proposta;
o indícios de criações/modificações levadas a
efeito nas propostas após a fase de habilitação;
o inobservância de formalidades, como assinatura
do representante legal da empresa interessada;

Nessa senda, com base nestas impropriedades, num juízo


de cognição sumária, o i. Desembargador Mário-Zam Belmiro Rosa,
constatou que estava configurada a lesão ao direito da empresa de
participar do processo de concorrência em igualdade de condições,
bem como o risco de perecimento desse direito, e, liminarmente,
suspendeu qualquer ato decorrente do procedimento de Dispensa de
Licitação nº. 123/2019.

Ocorre que esta suspensão, por seus fatos e fundamentos,


fez com que governador Ibaneis Rocha determinasse a anulação do
certame.

Cumpre destacar que, em consulta ao site da Jurisdicionada,


é possível verificar que a mesma já tornou público o ato de Anulação
da Dispensa de Licitação nº. 123/2019.

Assim, considerando a anulação do certame, é de se


reconhecer, portanto, de perda de objeto pela ausência de interesse
processual superveniente, o que impõe a extinção do processo, sem
julgamento de mérito.

Para o reconhecimento da existência de interesse


1
Mandado de Segurança nº. 0706434-74.2019.8.07.0018

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processual, é necessária a confluência de dois elementos: a utilidade e


a necessidade do provimento. Configura-se, na hipótese, a perda
superveniente de interesse processual, pois a representante não tem
mais necessidade de prosseguir com a representação para obter o
resultado útil que pretendia quando a manejou.

Quanto à ausência de regular procedimento licitatório, fato


que ensejou o conhecimento da representação em análise, apesar de
não refletir neste objeto processual, reitero meu entendimento de que
“a prática adotada pela Jurisdicionada tem resultado num desvirtuamento do
processo licitatório, acarretando toda sorte de prejuízos à administração,
como fuga à modalidade licitatória legalmente exigida”.

Os serviços objeto do Ato Convocatório em análise, há


bastante tempo, vem sendo contratado por meio contratos
emergenciais. Inclusive, conforme ressalvado anteriormente, no âmbito
dos autos nº. 14260/2014, mediante a Decisão nº. 1164/2018, esta
Corte já constatou que o regular procedimento licitatório para tal
contratação, vem sendo preterido pela SES/DF desde meados de
2009.

Nesse sentido, entendo pertinente que esta Corte


recomende à jurisdicionada que adote as medidas necessárias à
instauração do competente procedimento licitatório para a contratação
dos serviços objeto do certame em tela, observadas as normas e
critérios de habilitação técnica entabulados pela IN nº. 05/2017, desde
que não comprometa, indevidamente, a competitividade do certame,
em atenção à alínea “e” do item III da Decisão nº. 1164/2018.

Cumpre destacar que esta Corte não se quedará inerte


quanto à análise da falta de planejamento, da desídia administrativa ou
da má gestão dos recursos púbicos, notadamente porque a inércia do
gestor, culposa ou dolosa, não pode vir em prejuízo de interesse
público maior tutelado pela Administração. A situação de emergência
não acarreta convalidação, tampouco ou dá respaldo jurídico à conduta
omissiva do gestor.

Assim sendo, com as devidas vênias ao órgão técnico,


VOTO porque este eg. Plenário:

I. julgue extinta, sem resolução de mérito, a representação

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manejada pela empresa DINÂMICA ADMINISTRAÇÃO


SERVIÇOS E OBRAS LTDA., tendo em conta a perda de
objeto pela ausência de interesse processual superveniente,
nos termos do inciso VI do artigo 485 do Código de Processo
Civil Brasileiro;

II. recomende à jurisdicionada que adote as medidas


necessárias à instauração do competente procedimento
licitatório para a contratação dos serviços objeto do certame
em tela, observadas as normas e critérios de habilitação
técnica entabulados pela IN nº. 05/2017;

III. autorize:

a) o envio de cópia desta decisão e do Relatório/ Voto


que a fundamentou à Jurisdicionada, para subsidiar o
atendimento ao item anterior;

b) o retorno dos autos à Unidade Técnica para as


providências de sua alçada.

Brasília, em de de 2019.

MANOEL DE ANDRADE
Relator

*10

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