IMPROVISAÇÃO
EM GUITARRA JAZZ
ALEXANDRE CARVALHO
Alexandre Carvalho é guitarrista, professor e
compositor. Considerado pela crítica como
uma referência da guitarra jazzística no Brasil
e nos EUA, já atuou com os maiores nomes do
jazz nacional e internacional dentre os quais
destacam-se Danilo Perez, Jeff Andrews,
Claudio Roditi, Marcio Montarroyos, Leo
Gandelman e Nivaldo Ornellas. Seu disco
em parceria com Idriss Boudrioua, Central
Park West foi considerado pela crítica do
Jornal O Globo como um dos melhores do
gênero já lançados no Brasil. Alexandre
Carvalho é atuante na área acadêmica
e pedagógica, tendo integrado o corpo
docente da Manhattan School of Music
de 2007 a 2011. Escreveu artigos para as
revistas Guitar Player e Guitar Class, além de
publicar artigos acadêmicos em colóquios e
eventos de pesquisa musical avançada.
APRESENTAÇÃO E GUIA RESUMIDO DE ESTUDO
As 7 digitações da escala maior ao longo do braço tem como objetivo principal sabê-las em
todos os tons em qualquer região do mesmo. Devem ser praticadas tambem em diferentes
ritmos, andamentos e articulações com precisão, sem necessidade de extrema velocidade.
Abaixando a 3a maior um semitom nas digitações (3a maior para a 3a menor), obtem-se as
2 escalas menores melódicas, assim como abaixando-se as 3as e 6as um semitom, obtem-se as
escalas menores harmônicas. Com o tempo, o estudante deve ser capaz de tocar qualquer
uma das 3 escalas (Maior, Menor Harmônica e Menor Melódica) em qualquer tom e em
qualquer região do braço.
Padrões na escala maior em diversas digitações, ritmos e articulações. Tocá- los tambem nas
4 escalas menores harmônicas e melódicas, como explicado na aula 2.
Backing tracks menor harmônica. Fazer o mesmo acima usando a escala menor harmônica
6 do “alvo” (tônica, I grau).
ARPEJOS! Usar arpejos ao improvisar é um terreno seguro, já que não é nada mais do que
“melodizar” o acorde. Para se memorizar os desenhos é as vezes necessário começá-los pela
7 fundamental. Todavia, conectá-los por grau conjunto (2as maiores ou menores) é muito mais
natural e musical. Conectá-los por 3as e 7as (notas guia) confere uma solidez harmônica
ainda maior no improviso.
Arpejos com 9a conectados em Stella by Starlight. Uso de arpejos “quebrados”, para maior
variação melódica. Observem que usando apenas arpejos quebrados e ritmicamente variados
8 foi possível criar uma fraseologia jazzística rebuscada sem o uso de escalas. Não esquecer de
tocar colcheias swingadas!
Superposições básicas de arpejos. Consiste em usar o arpejo de outro acorde que não o
9 acorde do momento adicionando-se portanto uma tensão (aula 11). É uma técnica muito
abrangente que serve para enriquecer a sonoridade do improviso. Nessa aula listei apenas as
mais básicas. Estudá-las em outros tons e praticá-las em backing tracks e músicas.
TABELA DE TENSÕES! São as extensões da tétrade dos acordes básicos e variam de acorde
para acorde. São parte integrante da harmonia jazzística e bossanovística e portanto temos
10 que memorizá-las para sua aplicação nos acompanhamentos e improvisos. Muitas vezes a
aplicação de uma única tensão num ponto chave do improviso é o mais indicado no momento!
Um dos meus artigos para a revista Guitar Player onde procuro mostrar as varias aplicações
15 da escala menor melódica. É um estudo avançado de potencialização de fraseologia baseada
nessa escala, também chamada de escala menor de jazz.
4
1
Exercício 1 2 3 4 de técnica
Tocar cada grupo numa corda por vez, no andamento seminima = 60 (uma nota por segundo),
depois quialteras de seminima, colcheias, quialteras de colcheia e por fim semicolcheias.
Tambem pode-se criar uma infinidade de outros exercicios mudando de corda no mesmo grupo
da forma que desejar.
5
2
Escala Maior
(7 digitações ao longo do braço)
6
7
8
9
10
11
12
3
Colcheias de Jazz
13
4
Padrões na Escala Maior
14
15
16
17
5
Backing track
(Escala Maior)
18
19
6
Backing track
(Escala Menor Harmônica)
20
7
21
Arpejos conectados em II-Vs
22
8
Stella by Starlight
(Fraseados de arpejo com 9 conectados)
23
24
9
Superposições de arpejos
25
10
Tabela de Tensões
(extensões da tétrade básica para “colorir” os acordes)
X 7M 9, #11, 13 (ou 6)
X m7 9, 11, 13 (ou 6)
não alterado 9, 13
X m7 b5 9, 11, b13
26
11
27
12
28
13
Cromatismo
(Notas alvo)
29
14
Cromatismo
(Exemplos)
30
15
31
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