1. Grande parte da produção agrícola mundial tem se concentrado na monocultura
agroexportadora com intuito de obter grandes volumes produzidos, entretanto esse modelo de produção traz consequências para o meio ambiente, como desgaste dos solos, desmatamentos, queimadas, uso excessivo de agrotóxicos e fertilizantes químicos. Além disso a população mais pobre sofre com a fome e a escassez de alimentos, já que a maior parte da produção agrícola é destinada à exportação. Mesmo com tantos pontos negativos, boa parte das verbas públicas são destinadas à ampliação e melhoria da monocultura, bem como pesquisas para a criação de sementes transgênicas que produzem cada vez mais e melhores alimentos. 2. A barbárie vivida no campo brasileiro é a melhor evidência da necessidade urgente de uma reforma agrária. Os grandes latifundiários e empresas visam apenas o lucro, enquanto o pequeno agricultor almeja seu sustento familiar e colocar comida na mesa de qualidade. Sabe- se que a agricultura familiar é bem mais saudável em questão do uso de agrotóxicos, pois o agricultor preocupa-se com solo e com a alimentação. É de extrema importância a realização da reforma agrária no país, proporcionando terra para a população mais carente trabalhar, e com isso aumentar a produção agrícola a redução das desigualdades sociais e a democratização da estrutura fundiária. 3. Utilizado de forma constante e indispensável para alguns agricultores, os agrotóxicos são um dos principais produtos da lavoura nacional, tendo em seus benefícios, como o rápido extermínio de pragas. Todavia, tais ações benéficas não ocultam os malefícios desempenhados pelos pesticidas no meio ambiente e na sociedade, entre eles, o desgaste provocado no solo, no rio e até mesmo na atmosfera. O avanço exponencial na agricultura brasileira, através dos transgênicos, é notório. Uma vez que utilizados nas lavouras, as plantas apresentam desempenho evolucionários que permitam o aumento de sua resistência, custo baixo de produção e entre outros benefícios. Sendo assim, é importante afirmar que tal tecnologia tem gerado altos desenvolvimentos a sociedade brasileira. Todavia, os transgênicos apresentam malefícios, como a dependência tecnológica, o risco à saúde humana e, sobretudo, ocasiona o surgimento de pragas imunes aos pesticidas mais comuns. Muitos políticos demonstram-se favoráveis ao uso excessivo dos agrotóxicos (geralmente, os ligados a bancada agropecuária). Diante disso, vê-se, claramente, que estes são contrários a manutenção do meio ambiente e da vitalidade da sociedade, tendo em evidência a flexibilizado dos agrotóxicos pelo governo como proposta para o "avanço" econômico. Entretanto, tais interesses maléficos não podem sobrepor a vida humana. 4. Vários fatores contribuem para a fome no sertão. Historicamente, nota-se que o sertão nordestino foi desprezado em detrimento as demais regiões, como o Sudeste e o Sul, caracterizando-se, assim, como uma região subdesenvolvida. Nesse aspecto, nota-se que tais problemas têm intrínseca ligação com a política e a economia, devido à ausência de um plano de desenvolvimento, que minimizaria os problemas sociais, sobretudo, a fome. Segundo Josué de Castro, autor da Geografia da Fome, tal problema não é o único impasse, mas também a falta de infraestrutura social, agravantes da miséria, da desnutrição e da mortalidade principalmente infantil. Tendo em vista que o aumento exacerbado das taxas de desemprego e o crescente índices de violência e criminalidade, revela-se que os políticos desprezam a população do sertão nordestino e, como consequência, ocasiona um gigantesco atraso econômico-social. 5. A agroecologia é um tipo de agricultura que não usa fertilizantes químicos nem agrotóxicos, é voltada para a preservação do meio ambiente e produção de alimentos. Os agricultores utilizam fertilizantes naturais, bem como apostam na preservação das matas nativas para o aumento da biodiversidade. Em alguns locais do Nordeste essas formas de plantio já foram adotadas como forma de enfrentar a seca e a fome que atinge milhões de sertanejos. As práticas agroecológicas nordestinas têm aprovação mundial, mudanças nas formas de produzir conseguiram melhorar a renda e a alimentação de várias famílias do sertão.